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APRESENTAÇÃO
1- INTRODUÇÃO
2.1 Eficiência
2.2 Economicidade
2.3 Eficácia
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15-COMENTÁRIOS FINAIS PARA REFLEXÃO: Por que Tenho Medo de ser Auditado?
GLOSSÁRIO
CÓDIGO DE ÉTICA
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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APRESENTAÇÃO
O auditor operacional não procura respostas convincentes para justificar um bom ou mau
resultado no trabalho que realizou. Sua abordagem será sempre fazer perguntas, inteligentes
procurando respostas inteligentes. A ação do auditor operacional adotará um enfoque
socrático na busca da verdade, cuja resposta é infinita. Aplicando esse método, o auditor
induzirá o entrevistado a explicar os resultados da sua ação com o objetivo de melhorar e
implementar sua área operacional. O diálogo como uma forma de comunicação aberta e
franca dará ao auditor as repostas esperadas. Em tese, é preciso saber utilizar e aplicar esse
modelo de abordagem na avaliação de respostas obtidas, como por exemplo: Porque foram
esses os resultados? Porque não podem melhorar os resultados? Porque razão não otimizar a
utilização de recursos? Porque os funcionários não têm uma atitude positiva e decisiva?
Porque são obtidas justificativas em vez de propostas proativas? Porque há desperdícios,
negligência e apatia? Porque não somos melhores? Por que...?
Por outro lado, a auditoria operacional é um grande desafio para a capacidade e qualidade
profissional dos auditores internos. Para um bom desempenho desta especialidade é
necessário que haja treinamento continuado reforçando o aprendizado sobre outras
disciplinas, por exemplo: engenharia industrial para rever os custos, comercialização,
produção para rever as vendas, as relações de trabalho para a revisão da administração de
recursos humanos, etc. O desafio é infinito, tanto quanto a vontade de vencer e prestar melhor
serviço a entidade para qual trabalha.
A auditoria operacional deve provocar melhorias. Para tal seus componentes precisam estar
bem treinados, atualizados com o que se passa dentro e fora da entidade, capacitados para
indicar aos gestores ações alternativas que otimizem a utilização dos recursos da entidade.
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Sobre o Autor
Autor das obras eletrônicas (E-book) “Manual de Auditoria Interna - Conceitos e Práticas para
Implementar a Auditoria Interna” e, “Como Formar uma Equipe de Auditores Internos -
Aspectos Técnicos e Comportamentais para a Formação Básica do Profissional de Auditoria
Interna” – Portal de Auditoria (WWW.portaldeauditoria.com.br) - Maph Editora Ltda
(WWW.maph.com.br) - Curitiba-PR.
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1. INTRODUÇÃO
Auditoria é uma das técnicas da contabilidade utilizada para mensurar por meio de estudo e
avaliação a adequação e a confiabilidade dos registros e das demonstrações contábeis. Consiste
em exame de documentos, livros, registros e inspeções.
Conforme Franco e Marra (1992, p. 22), auditoria pode ser definida como: A técnica contábil
que – através de procedimentos específicos que lhe são peculiares, aplicados no exame de
registros e documentos, inspeções, e na obtenção de informações e confirmações, relacionadas
com o controle do patrimônio de uma entidade – objetiva obter elementos de convicção que
permitam julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com princípios
fundamentais e normas de Contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes
refletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do
período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas.
Para Herzmann (2009, p. 29), a auditoria “pode ser entendida como o estudo e a avaliação das
transações. Procedimentos, operações do dia-a-dia das entidades, com o objetivo de emitir sua
opinião”. Desta forma, com podemos observar, há vários conceitos que definem auditoria e, para
ficar ainda mais claro, vamos detalhar o que é auditoria externa e auditoria interna.
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Como se pode observar, a auditoria é uma técnica autônoma entre as técnicas das Ciências
Contábeis. A auditoria externa ou auditoria independente, como também é conhecida, surgiu
como parte da evolução do sistema capitalista. Diante do crescimento das empresas, que no
início pertenciam a grupos familiares, ocorreu a necessidade de ampliar as instalações fabris e
administrativas. Houve também, consequentemente, o desenvolvimento tecnológico e o
aprimoramento dos controles e procedimentos internos, principalmente visando à diminuição de
custos, em função da concorrência e da competitividade, para se manter no mercado. Assim, para
acompanhar todas essas mudanças, houve a necessidade de empregar enormes recursos nessas
operações, fazendo com que as empresas tivessem de captar recursos com terceiros, na forma de
empréstimos bancários de longo prazo, ou abrindo seu capital social para novos sócios e
acionistas. Nesse sentido, os agentes bancários ou novos sócios, acionistas e “futuros
investidores”, precisavam conhecer a posição patrimonial e financeira e a capacidade de gerar
lucros das empresas. Havia, então, a necessidade de fornecer diversas informações para que o
investidor pudesse avaliar com segurança a liquidez e a rentabilidade de seu investimento.
Para Almeida (2008, p. 26), como consequência: As demonstrações contábeis passaram a ter
importância muito grande para os futuros aplicadores de recursos. Como medida de segurança
contra a possibilidade de manipulação de informações, os futuros investidores passaram a exigir
que essas demonstrações fossem examinadas por um profissional independente da empresa e de
reconhecida capacidade técnica.
Sendo assim, o trabalho de verificação da situação patrimonial e financeira das empresas passou
a ser realizado por um profissional independente, especializado em técnicas de auditoria, com
profundos conhecimentos de contabilidade e, sobretudo, das atividades das empresas.
Depois de aplicar testes de observância de acordo com a relevância de cada item a ser
considerado, o auditor emite sua opinião sobre a situação patrimonial e financeira das empresas.
Esta é a auditoria externa ou auditoria independente.
Com a expansão das atividades e dos processos, sentiu-se a necessidade de dar maior ênfase
às normas ou aos procedimentos internos, diante do fato de que, de acordo com o crescimento
das organizações, o administrador, ou proprietário da empresa, não poderia supervisionar
pessoalmente todas as etapas das diversas atividades de seu negócio.O auditor externo ou
independente, de acordo com a sua opinião, por meio de seu parecer sobre as demonstrações
contábeis, passou a emitir um relatório-comentário, no qual apresentava sugestões para
solucionar os problemas da empresa, detectados no curso normal de seu trabalho de auditoria.
Porém, o auditor externo ou independente, de acordo com a sua forma contratual de atuar,
passava pouco tempo em suas visitas na empresa.Desta forma, para atender a necessidade da
administração das empresas seria necessário um auditor mais permanente, que pudesse
executar sua atividade com maior grau de profundidade, conhecendo melhor as diversas
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Attie (2006, p. 52) explica que: A importância que a auditoria interna tem em suas atividades
de trabalho serve para a administração como meio de identificação de que todos os
procedimentos internos e políticas definidas pela companhia, os sistemas contábeis e de
controles internos estão sendo efetivamente seguidos, e todas as transações realizadas estão
refletidas contabilmente em concordância com os critérios previamente definidos.
Nesse sentido, surgiu a auditoria interna, como uma ramificação da auditoria externa ou
independente. O auditor interno é um funcionário da empresa, e dentro da organização ele não
deve estar subordinado àqueles cujo trabalho examina. O auditor interno também não deve
desenvolver atividades que possa vir um dia a examinar, para que não interfira em sua
independência.
A Auditoria Interna, colocada dessa forma, em nível recomendável para efeito do bom
controle Interno, ficaria situada da seguinte forma em uma estrutura organizacional:
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A Auditoria Operacional é uma atividade especializada exercida nas empresas, que compreende
o levantamento de dados e análise da produtividade e a rentabilidade das empresas; custos das
operações, do equilíbrio e do crescimento estrutural e patrimonial da empresa, incluindo a
situação financeira e a viabilidade econômico financeira dos projetos de ampliação dos negócios.
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A auditoria operacional pode ser desenvolvida tanto pela auditoria externa ou pela auditoria
interna, mas, por ser necessária uma aplicação de caráter permanente, aplica-se mais ao perfil
de auditoria interna.
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2.1 Eficiência: é a relação entre a obtenção de níveis máximos de produção com o mínimo de
recursos possíveis, tendo em conta a quantidade e qualidade apropriada e os recursos
utilizados para produzi-los ou atingi-los; menor custo, maior velocidade, melhor qualidade.
2.3 Eficácia: são os resultados obtidos que estão de acordo com os objetivos propostos pela
empresa ou organização, conforme as políticas estabelecidas, as metas operativas e outros
resultados e efeitos previstos.
Jung Jung (2006, p. 114) escreve que esse objetivo geral pode ser desdobrado em diversos
outros objetivos específicos, dentro do mesmo escopo, como, por exemplo:.
Avaliação dos controles gerenciais internos quanto à sua adequação e eficácia;
Identificação de falhas e irregularidades no ciclo operacional;
Validação do desempenho do setor auditado e do seu ciclo operacional;
Aderência das ações operacionais administrativas às políticas, aos planos e às
diretrizes;
Verificação das causas de ineficiência ou desperdícios.
Desta forma, podemos observar que o objetivo da auditoria operacional é dar subsídios para
todos os membros da administração, com o intuito de fazer melhorar a gestão na busca da
eficiência por meio da economicidade para atingir a eficácia.
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Para tanto, todas estas etapas que caracterizam a Auditoria Operacional (realizada de acordo
com o programa adequado às atividades da empresa/organização) visam à verificação das
atividades e processos na busca constante do aperfeiçoamento dos controles, da
racionalização dos processos e do aprimoramento da gestão administrativa e gerencial, de
forma a influenciar na tomada de decisões.
Para tanto, todas estas etapas que caracterizam a Auditoria Operacional (realizada de acordo
com o programa adequado às atividades da empresa/organização) visam à verificação das
atividades e processos na busca constante do aperfeiçoamento dos controles, da
racionalização dos processos e do aprimoramento da gestão administrativa e gerencial, de
forma a influenciar na tomada de decisões.
A finalidade da auditoria operacional é aplicar exames nos diversos setores a serem avaliados,
para observar se a empresa ou a organização desenvolve suas atividades adequadamente. A
auditoria operacional deve seguir o planejamento sobre as atividades e operações da empresa
ou organização, de acordo com a extensão dos exames a serem aplicados de forma ampla e
analítica. Jung (2006, p. 114), tendo em vista a finalidade da auditoria operacional, cita o
seguinte exemplo: Ao examinar a compra de 100 microcomputadores, o “auditor interno”
terá atingido os objetivos de sua tarefa, se verificar que a compra foi autorizada pela
autoridade competente; se foi realizado processo licitatório adequado; se os
microcomputadores foram pedidos e recebidos de forma correta; se a fatura do fornecedor foi
calculada corretamente; o eventual desconto também deduzido e o pagamento foi feito por
meio de cheque nominativo ao fornecedor e contabilizados corretamente.
Como se podem observar, as atividades da auditoria operacional vão além dos objetivos do
que as tarefas incluem. A auditoria operacional inclui, também, a verificação da necessidade
real de 100 microcomputadores e se os microcomputadores atendem às especificações e aos
fins a que estão propostos, de acordo com as necessidades especificadas pela empresa.Ao
observar o exemplo dos microcomputadores, podemos compreender que a finalidade da
auditoria operacional é seguir normalmente o planejamento ou plano de trabalho, que pode ser
considerado controle formal. Porém, as atividades no dia a dia da auditoria operacional
ultrapassam o controle formal e chegam até o que podemos qualificar como controle
essencial.
