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INDUSTRIALIZAÇÃO

BRASILEIRA
CPM – Curso EsSA / EsPECEx – 2018
Geografia do Brasil – Prof. Adriano
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA INDUSTRIALIZAÇÃO
BRASILEIRA

▪ Tardia
▪ Ocorreu com bastante atraso em relação aos países que promoveram a Revolução
Industrial
▪ Inglaterra: segunda metade do século XVIII
▪ Brasil: final do século XIX e efetivação ao longo do século XX

▪ Dependente
▪ Assumiu forte dependência do capital e das tecnologias do exterior

▪ Concentrada
▪ Concentrou-se sobretudo na região Sudeste, em especial no estado de São Paulo
ALGUNS MOTIVOS PARA O ATRASO INDUSTRIAL BRASILEIRO

▪ Histórico de colônia
▪ Pacto colonial
▪ Impossibilidade de se modernizar
▪ Economia agro-exportadora
▪ Economia baseada em produtos agrícolas (ou pecuários e extrativistas)
▪ Cana, borracha, drogas do sertão, café
▪ Elite agrícola
▪ Políticas para manutenção da hegemonia
▪ Mão de obra escrava
▪ Ausência de um mercado consumidor
▪ Mão-de-obra sem quaificação para o trabalho industrial
BREVE HISTÓRICO

▪ Período colonial: apenas manufatura do açúcar


▪ 1785: alvará proibindo instalação e funcionamento da indústria
▪ 1808: Família Real – Revogação do Alvará de 1785
▪ 1888: Lei Áurea – Vinda de mais imigrantes
▪ 1880 a 1930: indústrias de bens de consumo não-duráveis
▪ 1ª Guerra Mundial: novo impulso industrial, com o declínio do comércio mundial
O CAFÉ: A BASE PARA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

▪ Produto altamente valorizado no mercado internacional


▪ Excelente condições naturais na região sudeste para o plantio
▪ Manutenção da ordem social vigente
▪ Organização das propriedades semelhantes às de cana:
▪ Grandes propriedades
▪ Monocultura
▪ Inicialmente mão-de-obra escrava
O CAFÉ: A BASE PARA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

Primeiro Ciclo Segundo Ciclo


▪ Vale do Paraíba (RJ) ▪ Oeste paulista (SP)
▪ Cultivado em áreas planas (Manutenção dos
▪ Cultivado em áreas de encostas problemas ambientais, como a redução da
biodiversidade)
(Gerando inúmeros impactos
ambientais) ▪ Mão de obra imigrante (iniciando a formação
de um mercado consumidor)
▪ Mão de obra escrava ▪ Escoamento realizado por meio de transporte
ferroviário
▪ Escoamento realizado por meios ▪ Clima muito favorável (tropical)
de transportes precários ▪ Crescimento urbano próximo das regiões
cafeicultoras
O CAFÉ: A BASE PARA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

▪ A atividade cafeicultora criou as bases para o processo industrial no Brasil:


▪ Mão-de-obra assalariada potencialmente qualificada
▪ Criação de um mercado consumidor
▪ Estimulou o crescimento urbano e a formação de uma classe média urbana
▪ Acúmulo de capitais
▪ Excelente infra estrutura de transporte
▪ Fatores concentrados na região Sudeste
A CRISE DE 1929

▪ A crise econômica que atingiu a economia capitalista em 1929, abalou o


comércio mundial e atingiu a economia agrícola brasileira.
▪ A quebra da bolsa de Nova Iorque significou a crise da atividade cafeicultora,
lançando a economia brasileira em uma profunda crise.
▪ A crise do café vai significar a busca por uma nova atividade que venha fortalecer
a economia nacional.
Substituição de importações

▪ No Brasil, após a Crise de 1929, a política de substituição de importações foi


implementada com o objetivo de desenvolver o setor manufatureiro e resolver
os problemas de dependência de capitais externos.
▪ O país passou a dinamizar sua economia industrial produzindo mercadorias que
antes eram importadas.
CAFÉ: CRISE E INDUSTRIALIZAÇÃO (RESUMO)

▪ Atividade cafeeira (1850 a 1930): ampla infraestrutura de capital, mão de obra,


mercado consumidor, energia, transportes.
▪ 1929: Queda da Bolsa de Nova Iorque.
▪ Anos 30 - Crise: novas possibilidades político-administrativas e financeiras em
favor da industrialização, sobretudo em São Paulo.
Governo Vargas e as implantações das bases

