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Conteúdo
1. Introdução....................................................................................................................................2

1.1 Objectivos..................................................................................................................................3

2. Contexto do surgimento da comunidade económica europeia (CEE).........................................4

2.1 Os Símbolos da U.E (União Europeia)......................................................................................5

3. Relação de OPEP com a produção actual e os problemas ambientais........................................6

4. Relação das colónias económicas inglesas com a metrópole após a II guerra mundial..............7

4.1 O nascimento da Commonwealth e o seu impacto para as colónias britânica em África.........8

4.2 Moçambique è membro da Commonwealth pese embora não seja um país falante da língua
inglesa. Sustenta a afirmação...........................................................................................................9

5. Função económica das colónias portuguesas durante e depois da 2ª guerra mundial...............10

5.1 Conceito de Nacionalismo Económico de Salazar..................................................................11

5.2 Contexto histórico do nacionalismo económico de Salazar....................................................12

5.4 Exemplos do nacionalismo económico de Salazar na província de Zambézia........................13

6. Conclusão..................................................................................................................................14

7. Bibliografia................................................................................................................................15
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1. Introdução.
História económica è uma disciplina interdisciplinar entre a história e a economia. Visa estudar o
desenvolvimento das economias mundiais e o seu impacto para o desenvolvimento das nações e
estados do mundo.

Desde o surgimento da humanidade, a história económica vem acompanhando de forma


gradativa as suas actividades económicas desde o homem recolector e caçador, passando para a
fase da sedentarização isto è o homem agricultor e pastor até a fase do surgimento das grandes
economias que tiveram como ponto de partida a revolução industrial.

Neste trabalho, irá-se abordar questões ligadas com a comunidade económica europeia (CEE);
organização dos países exportadores do petróleo (OPEP); Associação de territórios autónomos
mas dependentes do Reino Unido (COMMONWEALTH); as colónias portuguesas durante e
depois da II guerra mundial e o nacionalismo económico do Salazar.

Todas estas instituições económicas desempenharam e continuam a desempenhar um papel de


vital importância no desenvolvimento de estados, porém não deixam de trás algumas
consequências nefastas. A CEE, embora tenha objectivo do desenvolvimento dos seus países
membros, a que destacar a questão de dentro da mesma comunidade existir países mais
desenvolvidos do que os outros, algo cheio de ironias nos nossos olhos.

“Esta questão de existir potências mais activas que as outras dentro de uma mesma organização,
não è algo distante da OPEP, visto que quem manda nesta organização è Arábia Saudita dado o
seu potencial destes recurso hídricos”[ CITATION DIA00 \l 1033 ] . De referir que a questão mais
contestada e desastrosa da OPEP tem sido a poluição do meio ambiente e o aquecimento global.
Para o caso da COMMONWEALTH, está claro que è um verdadeiro neocolonialismo embora
não desprezamos algumas vantagens nas colónias britânicas e dos seus países membro.

Em relação ao colonialismo português, de referir que com o seu nacionalismo económico,


aproveitou para sugar as riquezas das suas colónias para garantir o equilíbrio da sua economia
bem como a instabilidade do novo governo.

Durante o período da II guerra mundial, Moçambique bem como as outras colónias serviram de
fontes de obtenção de matéria-prima para alimentar as suas indústrias para além de serem
consumidores dos produtos industriais português que lá não tinham espaço. Já depois da II guerra
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mundial, o cenário mudou, as colónias portuguesas, passaram a serem acolhedores dos imigrantes
europeus[ CITATION ROS90 \l 1033 ].

O estudo das instituições económicas plasmadas neste trabalho è de incontornável importância


para nós pois que estas instituições acompanham o desenvolvimento das nações e estados e até
de certo modo influenciam as políticas governamentais dos estados. A questão de abordar o
nacionalismo português e as suas colónias, também e de vital importância para nós visto que
ajuda nos perceber as razões do atraso do desenvolvimento económica nessas colónias, e em
Moçambique em particular.

Em termos de estrutura, este trabalho apresenta o índice dos conteúdos tratados, introdução,
desenvolvimento, conclusão e bibliografia respectivamente.

