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de povos só
com tradição oral foi a grande
‘desculpa’ para
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também para mostrar, com o meu exemplo, que aquilo que se poderia imaginar”.
a importância de outras culturas”, explica- Por exemplo, na Costa dos Esqueletos
-nos. Uma ideia que ainda não abandonou. 5
(Namíbia): “onde aprendi com os locais
Uma história, “da qual não sou personagem”, como proteger a pele das queimaduras com
sublinha. Uma história que prossegue, em
2 novos capítulos, “recolhidos, habitualmente,
em inglês e depois traduzidos”. Fotografados,
também. Não os contos mas as gentes com 6
quem contacta, “normalmente mais abertos
e expansivos com aquele que vem de fora do
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pó de barro e gordura”, mais eficaz do que gens de Pedro Mota: “Há muito amor. Ainda
qualquer protetor solar industrial. Embora há muito amor de quem recebe e depois de
banal, exemplos como este servem para de- quem dá. Em Timor, em Angola, em Mo-
monstrar “que apreendemos sempre coisas çambique… em locais onde os portugueses
que ultrapassam as ideias feitas”. No caso apenas passaram e muitas vezes deixaram
concreto, “poderia ser levado a pensar que o apenas o nome, como a Patagónia e outros
fariam por questões estéticas, por uma tradi- 4 locais remotos, onde deixámos palavras.
ção de decorar o corpo”. A razão era bem Como ‘barco grande’ em tibetano. Soa a
mais pragmática. Menos apaixonante. ‘nau’. Eles têm palavras para todos os tipos
Mas, paixão e amor não faltam nas via- de barcos que usam e conhecem. Um barco
com a dimensão de uma cidade é ‘nau’. Se de que diz gostar particularmente: “a Rota da
não for herança dos portugueses eu gosto de Seda – da qual conheço alguns ‘fios’ – a Rota
acreditar que sim, que é”. das Especiarias, a Rota do Ártico, o Mapa
Talvez uma das poucas dúvidas que lhe Cor-de-Rosa”. A próxima, com as estrelas
ficam. Antes de partir prepara-se com “li- por companhia, será à Austrália. Na compa-
vros, documentos, músicas e outros bocados nhia de outros homens que sempre soube-
dos lugares”. Quando volta, põe o que viu em ram ler as estrelas.
livro, em exposições fotográficas. “Para par-
MARINHA, C. Luís, 2008. “Aventureiros Solitários”.
tilhar o que trago de rotas antigas”. Aquelas Os Meus Livros, n.º 65, julho de 2008 (p. 41)
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1.1. Identifica as funções sintáticas desempenhadas pelas expressões sublinhadas no
texto.
1.2. Assinala a opção que completa de forma correta cada uma das frases apresentadas.
1.2.1. Na frase “Pedro Mota considera a sua atividade fascinante.” a expressão
sublinhada desempenha a função sintática de
(A) predicativo do sujeito.
(B) predicativo do complemento direto.
(C) modificador do nome restritivo.
(D) complemento direto.
1.2.2. Na passagem “’Sou um astrofísico que viaja na Terra’, descreve-se Pedro Mota,
que viaja ao sabor de histórias velhas como os povos.” (ll. 1-3) as orações
introduzidas por “que” desempenham a função sintática de
(A) modificador restritivo do nome.
(B) modificador apositivo do nome.
(C) modificador restritivo do nome e modificador apositivo do nome,
respetivamente.
(D) modificador apositivo do nome e modificador restritivo do nome,
respetivamente.