▪ O primeiro momento que de fato caracterizou a implantação de uma indústria de


base nacional, se deu com a Revolução de 30. Esse processo teve como base o
discurso nacionalista do Estado, então chefiado pela figura de Getúlio Vargas, que
priorizava a implantação de uma indústria de base no país, para que
posteriormente pudesse se consolidar uma indústria de bens de consumo.
Tipos de indústrias

▪ Indústrias de base (ou de bens de produção): São responsáveis pela transformação de


matérias-primas brutas em matérias-primas elaborada.
▪ Ex.: Petrolífera, Metalúrgica e siderúrgica
▪ Indústrias de bens intermediários: São responsáveis pela produção de máquinas e
equipamentos que serão utilizados nos diversos segmentos das indústrias de bens de
consumo.
▪ Ex.: Mecânica (máquinas industriais, motores automotivos, etc.)
▪ Indústrias de bens de consumo: Têm sua produção direcionada diretamente para o
mercado consumidor, ou seja, para a população em geral. São divididas em indústrias de
bens duráveis e de bens não-duráveis.
▪ Ex.: Fábricas de automóveis e eletrodomésticos
▪ Ex.: Indústria de confecções e de alimentos
INTERVENÇÃO ESTATAL:
GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS

▪ 1930 a 1945/1951 a 1954: grandes investimentos estatais na implantação de


indústrias de base: CSN, CHESF, CVRD (volumosos capitais e retorno lento),
Petrobrás.
▪ Até o final da 2ª Guerra Mundial: indústrias substitutivas.
▪ Após a Guerra: entrada de multinacionais.
Consolidação da Base

▪ Após negociações, em 1941, Vargas conseguiu tecnologia e financiamento dos Estados


Unidos para a construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda,
Rio de Janeiro, que foi um marco importante para a industrialização do Brasil.
▪ Em 1942 foi criada a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), para explorar e exportar
minério de ferro de Minas Gerais.
▪ Na década de 1950, a escassez de energia elétrica, baixa produção de petróleo e a rede
de transporte e comunicações deficientes representavam sérios obstáculos ao
desenvolvimento industrial no Brasil. Para enfrentar, pelo menos parcialmente, esses
problemas, o novo governo Vargas inaugurou, em 1951, a Companhia Hidrelétrica do
São Francisco (Usina de Paulo Afonso) e, em 1953, a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras).
GOVERNO JK (1956 a 1961)

▪ Plano de Metas: grandes investimentos estatais - setores de


energia e transportes.
▪ Entrada maciça de capital estrangeiro em novos setores
industriais: automóveis, eletrodomésticos, máquinas e
equipamentos, químico-farmacêutico.
▪ Consequências: aumento da dívida externa e inflação;
concentração industrial no Sudeste.
▪ Criação: SUDENE
GOVERNO JOÃO GOULART – JANGO (1961 a 1964)

▪ Plano Trienal: reformas de base (agrária, tributária,


administrativa, bancária e educacional), sem responsabilidade
pela produção industrial. Elaborado por Celso Furtado, para
combater a inflação e desenvolver o país, falhou, porém.
PERÍODO MILITAR (1964 a 1985)

▪ “Milagre Econômico” – 1968 a 1974: elevados índices de crescimento


econômico. PIB: 10%.
▪ Política industrial: internacionalização e estatização da economia nacional.
▪ Expansão do consumo, facilidades de crédito.
▪ Aumento das exportações de produtos industrializados e da dívida externa.
▪ 1973 a 1979: crises do petróleo e aumento dos juros internacionais.
Achatamento salarial; aumento da desigualdade e exclusão social.
ÚLTIMAS DÉCADAS – século XX

▪ Anos 80: “década perdida”. Vários planos econômicos.


▪ Anos 90: Governo Collor: neoliberalismo e privatizações.
▪ Impeachment.
▪ 1994: Plano Real – diminuição da inflação.
ÚLTIMAS DÉCADAS – século XX

▪ FHC: ajuste das contas públicas, adoção de medidas políticas e jurídicas de apoio
à micro e pequena indústria, entrada de capital estrangeiro, investimento do
capital de risco no setor industrial atraente;
▪ Século XXI: Governo Lula – manteve as regras;
▪ Autossuficiência do petróleo (minimizou a dependência do setor industrial). Falta
ao Brasil um desafio atual, globalizado: a geração de tecnologia de ponta
nacional.
MODELO ECONÔMICO BRASILEIRO (TRIPÉ)

CAPITAL CAPITAL CAPITAL


ESTATAL PRIVADO PRIVADO
indústrias de NACIONAL ESTRANGEIRO
bens de indústrias de indústrias de bens
produção, de bens de de produção e de
base. consumo não bens de consumo
duráveis duráveis
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA INDÚSTRIA BRASILEIRA

▪ Herança histórica do café: Região Sudeste.