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A auditoria operacional vai além do que se propõe para certificar-se de que todos os cuidados
tenham sido tomados e que as pessoas envolvidas no processo realizaram corretamente sua
função
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Depois de vermos sobre os conceitos de auditoria e ver as diferenças entre auditoria externa e
auditoria interna, chegamos ao enquadramento do que é Auditoria operacional, suas
características, assim como suas finalidades e objetivos. Entretanto, precisamos entender que
as diversas nomenclaturas que vamos mencionar a seguir são modalidades de auditorias que
podemos caracterizar de acordo com a atividade desenvolvida pela Auditoria operacional.
Vejamos a seguir.
3.1 Auditoria de Gestão: auditoria que objetiva emitir opinião com vistas a certificar a
regularidade das contas, verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes e a
probidade na aplicação dos recursos e na guarda e zelo dos valores e do patrimônio das
empresas ou organizações.
3.2 Auditoria Especial: tem o objetivo de examinar fatos ou situações que não estejam
atendendo aos objetivos das empresas ou organizações. Normalmente, é realizada a partir de
fatos relevantes, de natureza incomum ou extraordinário, sendo realizada para atender
determinação expressa de autoridade competente, administração, sócios e acionistas, entre
outros.
3.4 Auditoria de Riscos: as auditorias de riscos são realizadas em função dos riscos que as
empresas e organizações possuem e de acordo com os fatos significativos que podem criar
uma situação de impossibilidade para consecução dos objetivos de negócios estabelecidos.
3.5 Auditoria de Sistemas: faz-se necessária nos dias atuais, com a consolidação do
departamento de T.I. (tecnologia e informação) nas estruturas organizacionais, que de forma
integrada estão presentes em todas as organizações, e deve levar em conta a observância e a
avaliação da segurança, da vulnerabilidade, do controle e do back-up.Enfim, todas as formas
de auditoria que estejam ligadas à atividade das empresas e organizações, seja o nome que
estiver sendo utilizado, podem ser consideradas uma auditoria operacional, se estiver
enquadrada nas características, finalidades e nos objetivos apresentados nesta unidade.
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4.2 Verificação, de acordo com as diversas atividades e rotinas, dos mais variados setores e
departamentos ou divisões da empresa ou organização e do cumprimento dos procedimentos
previamente estabelecidos pela administração e gerência.
4.3 Análise, de acordo com os acontecimentos das diversas atividades, dos vários relatórios e
registros sobre as operações, considerando se tais relatórios são reais, úteis e apresentam
informações completas e atualizadas.
Toda análise, verificação e todo acompanhamento das atividades precisam estar de acordo com o
que a empresa ou organização pretende com o trabalho a ser desenvolvido, mesmo considerando
as questões “presente/passado e presente/futuro”. Lembre-se que o passado das organizações é o
melhor parâmetro para aferir qualquer medição, medida ou definição de novas metas de acordo
com a capacidade instalada e de pessoal.
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Considera-se ainda que, além da utilização dos procedimentos e técnicas de uma auditoria
contábil e financeira, uma auditoria operacional precisa examinar os controles sobre as
operações ou controles operacionais, a gestão como um todo da organização e as estratégias,
de acordo com o planejamento da empresa ou organização, para poder avaliar a situação e
recomendar melhorias para atender esses planejamentos, controles e metas previstos
anteriormente.
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Conforme os procedimentos listados no quadro acima, devemos considerar que, além dos
apresentados aqui, é possível que haja outros necessários para a realização da auditoria
operacional. Entre eles citamos os seguintes:
Diante de tantas possibilidades e procedimentos que podem ser aplicados nos trabalhos de
auditoria operacional, é necessário avaliar a adequação da estrutura de controle pela qual cada
departamento operacional é responsável, considerando ainda o controle departamental das
operações, conforme as políticas estabelecidas pela empresa, bem como outros departamentos
relacionados.
Desta forma, a auditoria operacional inicia a análise por meio do organograma da empresa ou
organização. Caso não haja organograma, deve ser feito um de acordo com a empresa ou
organização para analisar a estrutura organizacional, revisar as políticas definidas e avaliar se
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estão sendo cumpridas, avaliar os procedimentos que estão definidos para condução dos
trabalhos em cada departamento e verificar se os controles realizados e as atividades nas diversas
operações estão de acordo e em conformidade com as descritas e coletadas nos levantamentos de
auditoria feitos por vias orais e escritas.
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Para o desenvolvimento da auditoria operacional são utilizadas técnicas para que o auditor, no
desenvolvimento de seus trabalhos, possa obter provas e evidências por meio de métodos ou
técnicas apropriadas.
Inspeção física;
Contagem dos itens físicos;
Técnicas de fluxograma;
Exames, ou obtenção, de comprovantes autênticos;
Confirmação externa por meio de circularização;
Revisão profunda dos critérios de avaliação e exame de sua conformidade com as
políticas e metas estabelecidas pela empresa ou organização.
A contagem dos itens físicos é uma técnica muito utilizada nas organizações. Muitas
empresas fazem contagem periódica (em períodos a serem estabelecidos) e outras fazem em
caráter permanente (contínuo). Os trabalhos de auditoria devem fazer o inventário, não só
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para assegurar que a contagem e o controle dos estoques estão sendo feitos corretamente, mas
para verificar que todos os itens que devem ser inventariados estão sendo contemplados.
Segundo Marra e Franco (1992, p. 234), de acordo com os itens físicos, “Os estoques de
produtos, matéria-prima, materiais secundários, almoxarifado de reposição, materiais e
produtos em processo de fabricação, mercadorias e semelhados, são inventariados fisicamente
na data determinada”.
Para realização do inventário ou contagem física, devem ser estabelecidas instruções quanto
aos critérios a serem adotados de acordo com o tipo de estoque a ser contado. Além disso, as
instruções devem ser levadas a todos os integrantes da equipe responsável pela aplicação do
inventário, anotações e verificações, para que o serviço seja feito de maneira uniforme, em
horários estabelecidos e em boa ordem.
Durante os trabalhos do inventário, deve-se ter muito cuidado com produtos inventariados e,
principalmente, com os itens obsoletos, estragados, defeituosos etc. Esse tipo de problema em
produtos inventariados acontece e deve ser feita sua desvalorização correta para não
apresentar um falso resultado sobre o inventário.
Esse tipo de problema com produtos obsoletos é comum em gêneros alimentícios, remédios,
produtos que possuem prazo de validade. O tratamento dado a produtos nessa condição é de
inutilização, não aproveitando nada.
Ainda é importante mencionar que sobre estoques em poder de terceiros, caso de armazéns
gerais, produção terceirizada, entre outras situações, deve ser procedida a confirmação por
meio de circularização (que vamos detalhar na sequência no item 3.5). Ou ainda proceder a
contagem in loco, de acordo com a autorização das partes envolvidas.
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No caso dos processos, deve-se, com base nas técnicas apresentadas anteriormente, elaborar
um fluxograma que permita a visualização das rotinas das atividades e das diversas etapas que
a empresa possui. Também devemos lembrar que a contagem física, já comentada
anteriormente, é ponto fundamental para confirmação dos saldos dos registros legais.
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destinatários, cálculos, entre outros pontos intrínsecos, sem deixar de conferir se o lançamento
tem a correspondente contrapartida e se está adequado.
Neste sentido, a circularização consiste em fazer com que o cliente expeça cartas dirigidas a
empresas ou pessoas com as quais mantém relação de negócios, solicitando que confirmem
em carta dirigida diretamente ao auditor qual a situação desses negócios, em data
determinada.
Duplicatas;
Bancos e instituições financeiras;
Fornecedores;
Depositários de estoques, entre outros.
Os padrões desses documentos são escritos e assinados pela empresa solicitante, mas as
respostas devem ser endereçadas ao departamento de auditoria operacional. Assim, o
departamento de auditoria operacional deve, depois de feitas as cartas de circularização,
exercer supervisão da postagem, do endereçamento, para assegurar-se de que as cartas de
circularização foram remetidas.
Uma vez recebidas as respostas das cartas, elas serão confrontadas e, se for o caso,
conciliadas com os registros da empresa. O resultado desse confronto dará ao departamento
de auditoria operacional condições para avaliar o grau de confiabilidade e certeza dos
registros da empresa e organização.
É importante salientar que muitas cartas não são respondidas. Presume-se que o destinatário
não teria nada a contestar. Por este motivo, em alguns casos, dependendo da necessidade de
conformação que julgue importante a resposta, o departamento de auditoria operacional fará
expedir segunda ou terceira carta, reiterando o pedido e insistindo na resposta.
Para saber para quais clientes, bancos ou fornecedores devem ser enviados as cartas de
circularização pelo departamento de auditoria operacional, é preciso escolher de acordo com a
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relevância e importância que o assunto requer, lembrando ainda que em relação a saldos
antigos registrados sem movimentação ou liquidação pode existir maior grau de probabilidade
de erros.
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Outro ponto muito importante a considerar é verificar, por meio das atas de diretoria e do
planejamento estratégico da empresa ou organização, as políticas e as metas estabelecidas,
que normalmente sejam definidas no início de cada ano em função dos resultados e das
metas que a organização deseja alcançar.
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Os controles internos devem, à medida que são definidos e passam a ser realizados, produzir
informações que serão registradas por meio de dados, que, por sua vez, serão registros
contábeis confiáveis, assim ajudando a administração na conduta e na certeza de que o que
está acontecendo nas diversas atividades da organização ou empresa está alinhado com o
negócio previamente definido e estabelecido.
Jung (2006, p. 381) entende sobre controles internos que eles são“todos os instrumentos da
organização destinados à vigilância, fiscalização e verificação administrativa, que permitam
prever, observar, dirigir ou governar os acontecimentos que verificamos dentro da empresa e
que produzam reflexos em seu patrimônio”.
Com você pôde observar, o controle interno nas organizações é todo esforço reunido por
métodos e medidas estabelecidas e coordenadas, adotado pela organização ou empresa para
salvaguardar seus ativos, verificar a adequação e confiabilidade dos seus dados contábeis,
promovendo a eficácia operacional pelo cumprimento das políticas e rotinas administrativas
fixadas pela organização ou empresa por sua gestão.
Chamamos controle qualquer ação executada pelas gerências, diretoria e outros para
aperfeiçoar o gerenciamento de risco e incrementar a probabilidade de que os objetivos
estabelecidos e as metas hão de ser atingidos. A equipe de gerentes planeja, organiza e dirige
o desempenho de ações suficientes para prover razoável segurança na obtenção desses
resultados.
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Quando a American Institute of Certified Public Accountants – AICPA emitiu seu conceito
sobre controle interno, o qual, por sua abrangência e ampla divulgação, acabou tornando-se
referência internacional, classificou os controles internos, segundo o Statement Auditing
Standarts (SAS) nº 1, em:
Mas essa classificação não é a única que existe; outros autores e órgãos também fazem a
classificação dos controles internos. Segundo o Instituto dos Auditores Independentes do
Brasil (Ibracon -1998), no enfoque do auditor, os controles internos podem ser classificados
da seguinte forma:
Controles diretos:
- independentes - aplicados por pessoas que não participam do processo, por exemplo,
a auditoria interna;
- de salvaguarda de ativos.
