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Fundações de Estruturas
Jaime Santos
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Eurocódigos estruturais
Normas relativas ao projecto estrutural e geotécnico de edifícios
e obras de Engenharia Civil
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Eurocódigo 7 - Projecto geotécnico
Parte 1 - Regras gerais
Parte 2 - Design assisted by laboratory and field testing
EC7 - parte 1
- Estado limite
- Categoria geotécnica
- Coeficiente parcial
- Valor característico
EC7 - parte 2
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Eurocódigo 7 - Projecto geotécnico
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Eurocódigo 7 - Projecto geotécnico
Algumas definições:
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Eurocódigo 7 - Projecto geotécnico
• Categoria geotécnica 1:
Estruturas pequenas e relativamente simples
• Categoria geotécnica 2:
Tipos convencionais de estruturas e fundações
• Categoria geotécnica 3:
Estruturas de grande dimensão ou pouco comuns
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Categoria geotécnica 1
Estruturas pequenas e relativamente simples:
• para as quais se possa assegurar que são satisfeitos os requisitos
fundamentais apenas com base na experiência e em estudos de
caracterização geotécnica de natureza qualitativa;
• com riscos desprezáveis para bens e vidas;
• existir experiência comparável que comprove que as condições do
terreno são suficientemente simples para que seja possível usar
métodos de rotina no projecto.
Exemplos:
• edificações simples de 1 e 2 andares; carga máxima de cálculo
de 250kN nos pilares e 100kN/m nas paredes; tipos habituais de
sapatas e estacas;
• muros de suporte de terras e contenções para desníveis até 2m;
• pequenas escavações para trabalhos de drenagem, tubagens ...
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Categoria geotécnica 2
Tipos convencionais de estruturas e fundações :
- não envolvam riscos fora do comum ou condições do terreno e de
carregamento invulgares ou particularmente difíceis.
- requer a quantificação e análise dos dados geotécnicos e uma
análise quantitativa que assegurem que são satisfeitos os requisitos
fundamentais;
- podem ser usados procedimentos de rotina nos ensaios de campo e
laboratório, bem como na elaboração do projecto e na execução.
Exemplos:
• fundações superficiais, ensoleiramentos e fundações em estacas;
• muros, estruturas de contenção e escavações;
• pilares e encontros de pontes;
• aterros e movimentos de terras;
• ancoragens;
• túneis em rocha resistente e não fracturada. 9
Categoria geotécnica 3
Estruturas não abrangidas pelas categorias geotécnicas 1 e 2:
- estruturas de grande dimensão ou pouco comuns;
- riscos fora do comum;
- condições do terreno e de carregamento invulgares;
- estruturas em áreas de sismicidade elevada.
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Dimensionamento por cálculo
1. Acções
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
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1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
1. Acções geotécnicas:
- São acções transmitidas à “estrutura” pelo terreno (incluindo
aterros), água do terreno ou água livre
- Podem ser forças (p.e. impulsos de terras) ou deslocamentos
(p.e. assentamentos diferenciais) impostos.
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1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
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Dimensionamento por cálculo
Fmédio Fk 15
15
Dimensionamento por cálculo
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1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
Propriedades do terreno
• São quantificadas por meio de parâmetros geotécnicos (ex. c’ e φ’)
• Devem ser obtidas de resultados de ensaios de campo ou
laboratoriais, quer directamente quer recorrendo a teorias, a
correlações ou a formulações empíricas
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1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
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1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
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Dimensionamento por
cálculo
1. Acções
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
P
• Os parâmetros geotécnicos devem ser obtidos através de ensaios de
campo e laboratoriais; a interpretação dos resultados deve ser feita de
forma adequada ao estado limite em consideração.
• Muitos parâmetros não são constantes “verdadeiras”, já que
dependem de factores tais como o nível de tensão, o modo de
deformação, etc..
• Informação publicada em condições de terreno semelhantes
• Número de ensaios; variabilidade
• Experiência local e geral; correlações entre parâmetros
• Resultados de obras experimentais e/ou em obras reais
• Correlações entre os resultados de mais de um tipo de ensaios 20
1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
Definição (EC7):
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Dimensionamento por cálculo
1. Acções
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
Xmédio
Xk (volume
reduzido) Xk(volume significativo)
Valor característico:
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1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
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1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
Valores característicos:
- são valores, superiores ou inferiores, medidos, nominais ou
estimados
Valores de cálculo:
• Normalmente são iguais aos característicos
• Quando se justifique: ad = anom ± Δa
NF
udst
NF
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1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação EQU
O equilíbrio é equacionado considerando a estrutura ou o terreno
como corpos rígidos.
