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Índice

CAPÍTULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................... 3

1. Introdução .................................................................................................................. 3
1.1. Problematização ........................................................................................................ 3
1.2. Justificativa ............................................................................................................... 4
1.3. Delimitação do Tema ................................................................................................. 5
1.4. Objectivos ................................................................................................................. 5
1.4.1. Objectivo Geral .................................................................................................... 5
1.4.2. Objectivos específicos .......................................................................................... 5
1.4.3. Questões de investigação ..................................................................................... 5

CAPÍTULO II: QUADRO TEÓRICO .................................................................................... 6

2.1. Conceitos Básicos ...................................................................................................... 6


2.2. Organização dos Centros Infantis ............................................................................... 6
2.3. Actividades Desenvolvidas no Centro Infantil ........................................................... 7
2.4. Desenvolvimento da Criança de 3 aos 5 anos Segundo Piaget .................................... 7
2.4.1. Processos de adaptação ................................................................................... 7
2.4.2. Desenvolvimento Cognitivo de Crianças dos 3 aos 5 anos de idade ................. 8
2.4.2.1. Estádio pré-operatório (2-7 anos de idade) ................................................ 8
2.5.Influencia dos Centros Infantis no Desenvolvimento da Criança de 3 aos 5 anos de
Idade ........................................................................................................................ 11
2.5.1. Influência da Literatura infantil ..................................................................... 11

CAPITULO III: METODOLOGIA ...................................................................................... 12

3.1. Tipo de Pesquisa ........................................................................................................... 12


3.2. Técnicas de colecta de dados ......................................................................................... 12
3.3. Universo populacional ................................................................................................... 12
3.4. Participantes do estudo .................................................................................................. 13
3.5. Cronograma de Actividades ........................................................................................... 13
Referencias Bibliográficas.................................................................................................... 14
CAPÍTULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO

1. Introdução

O presente Projecto de Pesquisa tem como tema: Análise da Influência do Centro Infantil no
Desenvolvimento Cognitivo de Crianças dos 3 aos 5 anos de idade, caso: Centro infantil de
Sinacura – Cidade de Quelimane.

Actualmente a educação infantil tem sido bastante concorrida por pais e encarregados de
educação, como formar de garantir maior proveito nos seus filhos e ou educando, permitir
que esses familiarizem-se com o Processo de ensino e aprendizagem.

Olhando para esta componente educacional, ao falar de centro de educação infantil,


entendemos como sendo locais propícios para assistir, cuidar, ensinar e educar as crianças em
como saber ser, estar e fazer. Mais que isso, é importante que esses lugares estejam
apetrechados por material e pessoas especializadas que garanta a convivência harmoniosa das
crianças. Com base neste pressupostos referentes aos centros infantis, para a presente
pesquisa temos como objectivo principal de analisar a influência do centro infantil 3 de
Fevereiro no desenvolvimento cognitivo de crianças dos 3 aos 5 anos de idade na cidade de
Quelimane. Em termos metodológico, para concretização do nosso objectivo recorremos a
pesquisa qualitativa com recurso a entrevista como técnica de colecta de dados.

Em termos organizacionais, a pesquisa está estruturada em três capítulos: o I – capitulo que é


a parte de contextualização, esta composta pela introdução problematização, Justificativa,
delimitação, objectivos e questões de pesquisa. O segundo capítulo, está reservado ao Quadro
teórico e o III – Capitulo é o da metodologia da pesquisa.

1.1. Problematização

Hoje em dia com as mudanças decorrentes na nossa sociedade, vê-se mudada a estrutura das
famílias, não apenas em grandes cidades ou seja em países do ocidente, como também nas
famílias dos países em vias de desenvolvimento. Tal facto deve-se a vários factores como a
inserção da mulher no mundo do trabalho remunerável, as tecnologias, a revolução industrial
bem como a crescente influência da globalização.