1.1 Objectivos
Com a realização deste trabalho pretendemos atingir os seguintes objectivos:
Geral.
 Analisar as instituições económicas plasmadas neste trabalho bem como a questão da
economia colonial portuguesa nas suas colónias e, em Moçambique em particular.
Objectivos gerais.
 Explicar o contexto do surgimento da CEE da OPEP e da COMMONWEALTH;
 Relacionar as colónias inglesas em relação a metrópole;
 Descrever o impacto ambiental da OPEP;
 Caracterizar o nacionalismo económico do Salazar, explicando o papel das colónias
portuguesas durante e depois da II guerra mundial.
1.2 Metodologia
Esta pesquisa visa analisar as instituições económicas (A CEE; OPEP e COMMONWEALTH)
no processo do desenvolvimento das nações e estados. Também, procuramos analisar o
nacionalismo económico de Salazar e sua relação com as colónias durante e depois da II guerra
mundial. Para responder ao tema do trabalho e atingir os objectivos determinados, consultamos
bibliografias que informam e formam sobre o tema em estudo (revisão bibliográfica).
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2. Contexto do surgimento da comunidade económica europeia (CEE).


Comunidade Económica Europeia (CEE) è o nome da organização internacional que existiu de
1958 até 1993, e que neste mesmo ano tornou-se a actual "União Europeia" (EU).

Winston Churchill, um antigo oficial do exército, repórter de guerra e Primeiro-Ministro


britânico (1940-1945 e 1951-1955), foi um dos primeiros a preconizar a criação dos “Estados
Unidos da Europa”[ CITATION Abr07 \p 32 \l 1033 ]. O seu objectivo era eliminar de uma vez por
todas as “doenças” europeias do nacionalismo e do belicismo. Depois da experiência da Segunda
Guerra Mundial, acreditava que só uma Europa unida poderia garantir a paz

“O surgimento da CEE dá-se em 1958, com o Tratado de Roma”[ CITATION Abr07 \p 33 \l


1033 ]. Porém, para sua criação foi crucial o Tratado de Paris de 1951 que criava a Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço (CECA), que contava exactamente com os mesmos membros que
se reuniriam em Roma posteriormente: Alemanha Ocidental, França, Itália, Bélgica, Países
Baixos e Luxemburgo.

Mais tarde, em 1965, o Tratado de Bruxelas iria fundir a CECA, a Comunidade Europeia de
Energia Atómica (EAEC ou Euratom) e a CEE em um só organismo denominado "Comunidades
Europeias", sendo que a CEE ficava responsável pela maioria das directrizes.

De acordo com tais estágios, a CEE constituía um mercado comum, ou seja, o quarto passo no
caminho a uma união económica plena entre os países constituintes. Estabelecia uma união
aduaneira e uma política unificada de regulamentação de circulação de capital, bens, produtos e
serviços.

Com o Tratado de Maastricht, de 1993, a CEE è substituída pela União Europeia. Assim, as
Comunidades Europeias, (renomeada então Comunidade Europeia) formada por CECA, Euratom
e CEE passam a formar um dos três pilares da União Europeia, elementos de construção
institucional da nova organização internacional que então surgia. [ CITATION Ver16 \l
1033 ]. Cessado no dia 05 de Abril de 2016

A comunidade, que contava inicialmente com seis membros, teve a adesão em 1973 de Irlanda,
Reino Unido e Dinamarca. Mais tarde, em 1981, foi a vez da Grécia, e em 1986, de Portugal e
Espanha.
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2.1 Os Símbolos da U.E (União Europeia)


Segundo o website [ CITATION Ver16 \l 1033 ] cessado 5/4/016, são símbolos da União Europeia os
seguintes:
Temos a bandeira da Europa, símbolo não só da União Europeia, mas também da unidade e da
identidade da Europa em sentido mais lato. O círculo de estrelas douradas representa a
solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa. O número de estrelas não tem nada a ver
com o número de Estados-Membros. As estrelas são doze porque tradicionalmente este número
constitui um símbolo de perfeição, plenitude e unidade. Assim, a bandeira mantém-se inalterada,
independentemente dos alargamentos da UE.