Como se pode observar, existe mais de uma classificação, não existe um único sistema-
modelo a ser seguido, mas alguns princípios são essenciais à elaboração e ao
estabelecimento de um sistema de Controle Interno.
Assim, Pinho (2007, p. 48) afirma que um adequado sistema de controle interno está
baseado nos seguintes pilares:
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Estoques;
Investimentos;
Imobilizado;
Fornecedores;
Outras obrigações;
Vendas;
Recebimentos;
Compras;
Pagamentos em geral;
Folha de pagamento;
Assuntos diversos de interesse da organização.
É importante salientar que um sistema de controle interno deve procurar atender as necessidades
de acordo com os interesses da organização, lembrando que o controle deve ser o mais simples
possível, porém respeitando os pilares conforme apresentamos anteriormente.
Há que se levar em conta as particularidades e os detalhes específicos que são inerentes a cada
organização ou empresa, de acordo com o seu ramo de atividade e porte. Mas vale ressaltar que
alguns critérios e princípios mínimos básicos devem ser observados no momento da implantação
para um adequado sistema de controle interno.
7.3.2 Responsabilidade
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A empresa deve limitar o acesso dos funcionários a seus ativos e estabelecer controles físicos
sobre eles, obedecendo ao regimento/estatuto e organograma adequados, em que a definição
de autoridades e consequentemente responsabilidades sejam claras e satisfaçam as
necessidades da organização.
Não adianta a empresa implantar um excelente sistema sem que alguém verifique
periodicamente se os funcionários estão cumprindo o que foi determinado no sistema, ou se o
sistema interno está exatamente de acordo com o grau de observância das políticas
estabelecidas pela administração.
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Os controles internos a serem avaliados podem ter diversos meios, como registros, livros,
fichas, mapas, boletins de produção, papéis, formulários, pedidos de compras, notas fiscais,
faturas, documentos, guias, impressos, ordens internas, regulamentos e demais instrumentos
da organização ou empresa, que formam o sistema de segurança contemplando a vigilância,
fiscalização e verificação das atividades e ocorrências de todos os fatos que acontecem no dia
a dia das organizações e empresas que estão relacionadas com o funcionamento e o
patrimônio da organização ou empresa.
Fluxograma;
Revisão analítica;
Questionários de controles internos.
O fluxograma já foi apresentado anteriormente. Ele fornece ao auditor que está fazendo a
avaliação uma visão mais completa do fluxo da documentação e das informações na
organização ou empresa.
Herzmann (2009, p. 45) define revisão analítica como “a análise estatística dos controles
contábeis, com o objetivo gerencial. Tem como finalidade dar segurança a respeito da
exatidão do sistema contábil através da determinação da consistência e razoabilidade de
variáveis estatísticas, relatórios, etc.”.
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É preciso ainda considerar que o modelo abaixo descrito é só um modelo hipotético, que
atende em linhas gerais, mas todas as áreas devem ser avaliadas por meio questionário
apropriado, de acordo com a necessidade do item, subgrupo ou operação a ser avaliada.
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Diante dos diversos modelos de questionários de controles internos, você pôde observar a
importância do auditor responsável em fazer a adequação desses questionários ou desenvolvê-
los de acordo com a necessidade da empresa ou organização, ainda, destacando-se que a
experiência do auditor é importante para o desenvolvimento do processo de análise sobre o
controle.
7.5.1 - Introdução
A Auditoria Interna vem passando por mudanças bastante profundas, que envolvem não só
alterações no instrumental e na metodologia, como também na sua própria função nas
empresas.
Muito se tem falado sobre controles internos. O que é um controle interno? É um normativo?
É um sistema? Afinal, para que serve um controle interno? É uma ferramenta para auxiliar as
operações de uma empresa ou para atrapalhar? É um instrumento que só é útil à auditoria ou a
toda empresa?
7.5.3.1 - Definição
"Controle Interno é um processo, desenvolvido para garantir, com razoável certeza, que
sejam atingidos os objetivos da empresa, nas seguintes categorias:
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De acordo com a definição acima, o objetivo principal dos controles internos é auxiliar a
entidade atingir seus objetivos. Controle interno é um elemento que compõe o processo de
gestão.
Controle interno proporciona uma garantia razoável, nunca uma garantia absoluta. Controle
interno efetivo auxilia a entidade na consecução de seus objetivos, mas não garante que eles
serão atingidos. E por que? Por vários motivos:
custo/benefício: todo controle tem um custo, que deve ser inferior à perda decorrente
da consumação do risco controlado;
conluio entre empregados: da mesma maneira que as pessoas são responsáveis pelos
controles, estas pessoas podem valer-se de seus conhecimentos e competências para
burlar os controles, com objetivos ilícitos.
eventos externos: eventos externos estão além do controle de qualquer organização.
Exemplo disso, foram os acontecimentos do dia 11/09/2001, nos Estados Unidos.
Quem poderia prever ou controlar os fatos ocorridos?
Como vimos, controle interno é um processo. Este processo é constituído de 5 elementos, que
estão interrelacionados entre si, e presentes em todos o controle interno. Os 5 elementos são:
Ambiente de Controle
Avaliação e Gerenciamento dos Riscos
Atividade de Controle
Informação e Comunicação
Monitoramento
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A postura da alta administração desempenha papel determinante neste componente. Ela deve
deixar claro para seus comandados quais são as políticas, procedimentos, Código de Ética e
Código de Conduta a serem adotados. Estas definições podem ser feitas de maneira formal ou
informal, o importante é que sejam claras aos funcionários da organização. O exemplo "vem
de cima": quem dá o tom de controle da entidade são seus principais administradores.
Dicas
Avaliação de riscos é a identificação e análise dos riscos associados ao não cumprimento das
metas e objetivos operacionais, de informação e de conformidade. Este conjunto forma a base
para definir como estes riscos serão gerenciados.
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Como auxílio neste processo de identificação dos riscos, sugerimos que o auditor responda as
perguntas abaixo, para cada objetivo elencado, anotando as respostas que representarem uma
ameaça possível:
Uma vez identificados os riscos, devemos avaliá-los, levando em conta os seguintes aspectos:
Dicas
Certifique-se que a entidade tenha uma missão clara, e que as metas e objetivos
estejam formalizados
Avalie os riscos a nível de dependência e setor
Avalie os riscos a nível de processo
Elabore um papel de trabalho para cada atividade relevante, priorize as atividades e
processos mais críticos e aquelas que podem ser melhoradas.
São aquelas atividades que, quando executadas a tempo e maneira adequados, permitem a
redução ou administração dos riscos. As atividades de controle compreendem o que, na
sistemática de trabalho anterior à do COSO, era tratado como controle interno. Podem ser de
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O processo de comunicação pode ser formal ou informal. O processo formal acontece através
dos sistemas internos de comunicação - que podem variar desde complexo sistemas
computacionais a simples reuniões de equipes de trabalho - e são importantes para obtenção
das informações necessárias ao acompanhamento dos objetivos operacionais, de informação e
de conformidade. O processo informal, que ocorre em conversas e encontros com clientes,
fornecedores, autoridades e empregados é importante para obtenção das informações
necessárias à identificação de riscos e oportunidades.
Dicas
7.5.3.2.5 - Monitoramento
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Um dos grandes dificultadores das novas tecnologias é conciliar a teoria com a prática. É
comum ser tortuoso e sofrido o caminho que leva o profissional a entender, como os novos
conceitos são aplicados em sua atividade. O presente roteiro não tem a pretensão de eliminar
este caminho, pretende apenas torná-lo menos "sofrido".
7.5.4.1 - Objetivo
O primeiro passo é definir qual o objetivo que vamos auditar. No caso do Banco, já temos os
riscos pré-definidos, mas na maioria dos casos esta definição deve ser mais aprofundada. Os
riscos definidos pressupõem uma atividade, com os respectivos objetivos pré-estabelecidos.
Levante o maior número de informações sobre os seguintes pontos:
Quais são as metas traçadas para o objetivo que vai ser auditado. Levante números que
permitam uma medição clara e objetiva (valores, quantidade, etc...).
Quais são os sistemas e relatórios que permitirão o acompanhamento das metas
traçadas.
Quais as leis e normativos que regem o objetivo que vai ser auditado.
7.5.4.2 - Riscos
Passo 3: Para cada risco elencado, verifique quais são, em sua opinião, as atividades de
controle que, se conduzidas de maneira adequada, podem mitigar ou permitir o gerenciamento
do risco. Como auxílio, utilize as atividades de controle do subtítulo "Atividades de Controle"
- veja quais, dos controles elencados, podem ser usados, e quais, em sua opinião, são os mais
recomendados para o risco em análise.
Passo 4: Verifique, para cada atividade de controle apontada, quais as que já estão sendo
cumpridas e estão sendo efetivas (estão efetivamente permitindo a mitigação/gerenciamento
do risco). Esta também é a ocasião para identificar as fontes de informações, métodos de
comunicação e atividades de monitoramento. Assinale S para os casos em que os controles
estão sendo efetivos e N para os casos em que não estão.
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Passo 5: Elaboração do PT. Para os assinalamentos „N‟, elabore as perguntas para avaliar as
ocorrências: as perdas estão acontecendo? A probabilidade do risco ocorrer é grande? Os
gestores estão cientes destes riscos?
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Em geral, a auditoria operacional procura realizar suas atividades em torno das operações da
empresa ou organização na qual está inserida, examinando e avaliando os sistemas de controles
internos que vão dar suporte para as auditorias independentes, para determinar se as
demonstrações contábeis ou financeiras e os respectivos registros contábeis merecem ou não
confiança. Isto é, os trabalhos da auditoria operacional estão estruturados de forma a validar a
situação dos diversos grupos de contas e aspectos do patrimônio que são frutos dos resultados
das operações que devem ser examinadas.
Os trabalhos são realizados de acordo com a natureza da auditoria operacional e através de suas
técnicas, que reconhecem uma série de afirmações, apresentadas como verdadeiras pela
administração da empresa, que define e é responsável pela execução e o resultado alcançado ou
apresentado.
A auditoria operacional atua juntamente com a administração sobre os aspectos a serem refeitos
ou melhorados. Uma vez aceita sua opinião e as sugestões a serem implementadas com o intuito
de provocar melhorias no processo, a auditoria operacional apresenta a real situação dos diversos
aspectos patrimoniais, que irão suportar as demonstrações contábeis ou financeiras.
A finalidade da auditoria operacional é a emissão de uma opinião que está fundamentada nos
procedimentos aplicáveis para verificar a fidelidade dessas afirmações e para se traçar um plano
estratégico de levantamentos dos pontos básicos, com o intuito deauxiliar os processos seguintes
das etapas que a auditoria operacional deva realizar.
Procura-se, por intermédio da leitura e visualização de cada fator, buscar a origem dos dados, a
complexidade, a relevância e o levantamento de perguntas a cada afirmação que venha a auxiliar
a confecção de um bom planejamento de trabalho.
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Observando o roteiro apresentado sobre a análise da afirmação, podemos observar que sua
análise permite identificar várias “afirmações” descritas por bens, direitos e obrigações a
cumprir, originados e lastreados em diversas naturezas, sendo cada verificação,
isoladamente, uma afirmação.
