Bernoulli Resolve

Filosofia
2V Volume 2
 Módulo A
Sumário - Filosofia 09 3 Filosofia renascentista e modernidade

10 4 Filosofia política moderna: o fundamento do poder

11 5 Epistemologia moderna

12 7 Kant

13 8 Os gênios da filosofia alemã: Hegel, Marx e Nietzsche

14 9 O positivismo: a divinização da ciência

15 10 O existencialismo: Sartre e Heidegger

16 11 A Escola de Frankfurt e o Pós-modernismo

17 12 Temas filosóficos
 COMENTÁRIO
E RESOLUÇÃO DE QUESTÕES
MÓDULO – A 09
Filosofia renascentista
e modernidade
Exercícios de Fixação
Questão 01
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
identifique a mudança de visão de mundo operada pela
revolução científica, quando da dissolução, realizada por
Copérnico, do modelo de universo proposto por Aristóteles.
O foco da questão é que o estudante perceba que o indivíduo
renascentista poderia criar, a partir de sua própria iniciativa,
uma nova visão de mundo que rompesse com a autoridade
eclesial e filosófica da Antiguidade e Idade Média, pensando o
mundo de maneira diferente. Tal ideia de mudança e de novas
concepções de mundo (colocando em dúvida o que até então
era irrefutável) fica clara quando se afirma, no trecho, que a
nova filosofia coloca tudo em dúvida.
Questão 02
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
perceba que as antigas concepções de mundo e de ciência,
baseadas na autoridade da pessoa e não na autoridade do
argumento, já não servem para confirmar a verdade. No
novo mundo, renascentista e moderno, o conhecimento é
acessível a todos que dele se aproximem da maneira correta,
daí a importância do método como caminho para se alcançar
o conhecimento. Dessa forma, não é mais o poder dado por
Deus ou a autoridade social que legitima o conhecimento,
mas sim a livre investigação, sendo esta acessível e possível
a todas as pessoas que se disponham a buscá-la.
Questão 03
Comentário: O objetivo dessa questão é demonstrar a importância
do método científico como garantidor do acesso ao conhecimento.
Todos os indivíduos, independentemente de sua origem social e
econômica, de seu pertencimento ou não a alguma instituição
(principalmente à Igreja), podem alcançar o conhecimento desde
que caminhem corretamente pelo método. Nesse novo momento,
o que leva à verdade não é mais a autoridade de quem afirma,
mas sim o bom uso do método científico. Galileu, ao afirmar
que Universo está escrito em linguagem matemática, retoma a
ideia de que o conhecimento é exato e, portanto, possível de ser
alcançado por meio do método matemático.
Questão 04
Comentário: O objetivo dessa questão é trabalhar uma
das mais importantes ideias do humanismo renascentista:
a valorização da razão como caminho de conhecimento
do mundo e do ser humano, capaz de levar o sujeito ao
conhecimento do mundo e, consequentemente, ao bem viver
e à felicidade, que é contrária à ignorância.
Exercícios Propostos
Questão 03
Comentário: O conceito central a ser trabalhado nessa
questão é o da matematização do Universo. O estudante
deve compreender que o método científico é fundamental
para o conhecimento do Universo, o qual é apreendido
pela experiência para, em seguida, ser traduzido pela
Matemática, uma vez que os sentidos podem nos enganar,
ao contrário da Matemática.
Questão 05
Essa questão se refere à Reforma Protestante como
acontecimento fundamental para que ocorresse a mudança
de atitude das pessoas diante da autoridade da Igreja,
rompendo com a imposição de verdades tidas como
inquestionáveis. O estudante deve perceber que essa
mudança traz como consequência uma maior autonomia
do ser humano, que passa cada vez mais a pensar sobre si
mesmo e sobre sua realidade.
Questão 08
Comentário: O conceito central dessa questão é o de liberdade
dentro do contexto do humanismo renascentista. O estudante
deve compreender que a visão do indivíduo medieval estava
limitada pela autoridade da Igreja, não lhe sendo permitido
buscar de maneira independente quaisquer verdades, uma vez
que era pecador e imperfeito, em uma perspectiva determinista
de natureza humana. No contexto do iluminismo, essa perspectiva
cede lugar a uma visão otimista do ser humano, rompendo com
a ideia de determinismo, uma vez que o indivíduo, autônomo, é
capaz de se autoconstruir no exercício da sua liberdade.
