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Cristiana Arcangeli

Cristina Arcangeli é uma empresária, apresentadora e palestrante. Atua no mercado de beleza,


bem estar e de alimentos funcionais. Empreendedora serial e criadora de cinco empresas:
Phytoervas, Phyta, PH – Arcangeli, Eh e atualmente é CEO na beauty’in e sócia do Fundo de
Investimento Phenix. É também conselheira da Endeavor e diretora do CJE da FIESP. É a
Apresentadora feminina do programa Shark Tank no Canal Sony e Consultora de beleza e
qualidade de vida multimídia. Tem três livros publicados e dois boletins diários no seu
programa Manual, na Rádio Alpha FM, há mais de 10 anos. Tem um blog de saúde, beleza,
moda e bem estar e está presente em todas as redes sociais onde gera conteúdo para mais de
1 milhão de mulheres diariamente.
Faz palestras sobre empreendedorismo, empoderamento feminino, beleza e inovação no
Brasil e internacionalmente. Foi uma das mulheres que mais influenciou o mercado de moda
brasileiro com a criação da primeira semana de moda brasileira. Ocupa a cadeira 21 da
Academia Brasileira de Marketing e foi reconhecida com 24 prêmios, entre eles: Personalidade
do ano pelo Governo do Estado de São Paulo, Mulher Mais Influente do País e Prix Veuve
Clicquot de la Femme d’Affaires.

Criou A Phytoervas, primeira linha de produtos sem sal para cabelos e muitas outras inovações
em embalagens, nomenclaturas e ativos naturais. Em 1998, a Phytoervas foi vendida para a
multinacional farmacêutica Bristol-Myers Squibb. Tem dois livros publicados, Beleza para a
Vida Inteira (2002) e Como Viver Mais e Melhor – Só Para Homens (2006), além de
participação no livro Como Fazer uma Empresa Dar Certo num País Incerto, escrito com vários
de seus parceiros consultores da ONG Endeavor.

Em junho de 2006, Cristiana Arcangeli lançou sua segunda empresa, a marca Éh Cosméticos, a
primeira linha de cosméticos orgânicos do Brasil, uma evolução, um passo à frente no
mercado, uma empresa que em 18 meses foi vendida para a Hypermarcas. Em 2010 lançou
sua terceira empresa, a Beauty’in®, que mais uma vez inovou e veio para criar uma categoria
inédita no Brasil, que abriu um novo segmento no mercado de saúde e beleza: os aliméticos®.
Em 2012, a Brazil Pharma, do BTG Pactual adquiriu 40% da marca.

Formada em Odontologia, começou a trabalhar assim que se formou e nunca mais parou. Seus
empreendimentos sempre estiveram ligados a saúde e estética. Criou uma de suas empresas,
Phytoervas, a partir de cinco funcionários, e o que era apenas um conceito, transformou-se em
um meganegócio que despertou o interesse de uma multinacional. E, de lá para cá, não
faltaram ideias.

Você iniciou a Phytoervas com cinco funcionários e, 12 anos depois, já estava com 600 e com
alto faturamento. De que maneira se deu esse crescimento?

Em 12 anos muitas coisas aconteceram, lançamos muitos produtos. Começamos com três
produtos e, quando me dei conta, já tínhamos mais de 140 diferentes. A mesma coisa com os
pontos de venda, fomos de dois para 18 mil; o negócio cresceu muito. Foi uma fase bastante
difícil para o Brasil, passamos por sete planos econômicos e por mudanças de moeda. Foi uma
época bastante conturbada na economia, muitas coisas aconteceram. Mas acho que, no final,
eu acertei mais do que eu errei, por isso o negócio andou.
Você foi a criadora do primeiro evento de moda do país, o Phytoervas Fashion, de onde surgiu
a idéia e por quê?

A idéia veio do evento da Elite que eu apoiava, o Look of The Year e, naquele ano, o evento se
chamou Phytoervas Look of The Year. Nós lançávamos novas modelos, então, tinha um desfile,
que foi dirigido pelo Paulo Borges. Eu fiquei assistindo ao desfile, e notei que haviam roupas
muito bonitas que ele usou nas modelos antigas da Elite, que também fazem uma
apresentação durante o evento. Eu gostei muito das roupas e quis que eles me explicassem de
onde vinham essas roupas. O Paulo me explicou que eram de alguns estilistas brasileiros novos
muito talentosos, mas que ninguém conhecia; e isso me deu vontade de conhecê-los. Fui ao
estúdio do Walter Rodrigues, que era em um pequeno apartamento na Rua Major Sertorio,
mas ninguém conhecia e não vendia. Pensei que se conseguíssemos fazer um evento para
lançar estes estilistas e um dia fazer uma coleção de cosméticos ou perfumes com a marca
desses estilistas, talvez eu pudesse exportar os produtos; porque sempre quis exportar
Phytoervas e nunca consegui, é muito difícil exportar uma marca brasileira. E não se consegue
justamente porque aqui as marcas não levam o nome de um estilista, como acontece lá fora,
levam o nome de empresas. Quando você compra o perfume de um estilista, você também
compra o estilo que ele está te vendendo, o conceito de se vestir e de se arrumar que ele está
propondo. Quando você compra o nome de uma empresa, não tem tanto estilo por trás, então
é mais difícil. Eu quis um estilista brasileiro conhecido suficientemente para que pudéssemos
exportar uma linha com a marca dele. Foi assim que surgiu o Phytoervas Fashion.

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