Deste modo, identificado a origem e a natureza das afirmações, épossível determinar os itens
cuja comprovação seja necessário, inclusive quanto ao grau de importância a ser dado a cada
uma das afirmações.
8.2.2 Planejamento
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deve ser fundamentado e funciona como um mapa estrategicamente montado para fazer
percorrer as mais diversas rotinas e atividades com o intuito de identificar a real situação da
entidade. Ainda através do planejamento, são estabelecidos antecipadamente o que deve ser
feito, como e onde, quando e por quem, em nível de detalhes suficientes, sem sair do foco
principal
8.2.3 Conhecimento
Neste primeiro momento, estudamos a natureza dos processos e da análise da afirmação sobre
as atividades da auditoria operacional. No segundo momento, vamos estudar os aspectos
administrativos e de controle da auditoria operacional, visando às vantagens para
administração da empresa ou entidade, além das vantagens para os investidores e vantagens
para o fisco.
A auditoria, em linhas gerais, conta com um caráter preventivo e não policialesco. Em especial, a
auditoria operacional que é realizada em caráter permanente, pois ela se constitui em um
diferencial competitivo para as organizações que contam com estas atividades.
Uma das principais vantagens da permanência de uma auditoria operacional, de acordo com sua
abrangência, além de fatores técnicos e fatores psicológicos, é que as pessoas, ao saberem que há
um controlador, inibem qualquer iniciativa de cometer irregularidades.
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Contabilidade;
Sistema de informática;
Folha de pagamento;
Faturamento;
Estoques;
Processos de produção;
Controles internos sobre segurança, orçamento, entradas e saídas de pessoal, ponto,
horas extras, perdas, entre outros.
8.4.2 Assegura maior correção dos registros contábeis baseado em evidências que venham a
afiançar a real ordem e registro deve ser considerado.
8.4.4 Dificulta desvios e erros sobre os saldos de bens patrimoniais e pagamentos indevidos
sobre as despesas.
8.4.6 Contribui para obtenção de melhores informações sobre a real situação econômica,
patrimonial e financeira das empresas.
8.5.1 Os trabalhos de auditoria operacional contribuem para maior exatidão da elaboração das
demonstrações contábeis ou financeiras das empresas ou organizações.
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8.5.2 Também possibilitam melhores informações sobre a real situação econômica, patrimonial e
financeira das empresas ou organizações.
8.5.3 Sobretudo, asseguram a maior exatidão dos resultados apurados de acordo com o
acompanhamento dos diversos controles que contribuem para o fechamento.
Devemos sempre lembrar que o governo (fisco) autoriza as empresas a funcionarem e, desta
forma, cobra sua parte através dos tributos sobre as atividades e os negócios para manter os
serviços que deve prestar à sociedade, como educação, segurança, saneamento, entre outros.
Assim, a auditoria operacional também apresenta papel de destaque para o fisco, como no
tocante às vantagens que seguem:
8.6.1 Permite maior exatidão e confiabilidade sobre a elaboração das demonstrações contábeis
ou financeiras apresentadas.
8.6.3 Contribui para maior observância e obediência das leis fiscais vigentes no país.
Há alguns pontos a serem considerados no planejamento da auditoria, para que sejam tomadas
decisões importantes sobre a extensão dos trabalhos, como, por exemplo:
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Assim, existe algum risco de que as demonstrações contenham algum erro que o auditor não
conseguiu detectar durante os trabalhos aplicados de auditoria.
Segundo Boyton (2002, p. 181): Se o auditor interpretar que segurança razoável representa 99%
de certeza de que as demonstrações contábeis não contêm classificação indevida relevante, o
risco de auditoria será de 1%; se interpretar que é 95%, o risco será de 5%. O desafio último da
auditoria é que auditores não podem examinar todas as possíveis evidências referentes a todas as
afirmações referentes a todos os saldos de contas e classes de transações. O modelo de risco de
auditoria orienta auditores na coleta de evidência, para que eles possam atingir o desejado grau
de segurança razoável.
Os riscos da auditoria não devem ser considerados apenas sobre a relevância dos saldos
materiais de cada conta ou classe de transação, mas devem ser compreendidos como riscos da
auditoria três componentes:
8.8.1.2 Riscos de controle: é o risco de que um erro ou classificação indevida sobre materiais que
possam constar de uma afirmação não seja evitado ou detectado tempestivamente pelos controles
internos da entidade.
8.8.1.3 Riscos de detecção: é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação
indevida de materiais que existam em uma afirmação.
Deve-se considerar que quanto mais a auditoria ocorrer em tempo real sobre os controles
internos, maior a segurança e menor o risco, pelo fato de que os problemas, os acontecimentos e
os eventos, bem como as pessoas envolvidas no processo estão presentes para relatar e compor
em detalhes as diversas situações que ocorrem no dia-a-dia das empresas.
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Assim, através das técnicas e execução aplicadas cabe ao auditor identificar e atestar a validade
de qualquer informação que afirme e contribua para a formação da confirmação sobre a situação
real patrimonial. Isto é realizado através das diversas etapas que a empresa possui em sua
atividade, a partir da extensão e da profundidade que cada parte ou etapa do negócio requer, até
que se obtenham provas materiais que comprovem, satisfatoriamente, a afirmação analisada.
Mas os trabalhos da auditoria operacional precisam estar atrelados ao objetivo que se deseja
atingir de acordo com as metas a serem alcançadas, como exemplo, podemos citar a inspeção
física realizada sobre os ativos permanentes da empresa ou organização, que tem como
finalidade confirmar uma prova material e satisfatória sobre a existência e situação do mesmo.
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Conferências de cálculos
Observação de procedimentos por meio de investigação minuciosa
Realização de entrevistas
Aplicação de questionários
Inquéritos
Aplicação de circularização
Ponto de controle
Definição da amostra
Confidencialidade de informações
Verificação in loco
Acompanhar o planejamento
Diante das constatações já mencionadas, será definida a amostragem para análise física,
realizada nas dependências da empresa ou organização, considerando, também, o ambiente, a
forma de manuseio, a organização e o arquivamento dos documentos.
Ainda é importante considerar o nível de segurança que a empresa ou organização tem em seu
ambiente quanto à proteção e manuseio dos documentos em seus vários setores
organizacionais, como, por exemplo:
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a) controle de acesso físico: se somente pessoas autorizadas tem acesso , por exemplo, a
talões de cheques, talões de notas fiscais, entre outros documentos importantes no
desenvolvimento da atividade;
b) características de preenchimento dos documentos quanto a rasuras, adulterações,
falsificações de assinaturas, complementações, entre outras;
c) cuidados quanto a acidentes e proteção contra catástrofes de incêndios, enchentes,
inundações e desabamento.
As contagens físicas são procedimentos importantes para garantir a existência dos ativos da
empresa ou organização. Normalmente, deve ser feita em todos os setores, considerando tudo
que existe neles, como, por exemplo:
a) contagem das instalações: deve-se contar todos os itens existentes na organização, como
mesas, cadeiras, prateleiras, máquinas, equipamentos diversos, ferramental, etc. Lembre-se
que, dependendo da empresa, esta atividade pode ser muito grande, por estar relacionada com
tudo que a empresa possui;
b) contagem de matéria-prima: imagine em uma indústria como esta atividade pode ser ampla
e importante para o desempenho, controle e planejamento;
c) contagem de todos os insumos e materiais de consumo: são milhares de itens a serem
considerados dependendo do tipo de empresa, mesmo em empresas menores;
d) contagem dos produtos acabados: contagem que vai dar condição de elaborar a separação
de pedidos, processar as entregas ou definir a elaboração de novos lotes e assim por diante;
e) contagem de pessoas envolvidas no processo e na atividade da empresa ou organização;
f) contagem de todas as operações e processos que a empresa ou organização possui.
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Ainda é importante considerar que para a realização da contagem física, o auditor deve estar
informado sobre a unidade de medida utilizada para cada tipo de produto ou item a ser
contado, principalmente com relação ao estoque.
Também para a realização da contagem física, o auditor deve ter alguns cuidados a
considerar, como, por exemplo:
Toda contagem realizada deve ser acompanhada pelo responsável pelo ativo, pelo
estoque, pelo imobilizado ou pelo item que esteja sendo conferido;
Feita a contagem física, deve-se tomar o cuidado de elaborar um papel de trabalho
com todas as informações pertinentes, que deve conter a rubrica do auditor e do
auditado;
Realizar a confrontação das quantidades apuradas com os registros de controle e a
contabilidade sobre todas as operações existentes;
Registrar no relatório todas as divergências encontradas que deverão estar anotadas no
papel de trabalho, indicando as prováveis e possíveis causas das divergências e, se
possível, apresentar as soluções para possíveis correções e providências a serem
tomadas.
Deste modo, para um bom desenvolvimento desta atividade, é recomendável que o auditor
tenha um bom conhecimento sobre o tipo de contagem que deve ser feita, assim como sobre o
local e as dimensões, e considerar também qual o momento ideal para a aplicação da
contagem física. Um fator importantíssimo é considerar o fator surpresa.
Como podemos observar, estas atividades são correlacionadas, mas exigem uma análise
detalhada e minuciosa de acordo com a origem ou destino dos itens a serem verificados.
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Para Attie (2006, p. 138), esta técnica é amplamente utilizada em virtude de a quase totalidade
das operações dentro da empresa estar voltada para este processo contábil. Não se deve, em
qualquer que seja a situação, subestimar essa técnica, que pode revelar as situações em que
erros possam ter sido cometidos e que levaram, consequentemente, a distorções nas
demonstrações financeiras.
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A realização de entrevistas é a forma mais eficiente de captar informações dos profissionais e das
pessoas dos vários setores auditados.
Para obter uma eficiente atuação e um bom resultado da entrevista, devem ser tomados alguns
cuidados em sua aplicação. São eles:
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Como se pode observar, a realização de uma simples entrevista requer bastante preparo por
parte do auditor e planejamento da auditoria, pois uma boa entrevista pode contribuir muito
para o andamento dos trabalhos a serem aplicados.
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Este modelo de questionário sobre as atividades da empresa deve ser adaptado, modificado e, até
mesmo, criado de acordo com a experiência do auditor e com a necessidade que a atividade ou o
departamento requerem para uma boa aplicação e para a avaliação a ser considerada em linhas
gerais do negócio, dos produtos ou serviços desenvolvidos.
9.8 Inquéritos
[...] procedimento de auditoria, pode ser utilizado através de declarações formais, conversações
normais ou sem compromissos. Quando da aplicação do inquérito, o auditor deve ter em mente
que as respostas obtidas deverão ser examinadas para a comprovação das informações recebidas.
O inquérito é uma das técnicas mais utilizadas pelo auditor no curso de sua atividade de
auditoria operacional: na coleta de informações, na obtenção de conhecimentos do sistema de
controle interno, na obtenção de dados identificando as informações contidas através das
várias tarefas executadas ou nas explicações necessárias às matérias em exames.
No curso das atividades de inquérito, à medida que ocorre umaprofundamento do assunto, deve
haver, entre a pessoa entrevistada e o auditor, aceitação mútua e respeito. Normalmente, as
entrevistas envolvem vários pontos de vista, e nem sempre o que se quer saber é dito, mas o
auditor deve estar focado em coletar informações verdadeiras baseadas em fatos reais e
relevantes, que possam ser comprovadas.
