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11/05/2019

ENSAIOS DE
MÁQUINAS ELÉTRICAS
Teste de Fator de Potência
do Isolamento

Teste de Fator de Potência do Isolamento 2

TESTES ANTERIORES

 Teste de Rigidez Dielétrica do óleo isolante

 Teste de Resistência do Isolamento

Teste de Fator de Potência do Isolamento 3

RECAPITULANDO

 Qual é o circuito equivalente de um isolante?


 O teste de resistência de isolamento é realizado em
CC por quê?
 Qual é o objetivo do teste de resistência de
isolamento?
 Melhor análise das condições de um isolamento:
realização de outros testes.
 Teste de Fator de Potência do Isolamento.
 O teste deve ser realizado em CA ou CC?

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Teste de Fator de Potência do Isolamento 4

FATOR DE POTÊNCIA DO
ISOLAMENTO – FINALIDADE
 Avaliação do comportamento das condições físicas do
isolamento.
 Uma mudança na capacitância do isolamento pode
ocorrer devido ao envelhecimento térmico natural por
contaminantes, tais como umidade ou poeira.
 Pequenas mudanças na capacitância do isolamento
resultam em mudanças significativas do ângulo de fase.
 O ângulo de fase resulta numa ferramenta de
manutenção para acompanhamento do estado do
isolamento.
 Um aumento do fator de potência em relação ao nível
normal, é um provável indicativo de início de falha.

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DIELÉTRICO SUBMETIDO A UMA


TENSÃO CA – DIAGRAMA FASORIAL
R1
çã

R2 C

Corrente de carga/capacitiva
Corrente de condução
Corrente de absorção

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DIELÉTRICO SUBMETIDO A UMA


TENSÃO CA – CORRENTES
Todo dielétrico submetido a tensões CA de frequência
relativamente baixa, apresentam uma corrente adiantada
da tensão por um ângulo φ. Esta corrente pode ser
decomposta em três componentes principais.

a) Corrente de deslocamento (capacitiva) : Esta


corrente é responsável pelo processo de carga e existe em
forma de regime permanente. Ela é proporcional à tensão,
frequência e capacitância. Está sempre adiantada de 90°.

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DIELÉTRICO SUBMETIDO A UMA


TENSÃO CA – CORRENTES
b) Corrente de absorção : Esta corrente é composta de
duas outras. A primeira é responsável pela energia
elétrica armazenada a cada meio ciclo que retorna à fonte
quando da alternância do campo. Ela é consequência do
processo de formação de um campo elétrico pelo fenômeno
da polarização. A segunda é responsável pela energia
elétrica dissipada na forma de efeito Joule, ou seja, pela
fricção no movimento dos íons ou na rotação dos dipolos
elétricos. Nos dielétricos sob efeito de tensão CC, esta
última é desprezível, no entanto, nos casos de campos
alternados, ela é parte primordial na composição das
perdas.
c) Corrente de condução çã : É a corrente devido aos
portadores de carga livres do material. Ela está sempre em
fase com a tensão aplicada e é proporcional à tensão e
condutância do material.

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DIELÉTRICO SUBMETIDO A UMA


TENSÃO CA – DIAGRAMA FASORIAL

Rs Cs

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DIELÉTRICO SUBMETIDO A UMA


TENSÃO CA – DIAGRAMA FASORIAL
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TESTES EM CA
Ensaio de Capacitância e Fator de Dissipação
Existem muitas maneiras de se medir o ângulo de perdas. Uma
maneira muito popular é a utilização de instrumentos cuja tensão de operação
é de 5 ou 10 kV e medem geralmente o ângulo complementar a δ, ou seja, #
90° − , por meio do cosseno deste ângulo. Para ângulo δ pequeno podemos
escrever que ≅ !"#. A este ensaio, denominamos Ensaio do Fator de
Potência do Isolamento, que é facilmente conduzido nos locais onde os
equipamentos estão instalados, bastando apenas a desenergização dos
mesmos para medições do fator de potência. É o método preferido pelas
concessionárias de energia elétrica para manutenção preventiva de seus
equipamentos, onde o estado do isolamento é acompanhado periodicamente.