Questão 09
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda as consequências da revolução científica para o
FILOSOFIA
indivíduo moderno. É fundamental que ele compreenda que as
transformações científicas alteraram não somente a concepção
do Universo, mas principalmente a atitude das pessoas
diante do mundo e de si mesmas, libertando-se de uma visão
dogmática, com base na autoridade filosófica ou religiosa.
Editora Bernoulli
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 Questão 10
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda a separação operada por Galileu entre as funções
da religião e as da Ciência na Modernidade. Pela citação, ao
dizer que o Espírito Santo ensina como se vai ao céu, Galileu
refere-se à função da religião, que trata da salvação da alma,
restringindo-se a essa esfera. Ao dizer que não é função da
religião definir como vai o céu, o trecho restringe à esfera da
Ciência a possibilidade de obter o conhecimento do mundo.
Seção Enem
Questão 01 – Letra C
Eixo cognitivo: I
Competência de área: 1
Habilidade: H1
Comentário: O que se pode notar pela linguagem e conceitos
apresentados é que o primeiro documento se refere ao
criacionismo, devido à referência, por exemplo, à criação e ao
dilúvio, e o segundo, ao cientificismo, dado o uso de termos
científicos, como “isótopos de urânio”. Assim, a alternativa
correta é aquela que considera o primeiro texto como uma visão
religiosa da realidade, e o segundo, como uma visão científica. As
demais alternativas são erradas, uma vez que se referem a tipos
de conhecimento que não correspondem aos textos da questão.
MÓDULO – A 10
Filosofia política moderna:
o fundamento do poder
Exercícios de Fixação
Questão 01
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
tenha clareza de que, para Maquiavel, a política deve ser
realizada adequando-se às circunstâncias que se impõem.
Para o filósofo não há, portanto, um modelo determinado
de como ser um bom político, mas a exigência por parte da
realidade da “força do leão” e “da esperteza da raposa” para
que o príncipe faça o que deve ser feito de acordo com o
contexto no qual se insere.
Questão 02
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
perceba a oposição entre as concepções de Aristóteles e
Hobbes sobre a natureza política. Para Aristóteles, viver em
sociedade é natural, faz parte da constituição humana. Para
Hobbes, a vida em sociedade é um problema, sendo a vida civil
somente um mal necessário. A partir da constatação dessas
diferenças, o estudante deve se posicionar a favor de um ou
do outro, sustentando sua opinião por meio de argumentos.
Questão 03
FILOSOFIA
Comentário: O objetivo dessa questão é trabalhar a interpretação
de trechos filosóficos de modo que o estudante tenha claro o
conceito de direito de natureza / lei da natureza. Na perspectiva
filosófica de Locke, as leis de natureza (aquelas que já nascem com
o ser humano, que fazem parte de sua natureza) incluem a vida e
a propriedade privada, sendo elas inquestionáveis e inalienáveis.
Coleção Estudo
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Desse modo, roubar significa ir contra a lei de natureza e por isso
não se deve fazê-lo em nenhuma hipótese. Para Locke, o que
foi adquirido pelo indivíduo por meio de seu trabalho torna-se
parte de seu próprio corpo, sendo assim sua propriedade, tendo
o indivíduo, por consequência, o direito de defendê-la.
Questão 04
Comentário: O objetivo da questão é que o estudante
compreenda as diferenças entre as concepções morais nas
duas citações e trabalhe a contraposição de posições filosóficas
a partir da análise de trechos. Se, para Maquiavel, o que
importa no exercício da política são os objetivos alcançados
(no âmbito público), Montaigne defende a ideia de que existe
o certo e o errado e, por essa razão, a utilidade da ação não
deve ser o critério para que ela seja escolhida.
Exercícios Propostos
Questão 01
Comentário: Nessa questão, o estudante deve compreender
que na filosofia política de Maquiavel o conceito de piedade é
relativizado, em um rompimento com a concepção tradicional
de política. O filósofo defende que a lógica que rege a política
não é a mesma que rege a vida pessoal, em uma proposta
de separação entre a ética tradicional (que se refere à vida
privada) e a ética política (que se refere à vida pública), marca
do pensamento político moderno.
Questão 03
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
possa, por meio da leitura do texto original de Maquiavel,
identificar o realismo maquiaveliano. Tal posição filosófica
consiste em uma mudança na concepção de política ao
romper com a perspectiva idealista própria à concepção
tradicional de política. O estudante deve perceber que
o realismo de Maquiavel parte do princípio de que é
necessário compreender a realidade em si para buscar
atuar sobre ela, sendo esse, para o filósofo, o modo
verdadeiro e eficaz de se fazer política.