2.2 Instituições da CEE (Comunidade Económica Europeia).

Segundo [ CITATION Abr07 \p 46 \l 1033 ] A CEE era formada pelas seguintes instituições:

1-Conselho da União Europeia - a principal instância decisória da CEE; sediada em Bruxelas,


Bélgica
2-Comissão Europeia - a instituição executiva da CEE; sediada em Bruxelas, Bélgica
3-Parlamento Europeu - a instituição legislativa da CEE; sediado em Estrasburgo, França
4-Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias - o tribunal da CEE; sediado em
Luxemburgo
5-Tribunal de Contas Europeu - analisava as contas das instituições da organização; sediado
em Luxemburgo

Com o advento da União Europeia, tais indivíduos sofreram algum tipo de reforma, mudando em
alguns casos a denominação e algumas das atribuições, mas a grosso modo permanecendo com
as mesmas missões.

A criação da CEE bem como sua posterior evolução para União Europeia constitui um capítulo
inédito na história mundial, e ainda hoje sem paralelos, como exemplo de integração económica
e quebra de barreiras económicas e alfandegárias entre nações.
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3. Relação de OPEP com a produção actual e os problemas ambientais.

OPEP, significa organização dos países exportadores do petróleo e foi criada em 1960 na cidade
de Bagdad no Iraque. São países membros da OPEP: “Angola, Argélia, Líbia e Nigéria (África);
Venezuela e Equador (América do sul); Indonésia (sudeste asiático); Arábia Saudita, Emirados
Árabes Unidos, Irão, Iraque, Kuwait e Qatar (Oriente médio)”.[ CITATION DIA00 \p 21 \l 1033
].

O petróleo è um combustível fóssil, produzido há milhões de anos atrás pela pressão de material
orgânico, e è hoje encontrado em algumas zonas do subsolo da terra. È a principal fonte de
energia actual.

È de fácil transporte, mas seu potencial destruidor do meio ambiente è muito grande, pois libera
grande quantidade de CO2 para atmosfera sendo um dos grandes "vilões" do chamado
aquecimento global, por causa da sua grande utilização nos meios de transportes como carros e
motos.

Já ouvimos falar muito sobre a guerra do petróleo e os países da OPEP. Como se sabe, a maior
concentração de petróleo conhecida está localizada no Golfo Pérsico. Porém, o petróleo deste
novo século que também causará muitas guerras é outro: a água.

Mais da metade dos rios do mundo diminuíram seu fluxo e estão contaminados, ameaçando a
saúde das pessoas. Esses rios se encontram tanto em países pobres quanto ricos.

“Apenas 2% da água do planeta è doce, sendo que 90% está no subsolo e nos pólos. Cerca de 70% da água
consumida mundialmente, incluindo a desviada dos rios e a bombeada do subsolo, são utilizadas para irrigação.

Aproximadamente 20% vão para a indústria e 10% para as residências” [ CITATION htt12 \l 1033 ]. Obtido
no dia 05 de Abril de 2016.

Actualmente a água já è uma ameaça a paz mundial, pois, muitos países da Ásia e do Oriente
Médio disputam recursos hídricos.” Relatórios da ONU apontam que 1 bilhão de pessoas não
tem acesso a água tratada e com isso 4 milhões de crianças morrem devido a doenças como o
cólera e a malária”[ CITATION DIA00 \p 22-28 \l 1033 ]. A escassez de água se deve
basicamente à má gestão dos recursos hídricos e não à falta de chuvas, esta è a nossa conclusão.
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[ CITATION DIA00 \p 28 \l 1033 ], deixa ficar claro que a “Arábia Saudita não irá reduzir sua
produção”.   Isso significa que os países da OPEP terão de seguir aquilo que a Arábia Saudita
fizer caso contrário, eles perderão sua fatia de mercado.   “A Arábia Saudita é quem dita as
regras na OPEP”[ CITATION DIA00 \p 28 \l 1033 ].

Os actuais produtores de petróleo decidam reduzir sua produção, a actual tendência de aumento
da produção irá seguir pressionando para baixo os preços na margem.  Enquanto os preços
baixam dado o aumento da produção mais é o agravamento dos problemas ambientais.

“A menos que os países da OPEP decidam reduzir sua produção com o intuito de contrabalançar
o aumento da produção observado no Canadá e nos EUA, o preço do petróleo irá continuar
caindo e os problemas ambientais agravaram cada vez mais”[ CITATION htt12 \l 1033 ]. Obtido
no dia 05 de Abril de 2016.