Os inquéritos podem ser aplicados de diversas formas, a cerca do aumento ou da diminuição das
vendas, sobre a posição dos investimentos, sobre a utilização dos recursos materiais quanto ao
uso ou obsolescência, sobre a existência de títulos a receber com atrasos, sobre as causas
prováveis e sobre averiguação dos controles internos existentes quanto a sua eficiência ou não.
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Para tanto, podemos destacar como rotinas do ponto de controle algumas atividades
desenvolvidas durante o desenvolvimento da auditoria operacional, como as que seguem:
c) operações, atividades e controles que apresentam as rotinas e dão respaldo através dos
controles internos;
d) irregularidades detectadas; e
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9.11 Amostragem
Outro ponto a se considerar é estabelecer regras para a definição da amostra. Isto permite
maior velocidade e evita aplicação de testes repetitivos. É importante, então, definir algumas
regras para a obtenção da amostra:
A escolha de uma amostra de acordo com estas regras permite a segurança necessária para
realização dos trabalhos de acordo com o universo, considerando ainda alguns aspectos, como
a escolha de contas sem movimentação, de contas com o maior saldo, de contas com
movimentação muito irregular sem uma característica de comportamento, de contas com a
maior intensidade na movimentação, de contas que apresentam anomalias no saldo, etc.
Toda confidencialidade exige sigilo e ética dos profissionais envolvidos na atividade quanto
ao acompanhamento dos processos, a segregação das atividades e a sugestão de correção na
busca da melhoria e da eficácia do negócio.
A verificação in loco permite a comprovação, através da presença física diante dos objetivos
dos trabalhos, das condições da situação operacional do ambiente auditado de acordo com o
conhecimento e a familiaridade da empresa ou organização.
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Deste modo, a auditoria operacional precisa, através do convívio com as diversas áreas,
supervisionar os padrões definidos, as etapas cumpridas e o método dos trabalhos conforme o
enfoque do negócio e as metas e os padrões estabelecidos.
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Voltar ao sumário
Os trabalhos de auditoria operacional, de acordo com o que estudamos até agora, através dos
procedimentos e das técnicas de execução, através do levantamento feito por meio de
questionários, entrevistas, verificação in loco e através das demais atividades desenvolvidas
contribuem para a formação do diagnóstico, cujo objetivo básico é subsidiar a tarefa de
identificação dos pontos fracos e fortes da empresa ou organização. Com estas informações,
elaboram-se projetos de atuação de acordo com as necessidades específicas detectadas
Para formação do diagnóstico, é necessário obter algumas respostas através dos trabalhos de
auditoria operacional – que podem ser bastante amplos, por ser, por exemplo, a auditoria
operacional de caráter permanente um organismo da empresa ou organização, parte do staff da
direção. Deste modo é possível apresentar várias considerações para formação do diagnóstico.
Como exemplos, apresentamos alguns aspectos operacionais sobre produto, departamento
comercial e controles diversos:
a) Os atuais produtos ou serviços da empresa (doravante diremos apenas produtos, mesmo nos
referindo a serviços) realmente satisfazem às necessidades dos clientes? Existe alguma
fidelidade do cliente em relação ao produto? Qual o uso que o cliente faz do produto? Qual a
frequência de cancelamento de pedidos? As reclamações sobre os produtos são estudadas com
a finalidade de serem sanadas? Como funcionam os serviços pós-venda, elas contribuem para
a consolidação da clientela?
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A estruturação do diagnóstico está associada aos resultados obtidos a partir das atividades
desenvolvidas pela empresa, detectados durante os trabalhos de auditoria operacional. Assim,
oferecemos algumas dicas para formação da estruturação do diagnóstico a seguir.
1º) Ao aplicar cada pergunta de acordo com os trabalhos, questionários, entrevistas, entre as
diversas técnicas de execução da auditoria operacional, realizar:
2º) De acordo com cada item investigado por área específica, detalhar a área e formalizar a
interrogação, obtendo um sim ou um não. Na sequência, realizar comentário justificando a
resposta alcançada:
Estas formas de estruturação sugeridas do diagnóstico devem ser elaboradas em cada etapa, de
acordo com as atividades realizadas em cada área, departamento ou setor, com o objetivo de
facilitar a leitura e a interpretação dos resultados obtidos durante os trabalhos de auditoria
operacional realizados.
Todos os resultados obtidos de maneira empírica e sistemática irão fazer com que sejam
identificados os pontos fracos e os pontos fortes da empresa ou organização, de cada setor,
departamento ou área de atuação. Estes resultados irão facilitar o entendimento da real
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situação, para que a auditoria operacional possa fazer as sugestões para as devidas
implementações de melhorias na continuidade do negócio, considerando os princípios da
auditoria operacional já apresentados, os três Es: eficiência, economicidade e eficácia.
Voltar ao sumário
Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhes suficientes para propiciar o
entendimento e o suporte da auditoria executada, compreendendo a documentação do
planejamento, a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria, bem
como o julgamento exercido pelo auditor e as conclusões alcançadas.
11.1.1 Conceito
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Os Papéis de Trabalho devem ser preparados tendo-se em mente seu completo entendimento
por outro auditor que não teve ligação direta com o trabalho. É comum a consulta aos Papéis
de Trabalho em anos posteriores para se prestar esclarecimentos ou informações sobre algum
aspecto a área auditada.
Assim, podemos considerar nossos Papéis de Trabalho completos e perfeitos, toda vez que
tivermos possibilidade de responder satisfatoriamente às seguintes questões, com relação ao
conteúdo:
De modo geral, o arquivo permanente deve conter assuntos que forem de interesse para
consulta sempre que se quiserem dados sobre o sistema, área ou unidade objeto da auditoria.
Os papéis e anexos dessa natureza não devem ser incluídos nos arquivos Correntes, nem
duplicados por material neste arquivo, mas devem ser conservados somente no Permanente.
Referências cruzadas adequadas e o uso conveniente do arquivo Permanente tornarão tais
duplicações desnecessárias.
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Como cada serviço tem características próprias, o conteúdo do arquivo Permanente pode,
naturalmente, variar. Assim, apresentamos a seguir, exemplos de materiais geralmente nele
incluído:
Os Papéis de Trabalho devem ser delineados e elaborados de forma que apresentem detalhes
importantes à atenção de quem os use ou examine. Uma auditoria envolve tantos detalhes, que
itens importantes podem passar despercebidos como resultado da elaboração insatisfatória de
Papéis de Trabalho.
Os papéis devem ser organizados de forma que facilitem o confronto de dados relacionados
entre si. Para tanto, a estrutura em que são enquadrados é, em linhas gerais, a seguinte:
a) Folhas Índices
São papéis que apenas listam as várias áreas alvo dos exames de auditoria e a referência do
papel de trabalho onde podem ser encontradas as evidencia dos exames e dos levantamentos
executados.
Usualmente há uma folha mestra separada para cada área importante dos exames. Essas folhas
mestras resumem as áreas individuais de exames e dão informações gerais. Por exemplo, a
folha mestra para exame na área de trabalho pode indicar apenas os saldos contábeis por
natureza de contas (movimento, arrecadação, pagamentos, etc.).
c) Folhas Subsidiárias
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Usualmente, há uma ou mais folhas de detalhe em apoio de cada mestra, na qual é registrado
o trabalho de auditoria e documentam as informações obtidas. Essas folhas contêm o registro
da análise e testes efetuados, e devem trazer a opinião do auditor quanto ao resultado
alcançado. Subfolhas de detalhes devem ser preparadas quando necessárias para testes dos
dados que comprovam as transações ou para efetuar outros trabalhos de auditoria necessários.
d) Organização
Para arquivamento dos Papéis de Trabalho Correntes é aconselhável que as pastas individuais
sejam de pequeno volume, de modo a facilitar o manuseio. Por conseguinte, os papéis devem
ser distribuídos em tantas pastas quanto forem necessárias, dependendo do vulto do trabalho.
A seqüência dos papéis, não obstante o número das pastas individuais deve ser relativamente
uniforme para todos os trabalhos. Sugere-se a seguinte ordem lógica:
Cada Papel de Trabalho deve ter um cabeçalho mencionando o nome da área ou sistema, o
tipo de exame objeto, a denominação do Papel de Trabalho e a data do exame. É colocado no
canto superior direito da folha, o número do índice adequado. Se o papel consistir de mias de
uma página, isto é indicado numerando-se cada página “1 de 3”, “2 de 3”, etc. Cada papel
deve ser assinado e datado pelo auditor, de tal maneira que fique identificado o seu trabalho.
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c) a forma como foi realizado de acordo com as técnicas de execução que os trabalhos
necessitaram;
A redação utilizada na elaboração dos relatórios deve ser objetiva, clara e concisa, pois é através
da apresentação dos relatórios que será avaliada a qualidade do trabalho perante os usuários,
empresa ou organização ou o responsável que for utilizá-lo.
O auditor deve aplicar-se ao máximo na elaboração do relatório. Franco e Marra (1992, p. 447)
explicam que “O auditor deve esmerar-se na elaboração do relatório, não somente por razões de
prestígio ou conceito profissional, mas para, também, atingir a finalidade informativa de seu
trabalho e atender às normas de auditoria relativas ao Relatório e Parecer do Auditor”.
Ainda cabe ressaltar que o relatório deve ser completo e fiel. Deve, também, relatar com
fidelidade os trabalhos executados e os fatos observados e tomar cuidado para não omitir fatos
relevantes que possam trazer prejuízos, pelos quais o auditor possa ser responsabilizado.
Lembrando, ainda, que a opinião final relatada deve sempre estar baseada em fatos concretos,
devidamente comprováveis através das várias etapas e através das técnicas de execução
utilizadas e devidamente formalizadas e documentadas.
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12.1.1 Relatórios Formais são elaborados de forma escrita, com redação clara e formal
atendendo aos objetivos propostos, além do que devem atender às normas e a legislação em
vigor, ainda podemos destacar os seguintes tipos de relatório a considerar:
b) Relatório na forma longa – bastante detalhado e analítico quanto à descrição dos trabalhos
realizados, mas poderão não conter uma opinião final e formal do auditor.
“...todo homem que usa da palavra verbal ou escrita, como um instrumento de trabalho, todo
aquele que fala ou escreve...deve estudar e conhecer a fundo a força e os recursos desse
elemento de sua atividade” (José de Alencar)
Assim, a forma com que se apresenta o relatório é talvez tão importante quanto seu conteúdo.
Qualquer leitor absorverá melhor uma idéia simples e bem descrita, do que uma idéia
brilhante desenvolvida obscuramente.
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Lembre-se que essas orientações são gerais, e a sua aplicação em cada caso vai depender do
bom senso de quem redige.
A estrutura do relatório deve ser a primeira e fundamental preocupação para quem escreve.
Num relatório bem estruturado, o desenvolvimento lógico dos assuntos fica facilitado. Assim,
não só fica mais fácil "vender" as idéias expostas (função de comunicação imediata), como se
torna simples encontrar informações desejadas (função de registro permanente).
Durante toda elaboração do relatório, não se deve perder o objetivo de vista. Ele deverá
orientar desde a escolha do título, até a organização dos tópicos e a forma de redigir.