Questão 04
Comentário: O objetivo dessa questão é trabalhar os
conceitos de direito de natureza e lei de natureza. O estudante
deve compreender que segundo a filosofia hobbesiana há
direitos naturais e direitos criados pelo ser humano (direito
positivo). É fundamental que o estudante compreenda que a
política moderna baseia-se no contrato e que, para Hobbes,
esse contrato é um artifício organizado por meio das leis
do direito positivo que limitam as leis dos direitos naturais,
tornando possível, assim, a vida em sociedade.
Questão 07
O conceito central a ser trabalhado nessa questão é o de
contrato social e a crítica de Rousseau à constituição da
sociedade. O estudante deve compreender que, para o
filósofo, a sociedade é artifícial, não sendo, assim, parte
da natureza humana. Além disso, Rousseau defende que a
vida em sociedade, principalmente a partir da propriedade
privada, fez com que o ser humano se desvirtuasse, se
corrompesse criando uma desigualdade artificial entre as
pessoas. É fundamental que o estudante compreenda as
diferenças entre as perspectivas filosóficas contratualistas
de Hobbes, Locke e Rousseau.
Questão 08
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
perceba que a filosofia de Rousseau se baseia na ideia de que
o Estado nascido do contrato é, em si, ruim. Porém, como é
impossível voltar ao estado de natureza, no qual o ser humano
é bom e não está corrompido, é necessário que o governo
do Estado esteja a favor de todos, defendendo os direitos e
liberdades de todas as pessoas. Dessa maneira, o estudante
deve problematizar a ideia da liberdade e sua relação com
a instituição do Estado tendo em vista que, obedecendo ao
Estado, o indivíduo alcança da única maneira possível a sua
liberdade.
Seção Enem
Questão 01 – Letra B
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 1
Habilidade: H1
Comentário: A alternativa A é incorreta, porque, no trecho,
ainda que Montesquieu denomine cidadão aquele que faz parte
de uma ordenação política, a característica ressaltada pelo
filósofo é a dos limites que as leis impõem sobre a independência
do indivíduo. Sem o Estado, a pessoa não tem limites para a
sua ação. Contudo, ao fazer parte de uma ordenação política,
ela tem uma liberdade restrita pelas leis da sociedade à qual
pertence. A alternativa C é incorreta, porque não há, no trecho,
quaisquer referências à ideia da participação do cidadão no poder.
Além disso, a alternativa aponta que, ao participar do poder, o
cidadão estaria livre da submissão às leis, o que contraria a tese
defendida no trecho, segundo a qual a liberdade do indivíduo
está limitada pelas leis da sociedade à qual ele pertence.
A alternativa D está incorreta, uma vez que, no trecho, o autor
tece considerações sobre o fato de que, a partir do momento no
qual o indivíduo participa de uma formação social, sua liberdade
está restrita aos limites das leis da sociedade à qual pertence.
Desse modo, ir contra as leis seria ir contra o que estrutura a
sociedade. Seria uma atitude de livre-arbítrio se a pessoa se
voltasse contra determinações divinas ou naturais, e o autor não
faz referência a essas esferas no trecho da questão. A alternativa
E está incorreta, porque não há, no trecho, quaisquer referências
aos valores pessoais dos cidadãos. A alternativa B está correta,
visto que, segundo Montesquieu, o termo “liberdade” refere-se à
possibilidade de agir em consonância com as leis. Desse modo,
a pessoa não pode fazer aquilo que a lei proíbe. O cidadão tem,
portanto, uma liberdade contingencial, marcada pelos limites
que as leis lhe impõem.
Questão 02 – Letra C
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 1
Habilidade: H1
Comentário: A alternativa A é incorreta, porque, ainda que,
no trecho da questão, Maquiavel não recuse a interferência
divina nos acontecimentos, ele não a valoriza. O filósofo
valoriza a possibilidade de o ser humano escolher sobre suas
ações (com o livre-arbítrio), ainda que possa ser influenciado
por fatores divinos. A alternativa B também é incorreta,
porque, no trecho, Maquiavel não rejeita a intervenção do
acaso na política ao afirmar “creio que se pode aceitar que a
sorte decida metade dos nossos atos”. A alternativa D está
incorreta, porque Maquiavel não rompe totalmente com a
tradição ao aceitar, ainda que com concessões, as opiniões
antigas de que tanto Deus quanto o acaso influenciam nos
acontecimentos do mundo. A alternativa E está incorreta. No
trecho, Maquiavel aparenta conciliar a opinião antiga de que
Deus e o acaso influenciam nos acontecimentos do mundo com
a capacidade racional do ser humano, característica valorizada
pelo humanismo. Contudo, para o filósofo, as influências de
Deus não devem influir na política, ainda que, no trecho, ele
aceite, com concessões, as influências de Deus e do acaso nas
escolhas humanas ao considerar que o livre-arbítrio humano
também influencia nas deliberações dos governantes. Segundo
sua filosofia política, os governantes devem saber deliberar
diante das contingências do acaso. Assim, se analisarmos sua
filosofia em um contexto mais geral, extrapolando o que está
descrito no trecho da questão, essa alternativa não procede.