Nestas instituições segundo a literatura, não estão apenas resumidas aos cuidados, como
também a educação das crianças, pós o seu objectivo fundamental é o desenvolvimento

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integral da criança em todos seus domínios tais como: físico, afectivo e cognitivo. “Assiste-se
a uma grande preocupação do Governo e da sociedade em geral de providenciar serviços de
educação pré-escolar, estando em curso várias acções com resultados assinaláveis, como por
exemplo o aumento de centros infantis e escolinhas comunitárias em 22.2%” (Ministério da
Mulher e Acção Social, 2011), entorno desta vontade politica em vigor, há de facto um
interesse em relação a educação pré-escolar no nosso país, contudo há que olhar-se pela
maneira como estas instituições são implementadas, mas sobretudo em termos dos resultados
que estas instituições proporcionam aos beneficiários (Crianças, pais e encarregados de
educação, a sociedade em geral).

Portanto, de acordo com o DICIPE (2012), no nosso país a Educação pré-escolar é realizada
de entre outros locais nos centros infantis que estão ao serviço do atendimento de crianças
dos 2 meses aos 5 anos de idade, a luz de promover o desenvolvimento integral, ou seja, o
desenvolvimento motor, afectivo e cognitivo. Diante destas abordagens levanta-se a seguinte
questão: Até que ponto o Centro Infantil de Sinacura, influencia no Desenvolvimento
Cognitivo de Crianças dos 3 aos 5 anos de idade?

1.2. Justificativa

Embora haja o reconhecimento em relação a importância de educação pré-escolar, a maior


parte das instituições no nosso pais em particular na nossa província não reúnem condições
para tornar possível a concretização dos objectivos da educação pré-escolar. O caso particular
é o centro infantil de Sinacura, que em actividade de práticas pedagógicas realizadas no
âmbito do cumprimento das cadeiras curriculares constatou-se que a maior parte das
educadoras vulgarmente chamadas pelas crianças de “titias” não possuem uma formação
profissional em matéria de educação pré-escolar, facto que podem em algum momento
comprometer os objectivos da educação pré-escolar, baseando-se em experiencias vividas
neste período, surgem a vontade de compreender o desenvolvimento cognitivo de crianças do
centro infantil a luz das teorias estudadas durante o curso, o estudo constitui também em uma
abordagem recente no nosso contexto, o que torna a pesquisa muito relevante para a
psicologia aplicada na educação. Face a dimensão em estudo na presente pesquisa, acredita-
se que com base nos resultados que a posterior serão colhidos, pode em alguma medida
mudar a dinâmica e a rotina das actividades no centro de Sinacura, a favor de estratégias mais
eficientes, que trará ganhos em ambas partes (a instituição e as crianças).

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1.3. Delimitação do Tema

O presente estudo, será desenvolvido no centro infantil de Sinacura, que se localiza na


Província da Zambézia, particularmente na cidade de Quelimane, Bairro Sinacura. A pesquisa
será realizada num período de 6 meses evolvendo as educadoras e crianças que frequentam
este centro.

1.4. Objectivos
1.4.1. Objectivo Geral

 Analisar a influência do centro infantil de Sinacura no desenvolvimento cognitivo de


crianças dos 3 aos 5 anos de idade na cidade de Quelimane.

1.4.2. Objectivos específicos

 Identificar as actividades que o centro proporciona para crianças dos 3 aos 5 anos de
idade;
 Descrever os critérios usados pelas educadoras na orientação das actividades para
crianças dos 3 aos 5 anos de idade;
 Propor medidas que estimulam o desenvolvimento cognitivo nas crianças dos 3 aos 5
anos de idade.

1.4.3. Questões de investigação

 Como é que as crianças dos 3 aos 5 anos de idade fazem a representação simbólica
dos objectos?
 Qual é a compreensão da conservação de massa em um recipiente?
 Qual é a capacidade de compreensão dos números em crianças dos 3 aos 5 anos de
idade?