Do ponto de vista prático, é útil manter uma folha a parte com o objetivo, em forma
esquemática, para consulta freqüente.
Naturalmente, isto é apenas uma sugestão. Cada um irá adaptá-lo ao seu próprio estilo. Não
obstante, o princípio permanece: definir com a máxima clareza o objetivo do relatório.
Definido o objetivo, metade do trabalho já esta feito.
Durante toda elaboração do relatório temos que nos perguntar constantemente: quem vai ler
isso? Dependendo do público, teremos diferentes tipos de organização de relatório e
diferentes níveis de detalhes na redação. Num estudo para a diretoria iremos nos concentrar na
apresentação sintética das idéias gerais; num manual de procedimentos - o extremo oposto -
iremos segmentar, ou seja, desdobrar o assunto em vários itens e descrevê-lo em detalhes.
Na maioria dos casos, teremos várias classes de leitores para um mesmo trabalho.
Neste caso teremos que procurar atender as várias classes, jogando com as duas variáveis,
segmentação e profundidade. De um modo geral, podemos dizer que:
- O diretor irá ler a introdução, o objetivo, as conclusões e os quadros de resumo.
- O chefe de departamento irá ler, adicionalmente, as análises e justificativas.
- O encarregado de serviço irá ler o relatório completo, incluindo os anexos com
fluxos, modelos de formulários e dados que fundamentam e suportam as análises e
conclusões.
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Como regra, devemos apresentar a cada leitor apenas aquilo que lhe é importante,da maneira
mais simples possível e com o mínimo de detalhe que lhe seja necessário para poder entender
e utilizar a informação.
Não obstante, não podemos nos esquecer que estamos escrevendo para "vender" uma idéia e,
portanto, não devemos ficar restritos a esquemas rígidos. Devemos ressaltar aquilo que é
importante - seja em nível de relatório, seja em nível de tópico - antecipando os pontos de
interesse. Na abertura de uma seção ou de um item, muitas vezes é possível encaixar um
"sumário das conclusões" ou "considerações gerais", antecipando os pontos que serão
abordados a seguir.
Deve-se notar, entretanto, que o fato de anteciparmos alguns pontos não significa que estamos
abandonando a sequência lógica do relatório, estamos apenas acrescentando mais alguma
coisa além da sequência lógica. Assim, por exemplo, se acrescentarmos um item Sumário das
Conclusões antes do item Desenvolvimento, isto não nos desobriga de apresentar conclusões
detalhadas num item específico. O encadeamento lógico do assunto deve ser sempre
preservado. Isto facilita a compreensão do relatório.
Pela mesma razão, não devemos, dentro de um assunto, variar a profundidade em que ele está
sendo tratado, entrando em grandes níveis de detalhe; isto dispersa a atenção do leitor, que
muitas vezes tem que fazer um esforço para reencontrar o fio do raciocínio. Do corpo do
relatório deve fazer parte tudo aquilo que seja necessário ao desenvolvimento lógico do
assunto, mas apenas isso; detalhes devem ser colocados em anexo.
12.7 Apresentação
A apresentação está ligada à forma do relatório, em particular, aos aspectos estéticos e visuais.
Uma boa e clara apresentação torna a leitura agradável e propicia a compreensão.
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Podemos considerar que o índice é já o relatório na sua forma mais resumida. Ao ler o índice,
nós já montamos um modelo conceitual em preparação para a leitura do texto que se segue
(função de comunicação imediata).
Além disso, o índice serve para nos ajudar a encontrar informações desejadas (função de
registro permanente). Portanto, temos que prestar atenção nos títulos que vamos dar às seções
e aos itens, para que sejam significativos.
A segmentação dos assuntos dentro de um relatório isola porções de conteúdo e promove uma
pequena pausa para que aquele conteúdo seja absorvido. Este critério deve orientar a
segmentação para evitar os dois extremos - blocos muito grandes ou excessiva fragmentação
ambos prejudiciais à compreensão.
De qualquer maneira, o fator determinante será sempre o desenvolvimento lógico das idéias,
que não deve ser comprometido; isto é, não devemos colocar dois assuntos no mesmo item
(blocos muito grandes), nem cortar um assunto, expondo-o em mais de um item
(fragmentação excessiva).
A coesão do texto deve ser buscada com o objetivo de que, posteriormente, a leitura possa
fluir suavemente. Existem vários fatores que influenciam a coesão do texto, muitos deles
subjetivos. Entretanto, destacamos três que nos parecem importantes:
É muito freqüente que vários redatores colaborem nas diversas partes de um relatório.
Naturalmente, cada redator tem seu estilo, e cada um tem seu julgamento a respeito de forma.
Nestes casos, existem duas medidas que devem ser tomadas. Antes da redação do relatório, a
estrutura e os aspectos de apresentação devem ser discutidos com todos os redatores. Após a
redação, deve existir um elemento que revisará o relatório completo, buscando a unidade de
estilo e de forma.
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Muitas vezes, temos que nos referir num relatório a uma série de procedimentos,ações ou
tarefas. Para não quebrar o ritmo de leitura, ao descrever a série você deve iniciar cada
componente da série por palavras da mesma classe gramatical, ou um substantivo ou um
verbo, conforme o caso, e sempre da mesma forma. Eis alguns exemplos:
- Levantar as atividades da área
- Apresentar conclusões a diretoria
- Estudar alternativas
- Descrever os procedimentos adotados
- Implantar os novos procedimentos
- Avaliar os resultados
E assim por diante. Repare bem: ou só verbos, sempre no mesmo tempo verbal, ou só
substantivos, sempre com ou sempre sem artigos. Isto se chama escrita paralela.
Existem alguns padrões que devem ser seguidos, os quais praticamente independem do
relatório, do redator ou do leitor. São praticamente normas requeridas para uma boa redação.
Algumas vezes, são normas não gramaticais. Embora as regras devam ser rigorosamente
observadas, em termos de sintaxe e ortografia, em outros pontos existe certa flexibilidade
quando se trata de textos não literários. Dois padrões que nos parecem importantes são
destacados nos itens seguintes.
Como regra geral, podemos dizer que devem ser usadas letras maiúsculas todas as vezes que
substantivos comuns (normalmente iniciados por minúsculas), por seu significado no texto
adquirem o “status" de substantivos próprios (sempre iniciados por maiúsculas). Isso se aplica
naturalmente a todos os títulos de itens. Aplica-se também a todos os nomes oficiais de
setores, cargos e impressos de cada empresa.
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Abreviaturas e siglas são muito cômodas para serem escritas e normalmente incômodas para
serem lidas. De maneira geral devemos evitá-las.
Não obstante, podem ser usadas com vantagem em dois casos: primeiro, quando àquilo a que
nos referimos (setor, cargo, impresso, processo, sistema, etc.) é conhecido na empresa em
questão por uma abreviatura ou sigla; segundo, quando o nome pelo qual é conhecido e muito
longo.
Mesmo assim, devemos obedecer a uma certa norma. Devemos supor que nem todos os
leitores do relatório conhecem as abreviaturas e siglas. Por isso, ao nos referirmos a algo pela
primeira vez, devemos escrever o seu nome por extenso, seguido da abreviatura entre
parênteses. A partir daí poderemos usar a abreviatura ou sigla. Um exemplo, um pouco
forçado, seria assim:
- O DPD executa a segunda etapa do PCDL, que abrange desde a digitação das planilhas até a
geração da Listagem de Consistência - Etapa 2. Essa listagem é enviada ao DECON para
acertos, juntamente
com as planilhas.
Neste item, abordamos a redação, a própria construção de frases. Embora ela seja bastante
subjetiva, dependendo essencialmente de formação, estilo, gosto e julgamento de cada um,
podemos apresentar algumas recomendações que se aplicam de forma geral.
Repare que as recomendações não se aplicam a todos os casos e muitas vezes elas são até
conflitantes entre si. Tudo vai depender do contexto da frase e do julgamento do redator. O
objetivo é sempre tornar o texto claro e conciso, eliminando estruturas complexas e palavras
supérfluas.
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c) Verbos fracos.
d) Sentenças e parágrafos longos.
e) Uso da voz passiva.
f) Termos contábeis técnicos de conhecimento restrito.
- Sentenças Longas
- Linguagem Floreada
- Verbos Passivos
- Substantivando o Verbo
- Forma Impessoal
- Palavras Desnecessárias
Sentenças Longas
LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO OS 12
EFEITOS DELETÉRIOS DA PALAVRAS
INFLAÇÃO, HOUVEMOS POR BEM
RESOLVER:
DEVIDO AOS EFEITOS DA 06
INFLAÇÃO RESOLVEMOS: PALAVRAS
Redução de 06 palavras
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Errado
A eliminação das deficiências de controle interno pode ser feita com a adoção do sistema de
fundo fixo de caixa, bem como com a segregação das funções executadas pelo caixa e
conciliando-se mensalmente as contas bancárias.
Certo
Linguagem Floreada
Assim como a extensão da sentença afeta a sua leitura, o mesmo sucede com a escolha das
palavras. Mesmo uma sentença curta pode se tornar de difícil interpretação, se contiver
palavras confusas. A utilização de uma linguagem afetada distrai a atenção do leitor e não
contribui para que ele tenha melhor impressão sobre o conteúdo do relatório.
Errado
Certo
Verbos Passivos
Use os verbos na forma “ativa”, o uso excessivo da forma “passiva” tira a objetividade do
relatório, cansa o leitor e pode dificultar a leitura.
Sendo objetivo você mostrará mais segurança e impressionará o leitor, obrigando-o a tomar
providências imediatas.
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Evite o uso excessivo da voz passiva, que torna o texto difícil de ser lido e desloca a ênfase da
frase. Quando falamos, dizemos "alguém fez alguma coisa", mas, quando escrevemos, temos
a tendência de inverter para"alguma coisa foi feita por alguém". Se fizermos isso por razões
de estilo ou por razões de uma suposta modéstia - nós não fizemos as coisas, mas as coisas
foram feitas , devemos lembrar que isso tudo está ultrapassado, e só contribui para tornar o
texto pesado e às vezes incompreensível. Use a voz passiva somente quando você julgar
necessário mudar a ênfase da frase.
Substantivando o Verbo
Devemos evitar o uso de substantivo quando um verbo define melhor o que queremos dizer.
Forma Impessoal
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Não relute em ser específico. Não deixe que a utilização de uma “forma impessoal” evidencie
insegurança nas suas afirmações. Define as responsabilidades para que o leitor não tenha
dúvidas sobre a ação a ser tomada e sobre o responsável pela sua execução.
Obscuro
Maior atuação deve ser exercida junto aos bancos, agilizando-se as trasferências de numerário
arrecadado.
Claro
O escritório local deve exercer maior atuação junto aos bancos, agilizando as transferências
de numerário arrecadado.
Forma Impessoal
É recomendável que seja tomada uma atitude imediata para resolver os problemas.
Definindo responsabilidades
Palavras Desnecessárias
Termos técnicos não devem ser empregados em relatórios. Também palavras tais como,
”outrossim,”, “não obstante”, etc., devem ser evitadas quando possível.
Não adicione à frase palavras que em nada contribuam para o entendimento da matéria. As
palavras desnecessárias podem se transformar em referências impróprias. Também tornam a
leitura monótona.
Referência Imprópria
A contagem dos valores que se encontravam no caixa foi efetuada no inicio dos trabalhos.