A alternativa C está correta, uma vez que, no trecho, Maquiavel
chama a atenção para o fato de que a razão influencia na
deliberação de ações, ainda que, nessa citação, tal deliberação
apareça como não sendo completamente independente das
influências do acaso. O acaso, segundo Maquiavel, é o que
ele chama de “fortuna”, que deve ser aproveitada e mesmo
manipulada de acordo com as intenções do governante.
O que prevalece sempre no governo e atos do governante é
sua vontade e seu objetivo. O filósofo defende a autonomia
da razão, sendo essa uma das características mais elogiadas
pelo humanismo.
MÓDULO – A 11
Epistemologia moderna
Exercícios de Fixação
Questão 01
Comentário: O estudante deve compreender que, segundo
a filosofia cartesiana, a partir da dúvida metódica acerca de
todas as coisas, o filósofo chega à primeira certeza, à verdade
do cogito, que sustenta todas as outras verdades. A dúvida é
o momento em que o filósofo, tomando a atitude dos céticos,
se coloca a verificar se existe pelo menos uma verdade que
pode se manter irrefutável servindo, assim, como sustentação
de todas as outras verdades racionais.
Questão 02
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda o racionalismo cartesiano como uma perspectiva
filosófica acerca da forma de conhecimento do mundo,
FILOSOFIA
e compreenda a crítica que o filósofo faz ao empirismo,
perspectiva filosófica distinta do racionalismo (segundo a
qual o conhecimento se dá por meio das sensações), pois,
para Descartes, os sentidos são enganadores e nos dão falsas
noções sobre o mundo.
Editora Bernoulli
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 Questão 03
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
possa compreender a problemática acerca do método
científico, como caminho que leva ao conhecimento
verdadeiro; fundamental, portanto, para o conhecimento do
mundo, uma vez que se a verdade se baseia no ser humano,
este deve seguir o caminho correto para encontrá-la partindo
da observação e experiência para formular uma teoria.
Questão 04
Comentário: Nessa questão, o estudante deve compreender
a crítica de Hume à Teoria da Causalidade, uma vez que
para o filósofo tal teoria não procede. O estudante deve ser
capaz de apresentar o argumento do filósofo que nega a
possibilidade de existência dessa teoria. Por isso, ele deve
argumentar que para Hume tal relação não existe, pois aquilo
que se acredita ser ordenado por relações de causa e efeito
não passa de experiências diferentes que não apresentam
relação de dependência, ainda que estejamos habituados a
vê-las frequentemente juntas.
Exercícios Propostos
Questão 03
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda a argumentação cartesiana em busca da verdade
do cogito. Na busca de encontrar uma certeza indubitável
fundamento para todo conhecimento, Descartes coloca
todas as opiniões obtidas pelas sensações em dúvida. Com
o argumento do sonho, duvida da certeza da realidade e a seguir
propõe a hipótese do gênio maligno para colocar em dúvida
as certezas da Matemática – teriam sido elas forjadas por um
gênio maligno? Ao fim do processo de colocar em dúvida todas
as coisas, o filósofo percebe que enquanto duvida ele é um ser
que duvida, sendo este o seu ponto de partida para alcançar a
certeza que tanto buscava: se a dúvida precisa existir, ou melhor,
se se engana e é-se enganado, é necessário ser alguém para
ser enganado, concluindo, portanto, a própria existência do
indivíduo, com a clássica afirmação cartesiana “penso, logo sou”.
Questão 04
Comentário: O estudante deve compreender a tese de que
o conhecimento não necessariamente leva à felicidade, mas,
para Descartes, é preferível ser infeliz com a verdade a ser
feliz na mentira ou falsidade, tendo falsas opiniões sobre o
mundo. A segunda parte da questão pede que o estudante
se posicione contra essa tese ou a favor dela. Vale lembrar
que o argumento deve ser bem sistematizado e que justifique
coerentemente a opinião do estudante.