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CAPÍTULO II: QUADRO TEÓRICO

2.1. Conceitos Básicos

Para CHICOTE et al (2007), concebem o desenvolvimento em si, como o processo de


crescimento e diferenciação continuada no tempo, resultado da maturação biológica e da
interacção com o ambiente, e;

Desenvolvimento: é o conjunto de fases pelas quais o indivíduo passa ao longo do seu ciclo
de vida. É um processo multidimensional que engloba os aspectos físicos (crescimento);
fisiológicos (maturação), psicológicos (cognitivos e afectivos), sociais (socialização), e
culturais (aquisição de valores, normas).

De acordo com PIAGET (1980) o desenvolvimento cognitivo é produto do equilíbrio entre o


organismo e o meio, porque a aquisição ou assimilação de conhecimentos e um processo
evolutivo de construção, na teoria epistemológica de conhecimento ou epistemologia
genética.

2.2. Organização dos Centros Infantis

Tal como qualquer instituição, os centros de educação infantil tem seu historial, que pode ser
visto como influenciador da forma como os actuais centros infantis são organizados, para tal
e vale lembrar que os centro infantis surgiram inicialmente com um carácter assistencialista,
visando a afastar as crianças pobres do trabalho servil que o sistema capitalista em expansão
lhes impunha, além de servirem como guardiãs de crianças órfãs e filhas de trabalhadores.
Nesse sentido, a professora tinha como função precípua a guarda das crianças
(ABRAMOVAY; KRAMER, 1991, p. 23).

No Centro de Educação Infantil a criança tem a oportunidade de aprender a brincar com


outras crianças, exercitando sua imaginação e imitando acções do outro, o que lhe permite
conhecer as regras e as práticas culturais de nossa sociedade e o próprio corpo.

A relevância da organização do tempo e do espaço na Educação Infantil é verificada quando


compreendemos que estes contribuem para o processo de aprendizagem, para a formação da
autonomia, para a estabilidade e segurança emocional da criança. Segundo FRISON (2010),
para bem desenvolver sua identidade a criança precisa sentir-se protegida e inserida num
universo estável, conhecido e acolhedor. Afirma a autora que, ao pensar a organização do

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tempo e do espaço nas instituições de Educação Infantil, precisamos levar em conta as
dimensões cognitivas, motivacionais e contextuais potencializadas pelas crianças ao
utilizarem como elementos de aprendizagem o imaginário, o lúdico, o artístico e o afectivo. O
espaço físico escolar externo também precisa ser pensado, pois nele a criança amplia seus
conhecimentos enfrentando espaços que não conhece tanto nos quais elas podem desenvolver
actividades livres e espontâneas, que a estimulam a desenvolver-se em seu sentido intelectual
e afectivo.

2.3. Actividades Desenvolvidas no Centro Infantil

Segundo BARBOSA & HORN (2001), na selecção das actividades diárias é indispensável
que o educador observe com que as crianças brincam, como brincam, o que lhes chama mais
a atenção e em que espaços elas preferem ficar. Isto garante que as actividades realizadas não
se tornem uma sequência monótona, que nada tenha a ver com as crianças.

2.4. Desenvolvimento da Criança de 3 aos 5 anos Segundo Piaget

Jean Piaget (1896-1980) passou, a maior parte da sua vida observando o comportamento de
bebes, crianças e adolescentes. Baseou-se muito do seu trabalho em observações minuciosas
de um número limitado de indivíduos, mais do que no estudo de grandes amostras. Não
obstante, defendia que a maioria das suas principais descobertas eram validas para o
desenvolvimento das crianças de todas as culturas.

2.4.1. Processos de adaptação

Assimilação como processo espontâneo da criança consiste em integrar ou interiorizar a


experiência do meio ambiente onde esta inserido (processo). Consiste em acrescentar novos
elementos a um conceito ou a um esquema.

A acomodação refere o ajustamento desses elementos a nova situação. O ajustamento que o


indivíduo faz ao incorporar a realidade externa. Se a assimilação consiste na capacidade do
sujeito interiorizar e conceptualizar as suas experiências do meio, a acomodação é a resposta
do sujeito as exigências imediatas e constrangedoras do meio, e o grau de adaptação aos
estímulos externos, mediante a reorganização cognitiva, em vez de respostas mecânicas.

