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Introdução

Anfíbios constitui um grupo de animais vertebrados tetrápodes, cuja sua vida esta dividida em
duas fazes uma fase larval aquática e uma fase adulta terrestre. Este grupo de animais existe na
terra a mais de 350 milhões de anos e foram os primeiros animais a apresentarem a musculatura
que permite-lhes sustentar o seu corpo fora da água [ CITATION HIC03 \l 1033 ].

O grupo dos anfíbios constitui o único grupo de animais vertebrados que se desenvolve por
metamorfose. Durante a fase larval, a maioria das espécies de anfíbios vive exclusivamente em
ambiente aquático e realizam respiração branquial, após a metamorfose, os jovens passam a
respirar ar pelos pulmões, mas também podem realizar a respiração cutânea (através da pele),
isso faz com que estes possam viver tanto na água quanto na terra firme (PS – ML, SA, 2008).

Os anfíbios são animais de sangue frio, ou seja, são pecilotérmicos, o que quer dizer que a sua
temperatura interna varia em função da temperatura do meio exterior. Possuem pele nua (não
revestida por pelos, penas ou escamas), o que lhes possibilita a realizar respiração cutânea.
Possuem muitas glândulas secretoras de substâncias químicas na pele para se protegerem dos
predadores e lhes ajudar a manter a humidade do corpo [ CITATION Uet08 \l 1033 ].

Esta classe de animais é muito diversificada podendo ser encontrada distribuída em todo planeta
Terra, desempenhando inúmeras funções em locais onde são encontradas, dentre elas: fazem
parte da cadeia alimentar, indicadores ecológicos ou bioindicadores, fazem a ciclagem e
transferência de nutrientes do ambiente aquático para o terrestre [ CITATION HIC03 \l 1033 ].

Problema e Justificativa

Apesar dos anfíbios serem amplamente distribuídos e possuírem diversas importâncias


ecológicas no ecossistema estes têm vindo sofrer pressão da sua população devido as acções
antropogénicas como: fragmentação dos habitats naturais, urbanização, uso de pesticidas nos
campos de produção agrícola, mudanças climáticas, estas acções contribuem de forma negativa
na sobrevivência desta população. Estudos desta família tornaram-se indispensáveis para que se
possa definir políticas e estratégias de conservação, na identificação de espécies ameaçadas,
programas de recuperação das áreas degradadas, na avaliação de impactos, entre outros campos.

Objectivos
Geral

Fazer dessecação e preservação dos anfíbios no laboratório da FCN

Específicos

Identificar as espécies

Colectar as espécies para dessecar e preservar

Material e método

O estudo será realizado no laboratório da faculdade de ciências naturais, localizada na


Universidade Lúrio, Polo de Pemba, no bairro Eduardo Mondlane, província de Cabo Delgado,
Moçambique, sob as coordenadas 12 ̊58'32.27''S e 40 ̊34'14.29''E.

Fig.1. Mapa de localização da Universidade Lúrio, Fonte (Google Earth).

Procedimentos
As espécies serão colectadas na lagoa de Nanhimbe usando-se uma amostragem de busca activa,
visual e auditiva, serão colectadas todas espécies que forem encontradas e serão colocadas num
frasco de plástico com furos e contendo ervas para permitir a respiração do animal.

Processo de conservação das espécies

Depois da colecta das espécies sera feita o processo de dessecação onde primeiro os animais
serão narcotizados com clorofórmio de forma que estes não tenham uma morte brusca e os
músculos fiquem rígidos, depois de narcotizar os animais serão estendidos ventralmente numa
bandeja e com ajuda de um bisturi será feito uma excisão nos animais, apos efectuar-se a excisão
serão removidas todas as estruturas internas dos animais e serão separadas da parte externa dos
corpos, de seguida ira levar-se farinha em pó e passar-se sobre as partes externas dos animais,
depois vai-se deixar secar ao sol, depois de secar será usado o método de congelamento onde os
animais serão introduzidos num frigorifico.

No processo de preservação as espécies já dessecadas serão postas em frascos transparentes com


álcool a 70% (no caso de anfíbios adultos), serão etiquetados os frascos, na etiqueta será
colocado o nome do animal, o local onde foi encontrado, a data da colecta e o nome do colector e
guardadas na sala de colecções da faculdade de ciências naturais.

Referências Bibliográficas
Parques de Sintra – Monte da Lua, SA . (2008). Núcleo de Programação e Ambiente Parque de
Monserrate. Sintra.

HICKMAN, C. P., ROBERTS, L. S., & LARSON, A. (2003). Princípios Integrados de


Zoologia. Guanabara-Koogan: Atheneu.

Uetanabaro, M., Prado, C. P., Rodrigues, D. J., Gordo, M., & Campos, Z. (2008). Guia de
Campo dos Anuros do Pantanal e Planaltos de Entorno. Campo Grande: Ed UFMS.

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