Questão 07
Comentário: O estudante deve compreender que para Locke
as ideias nascem das impressões daquilo que é obtido pelos
FILOSOFIA
sentidos. Como as ideias são originadas pelos sentidos, um
bebê não pode ter ideias de maneira inata, já que precisa,
antes, de ter impressões sensíveis para obtê-las. Desse modo,
criticando o inatismo, Locke se apresenta como um autêntico
defensor do empirismo moderno.
Coleção Estudo
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Questão 08
Comentário: O estudante deve compreender dois
conceitos essenciais da filosofia humana, o de impressão,
que é a experiência sensível, e o conceito de ideia, que
é o resquício da impressão na mente. Ou seja, o sujeito
experimenta algo, e aquilo que resta em sua mente é
a ideia, nascida exclusivamente da experiência obtida
anteriormente.
Questão 10
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
diferencie os conceitos de impressão e de ideia na filosofia de
Hume. De acordo com a perspectiva desse filósofo, a ideia de
Deus é simplesmente a união de várias ideias nascidas das
impressões de virtudes e qualidades humanas. Desse modo,
segundo o empirismo de Hume, a ideia de Deus é uma ilusão
criada pelas pessoas.
Seção Enem
Questão 01 – Letra E
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 1
Habilidade: H1
Comentário: A alternativa A é incorreta, uma vez que,
segundo o trecho de Descartes, “é de prudência nunca se
fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez”. Assim,
se os sentidos nos enganam e se não podemos confiar
naquilo que nos engana, não podemos confiar nos sentidos;
logo, os sentidos não podem ser critério para a obtenção do
conhecimento. A alternativa B está incorreta, porque Hume
defende que devemos suspeitar do significado de uma ideia,
verificando se ela teve origem em uma impressão empírica,
e Descartes, que devemos suspeitar do conhecimento obtido
pelas sensações. A alternativa C está incorreta, visto que
a posição filosófica do criticismo busca unir a importância
tanto da razão quanto da experiência para a obtenção do
conhecimento. Para Hume, o conhecimento só pode ser obtido
por meio da experiência, enquanto que, para Descartes, o
conhecimento só pode ser obtido por meio de um exercício
racional. A alternativa D está incorreta, porque, no trecho de
Descartes, o filósofo recusa o conhecimento obtido por meio
dos sentidos, uma vez que eles já nos enganaram. Hume, por
outra parte, defende que, para que um conhecimento possa
ser considerado, ele deve ter origem nas sensações. Assim,
não podemos afirmar que os filósofos concordam quanto à
relação entre sensação e conhecimento. A alternativa E está
correta, porque Descartes considera que não devemos confiar
nos sentidos, já que eles já nos enganaram uma vez. Por outro
lado, Hume considera que toda ideia, para ser considerada
como tendo um significado válido, deve ter origem em uma
impressão sensorial. Assim, enquanto Descartes recusa as
impressões sensíveis como fonte de conhecimento, Hume
considera tais impressões essenciais para a obtenção do
conhecimento.

MÓDULO – A 12
Kant
Exercícios de Fixação
Questão 01
Comentário: O objetivo principal dessa questão é que
o estudante compreenda que o processo de saída da
menoridade da razão, no qual o indivíduo começa a pensar
por sua própria conta, é inevitável, desde que ele tenha
liberdade para tal.
Questão 02
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
perceba que a nova concepção da teoria do conhecimento
elaborada por Kant é uma junção dos pontos principais do
racionalismo e do empirismo, por isso uma síntese entre um
e outro, sendo que tanto a experiência quanto a razão são
essenciais para a produção do conhecimento, o qual começa
com a experiência e termina com a razão.
Questão 03
Comentário: O estudante deve perceber que a ação por
dever kantiana deve nascer da razão humana, que, pelo
imperativo categórico, leva à verdade moral, a qual se impõe
às pessoas como obrigação moral. Toda e qualquer ação cuja
origem não seja a razão não pode ser uma ação por dever,
perdendo, assim, toda a sua dignidade. É muito importante
que o estudante compreenda a diferença entre ação moral
(correta – de acordo com as normas morais) de ação por
dever (independente e autêntica, baseada apenas na razão
que diz o que é certo).