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2.4.2. Desenvolvimento Cognitivo de Crianças dos 3 aos 5 anos de idade

De acordo com CHICOTE (2007), Piaget divide os períodos do desenvolvimento humano de


acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que, por sua vez, interfere
no desenvolvimento global. A divisão é feita em função das idades que se agrupam num
estágio específico, diferenciando-se em termos do que a criança é capaz de fazer dentro do
estágio do desenvolvimento, em relação o presente estudo, importa-nos destacar apenas um
estágio (2º estagio) da hierarquia do desenvolvimento humano na abordagem Piagetiana.

2.4.2.1. Estádio pré-operatório (2-7 anos de idade)

Segundo CHICOTE (2007), nesta fase desenvolvem-se outras estruturas cognitivas: a criança
e capaz de distinguir o “eu” do objecto; adquire noção de tempo e espaço. Tem início a
reversibilidade. A criança já domina a linguagem e se torna capaz de usar palavras para, de
uma forma simbólica, representar objectos e imagens. Uma criança de quatro anos, por
exemplo, pode usar a mão em movimento para representar o conceito de “avião”. Início da
aquisição de noção de conservação da massa e volume (quantidade)

Piaget apelida este estádio de pré-operacional, pois as crianças ainda não são capazes de usar,
de uma forma sistemática, as suas capacidades mentais em desenvolvimento. Na maneira de
ver o mundo, é característica destas crianças o egocentrismo, ela acredita que as pessoas
vêem o mundo exactamente como ela vê, p. Ex: ao contar um facto, omite pormenores
importantes “julgando” que os outros têm a mesma visão do facto. Este conceito não se refere
a egoísmo mas a tendência da criança interpretar o mundo exclusivamente em função da sua
própria posição. (ex. pedir explicação de uma ilustração enquanto o livro esta virado para si.

 A Função Simbólica

A função simbólica é a capacidade de usar símbolos ou representações mentais - palavras,


números ou imagens a que uma pessoa atribuiu um significado. Dispor de símbolos para as
coisas ajuda as crianças a pensar sobre elas e lembrá-las sem que estejam fisicamente
presentes, (PAPALIA et al., 2008).

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 Pensamento Espacial

O desenvolvimento do pensamento representacional permite às crianças fazer julgamentos


mais precisos sobre as relações espaciais. Aos 19 meses, as crianças compreendem que uma
fotografia é uma representação de outra coisa mas, até os 3 anos, têm problemas para
entender as relações entre figuras, mapas e os objectos ou os espaços que eles representam.

As crianças em idade pré-escolar são capazes de utilizar mapas e podem transferir a


compreensão espacial obtida a partir do trabalho com modelos para mapas e vice-versa
(DeLoache, Miller e Pierroutsakos, 1998).

 Causalidade

Embora Piaget reconhecesse que as crianças possuíssem alguma compreensão de uma


conexão entre acções e reacções, sustentava que as crianças pré-operacionais ainda não
raciocinam logicamente sobre causa e efeito. Em vez disso, dizia ele, raciocinam por
transdução. Vêem uma situação como base para outra, muitas vezes, uma correndo
aproximadamente ao mesmo tempo, existindo ou não logicamente uma relação causai.
Por exemplo, podem pensar que seus “maus” pensamentos ou comportamento causaram uma
doença em si mesmas ou em outra criança, ou o divórcio de seus pais. Mas, quando testadas
em situações que podem compreender, as crianças pequenas ligam causa e efeito
correctamente.

 Número

Aos 3 e 4 anos, as crianças já expressam palavras para comparar qualidades. Podem dizer que
uma árvore é maior do que outra, ou que uma xícara contém mais suco do que outra. Sabem
que, se têm uma bolacha e depois pegam outra, têm mais bolachas do que antes, e que, se dão
uma bolacha para outra criança, ficam com menos bolachas. Esse conhecimento quantitativo
parece ser universal, embora se desenvolva em ritmos diferentes, dependendo do quão
importante é contar em uma determinada família ou cultura (Resnick, 1989; Saxe, Guberman
e Gearhart, 1987).