Ao se recusar a reduzir sua produção, a Arábia Saudita está simplesmente a agravar a questão da
poluição do meio ambiente, pese embora haja redução gradativa dos preços a nível mundial. Em
fim, o aumento da produção do petróleo e o seu uso excessivo serve de catalisador catástrofe dos
efeitos de estufa e do aquecimento global.

Hoje em dia fala se de verão mais longo, inverno demasiadamente curto, escassez de chuvas
entre outros fenómenos desastrosos resultante da poluição do meio ambiente devido o efeito de
gases tóxicos em que o petróleo não se exclui. Estes fenómenos influenciam no mundo de hoje e
em Moçambique em particular criando más colheitas e consumo de água impróprio perigando
deste modo a saúde humana.

4. Relação das colónias económicas inglesas com a metrópole após a II guerra mundial.

Em geral, os processos de descolonização mais pacíficos foram os das colónia inglesas. A Grã-
Bretanha, poderosa potência colonizadora, percebeu que a descolonização no pós-guerra era um
processo irreversível.
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A Inglaterra, após a II guerra mundial, teve uma situação económica muito difícil, visto que com
o agravamento da guerra, “as suas colónias deixaram de enviar os recursos para a metrópole
criando deste modo a ruína da economia inglesa”[ CITATION Joh15 \p 67 \l 1033 ].

O país, portanto, tratou de manobrar para manter as ex-colónias como sua área de influência. Para
isso, fez com que a independência política não significasse, na maioria dos casos, independência
económica. A Grã-Bretanha também adoptou uma política de descolonização gradativa:
primeiramente interna, depois também na política externa .[ CITATION SAI95 \p 103 \l
1033 ]

Mesmo com estas manobras, a Inglaterra não foi capaz de recuperar o seu domínio económico
com as suas colónias após a II guerra mundial, mesmo com a ideia da criarão de federações bem
como integrar suas colónias na Commonwealth.

“O socialismo por um lado, o capitalismo por outro lado, politica económicas que lutavam pela
autonomia e autodeterminação dos povos catalisaram cada vez mais as revindicações nas
colónias á metrópole, exigindo a independência das colónias”[ CITATION SAI95 \p 105 \l 1033
].

Enfim, a II guerra mundial acelerou a independência dos países colonizados e, as colónias


britânicas não se excluem. As colónias britânicas foram as primeiras a alcançarem a
independência.

4.1 O nascimento da Commonwealth e o seu impacto para as colónias britânica em África.

A Commonwealth of Nations (em português: Comunidade das Nações), è uma organização


intergovernamental composta por 53 países membros independentes.

“A maioria dos membros da Commonwealth são antigas colónias do Reino Unido, com duas
notáveis excepções, Moçambique e Ruanda”[ CITATION SAI95 \p 305 \l 1033 ].

Moçambique foi colónia do Império Português e se tornou membro em 1995, graças ao apoio
dos seus vizinhos, que foram colónias britânicas. Em 2009 foi a vez do Ruanda, antiga colónia
belga, se tornar membro.
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Nem todas as ex-colónias do Reino Unido estão na comunidade. “O Zimbabwe saiu da


Commonwealth em 2003, e Gâmbia saiu completamente em 2013”[ CITATION SAI95 \p 305 \l
1033 ].

Outros países, como a Austrália e Canadá, continuam reconhecendo o monarca britânico como
chefe de Estado, representado por um governador-geral e usam a palavra Commonwealth como
título do seu estado. Tais países, os reinos da Comunidade de Nações, são Antígua e Barbuda,
Austrália, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova
Guiné, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Ilhas Salomão e Tuvalu.
[ CITATION Ray91 \p 79 \l 1033 ]

O nome original era "Comunidade Britânica" (do inglês: British Commonwealth) até 1946. Esta
fórmula foi inventada em 1950, quando a Índia tornou-se uma república, e, embora não
reconhecendo Jorge VI como chefe de estado, a Índia reconhecia-o como o símbolo da
associação livre de nações

Ela tem historicamente por objectivo “promover a integração entre as ex-colónias do Reino
Unido, concedendo benefícios e facilidades comerciais, mas agora os seus objectivos incluem a
assistência educacional aos seus países-membros e a harmonização das suas
políticas”[ CITATION Ray91 \p 78 \l 1033 ].