Questão 04
Comentário: O conceito trabalhado nessa questão é o de
ação por dever na filosofia kantiana. O estudante deve
compreender que a ação por dever deve ser livre de toda
e qualquer intenção ou interesse particular para que seja
verdadeiramente caracterizada como por dever, segundo a
filosofia moral kantiana.
Exercícios Propostos
Questão 01
Comentário: O professor deverá trabalhar as ideias
principais contidas no texto Resposta à pergunta: o que é
esclarecimento, de Kant. A partir desse texto, o estudante deve
compreender que, para se libertar da menoridade, a pessoa
deve fazer o uso público da razão, que consiste em expor suas
ideias de maneira livre ao grande público, ou seja, a todos
os indivíduos de modo que suas ideias possam ser refutadas
ou aceitas. O uso privado da razão consiste na utilização da
razão de maneira restrita e sem liberdade, uma vez que se
deve obediência ou se pertence a um grupo ou instituição que
limitam o uso da razão humana.
Questão 04
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda a diferença entre a crítica da razão pura e a crítica
da razão prática na filosofia kantiana. O que pode ser conhecido,
para Kant, é aquilo que pode ser experimentado e depois pensado
pela razão, fazendo parte da crítica da razão pura, que trata sobre
a epistemologia. No entanto, aqueles conceitos que não podem
ser experimentados, não podendo, portanto, ser conhecidos,
podem ser pensados e continuam a ter um papel relevante para
a vida humana. Tais conceitos, como a liberdade e a imortalidade
da alma, encontram espaço na crítica da razão prática, tendo
papel fundamental para a ação humana na ética kantiana.
Questão 07
Comentário: Para essa questão, o estudante deve estabelecer
a contraposição entre a posição de Calvin em relação ao
imperativo categórico e a noção de ação por dever segundo a
ética kantiana. Se o garoto diz que se deve agir de acordo com
os interesses pessoais e egoístas, Kant se oporia radicalmente
a essa ideia, uma vez que acredita que a ação deve estar
absolutamente livre de qualquer influência e interesse pessoal,
sendo escolhida a partir de um exercício da razão, ao contrário
do que defende Calvin.
Questão 09
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda que a ação por dever, orientada por uma
escolha puramente racional, é digna. Por outro lado, as
ações que tenham em sua origem qualquer intenção
ou motivação exterior à própria razão, não são dignas.
A ação que tem preço não tem valor em si mesma,
tanto que pode ter equivalente ou ser substituída.
A ação por dever não pode ser substituída, uma vez que nela
está a racionalidade que lhe concede valor em si mesma.
Questão 10
Comentário: O estudante deve perceber nessa questão que
a ética de Kant não abre exceções, de maneira que não há
possibilidade de considerar uma ação mais ou menos correta,
pois o que determina o certo e o errado é a razão, e esta não
leva em consideração situações ou interesses particulares para
determinar a lei moral.
Seção Enem
Questão 01 – Letra A
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 5
Habilidade: H23
Comentário: A alternativa A está correta, porque, para Kant,
o conceito de esclarecimento refere-se à atitude do indivíduo
de refletir sobre a sua própria existência, fazendo uso de “teu
próprio entendimento”. Assim, o indivíduo não esclarecido é
aquele passivo, levado pela opinião dos outros, que não se
FILOSOFIA
posiciona de maneira refletida diante do mundo. Sair dessa
condição passiva é sair da condição de menoridade, chegando,
assim, à condição de maioridade por meio do uso autônomo
da razão. A alternativa B está incorreta, uma vez que, no
trecho, Kant não faz referência à ideia de verdades eternas.
Editora Bernoulli
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 Além disso, para o filósofo, o termo “esclarecimento”
refere-se à saída da situação de menoridade por meio do uso da
razão. Por esse motivo, o exercício da racionalidade não pode
ser considerado um pressuposto menor diante de quaisquer
circunstâncias. A alternativa C está incorreta, porque o termo
“heteronomia” refere-se à sujeição à vontade de outrem. Kant
defende que, com o esclarecimento, o indivíduo deve sair
dessa condição de heteronomia por meio do uso da razão.
Além disso, o filósofo não faz, no trecho, nenhuma referência à
ideia de verdades matemáticas. A alternativa D está incorreta,
porque a ideia de esclarecimento é contrária à defesa de que a
“compreensão de verdades religiosas [...] libertam o homem
da falta de entendimento”, uma vez que compreender o mundo
por meio da crença em verdades religiosas é adotar uma crença
de maneira heterônoma, ou seja, “dirigida por outrem”. Kant
considera que, com o esclarecimento, o indivíduo deve pensar
por si mesmo, independente da influência de outras pessoas.