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Correto
AO INVÉS DE USE
Em muitos casos, os empréstimos foram Vários empréstimos foram
liquidados. liquidados.
As contas não têm sido pagas em todos os Nem todas as contas foram
casos. pagas.
Manter estes arquivos de forma que estejam Manter estes arquivos
atualizados. atualizados.
O exercício desta função em base satisfatória. O exercício satisfatório desta
função.
O fundo foi criado com o propósito de O fundo foi criado para
proporcionar. proporcionar.
Tal procedimento dificulta sobremaneira o Tal procedimento dificulta o
controle sobre a movimentação de ambos os controle sobre a movimentação
caixas. dos caixas.
Considerando o caráter de confidencialidade. Considerando a
confidencialidade
Arrecadação no montante de 5.000,00. Arrecadação de 5.000,00.
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1. Introdução
2. Objetivo
3. Áreas de Responsabilidade
4. Desenvolvimento
Recomendação 1:
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Recomendação 2:
PROCESSOS DE DEMISSÕES
Detectamos inúmeras falhas nos processos de demissões examinados:
Recomendação 3:
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Ademais, ainda recomenda-se que sejam efetuadas as correções imediatas das irregularidades
apontadas.
5. Conclusão
Com base em nossos trabalhos concluímos ser necessária a reestruturação geral da área de
Administração de Pessoal em razão das situações encontradas que poderão acarretar futuros
transtornos para a Cia., como nas autuações da ação fiscalizadora trabalhista e previdenciária.
Alertamos, ainda, quanto aos riscos e respectivos ônus pelos descumprimentos de normas,
políticas, procedimentos de controles internos da Cia., e em especial quanto à legislação
trabalhista, que não vem sendo observada com o rigor e critérios necessários.
Alegou, também, que a empresa não aprova nenhum treinamento para a reciclagem e
atualização de seu pessoal.
Em razão dos motivos apresentados pelo Sr. João Cobrão, e ainda sob a ótica deste, o turn-
over é alto, não possibilitando a formação de uma equipe eficiente, integrada e estável.
CINCERO DO NASCIMENTO
Gerente de Auditoria
Introdução
Objetivo
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Áreas de Responsabilidade
- Faturamento
- Compras
- Recursos Humanos
- Frota
- Consumo
Desenvolvimento
Faturamento
Recomendação I
Criação de novos pontos de venda das passagens, aumentando assim a eficácia e agilidade no
processo de vendas das mesmas. Verificar também uma possível negociação do preço das
passagens com a Secretaria de Transportes, levando em consideração os custos operacionais
da empresa.
Compras
Recomendação II
Recursos Humanos
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Recomendação III
Frota
Recomendação IV
Recomendamos ao setor de frota que faça uma pesquisa de mercado para troca parcial ou total
da frota, conforme sua necessidade, verificando valores de compra e locação, levando também
em consideração o custo benefício para atender às novas demandas de rotas. Recomendamos
criar normas e políticas de manutenção preventiva e regular da frota.
Consumo
Recomendação V
Conclusão
Com base nos trabalhos de auditoria realizados, concluímos ser necessária a reestruturação
dos setores examinados, em razão das falhas encontradas, e que podem trazer prejuízos a
empresa, em função de custos desnecessários, riscos com fraudes e, operacionais no âmbito
dos Recursos Humanos pela falta de comprometimento em razão da ausência de normas e
políticas que estimulem a retenção, desenvolvimento de carreira dos talentos humanos da
empresa.
Recomendamos rápida decisão quanto a situação da frota de veículos que deve ser trocada em
razão do tempo de uso e os riscos operacionais que poderá trazer para a empresa onerando
ainda mais seus custos.
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Atenciosamente,
Sr. Eficiente
Auditor Interno
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Introdução
A auditoria interna é uma atividade independente e objetiva que presta serviços de avaliação
e de consultoria com o objetivo adicionar valor e melhorar as operações de uma organização.
A auditoria auxilia a organização a alcançar seus objetivos através de uma abordagem
sistemática e disciplinada para a avaliação e melhoria da eficácia dos processos de
gerenciamento de risco, controle e governança corporativa.
As atividades da auditoria interna são realizadas nos mais diversos ambientes culturais e
legais; em organizações que possuem os mais variados objetivos, porte, complexidade e
estruturas, e por pessoas de dentro ou de fora da organização. Uma vez que as diferenças
podem afetar a prática da auditoria interna em cada ambiente, a adesão às Normas
Internacionais para o Exercício Profissional da Auditoria Interna é essencial para um
adequado desempenho das responsabilidades por parte dos auditores internos. Se os
auditores internos auditores estão proibidos, em virtude de leis ou regulamentações, de aderir
a determinadas regras estabelecidas nas Normas, devem então cumprir todos as demais
regras das Normas e apresentar as justificativas necessárias.
(1) a pessoa ou grupo diretamente responsável pelo processo, sistema ou outro assunto
correlato – o proprietário do processo,
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As Normas empregam termos aos quais foram atribuídos significados específicos e que
foram incluídos no Glossário.
Todas as versões preliminares são colocadas no site da Web do IIA e são distribuídas a todos
as unidades afiliadas do IIA. Sugestões e comentários com relação às Normas podem ser
enviados ao: The Institute of Internal Auditors - Global Practices Center, Professional
Practices Group (247 Maitland Avenue - Altamonte Springs, FL 32701-4201 - U.S.A. - E-
mail: standards@theiia.org / Site: http://www.theiia.org)
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CÓDIGO DE ÉTICA
Introdução
Este Código de Ética se aplica tanto a indivíduos como a entidades que prestam serviços
de auditoria interna.
Princípios
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Integridade
A integridade dos auditores internos exige confiança e assim, representa a base para a
confiabilidade em seu julgamento.
Objetividade
Confidencialidade
Os auditores internos respeitam o valor e a propriedade das informações a que têm acesso e
não as divulgam sem a autorização apropriada a não ser em caso de obrigação legal ou
profissional.
Competência
Regras de Conduta
1. Integridade
Auditores Internos:
1.2. Devem observar a lei e divulgar informações exigidas pela lei e pela profissão.
1.3. Não devem, quando de conhecimento, fazer parte de qualquer atividade ilegal, ou se
envolver em atos que resultem em descrédito para a profissão de auditor interno ou para a
organização.
2. Objetividade
Auditores internos:
2.1. Não devem participar de qualquer atividade ou relação que possa prejudicar ou que,
presumivelmente, prejudicaria sua avaliação imparcial. Esta participação inclui aquelas
atividades ou relações que podem envolver conflitos de interesses da organização.
2.2. Não devem aceitar qualquer coisa que possa prejudicar ou que, presumivelmente,
prejudicaria seu julgamento profissional.
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2.3. Devem divulgar todos os fatos materiais de seu conhecimento que, se não divulgados,
podem distorcer relatórios das atividades sob sua revisão.
3. Confidencialidade
Auditores internos:
3.1. Devem ser prudentes no uso e proteção das informações obtidas no desempenho de suas
funções.
3.2. Não devem utilizar informações para qualquer vantagem pessoal ou de qualquer outra
maneira contrária à lei ou em detrimento dos objetivos legítimos e éticos da organização.
4. Competência
Auditores internos:
4.1. Devem realizar somente aqueles serviços para os quais possuam o conhecimento,
habilidades e experiência necessários.
4.2. Devem realizar serviços de auditoria interna em conformidade com as Normas para a
Prática Profissional da Auditoria Interna.
NORMAS DE ATRIBUTOS
A atividade de auditoria interna deve ser independente e os auditores internos devem ser
objetivos na execução de seu trabalho.
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Os auditores internos devem ter atitude imparcial e isenta e evitar conflitos de interesses.
1210 – Proficiência
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1220.A3 – O auditor interno deve estar alerta aos riscos significativos que poderiam
afetar os objetivos, operações ou recursos. Entretanto, procedimentos de auditoria, por
si só, mesmo quando desenvolvidos
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com o cuidado profissional devido, não garantem que todos os riscos significativos
serão identificados.
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Os auditores internos são estimulados a relatar que suas atividades são “conduzidas em
conformidade com as Normas para o Exercício Profissional de Auditoria Interna”.
Entretanto, os auditores internos somente podem utilizar a afirmação, se avaliações do
programa de desenvolvimento de qualidade demonstrarem que a atividade de auditoria
interna está em conformidade com as Normas.
Embora a atividade de auditoria interna deva manter total conformidade com as Normas e,
os auditores internos, com o Código de Ética, pode haver ocasiões em que a total
conformidade não seja atingida. Quando a falta de conformidade afetar o escopo geral ou a
operação da atividade de auditoria interna, uma comunicação deve ser feita à alta
administração e ao Conselho.
NORMAS DE DESEMPENHO
2010 – Planejamento
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2050 – Coordenação
A atividade de auditoria interna deve avaliar e contribuir para a melhoria dos processos de
gerenciamento de riscos, de controle e de governança corporativa aplicando uma abordagem
sistemática de disciplinada.
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• Salvaguarda do patrimônio.
2120 – Controle
2120.A1 – Com base nos resultados das avaliações de riscos, a atividade de auditoria
interna deve avaliar a adequação e a eficácia dos controles, abrangendo a governança,
as operações e os sistemas de informação. Isto deve incluir:
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• Os objetivos da atividade objeto da revisão e os meios pelos quais esta controla seu
desempenho.
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Quando o diretor executivo de auditoria considerar que o nível de risco residual assumido
pela alta administração não deveria ser aceito pela organização, este deve revisar o assunto.
Caso a decisão relativa aos níveis de risco residual não seja consensada, o diretor executivo
de auditoria juntamente com a alta administração devem apresentar a matéria ao Conselho
para solução e deliberação.
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GLOSSÁRIO
Adicionar Valor – As organizações existem para criar valor ou benefício para seus
proprietários, consumidores e clientes. Este conceito provê sentido para suas existências. O
valor é fornecido através do desenvolvimento de seus produtos e serviços e o uso de seus
recursos para promover aqueles produtos e serviços. No processo de reunir dados para
entender e avaliar o risco, os auditores internos desenvolvem significativa percepção das
operações e oportunidades para melhoria, que pode ser extremamente benéfica às suas
organizações. Estas informações valiosas podem ser na forma de consulta, aconselhamento,
comunicações escritas ou através de outros produtos que, em sua totalidade devem ser
adequadamente comunicados às gerencias apropriadas ou pessoal operacional.
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Conflito de interesses – Qualquer relacionamento que não seja ou não pareça ser o de
melhor interesse para a organização. O conflito de interesse prejudicaria a habilidade do
indivíduo para desempenhar objetivamente seus deveres e responsabilidades.
Controle – Qualquer ação executada pelas gerências, diretoria e outros para aperfeiçoar o
gerenciamento de risco e incrementar a probabilidade de que os objetivos estabelecidos e as
metas hão de ser atingidos. A equipe de gerentes planeja, organiza e dirige o desempenho de
ações suficientes para prover razoável segurança de que objetivos e metas sejam atingidos.
• Estrutura organizacional.
• Competência do pessoal.
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Objetividade – Atitude mental não tendenciosa, que é exigida aos auditores internos no
desempenho de seus trabalho de auditorias, de tal maneira que eles tenham honesta crença
no produto de seu trabalho e que não sejam feitas significativas concessões de qualidade, A
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objetividade requer que os auditores internos não subordinem seu julgamento sobre as
matérias por eles julgadas aos julgamentos de outros.