4.2 Moçambique è membro da Commonwealth pese embora não seja um país falante da
língua inglesa. Sustenta a afirmação.

Moçambique, antiga colónia portuguesa, alcançou a sua independência total e completa em 1975
sob liderança da frente de libertação de Moçambique (FRELIMO) criada em 1962. Logo depois
da sua independência, Moçambique adoptou os princípios do socialismo sob liderança do
primeiro presidente da república popular de Moçambique Samora. M. Machel o que culminou
com a guerra civil ou seja guerra de desestabilização politica entre a FRELIMO e a RENAMO.

Finda a guerra civil em 1992, depois de 16 anos de luta entre os dois rivais, viu se Moçambique
totalmente destruída pela guerra e com défice orçamental para suprir a reestruturação do pais.
Tendo como único parceiro a união soviética, o governo moçambicano opta pela introdução de
novas reformas no cenário de índole politico, portanto abre espaço para a cooperação e a entrada
de muitos investidores no pais, dando o inicio ao capitalismo e o fim do socialismo.
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“Em Dezembro de 1995, Moçambique se tornou a primeira nação, que nunca foi colónia
britânica, a unir-se à Commonwealth”[ CITATION Ray91 \p 93 \l 1033 ] . Este evento não è isento de
ironia talvez Cecil John Rhodes possa, finalmente, descansar em paz, ao ver enfim realizada a
anexação de Moçambique ao mundo de fala inglesa, pela qual ele lutou durante a corrida pela
partilha da África no final do século XIX.
“Ao mesmo tempo, os instigados defensores do nacionalismo cultural e linguístico português
declararam-se profundamente ofendidos perante o que consideravam uma traição às ligações que
supostamente existiam entre as nações do mundo lusófono”[ CITATION Ray91 \p 94 \l 1033 ]

Verdade ou não, Moçambique com o objectivo de obter mais aliados e ter mais investidores
económicos, em 1995 aliou se a Commonwealth, algo que gerou espanto para o resto do mundo
e até de certo modo descontentamento no seio da comunidade dos países da língua portuguesa
(CPLP).

5. Função económica das colónias portuguesas durante e depois da 2ª guerra mundial.

Sempre se fala de Portugal como teria sido um dos países mais pobres da Europa no período de
conquistas e descobrimentos até ao imperialismo. No entanto aproveitando se da sua
superioridade tecnológica e cientifica, Portugal fez das suas colónias bastidores dos seus recursos
a Portugal motivando o seu desenvolvimento.

As colónias que Portugal conseguiu conquistar em África, embora com um desenvolvimento


muito restrito, serviram de base de desenvolvimento económico da metrópole, o que motivou ao
Portugal estabelecer uma forte relação económica com as colónias.

Como já nos referimos, a pobreza e a necessidade de Salazar em reaver o equilibro económico


do pais, motivou Portugal a não participar na II guerra mundial pese embora o fez
clandestinamente. Durante este período, as colónias portuguesas desempenharam um papel muito
importante para o desenvolvimento da economia portuguesa. Ora vejamos:

Até em 1940, as colónias serviram de fontes de abastecimento de matérias-primas a metrópole. Já


durante a segunda guerra mundial, a exploração foi intensificada e as colónias passaram a ter uma
dupla função: a de fornecer matéria-prima e o dever da importar da indústria portuguesa artigos ou
vinhos não colocados no mercado português[ CITATION ROS90 \l 1033 ].
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Como vimos o trecho acima citado, Portugal sempre se beneficiou das colónias que tinha em
África, servindo de fontes de matéria-prima para alimentar a suas indústria, oprimindo-os, e
servindo de mercado dos produtos que não tinha espaço na Europa, quem sabe se tais produtos
industriais levados para África como mercado eram aqueles fora de prazo ou de baixo valor?

Hum, verdade ou não mas as colónias sempre foram catalisadores do desenvolvimento da


economia europeia através de ajuda em fornecer matéria-prima e outros serviços.

Uma vez finda a II guerra mundial, Salazar faz alguns arranjos e cunhos de novos termos para se
referir as colónias. Nesta senda, rectifica a constituição na qual os termos colónias e império
desaparecem e substituídos pelos termos províncias ultramarinas e ultramar respectivamente.

