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Prólogo

Valquíria. Era um bom nome para a garota. Séria e com cabelos negros
que haviam sido lavados a pouco. Observava o exército inimigo com olhos
azuis como gelo, com talvez tanta destreza quanto Hugin e Munin. Apesar do
exército estar se remexendo, cansado de ficar por tanto tempo de cócoras, a
garota pouco se remexia. Batia suas botas na neve enlameada, marcando
algum tipo de ritmo, como se bardos estivesse tocando naquele momento.
Einar deu um suspiro, e encarou o campo abaixo deles.
Estavam sobre uma colina que escondia um exército viking de mais ou
menos trezentos homens. Talvez, se aqueles homens não fossem nórdicos,
aquela batalha já estaria perdida. Mas eram nórdicos, equipados com
machados, machadinhas e pequenos escudos redondos. Obviamente iriam
ganhar. Era como aquele velho ditado: quando se tem um machado, todos
os homens viram pedaços de lenha.
Embaixo deles, haviam tendas e mais tendas de francos e mais francos.
Vez ou outra acontecia. Os lordes do outro lado do mar Báltico eram
estranhos. Haviam boatos de que eram gordos e velhos, e ficavam reinando
de cima de uma enorme construção de pedra, sem nunca se misturar ao
povo. Eram fracos e sem honra alguma. Tinham grandes barcos. Barcos
lentos e mais fáceis de acertar, mas não tentavam nunca atacar. Para os
homens, francos, vikings eram como uma enorme chuva de verão, fazia
escravos

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