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Fátima Victor
Fátima Victor
Índice
Conteúdo Página
1.Introdução .................................................................................................................. 3
1.1.Objectivos ............................................................................................................... 3
1.2.Metodologia ............................................................................................................ 3
3.Pecuária ..................................................................................................................... 6
5.Comércio em Moçambique......................................................................................... 9
1.Introdução
Para entendermos melhor as actividades humanas de produção e consumo das mercadorias,
dividimos a economia em três principais sectores: o primário, o secundário e o terciário. Dessa
forma, conseguimos compreender todo o processo que vai desde a exploração dos recursos
naturais à industrialização e utilização dos produtos.
1.1.Objectivos
Geral
Específicos
1.2.Metodologia
Para a realização do trabalho fez-se a consulta de obras citadas na última pagina do trabalho,
analise de informações e produção final do trabalho.
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2. Agricultura Moçambicana
Em Moçambique, a agricultura emprega mais de 80% da população. O aumento da produção
agrária após o acordo geral da paz assinado em 1992 é apontado como sendo um dos principais
factores de redução da incidência da pobreza de 69% em 1996-97 para cerca de 54% em 2002-03
(Mader, 2003, p.21).
Da mesma maneira, na última década, o fraco desempenho da agricultura é considerado um dos
principais entraves para a falta de redução da incidência da pobreza. Em 2008-09, 55% da
população vivia abaixo da linha nacional de pobreza, mostrando que, em média, a pobreza não
reduziu nos últimos anos.
Percebe-se portanto que o aumento da produção agrícola (e não agrícola) está condicionado aos
níveis de educação da população (capital humano), acesso aos serviços públicos (capital social) e
infra-estruturas (capital físico). Os diversos tipos de capital são influenciados por políticas
macroeconómicas, governação, capacidade institucional, estrutura de despesas públicas,
investimentos do sector privado, de entre outros factores.
De acordo com o TIA/2002, existe uma diversidade de produtos alimentares praticados; nesta
diversidade, o milho e a mandioca ocupam posições preponderantes da área cultivada, sendo o
milho cultivado por cerca de 80% das explorações e a mandioca por 76%.
Os serviços de extensão ainda são limitados, de um total de 128 distritos no país, apenas 55 estão
cobertos por serviços públicos de extensão; apesar do reforço que estes serviços recebem da
contribuição das ONGs a sua cobertura ainda é relativamente fraca.
De acordo com Lucas (2005, p.16), o uso de insumos agrícolas modernos, como sejam os
fertilizantes e pesticidas é extremamente baixo e focalizado nas culturas de algodão, tabaco e
hortícolas (principalmente nas zonas peri-urbanas). Também registam-se diferenças regionais em
termos de uso de fertilizantes e pesticidas; no Norte cerca de 12% de explorações usaram
pesticidas; no Centro 3.9% das explorações usaram fertilizantes.
4.3.Principais culturas
Sambo (2008, p.21), explica que a agricultura constitui a base da segurança alimentar da
população, principalmente nas zonas rurais onde a pratica desta actividade constitui uma das
formas de sobrevivência dos agregados familiares cultivando em grande medida culturas
alimentares básicas, nomeadamente: Milho, arroz, Mapira, amendoim, meixoera, feijões e
mandioca.
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2.5.Culturas de rendimento
Tradicionalmente, o algodão e o tabaco constituem as duas principais culturas de rendimento.
Devido a sua rentabilidade financeira, o cultivo de tabaco está em expansão.
Actualmente, culturas de rendimento “não tradicionais” estão a ser promovidas, como é o caso
do gergelim. A CLUSA (Credit League of the United States of America), uma ONG Americana
de poupança e crédito, está a apoiar um pouco mais de 3 mil produtores de gergelim na província
de Nampula (Sambo, 2008, p.54). Cabo Delgado, Tete, Manica e Zambézia constituem outras
províncias com maior produção do gergelim.