Risco – A incerteza de um evento superveniente que possa ter impacto na consecução dos
objetivos. O risco é medido em termos de conseqüências e de probabilidades.
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sobre direito autoral e contratos, esta publicação não poderá ser, em parte ou no todo,
reproduzida, armazenada em formato eletrônico ou transmitida em qualquer forma ou por
quaisquer meios: eletrônicos, mecânicos, fotocópia, gravação ou outros, sem a prévia
permissão escrita do editor.
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Auditoria Interna Operacional
“Baseado no livro Modern Internal Auditing: What's it all about? The Grandfather's
Dialogue, de Lawrence B.Sawyer”.
Tenho me questionado muito sobre porque as pessoas não gostam de auditoria. Embora eu
acredite que ninguém goste de ser fiscalizado, não consigo entender como as pessoas criam
estereótipos tão fortes que se perpetuam pelos tempos.
Por mais que tentemos nos mostrar como "consultores" ou que realizemos um trabalho para
auxiliar a administração no desenvolvimento de suas atribuições, sempre somos vistos com
rejeição.
Se observarmos bem, vamos ver que nós auditores internos também alimentamos nosso ego
com o medo que as pessoas têm do nosso trabalho. Medo e poder andam lado a lado; se temos
medo de alguém é porque ele exerce um certo poder sobre nós. Assim, muitos auditores
preferem criar o terror para que seu poder seja exercido.
Muitas das vezes o auditor não percebe que está criando esse clima de medo e, talvez em
função da carga de trabalho que tem, não lhe sobre tempo para trabalhar suas relações com as
pessoas.
Se analisarmos o trabalho do auditor interno, vamos verificar que sua missão é informar aos
superiores do auditado as falhas encontradas. Quem gosta de ter seus erros expostos aos seus
superiores? É ai que está o grande dilema que o auditor tem que enfrentar para superar o medo
que as pessoas tem da auditoria.
Suas descobertas durante a auditoria normalmente chegam ao topo da empresa e existe uma
boa chance de que alguém tenha que dar explicações aos superiores, em razão das deficiências
apontadas pelo auditor.
Vamos imaginar que você foi contratado para executar uma tarefa, mas existe uma pessoa que
tem a função de avaliar sua atuação e confeccionar um relatório para seu chefe sobre a sua
atuação. O que você pensaria sobre aquela pessoa? Provavelmente, a palavra mais adequada
que você acharia para classificá-lo seria a de dedo-duro.
Com o auditor interno ocorre o mesmo. A cada auditoria ele tem que enfrentar um conjunto
de regras novas, fazer perguntas e obter cooperação para conseguir realizar o seu trabalho. Ele
nunca conseguirá realizar um bom trabalho se não conseguir a cooperação das pessoas.
Alguns auditores têm a noção clara de como as pessoas são importantes para a realização do
seu trabalho; outros podem sair dando pontapés e assustá-las. Mesmo conseguindo superar
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Auditoria Interna Operacional
essa postura, alguns auditores não sabem como lidar com pessoas. Existem auditores internos
muito bem intencionados, mas poucos são os que conhecem a arte de conquistar pessoas que
possam ajudá-los em seu trabalho.
Existe um provérbio índio que diz: "Não julgues um homem até que tenhas calçado por um
dia seus mocassins".
Isso significa que você deveria tentar pôr-se no lugar do outro para que possa realmente
entendê-lo ou tenha o direito de criticá-lo.
Se o auditor não atuar dessa maneira cometerá dois erros fatais: primeiro, ele fará com que as
pessoas questionem seus posicionamentos com o argumento de que ele nunca passou por isso
para compreender porque as pessoas erraram. Segundo, ele não conseguirá que os erros
detectados sejam corrigidos.
A palavra mais correta para definirmos a postura das pessoas é DEFESA. Todos estarão na
defesa com o auditor, ou seja, tentando se proteger. Neste caso, proteção contra o auditor.
O auditor nesse momento representa uma ameaça. Eles o vêem como alguém que descobrirá
seus erros, podendo até expô-los ao ridículo, relatando aos seus superiores. Elas ficam
ansiosas para conferir, ao término do trabalho de auditoria, se alguma tarefa sob sua
responsabilidade consta do relatório.
Outro problema é a postura do auditor frente aos achados de auditoria. Alguns auditores
quando encontram ou ouvem sobre alguma coisa que está sendo executada de modo errado, o
fazem de forma a tornar público e expor os envolvidos ao ridículo. É preciso que eles
entendam que estão tratando com pessoas e, desde de que elas não façam as coisas de má-fé, é
importante orientá-las e não ridicularizá-las por suas falhas.
Outro erro é a questão da relevância. Muitas vezes detectamos pequenos erros e fazemos
grande alarde sobre eles. Também erramos quando tentamos mostrar para as pessoas que
somos mais inteligentes do que elas, usando nosso conhecimento para que se sintam
estúpidas.
Os auditores internos devem levar em conta os problemas que as pessoas enfrentam no seu
trabalho, pois se não o fizerem as pessoas não darão crédito ao seu trabalho.
Algumas regras são fundamentais para tentar minimizar ao máximo o efeito do medo nos
trabalhos de auditoria.
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Primeiro, antes de entrar no local onde realizará a auditoria, ligue para o responsável. Através
de uma conversa amigável, procure informar sobre sua chegada e assegure que procurará
interferir o mínimo possível na rotina diária dele. Procure deixá-lo à vontade, pois se você de
saída deixá-lo apreensivo, todas as outras pessoas que trabalham com ele também ficarão.
Mas lembre-se, você já comprometeu sua postura diante do responsável pelo setor/órgão
auditado, a primeira impressão é a que fica.
Segundo, no seu primeiro dia no local da auditoria, procure ser agradável com todos, desde o
administrador até o funcionário menos graduado. Passe a seguinte mensagem: "Eu sou um
convidado na casa de vocês." Essa tem que ser a sua atitude durante toda a auditoria. O
primeiro contato pode ser derradeiro para o sucesso de seu trabalho.
Terceiro, sempre que se dirigir às pessoas com perguntas ou pedidos de explicações seja
amigável e respeitoso, seja ele o administrador ou o menos graduado. A confiança não se
conquista imediatamente, ela vai sendo construída durante o trabalho.
Quarto, existem maneiras de agir frente aos erros encontrados. Ache alguma coisa errada e vá
diretamente ao gerente sem falar com a pessoa que cometeu o erro e você estará jogando todo
o seu trabalho na lata do lixo.
Procure passar para as pessoas envolvidas que você está analisando todo o sistema e não
apenas erros individuais. Os erros só são importantes se eles estiverem inseridos no contexto
total do sistema. O que você precisa é que o auditado lhe explique como funciona o sistema, o
que atrapalha o seu trabalho, etc. Esteja certo de que com essa abordagem as pessoas vão
ajudá-lo no desenvolvimento de seus trabalhos. Essas pessoas junto com você estarão jogando
no mesmo time.
Dessa forma você estará se mantendo longe de assuntos técnicos, interrogativos, pelo menos
no início. Você se concentrará nos sistemas de administração, onde somos peritos.
O auditor tem dois objetivos a serem atingidos: primeiro, relatar à administração superior
todos os seus achados.Segundo, deixar todo o lugar que ele audita, melhor do que encontrou.
Para que conquistemos a confiança das pessoas, temos que informar-lhes que discutiremos
com elas, imediatamente, todos os problemas encontrados. Que ela terá a oportunidade de
regularizar qualquer falha antes da emissão do relatório final; ou que as falhas que não
possam ser regularizadas no transcurso dos trabalhos serão informadas à administração
superior como em fase de regularização. Com isto você estará criando uma parceria e não um
jogo de polícia e ladrão.
Não fale apenas das coisas erradas que você encontrou, fale também das coisas boas, pois é
impossível que não existam virtudes nos ambientes que você está auditando.
Outro erro que o auditor comete é achar que as pessoas só gostam de ouvir coisas boas. Pode
parecer estranho, mas eu explico. Isto ocorre quando você termina um trabalho de auditoria e
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não encontra nada, ou apresenta falhas irrelevantes, quando todos sabem que existem falhas
interferindo em seu trabalho e que não foram detectadas pelo auditor. É a mesma coisa que
você receber um prêmio ou elogio por uma tarefa ridícula que você cumpriu com extrema
facilidade.
As pessoas podem conseguir gostar do auditor interno, se ele realmente trabalhar para isto.
Isso porque nós reconhecemos que as pessoas têm medo e não querem ser ridicularizadas, que
elas nos admiram pela nossa capacidade de aprender com elas; que as pessoas podem
agradecer-nos porque conseguimos mostrar maneiras mais fáceis e melhores de fazer as
coisas ou porque conseguimos resolver ou ajudá-las a resolver problemas que as têm
aborrecido.
Outra coisa que causa medo nas pessoas é a forma como os auditores lhes colocam seus
questionamentos.
Quando você faz perguntas complicadas, ou não deixa as pessoas falarem, ou começa a fazer
julgamentos mentais ou expressos, fatalmente você não vai conseguir colaboração.
Evite argumentos do tipo "ganha-perde". Não diga "deve ser feito deste modo ou então..." Use
palavras como "O modo como eu vejo isto...". Essas pequenas frases podem fazer grande
diferença para evitar conflitos.
Você tem que mostrar para todos os que o ouvem que você também está disposto a escutá-los.
Mas mostre isso também com o corpo, pois ele fala e as pessoas o entendem. Entenda como
uma pessoa se sente quando você a está criticando. Amenize o clima, pois certos
comportamentos, palavras ou gestos podem criar um clima de defesa e isso não será bom para
o seu trabalho.
Um clima de neutralidade também prejudica, pois a pessoa neutra se mantém fria, distante e
demonstrando pouca preocupação com o ouvinte. Por outro lado, um clima encorajador faz
com que o interlocutor escute e se comprometa com a resolução dos problemas.
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Nós já falamos, mas outro fator é a postura de superioridade que alguns auditores passam para
as pessoas.
Perceba que elas já estão em posição de inferioridade em relação a você, pelos diversos
aspectos que já comentamos. A igualdade é encorajadora, pois demonstra confiança mútua. A
diferença de "status" entre você e outra pessoa se é que podemos dizer que existe tem que
parecer sem importância.
Também existe a postura de controle, autoritária, que tenta influenciar alguém ou pedir-lhe
abertamente que ele faça aquilo que você esta mandando. Pelo lado encorajador você constrói
a solução junto com a pessoa, ambos são responsáveis. Significa que as perguntas e respostas
estão sendo construídas em conjunto, formando uma parceria para resolver problemas.
Você também não deve se sentir em inferioridade quando as pessoas apresentam alternativas
de solução diferentes das suas. Entenda que você pode não ter analisado todas as possíveis
soluções. Você não é infalível, reconheça seus erros e - mais importante - reconheça idéias
melhores que as suas.
As pessoas só conseguirão gostar dos auditores internos quando elas entenderem que fazem
parte de um sistema de controle interno, dentro do qual elas também contribuem para alcançar
resultados positivos ou negativos. Elas participam dos resultados do trabalho de auditoria.
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
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