Aos 5 anos, a maioria das crianças sabe contar até 20 ou mais e sabe os tamanhos relativos
dos números de 1 a 10. Algumas são capazes de fazer adição e subtracção simples de um só

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dígito (SIEGLER, 1998). As crianças intuitivamente criam estratégias de adição, contando
nos dedos ou utilizando outros objectos.

 Conservação

Um exemplo clássico é não compreender a conservação, o fato de que duas coisas iguais
continuam sendo iguais se sua aparência for alterada, contanto que nada seja acrescentado ou
retirado (PAPALIA, 2008). O exemplo foi observado em estudo de Paiget com crianças da
segunda infância, elas faziam confusão em termos da quantidade de líquido em um
determinado recipiente ao ser vertido para outro recipiente com estrutura diferente do
anterior, onde constatou-se que crianças em estágio pré-operacional demonstram dificuldades
em compreender e considerar altura e largura ao mesmo tempo, ela não conseguem pensar
logicamente, isso deve-se ao facto da incapacidade que ela tem em compreender que uma
acção ou fenómenos podem ocorrer em duas ou mais formas.

Para Piaget as crianças pré-operacionais costumam pensar como se estivessem assistindo a


um dia filme com uma série de imagens estáticas: concentram-se em estados sucessivos, disse
e não reconhecem a transformação de um estado para outro. Em experiencias nas quais elas
são submetidas apenas concentram-se apenas com a estrutura estática da agua, ou seja, como
a agua se apresenta em cada recipiente e não na maneira como a agua é vertida para outro
recipiente, e por tanto concentrarem-se apenas na agua, chegam a não compreender que a
quantidade da agua é a mesma.

 Egocentrismo

O egocentrismo é uma forma de centração. Segundo Piaget, as crianças pequenas


concentram- se tanto em seu próprio ponto de vista, que não conseguem perceber o de outra
pessoa. As crianças de 3 anos não são tão egocêntricas quanto os recém-nascidos, mas,
afirma Piaget, ainda acham que são o centro do universo. O egocentrismo pode ajudar a
explicar por que as crianças pequenas às vezes, têm dificuldade para distinguir a realidade do
que acontece dentro de suas próprias cabeças e porque elas podem demonstrar confusão sobre
o que causa o quê. Quando Jeffrey acredita que seus "maus pensamentos” fizeram sua irmã
ficar doente, ou que causou os problemas conjugais de seus pais, está pensando
egocentricamente.

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2.5. Influencia dos Centros Infantis no Desenvolvimento da Criança de 3 aos 5 anos
de Idade
2.5.1. Influência da Literatura infantil

Segundo PAIVA (2008, p. 36): “a Literatura Infantil pode contribuir de forma decisiva para a
formação do futuro leitor; especialmente o leitor literário que poderá apreciar, a qualquer
momento e ao longo de sua vida, a Literatura, com “L” maiúsculo, desfrutando, assim, da
experiência estética proporcionada por essa manifestação artística”.

Segundo MACHADO (2008, p.112): “Nessa fase inicial de descoberta dos livros, conta
muito não só o texto verbal propriamente dito como também as escolhas gráficas em que se
apresenta e as ilustrações às quais preferimos designar como texto não-verbal. Esta opção
liga-se ao carácter dialógico que o texto não-verbal mantém com o texto verbal, que adquire
grande relevância quando se aprende a ler. Essas duas esferas a verbal e a não-verbal, embora
exijam capacidades diferenciadas no processamento da leitura, não se separam. Uma projecta
na outra, sentidos que se complementam, contrariando, portanto, a função meramente
ilustrativa das imagens, que se ofereceriam apenas como apoio para confirmar o que se lê no
texto verbal. Nesse diálogo, tanto a criança que já lê com fluência como aquela que arrisca
adivinhações sobre o que vê/lê participam activamente do processo de produção de sentidos
quando abrem um livro”.