A alternativa E está incorreta, porque, no trecho, o filósofo não
faz referência à ideia de ideologia.
MÓDULO – A 13
Os gênios da filosofia alemã:
Hegel, Marx e Nietzsche
Exercícios de Fixação
Questão 01
Comentário: Os conceitos trabalhados nessa questão são
os de liberdade e de Estado para Hegel. O estudante deve
compreender que segundo o filósofo só há liberdade dentro
do Estado, uma vez que este garante a todos, por meio da
lei, o mesmo tratamento com os mesmos direitos, sendo
que a segurança dos indivíduos somente é garantida se eles
pertencem e estão submetidos ao Estado.
Questão 02
Comentário: Nessa questão, o estudante deve compreender
a importância da ideia da dialética para compreender as
transformações da história segundo o pensamento hegeliano.
A alteração de momentos descrita no trecho da questão refere-
se à ideia de dialética. Cada momento ou totalidade da história
(tese) pode passar por um momento de crítica (antítese),
levando a uma nova totalidade (síntese) que, por sua vez
também passará por questionamento levando-a a uma nova
totalidade e assim por diante. É fundamental que o estudante
compreenda que é a partir desse movimento de dialética (tese
+ antítese = síntese) que a história acontece e se transforma.
Questão 03
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
estabeleça uma conexão entre o conceito de ideologia
e a charge, a qual exemplifica uma situação ideológica.
FILOSOFIA
O estudante deve compreender que quando o personagem da
tirinha afirma que todos são iguais perante a lei, por mais que
tente ressaltar uma suposta igualdade, na verdade sua afirmação
se trata de uma ideologia dominadora ao desconsiderar a
realidade de desigualdade, tanto econômica quanto jurídica,
que existe de fato entre os indivíduos de uma mesma sociedade.
Coleção Estudo
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Questão 04
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda e aplique os conceitos nietzscheanos aos textos,
estabelecendo uma relação entre eles. A ideia da morte de
Deus refere-se à compreensão de que os valores tradicionais
(cristãos-ocidentais) deveriam ser superados. Tal ideia
relaciona-se ao conceito de super-homem (ou super-humano),
uma vez que tal conceito ser refere à busca de superação
desses valores da tradição, deixando vir à tona sua vontade de
poder, a fim de agir em consonância com a natureza humana.
Exercícios Propostos
Questão 01
Comentário: O conceito a ser tratado nessa questão é o de
dialética ou processo dialético, para Hegel. O estudante deve
compreender que a dialética, constituída de tese, antítese e
síntese, é o processo pelo qual o espírito do mundo provoca
as transformações históricas da realidade. Um dado momento
da história (tese), ao ser colocado em questão (antítese),
converte-se em um novo momento (síntese), que, por sua
vez, estabelecendo-se enquanto tese, também sofrerá críticas,
chegando-se a um novo momento e assim por diante, seguindo
o movimento de alteração dialética.
Questão 04
Comentário: Nessa questão, o objetivo é que o estudante
perceba a guinada de atitude da filosofia marxiana, ou seja,
sua preocupação com a realidade material e a importância do
pensamento para essa transformação. A crítica de Marx é a uma
filosofia que se preocupa somente com a compreensão do mundo
e não com a realização de mudanças efetivas em sua realidade.
Questão 05
Comentário: Nessa questão, o estudante deve compreender
que, apesar de o conceito de globalização ter sido forjado
recentemente, a realidade à qual tal conceito se refere já teria
sido vivenciada (ainda que de forma menos ampla) no contexto
histórico de Marx. Como trata o texto da questão, já nos tempos de
Marx notava-se uma expansão de produtos internacionalmente,
uma influência no processo de expansão dos interesses dos
dominadores e um intercâmbio universal de produtos.
Questão 06
Comentário: O estudante deve compreender uma das
mais importantes ideias do pensamento de Marx, a qual se
refere ao domínio e exploração das classes dominadas pelos
detentores do poder econômico. Apesar da distância temporal
entre o tempo em que Marx desenvolveu essa ideia e hoje,
a dominação e consequente exploração do trabalho infantil
continua a existir, uma vez que as bases capitalistas ainda
sustentam as sociedades atuais.