3.Pecuária
Segundo Fegueredo (2009, p.43), em relação à produção pecuária, a produção animal foi
severamente afectada pela guerra. Depois dos acordos de paz, estimava-se que em 1993 o
efectivo bovino fosse de cerca de 250 mil cabeças (FAO/WFP, 2010). Desde então, o efectivo
bovino tem vindo a crescer a uma taxa anual de cerca de 10% e, em 2009, estimava-se que
existissem cerca de 1,235,000 cabeças, segundo os dados do censo agro-pecuário.
Existe uma maior concentração de bovinos na região sul do país, o que em parte está associado
com a prevalência da mosca tsé-tsé no centro e norte do país. As províncias do norte possuem
um maior efectivo de cabritos e ovelhas, enquanto a produção de suínos é maior no centro do
país (Sambo, 2008, p.59).
No que diz respeitos aos animais de pequeno porte, a criação de galinhas é a actividade mais
comum. Os dados do TIA mostram que em 2006 cerca de 70% da população rural criava
galinhas. A intensificação da criação de galinhas possui um impacto positivo na redução da
pobreza e segurança nutricional.
As galinhas constituem uma fonte de rendimento, que pode ser usada para superar os períodos de
fome, mediante a compra de milho e outros alimentos com o rendimento proveniente de venda.
4.Indústria em Moçambique
Segundo Gomes (2008, p.45), a indústria continua a ser uma prioridade e factor determinante
para a transformação estrutural da economia, para a mudança qualitativa do crescimento do
Produto Interno Bruto, e para a elevação da competitividade da economia nacional e sua inserção
no mercado mundial.
Factores socioeconómicos
Disponibilidade financeira (capital);
Existência de mão-de-obra qualificada e em quantidade;
Existência de mercado de consumidores;
Existência de transportes e vias de comunicação;
Conhecimentos científicos
5.Comércio em Moçambique
Lucas (2005, p.230, explica que em Moçambique existem dois topos de comércio: interno e
externo.
5.1.1.Comércio interno
No país a rede comercial implantada pelo colonialismo era controlada pelos comerciantes
portugueses os quais garantiam a troca de produtos agrícolas com bens de consumo industriais
permitindo a ligação entre o meio rural e urbano. Com a indecência nacional este número reduziu
consideravelmente devido a fuga dos comerciantes portugueses.
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Perante esta crise no comércio, o estado assumiu a responsabilidade de assumir esta actividade
onde criou uma empresa de comercialização agrícola (AGRICOM) com representações
provinciais.
5.1.2.Comércio externo
Durante a era colonial o comercio em Moçambique reflectiu a sua condição de colónia, pois
caracterizou-se pela exportação dos melhores produtos naturais em benefício do colonialismo.
Moçambique importa e exporta diversos produtos. Os equipamentos que o país importa são
equipamentos de transporte, eléctricos, maquinarias, etc e exporta desde energia eléctrica,
castanha de caju, camarão, copra, algodão, madeira, açúcar, atc (Lucas, 2005, p.26).
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6.Considerações finais
A economia de Moçambique tem uma extensa base agrária, o que pode reflectir o facto de que a
economia nacional, em particular a sua indústria, é subdesenvolvida. De todo o modo, agro-
industrialização parece ter que ser um ponto de partida para o processo de industrialização em
Moçambique, se o objectivo for fazer a sociedade participar e beneficiar do desenvolvimento
numa base ampla, eficaz e sustentável. Por outro lado, a actividade agrária absorve uma parte
substancial dos recursos nacionais, particularmente força de trabalho, produtos agrários e
também capital.
Finalmente, a agro-industrialização tem um alto potencial de multiplicar ligações e efeitos
dinâmicos de transformação social. Portanto, é bem provável que agro-industrialização seja uma
via mais eficaz de e internacional e absorção mais produtiva de excedentes e factores.
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7.Referências bibliográficas
Gomes, Orlando (2008). Economia: Ciência e Factos. Lisboa, Vulgata, p.163-176