Depois da II guerra mundial, com a política de povoamento branco nas colónias, ou seja com o
sistema de colonatos, as colónias vão servir de fontes de acolhimento dos emigrantes europeus
portugueses que não possuíam uma especialização e muitas vezes sem nível académico de base e
desprovidos de capital, pelo que as autoridades coloniais achavam com frequência que lhes tinha
de ser sustentados pelo orçamento colonial[ CITATION Joh15 \p 108 \l 1033 ].

O trecho acima citado, mostra nos que após a II guerra mundial, para não entrar em rivalidades
com a declaração dos direitos humanos que suplicava a Conceição da independência as colónias
e o direito de autodeterminação dos povos, Salazar, viu a necessidades de implantar novas
relações com as suas colónias, implantando o neocolonialismo.

Não há dúvida de que os efeitos do neocolonialismos implantados nas colónias portuguesas no


fim da II guerra mundial tenham implicações até hoje em África, não só nas colónias portuguesas
mas também nas colónias das outras metrópoles. Um simples exemplo, Moçambique tem maior
quantidade de recursos florestais incluindo madeira mas maior parte das salas de aulas não têm
carteiras para alunos, isso è só para reflexão.

5.1 Conceito de Nacionalismo Económico de Salazar.

O nacionalismo económico de Salazar segundo RECAMA (2006: 40) apud [ CITATION


Joh15 \p 112 \l 1033 ] è um sistema económico-financeiro com o fim de por a colónia
moçambicana ao serviço da economia portuguesa.
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Sob influência da construção do nacionalismo económico, este período è marcado por uma
intensificação do trabalho forçado e integração crescente da economia de Moçambique numa
economia regional dominada pela África do Sul. “O princípio do trabalho forçado e da
introdução de culturas forçadas marcam este período, como uma forma de proteger a burguesia
portuguesa, incapaz de concorrer com o capital mineiro e com as plantações, no acesso à mão de
obra”[ CITATION ROS90 \p 103 \l 1033 ].

5.2 Contexto histórico do nacionalismo económico de Salazar.

“O que tanto motivou este novo governo em estabelecer o nacionalismo económico foi a
necessidade de criar condições para a consolidação da burguesia portuguesa e acelerar a
acumulação de capital, através da intensificação da exploração colónial”[ CITATION ROS90 \p
105 \l 1033 ].

Em termos concretos o nacionalismo económico de Salazar surge num contexto de golpe de


estado ocorrido em Maio de 1926 em Portugal, porem ganhou mais espaço quando Salazar foi
chamado ao cargo de ministro das finanças entre 1928-1932, para a presidência do conselho. Ora
vejamos:

Em Portugal a crise mundial de 1929 reforçou a estratégia esboçada desde 1926, de valorização
dos recursos de Moçambique no interesse da burguesia portuguesa, através da exploração directa e
mais intensa da população moçambicana, reduzindo ao indispensável o uso de capitais nacionais e
estrangeiros. (HEDGES 1993:89) apud [ CITATION Joh15 \p 113 \l 1033 ].

Em fim, o nacionalismo económico de Salazar surge no contexto de reaver a economia


portuguesa do novo estado, depois do golpe de estado em 1926, sem no entanto desprezar a
questão da crise económica mundial de 1929.

5.3 Impacto do nacionalismo económico de Salazar em Moçambique.

A construção do nacionalismo económico teve mito impacto no seio das comunidades


moçambicanas. “Este período è marcado por uma intensificação do trabalho forçado e integração
crescente da economia de Moçambique numa economia regional dominada pela África do
Sul”[ CITATION ROS90 \p 103 \l 1033 ].
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O princípio do trabalho forçado e da introdução de culturas forçadas marcam este período, como
uma forma de proteger a burguesia portuguesa, incapaz de concorrer com o capital mineiro e
com as plantações, no acesso à mão de obra, vejamos o seguinte.

As maiorias das populacoes rurais do sector tradicional que dedicavam ao cultivo das culturas
chamadas pobres (amendoim, trigo, milho, feijão) foram obrigados a abandonar as tais culturas
dando lugar a culturas de exportação provocando a fome no seio das comunidades. Ainda como
impacto do nacionalismo verifica se a extensão das linhas ferroviárias e rodoviárias bem como a
construção de infra-estruturas habitacionais e publicas tais com, barragens hidroeléctricas,
edifícios públicos e industrias[ CITATION Joh15 \p 135 \l 1033 ].