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CAPITULO III: METODOLOGIA

2.6. Tipo de Pesquisa

“Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito que não
pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenómenos e a atribuição de significados
são básicos no processo de pesquisa qualitativa (GIL apud SILVA, 2004:14).

Portanto, a pesquisa se pretende efectuar é qualitativa, já o que realmente interessa, com ela,
é colher a subjectividade das abordagens educativas direccionadas às crianças do centro
infantil 3 de Fevereiro, no sentido de perceber ate que ponto essas podem influenciar no nível
de desenvolvimento cognitivo das crianças

2.7. Técnicas de colecta de dados

“Entrevista é uma técnica que consiste em conversação efectuada face à face, de maneira
metódica, proporcionando ao entrevistador obter, verbalmente, a informação necessária”
(LAKATOS & MARCONI, 1991:107).

As entrevistas que se pretende executar ao longo da pesquisa terão como grupo alvo a
direcção do Centro Infantil 3 de Fevereiro, concretamente o director e o adjunta-pedagógica,
as crianças, bem como as mamas (titias), com o objectivo de colher informações sobre o
decurso das actividades desenvolvidas pelas crianças, em coordenação com as mamas.

“Observação é o acto ou efeito de observar, observância nas ciências dos factos, é o


momento preliminar da investigação: consiste na consideração atenta de um facto para o
conhecer melhor” (COSTA & MELO, 1986:179).

Porem iremo-nos apoiara a esta técnica, afim de estar mais a par das actividades que as
crianças desenvolvem em coordenação com as titias deste centro, ao ponto de fazer-se uma
relação com o desenvolvimento cognitivo das crianças.

2.8. Universo populacional

O grupo alvo a que será aplicada a pesquisa é os Pais encarregado de educação, educadoras e
a direcção, que na sua conjuntura totalizam um universo de 10 participantes.

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2.9. Participantes do estudo

Portanto, dento do nosso universo populacional, temos como amostra cerca de 10


participantes. Dentre este educadoras, 6 crianças subdivididas em 3 rapazes e 3 raparigas, em
termos dos participantes da direcção da instituição, vai se envolver apenas um representante,
neste caso a directora.

2.10.
Cronograma de Actividades

# Actividades Período de materialização de actividades/meses


Março Abril Maio Junho Julho Augo.
01 Elaboração do projecto
02 Preparação para o campo
03 Colecta de dados
04 Análise de dados
05 Elaboração do relatório preliminar
06 Elaboração do relatório final
07 Entrega do Relatório

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Referencias Bibliográficas

1. ARTUR, Sérgio Daniel (2016). Metodologia de Investigação Cientifica I. Manual de


Tronco Comum. UCM-CED. Beira.
2. _______.(2016). Metodologia de Investigação Cientifica II. Manual de Tronco
Comum. UCM-CED. Beira.
3. CHICOTE, Maria Luisa Lopes, ABACAR, Mussa & HUO, Sergio S (2007). Modulo
de psicologia geral. UP-Nampula.
4. Ministério da Mulher e Acção Social (MMAS) 2011
5. MACHADO, Maria Zélia Versiani, (2008). Literatura Infantil: políticas e
concepções. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
6. PAIVA, Aparecida; SOARES, Magda (2008). Literatura Infantil: políticas e
concepções. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
7. Ministério da Educação (2012). Estratégias do Desenvolvimento Integrado da
Criança em Idade Pré – escolar (DICIPE): 2012-2021. Maputo.
8. PAPALIA, Diane E, OLDS, Sally Wendkos, FELDMAN Ruth Duskin (2006).
Desenvolvimento Humano. Artimed editora. 8ª Edição.
9. PIAGET, Jean (1980). Linguagem e Pensamento da criança. Portugal-Brasil-Paris:
MORAE Editora.

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