▪ Concentração industrial na Grande São Paulo: complementaridade industrial e
concentração de investimentos públicos em infraestrutura.
Distribuição das empresas
industriais no território
brasileiro – anos 2000
RELATIVA DESCONCENTRAÇÃO

▪ Anos 70: dispersão dos investimentos para o interior de São Paulo e outras
regiões.
▪ Anos 90: índices de crescimento econômico maior do interior paulista, do
Nordeste e do Sul, em relação à São Paulo.
FATORES RESPONSÁVEIS PELA RELATIVA DESCONCENTRAÇÃO

▪ PROBLEMAS NA RMSP E OUTRAS GRANDES AGLOMERAÇÕES URBANAS


▪ a forte organização e atuação dos sindicatos na defesa de salários e condições de
trabalho, limitando a ação do capital;
▪ a elevada densidade demográfica e a intensa disputa pelos terrenos provocam um
aumento considerável dos preços da terra;
▪ a metropolização que trouxe uma ampliação dos impostos municipais e dos custos
dos serviços públicos de transporte, comunicações e energia;
▪ congestionamentos de tráfego, poluição do ar, roubos e assaltos começaram a
afugentar executivos e assalariados de alto nível.
FATORES RESPONSÁVEIS PELA RELATIVA DESCONCENTRAÇÃO

▪ Década de 1970 – planejamentos do poder público a fim de gerar uma maior


democratização no espaço industrial do país – criação da Sudam (Superintendência de
desenvolvimento da Amazônia) e da Sudene (Superintendência de desenvolvimento do
Nordeste).
▪ Autorização do Governo Federal dada aos governos estaduais de promoverem incentivos
fiscais para a presença de indústrias em seus territórios – início da Guerra Fiscal ou
Guerra dos Lugares, em que as unidades federativas, por meio de isenções de impostos e
outros benefícios, passaram a competir pela manutenção de empresas em suas
localidades, a fim de dinamizar suas economias e elevar a quantidade de empregos.
▪ Com os avanços tecnológicos nos meios de transporte e comunicações, não eram mais
necessárias uma aglomeração industrial e, tampouco, a proximidade entre indústria e
mercado consumidor. Por isso, muitas empresas resolveram migrar para regiões
interioranas e cidades médias, longe dos problemas relacionados às grandes cidades.
Distribuição regional do valor da transformação industrial
1970 a 2000

Participação (%)

1970 1980 1993 2000

Sudeste 80,7 72,6 69,0 66,1

Sul 12,0 15,8 18,0 18,3

Nordeste 5,7 8,0 8,0 8,9

Norte e Centro-Oeste 1,6 3,6 5,0 6,7


NÚMERO DE EMPREGOS NA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO MERCADO FORMAL

8.000
7.681
7.800
7.517
7.600
7.400
7.200
6.905 6.932
7.000
6.711
(Mil E mpregados)

6.800
6.600
6.254
6.400
6.200
5.815 6.008
6.000
5.800
5.600
5.400
5.131 5.357
5.200
5.000 4.903

4.800 4.821
4.600
4.400
4.200
4.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Imagem: Anuário Estatístico 2012, indicadores das indústrias. IBGE, 2012.
ATIVIDADES
INDUSTRIAIS
Por região
Distribuição regional do valor da transformação industrial
1970 a 2000

Região Participação (%)

1970 1980 1993 2000

Sudeste 80,7 72,6 69,0 66,1

Sul 12,0 15,8 18,0 18,3

Nordeste 5,7 8,0 8,0 8,9

Norte e Centro-Oeste 1,6 3,6 5,0 6,7


Sudeste

▪ Região que possui a maior concentração industrial do país.


▪ Principais tipos de indústrias são: automobilística, petroquímica, de produtos
químicos, alimentares, de minerais não metálicos, têxtil, de vestuário,
metalúrgica, mecânica, etc.
▪ Centro polindustrial, marcado pela variedade e volume de produção.
Sudeste

▪ Várias empresas multinacionais operam nos setores automobilísticos de


máquinas e motores, produtos químicos, petroquímicos, etc. As empresas
governamentais atuam principalmente nos setores de siderurgia, petróleo e
metalurgia, enquanto empresas nacionais ocupam áreas diversificadas.
Sudeste

▪ A cidade do Rio de Janeiro, caracterizada durante muito tempo como capital


administrativa do Brasil até a criação de Brasília, possui também um grande
parque industrial. Porém, não tem as mesmas características de alta produção e
concentração de São Paulo. Constitui-se também, de empresas de vários tipos,
destacando-se as indústrias de refino de petróleo, estaleiros, indústria de
material de transporte, tecelagem, metalurgia, papel, têxtil, vestuário, alimentos,
etc.
Sudeste