rocha
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1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação Estados limites últimos
Coeficientes parciais - acções
EC0/EC7 EC7
STR/GEO
EQU UPL HYD
A1 A2
γG;dst 1,10 1,35 1,00 1,00 1,35
γF
(acções) γG;stb 0,90 1,00 1,00 0,90 0,90
(ou γE -
efeitos das γQ;dst 1,50 1,50 1,30 1,50 1,50
acções)
γQ;stb 0 0 0 --- ---
30
dst - instabilizante; stb - estabilizante
1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
Estados limites últimos
Coeficientes parciais – propriedades (EC7)
STR/GEO
EQU UPL HYD
M1 M2
γφ’ 1,25 1,00 1,25 1,25 ---
Critério: Ed ≤ Rd
Ed – valor de cálculo dos efeitos das
acções
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Rd – valor de cálculo da resistência
1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
STR/GEO
Os coeficientes parciais para as acções podem ser aplicados
às próprias acções (γF) ou aos seus efeitos (γE):
Ed = E{γF Frep ; Xk/γM ; ad}
Ed = γE E{Frep ; Xk/γM ; ad}
Ed depende de Xk/γM sempre que existam acções
geotécnicas transmitidas pelo terreno
• AC 1 – combinação 1 e combinação 2
• AC 2
• AC 3
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1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
STR/GEO
AC1 (Abordagem de Cálculo 1)
Geral (excepto estacas carregadas Estacas carregadas axialmente e
axialmente e ancoragens) ancoragens
combinação 1 combinação 1
A1 + M1 + R1 A1 + M1 + R1
combinação 2 combinação 2
A2 + M2 + R1 A1 + (M1 ou M2) + R4
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1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos Situações persistentes e transitórias
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
ELU STR/GEO
AC 1 - C 1 AC 1 - C 2 AC 2 AC 3
Acçõe
Estac Estac Acçõe
Proc. Proc. s
Geral as e Geral as e s
1 2 geoté
ancor. ancor. estrut.
c.
γF A1 A1 A2 A2 A1 --- A2 ---
Ed γE --- --- --- --- --- A1 --- A1*
γM M1 M1 M2 M2 M1 M1 M2 ---
γF A1 A1 A2 A2 A1 =1 A2 =1
Rd γM M1 M1 M2 M1 M1 M1 M2
γR R1=1 R1>1 R1=1 R4>1 R2>1 R2>1 R3=1**
* A2 para estabilidade de taludes e estabilidade global 36
36
** R3 > 1 para estacas à tracção
1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
STR/GEO
AC 2
combinação A1 + M1 + R2
AC 3
combinação (A1 ou A2) + M2 + R3
A2 para acções geotécnicas
A1 para acções estruturais
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1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
Critério: Ed ≤ Cd
Ed – valor de cálculo dos efeitos das acções
Cd – valor de cálculo do valor limite dos efeitos das acções
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1. Acções
Dimensionamento por cálculo
2. Propriedades do terreno
3. Dados geométricos
4. Estados limites últimos
5. Estados limites de utilização
6. Valores limite para os movimentos da fundação
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Justificação do dimensionamento com
base em ensaios de carga e ensaios em
modelos experimentais
Na aplicação dos resultados dos ensaios para a justificação
de um dimensionamento há que considerar os seguintes
aspectos:
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Método observacional
Dado que a previsão do comportamento geotécnico ser muitas vezes
difícil, pode ser apropriado adoptar o método observacional, o qual
permite a adaptação do projecto durante a construção.
c) a) a)
b)
b)
c)
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Método observacional
EXEMPLO:
1
rio
ná
Ce
ri o 2
en á
C
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Método observacional
EXEMPLO: escavação e contenção periférica (Palácio Sotto Mayor)
ri o 2
en á
C
45
45
Método observacional
EXEMPLO: Observação: alvos topográficos
46
46
Método observacional
EXEMPLO: malha de elementos finitos
47
47
Método observacional
EXEMPLO: Observação: alvos topográficos
48
48
Método observacional
EXEMPLO: Instrumentação
49
49
Método observacional
EXEMPLO: Observação: alvos topográficos
50
50
Estudos de caracterização geotécnica
Estudos preliminares
P
Avaliar a adequabilidade do local de uma forma geral
• Comparar locais alternativos, quando tal for relevante
• Estimar o impacte que a construção da obra possa causar
• Planear os estudos geotécnicos para o dimensionamento e para o
controlo do comportamento
• Identificar zonas de empréstimo, quando tal for relevante
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Estudos de caracterização geotécnica
P
•Cavidades
• Degradação das rochas, solos ou materiais de aterro
• Efeitos hidrogeológicos
• Falhas, diaclases e outras superfícies de descontinuidade
• Solos ou maciços rochosos sujeitos a fenómenos de dilatância
• Solos e rochas expansíveis e colapsíveis
• Presença de resíduos ou materiais manufacturados
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Estudos de caracterização geotécnica
P
•Os estudos devem abranger pelo menos as formações que se
considere relevantes para o projecto;
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Estudos de caracterização geotécnica
Reconhecimento e trabalhos de Prospecção
Categoria Geotécnica 2:
• Obras que cobrem uma grande área:
- os pontos de prospecção podem ser dispostos segundo uma
malha com distâncias entre 20 e 40m.
- em terrenos uniformes os furos ou poços de sondagem podem ser
parcialmente substituídos por ensaios de penetração ou sondagens
geofísicas
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Determinação dos parâmetros geotécnicos
• Parâmetros pressiométricos
• Parâmetros dilatométricos
• Compactabilidade (aterros)
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