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"A prática regular de atividade física sempre esteve ligada à imagem de pessoas
saudáveis. Antigamente, existiam duas ideias que tentavam explicar a associação entre o
exercício e a saúde: a primeira defendia que alguns indivíduos apresentavam uma
predisposição genética á prática de exercício físico, já que possuíam boa saúde, vigor
físico e disposição mental; a outra proposta dizia que a atividade física, na verdade,
representava um estímulo ambiental responsável pela ausência de doenças, saúde
mental e boa aptidão física. Hoje em dia sabe-se que os dois conceitos são importantes e
se relacionam."
Introdução
Mas o que é atividade física? De acordo com Marcello Montti, atividade física é
definida como um conjunto de ações que um indivíduo ou grupo de pessoas pratica
envolvendo gasto de energia e alterações do organismo, por meio de exercícios que
envolvam movimentos corporais, com aplicação de uma ou mais aptidões físicas, além
de atividades mental e social, de modo que terá como resultados os benefícios à saúde.
Na grande maioria dos países em desenvolvimento, grupo do qual faz parte o Brasil,
mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível adequado
de exercício físico. Esse problema fica mais claro quando levamos em conta os dados
do censo de 2000, que mostram que 80% da população brasileira vivem nas cidades.
A atividade física pode também exercer efeitos no convívio social do indivíduo, tanto
no ambiente de trabalho quanto no familiar.
Interessante notar que quanto maior o gasto de energia, em atividades físicas habituais,
maiores serão os benefícios para a saúde. Porém, as maiores diferenças na incidência de
doenças ocorrem entre os indivíduos sedentários e os pouco ativos. Entre os últimos e
aqueles que se exercitam mais, a diferença não é tão grande. Assim, não é necessária a
prática intensa de atividade física para que se garanta seus benefícios para a saúde. O
mínimo de atividade física necessária para que se alcance esse objetivo é de mais ou
menos 200Kcal/dia. Dessa forma, atividades que consomem mais energia podem ser
realizadas por menos tempo e com menor frequência, enquanto aquelas com menor
gasto devem ser realizadas por mais tempo e/ou mais frequentes.
A falta de aptidão física e a capacidade funcional pobre são umas das principais causas
de baixa qualidade de vida, nos idosos. Com o avanço da idade, há uma redução da
capacidade cardiovascular, da massa muscular, da força e flexibilidade musculares,
sendo que esses efeitos são exacerbados pela falta de exercício.
Está mais do que comprovado que os idosos obtêm benefícios da prática de atividade
física regular tanto quanto os jovens. Ela promove mudanças corporais, melhora a
autoestima, a autoconfiança e a afetividade, aumentando a socialização.
Antes do início da prática de exercícios, o idoso deve passar por uma avaliação médica
cuidadosa e realização de exames. Isso permitirá ao médico indicar a melhor atividade,
que pode incluir: caminhada, exercício em bicicleta ergométrica, natação, hidroginástica
e musculação.
Algumas recomendações são importantes, e valem também para as outras faixas etárias:
• Caminhada: é muito bom para a preparação para o parto, já que melhora a capacidade
cardiorrespiratória e favorece o encaixe do bebê na bacia da mãe. O ideal é caminhar 3
vezes por semana, cerca de 30 minutos.
• Natação: trabalha bastante a musculatura. Atenção: apenas algumas modalidades são
liberadas durante a gestação.
• Hidroginástica: são os mais indicados para as gestantes!
• Alongamento: ajuda a manter a musculatura relaxada e o controle da respiração.
Considerações finais
Para finalizar devemos ressaltar que a prática de atividade física deve ser sempre
indicada e acompanhada por profissional qualificado, incluindo médicos, fisioterapeutas
e profissionais de educação física. Caso sinta algo diferente é mandatório informar ao
responsável. Outro ponto importante, que não deve ser esquecido, é a adoção de uma
alimentação saudável, rica em frutas, legumes, verduras e fibras. Prefira o consumo de
carnes grelhadas ou preparadas com pouca gordura. Evite o consumo excessivo de
doces, comidas congeladas e os famosos lanches de "fast-foods". E lembre-se: beba
muito líquido (de preferência água e sucos naturais).