▪ Minas Gerais, de passado ligado à mineração, assumiu importância no setor


metalúrgico após a 2º Guerra Mundial e passou a produzir principalmente aço,
ferro-gusa e cimento para as principais fábricas do Sudeste.
▪ Belo Horizonte tornou-se um centro industrial diversificado, com indústrias que
vão desde o extrativismo ao setor automobilístico.
Sudeste

▪ Além do triângulo São Paulo-Rio de Janeiro-Belo Horizonte, existem no Sudeste outras


áreas industriais, a maioria apresentando ligação direta com algum produto ou com a
ocorrência de matéria-prima. É o caso de Volta Redonda, Ipatinga, Timóteo, João
Monlevade e Ouro Branco, entre outras, ligadas à siderurgia. Outros centros industriais
estão ligados à produção local, como Campos e Macaé (açúcar e álcool), Três Corações,
Araxá e Itaperuna (leite e derivados), Franca e Nova Serrana (calçados), Araguari e
Uberlândia (cereais), etc.
▪ O estado do Espírito Santo é o menos industrializado do Sudeste, tendo centros
industriais especializados como: Aracruz , Ibiraçu, Cachoeiro de Itapemirim.
▪ Vitória, a capital do Estado, tem atividades econômicas diversificadas, relacionadas à sua
situação portuária e às indústrias ligadas à usina siderúrgica de Tubarão.
Sul

▪ A industrialização do Sul, tem muita vinculação com a produção agrária e dentro da


divisão regional do trabalho visa o abastecimento do mercado interno e as exportações.
▪ O imigrante foi um elemento muito importante no início da industrialização como
mercado consumidor e no processo industrial de produtos agrícolas, muitas vezes em
estrutura familiar e artesanal.
▪ A industrialização de São Paulo implicou na incorporação do espaço do Sul como fonte de
matéria-prima. Implicou também na incapacidade de concorrência das indústrias do sul,
que passaram a exportar seus produtos tradicionais como calçados e produtos
alimentares, para o exterior. Com as transformações espaciais ocasionadas pela expansão
da soja, o Sul passou a ter investimentos estrangeiros em indústrias de implementos
agrícolas.
Sul

▪ A indústria passou a se diversificar para produzir bens intermediários para as


indústrias de São Paulo. Nesse sentido o sul passou a complementar a produção
do Sudeste. Daí considerarmos o Sul como sub-região do Centro-Sul.
▪ Objetivando a integração brasileira com os países do Mercosul, a indústria do Sul
conta com empresas no setor petroquímico, carboquímico, siderúrgico e em
indústrias de ponta (informática e química fina).
▪ A reorganização e modernização da indústria do sul necessitam também de uma
política nacional que possibilite o aproveitamento das possibilidades de
integração da agropecuária e da indústria, à implantação e crescimento da
produção de bens de capital( máquinas, equipamentos), de indústrias de ponta
em condições de concorrência com as indústrias de São Paulo.
Região Sul: espaços agropecuários e industriais
Região Sul: indústrias
Nordeste

▪ A industrialização dessa região vem se modificando, modernizando, mas sofre a


concorrência com as indústrias do Centro-Sul, principalmente de São Paulo, que utilizam
um maquinário tecnologicamente mais sofisticado.
▪ A agroindústria açucareira é uma das mais importantes, visando sobretudo a exportação
do açúcar e do álcool.
▪ As indústrias continuam a tendência de intensificar a produção ligada à agricultura
(alimentos, têxteis, bebidas) e as novas indústrias metalúrgicas, químicas, mecânicas e
outras.
▪ A exploração petrolífera no Recôncavo Baiano trouxe para a região indústrias ligadas à
produção refino e utilização de derivados do petróleo.
▪ Essa nova indústria , de alta tecnologia e capital intenso, não absorve a mão-de-obra que
passa a subempregar-se na área de serviços ou fica desempregada.
Nordeste

▪ As indústrias estão concentradas nas mãos de poucos empresários e os salários pagos são
muito baixos, acarretando o empobrecimento da população operária.
▪ O sistema industrial do Nordeste, concentrado na Zona da Mata, tem pouca integração
interna. Encontra-se somente em alguns pontos dispersos e concentra-se sobretudo nas
regiões metropolitanas: Recife, Salvador e Fortaleza .
▪ Com vistas à política do Governo Federal para o Programa de Corredores da Exportação,
instituído no final da década de 70 para atender ao escoamento da produção destinada ao
mercado externo, foram realizadas obras nos terminais açucareiros dos portos de Recife e
Maceió.
▪ A rede rodoviária acha-se mais integrada a outras regiões do que dentro do próprio Nordeste.
A construção da rodovia , ligando o Nordeste (Zona da Mata) ao Sudeste e ao Sul, possibilitou
o abastecimento do Nordeste com produtos industrializados no Sudeste e o deslocamento da
população nordestina em direção a este.
Região Nordeste: indústrias
Centro-Oeste