Ensaio do Fator de Potência do Isolamento


Os ensaios de isolamento por fator de potência foram primeiramente
efetuados nos EUA, por volta de 1917, por fabricantes de cabos para fins de
pesquisa e controle de qualidade dos materiais empregados. No campo, a
utilização se deu por volta de 1929, para verificação do isolamento de
equipamentos de subestações.

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MEDIÇÃO DE CAPACITÂNCIA E FATOR


DE DISSIPAÇÃO – PONTE DE
SCHERING

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MEDIÇÃO DE CAPACITÂNCIA E FATOR DE


DISSIPAÇÃO – PONTE DE SCHERING
 / , 0 , 0 : representam as décadas de resistores e capacitores, os
quais são utilizados para equilibrar o circuito em ponte. O detector
de nulo (G) e demais periféricos (reguladores de potencial de
guarda, cabos de dupla blindagem, etc) fazem parte da baixa
tensão da ponte.
 Um divisor de tensão CA, para efetuar a medição da tensão
aplicada pelo transformador elevador.
 Um transformador elevador ou outro tipo de fonte para fornecer a
tensão de ensaio.
Pela variação sucessiva de / e 0 , conduz-se a ponte ao
estado de equilíbrio, por meio da deflexão nula do galvanômetro.
Nestas condições podemos escrever:
12 1&
1/ 10
Admitindo para 3 um circuito equivalente série e para 4 uma
capacitância pura (fator de perdas muito pequeno), temos:

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MEDIÇÃO DE CAPACITÂNCIA E FATOR DE


DISSIPAÇÃO – PONTE DE SCHERING
1
12 3 '
5 3
1
1&
5 4
1/ /
0
10
1'5 0 0
Substituindo as quatro equações anteriores na equação de equilíbrio da
ponte e comparando as parte real e imaginária, obtemos:
/ 0
3
4
0 4
3
/
Como utilizamos o circuito equivalente série para 3, o fator de dissipação
é dado por:
0 0

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TESTE DE FATOR DE POTÊNCIA DO


ISOLAMENTO

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TESTE DE FATOR DE POTÊNCIA DO


ISOLAMENTO

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TESTE DE FATOR DE POTÊNCIA DO


ISOLAMENTO

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TESTE DE FATOR DE POTÊNCIA DO


ISOLAMENTO

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TESTE DE FATOR DE POTÊNCIA DO


ISOLAMENTO

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TESTE DE FATOR DE POTÊNCIA DO


ISOLAMENTO

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MEDIÇÃO DA CORRENTE DE
EXCITAÇÃO

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TESTE DE FATOR DE POTÊNCIA DO


ISOLAMENTO

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TESTE DE FATOR DE POTÊNCIA DO


ISOLAMENTO – PROCEDIMENTOS
1. Assegurar que o equipamento a ser testado está
desenergizado e aterrado (assim como o instrumento de
teste);

2. Desconectar os terminais do equipamento de barramentos,


linhas, etc. (Eles devem ficar livres de quaisquer conexões);

3. Curto-circuitar todos os terminais dos enrolamentos entre si;

4. Ligar o instrumento e aferir as escalas do kilovoltímetro e


percentual:
1. Ajustar a saída de tensão para 2,5 kV;
2. Ajustar a escala de leitura de modo proporcional.

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TESTE DE FATOR DE POTÊNCIA DO


ISOLAMENTO – PROCEDIMENTOS
5. Usar a chave de segurança do instrumento para as
seguintes conexões:
1. Conectar o cabo de alta tensão (AT, BT, etc.);
2. Conectar o cabo de baixa tensão (AT, BT, etc.).
6. Selecionar o tipo de medição (GROUND, GUARD, UST);
7. Aplicar alta tensão (conforme classe de tensão do
enrolamento);
8. Fazer as leituras de mVA ou mA e mW (conforme o tipo de
instrumento);
9. Inverter a polaridade e fazer nova leitura de mW;
10. Medir o valor da capacitância do isolamento;
11. Efetuar os cálculos para obter o Fator de Potência do
Isolamento.

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