Não há nada que se construi no período colonial que tinha como objectivo o desenvolvimento de
Moçambique mas sim para facilitar os interesses económicos desenhados na bandeja da coroa
portuguesa, as estradas por exemplo serviam de ligação entre as zonas de extracção da matéria-
prima com as indústrias bem como para o escoamento da matéria-prima e produtos para o
exterior. È claro que intencionalmente ou não, a era do nacionalismo acabou por construir infra-
estruturas no nosso pais que nalgum momento até hoje usamos.

5.4 Exemplos do nacionalismo económico de Salazar na província de Zambézia.

Na província de Zambézia segundo [ CITATION Joh15 \p 131 \l 1033 ], são exemplos do


nacionalismo económico na província de Zambézia o sonho alcançado pelas indústrias
extractivas e transformadora, electricidade e no fomento industrial.

Foram preparados um grupo de pesquisadores para identificar as áreas mineiras, tendo sido
descobertas os mineiros de ilmenite e zircão, existentes nas áreas de Moebase e Pebane. Criação
do aproveitamento do hidroeléctrico de alto Molócue com uma potência instalada de 39MW e uma
produtividade media de 90MW por ano e a instalação em pequena escala de industrias de fomento
em Quelimane[ CITATION Joh15 \p 132-133 \l 1033 ].

Como teríamos nos referido nas exposições anteriores, o nacionalismo económico de Salazar,
intencionalmente ou não desenvolveu algumas áreas da nossa economia.
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6. Conclusão.

Em gesto de conclusão, nos foi claro que a comunidade económica europeia surge como
resultado do declínio da economia europeia; a enorme superioridade dos estados unidos da
América (EUA) bem como pela ampliação do bloco socialista e pela intensificação da
descolonização. Portanto o objectivo principal desta comunidade era de reconstruir a economia
dos estados membros destruída pela guerra.

No que tange a OPEP, concluímos que no seio desta organização, existe um desentendimento
oculto em que alguns países e que decidem pelos outros como è o caso da Arábia Saudita. Para
além disto nos ficou claro que a questão do aquecimento global e a poluição dos recursos
hídricos, esta organização tem sua considerável percentagem.

O Reino Unido uma vez terminada a II guerra mundial, e vendo um futuro difícil com a questão
das independências das suas colónias, cria a COMMONWEALH, para implantar o
neocolonialismo nas suas coloniais e tirar proveitos da sua relação com as suas ex-colónias.
Moçambique integrou este órgão em 1995 embora não seja falante da língua inglesa.

Portugal por um lado, como o que aconteceu com o Reino Unido, aproveitou do nacionalismo
económico da autoria de Salazar para intensificar a exploração das suas colónias e reconstruir a
sua economia deixando as colónias cada vez mais pobres.

6.1 Recomendações.

Recomendamos aos países exportadores do petróleo (OPEP) para que usem racionalmente este
recurso para evitar o aumento do aquecimento global que se verifica nestas ultimas décadas bem
como a poluirão das águas devido o excesso de resíduos tóxicos na atmosfera e no percurso dos
rios. Esta organização precisa de se responsabilizar dos efeitos que tem causado para todos os
seres vivos da natureza. Vale apenas viver pobre do que morrer por beber água imprópria e
devido a fome resultante da escassez de chuvas resultado do aquecimento global.
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7. Bibliografia
1. Abril, A. União Europeia. (edição 33). editora Abril. 2007.

2. Assumane, J. F.-T., & Filomena, A. História Económica IV. Beira: UCM/CED. 2015.

3. Campos, R. História Geral. são Paulo: Edicão Revista. 1991.

4. DIAS, C. Água, o petróleo do século 21, Revista, Ecologia e Desenvolvimento. 2000.

5. http://europa.eu/index_pt.htm. (s.d.). Obtido em 5 de Abril de 2016, de Versão em


português do site da UE.

6. http://www.wiuma.org.br. (s.d.). Obtido em 05 de Abril de 2016.

7. ROSAS, F. Portugal entre a Paz e a Guerra - 1939-1945. Lisboa: Editorial Estampa.


1990.

8. SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras. 1995.

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