▪ Na década de 60, a industrialização a nível nacional adquire novos padrões. As


indústrias de máquinas e insumos agrícolas, instaladas no Sudeste, tiveram
mercado consumidor certo no Centro-Oeste, ao incentivarem-se os cultivos dos
produtos de exportação em grandes áreas mecanizadas.
▪ A partir da década de 70, o Governo Federal implantou uma nova política
econômica visando a exportação. Para atender às necessidades econômicas
brasileiras e a sua participação dentro da divisão internacional do trabalho,
caberia ao Centro-Oeste a função de produtor de grãos e carnes para
exportação.
Centro-Oeste

▪ Com tudo isso, o Centro-Oeste tornou-se a segunda região em criação de


bovinos do País, sendo esta a atividade econômica mais importante da sub-
região. Sua produção de carne visa o mercado interno e externo.
▪ Existem grandes matadouros e frigoríficos que industrializam os produtos de
exportação. O abastecimento regional é feito pelos matadouros de porte médio e
matadouros municipais, além dos abates clandestinos que não passam pela
fiscalização do Serviço de Inspeção Federal.
Centro-Oeste

▪ Sua industrialização se baseia no beneficiamento de matérias-primas e cereais,


além do abate de reses o que contribui para o maior valor de sua produção
industrial . As outras atividades industriais são voltadas para a produção de bens
de consumo, como alimentos, móveis etc.
▪ A indústria de alimentos, a partir de 1990, passou a se instalar nos polos
produtores de matérias-primas, provocando um avanço na agroindústria do
Centro-Oeste. A CEVAL, instalada em Dourados MS, por exemplo, já processa
50% da soja na própria área.
Centro-Oeste

▪ No estado de Goiás por exemplo, existem indústrias em Goiânia, Anápolis,


Itumbiara, Pires do Rio, Catalão, Goianésia e Ceres. Goiânia e Anápolis,
localizadas na área de maior desenvolvimento econômico da região, são os
centros industriais mais significativos, graças ao seu mercado consumidor, que
estimula o desenvolvimento industrial.
▪ Enquanto outras áreas apresentam indústrias ligadas aos produtos alimentares,
minerais não metálicos e madeira, esta área possui certa diversificação industrial.
Contudo, os produtos alimentares representam o maior valor da produção
industrial.
O extrativismo e a indústria
no Centro-Oeste
Norte

▪ A atividade industrial no Norte, é pouco expressiva, se comparada com outras


regiões brasileiras. Porém, os investimentos aplicados, principalmente nas
últimas décadas, na área dos transportes, comunicações e energia possibilitaram
à algumas áreas o crescimento no setor industrial , visando à exportação.
▪ Grande parte das indústrias está localizada próxima à fonte de matérias-primas
como a extração de minerais e madeiras, com pequeno beneficiamento dos
produtos.
Norte

▪ A agroindústria regional dedica-se basicamente ao beneficiamento de matérias-primas


diversas, destacando-se:
▪ a produção de laticínios
▪ o processamento de carne, ossos e couro
▪ a preservação do pescado, por congelação, defumação, salga, enlatamento
▪ a extração de suco de frutas
▪ o esmagamento de sementes para fabricação de óleos
▪ a destilação de essências florestais
▪ prensagem de juta, etc.
▪ Tais atividades, além de aumentarem o valor final da matéria-prima, geram empregos.
▪ As principais regiões industriais são Belém e Manaus. Na Amazônia não acontece como
no Centro-sul do país, a criação de áreas industriais de grandes dimensões.
Zona Franca de Manaus

▪ Enclave industrial moderno na Amazônia Ocidental


▪ Indústria de eletroeletrônicos, motocicletas e relógios
▪ Cerca de 600 fábricas – montam os seus produtos com peças já prontas que são
importadas do exterior com custos reduzidos
Zona Franca de Manaus

▪ Essas empresas recebem incentivos fiscais e outros benefícios


Zona Franca de Manaus

▪ Expansão Industrial
▪ redução da população rural do Amazonas
▪ inchaço urbano da capital
▪ favelização
▪ não reduziu as desigualdades sociais na
região

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