Perguntou o lampião ao velho, Pois seu desejo era arder E ardendo iluminar o vivo.
Quando já a penumbra reina,
Duas pedras se batem E, do triste confronto, a fricção Pare o pálido calor, Que o pavio acolhe a cria, Cultivando, na dança, minúscula chama, Ideia. Na proteção do vidro, finalmente, transcende E vara a noite com luz renovada, o lampião. Oh, segundo sol, por mãos humanas concebido, Sois a realidade do medo da noite. Análogo ao sol, primo da verdade.