Questão 10
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante possa
compreender a metáfora do camelo, do leão e da criança dentro
do processo de libertação do ser humano das bases da moral
cristã-ocidental. Nietzsche diz que tal processo vai de uma atitude
de aceitação (camelo), passa por uma atitude radical de negação
(leão) e chega a um estado de revalorização e ressignificação
(criança). É nesse último momento de construção de uma nova
moral que se pode compreender a citação do comando da questão,
uma vez que há um processo de libertação na manifestação da
vontade de poder guiando-se pelas vontades da natureza humana.
Seção Enem
Questão 01 – Letra C
Eixo cognitivo: I
Competência de área: 4
Habilidade: H17
Comentário: A alternativa correta afirma uma das ideias mais
caras da filosofia de Marx ao dizer que a realidade é fruto das
condições econômicas das pessoas. A alternativa A está incorreta
porque não podemos dizer que a realidade é resultado do
trabalho explorado das pessoas nas fábricas, já que tal afirmação
limita-se a apenas uma esfera da realidade. A alternativa B está
incorreta porque, para Marx, não há justiça nas relações entre
trabalhadores e patrões. A alternativa D está incorreta porque,
para o filósofo, a realidade não é resultado da política, pois
esta também está nas mãos dos dominadores. A alternativa
E também está incorreta porque não há nada de espiritual na
formação da realidade, segundo a concepção marxiana.
MÓDULO – A 14
O positivismo:
a divinização da ciência
Exercícios de Fixação
Questão 01
Comentário: A ideia central a ser trabalhada no texto do
estudante é a de que, de acordo com a perspectiva filosófica
positivista,a qual divinizava a Ciência, a única maneira legítima
de conhecer a realidade seria por meio da observação e
experiência empíricas, fundamentos do método científico.
O estudante deve, portanto, compreender e explicar esse
conceito central e a mudança que esse posicionamento operou
na construção do conhecimento, ao desconsiderar as teorias
fundadas na metafísica enquanto forma de conhecimento.
Questão 02
Comentário: O objetivo dessa questão é o estudante
compreender que, para o positivismo, nada que ultrapasse
a pura matéria física pode ser conhecido, uma vez que o
conhecimento deve ser adquirido por meio do exercício do
método científico, cuja origem é a experiência sensível. Assim,
o professor deve garantir que o estudante tenha clareza do
conceito de metafísica pois é a partir dele que nasce a crítica
do positivismo, a qual rejeita qualquer conhecimento das
essências dos seres cuja origem não seja a experiência.
Questão 03
Comentário: Nessa questão, o estudante deve compreender
que a corrente positivista se fundamenta exclusivamente na
experiência, pois acredita que tudo o que existe na natureza
deve e pode ser compreendido por meio da experiência sensível
(empirismo). Desse modo, os positivistas acreditam que não
há nada além daquilo que a experiência pode compreender, o
que justifica a crítica do positivismo a qualquer metafísica que
busca algo que não esteja empiricamente acessível.
Questão 04
Comentário: A ideia central a ser tratada nessa questão é
a do princípio utilitarista da busca pelo prazer e fuga da dor.
O estudante deve compreender que, apesar de tal princípio,
o ser humano deve escolher pelos prazeres superiores ligados
ao conhecimento, e não aqueles que são a simples fruição dos
gozos dos sentidos. Nesse sentido, faz-se necessário o cálculo
para a escolha das ações pensando nas suas consequências,
uma vez que, de acordo com o utilitarismo, a consequência
de uma determinada escolha deve proporcionar a felicidade
para o maior número de pessoas.
Exercícios Propostos
Questão 01
Comentário: O foco dessa questão é que o estudante perceba
que há no positivismo a clara opção metodológica de aceitar
exclusivamente o que é experimentável. Por isso, para que haja
conhecimento verdadeiro, é essencial a experiência, o “ver”,
pois somente por meio dela se alcança um conhecimento sobre
a coisa e, com isso, a possibilidade de previsão de fatos futuros.
Questão 02
Comentário: O estudante deve compreender com essa questão
que, de acordo com o positivismo, é possível dominar os fatos da
natureza por meio do conhecimento das leis causais da natureza,
avaliando relações de causa e efeito entre os fatos, o que permite
ao indivíduo prever futuros acontecimentos de acordo com o que já
foi observado anteriormente. Tal possibilidade de determinar leis de
regularidade na natureza permite aos indivíduos visar à dominação
da natureza, sendo essa a principal pretensão positivista.
Questão 05
Comentário: O conceito a ser trabalhado nessa questão é o
de que o método positivista busca, a partir da observação e
análise dos fatos, diante da regularidade de um determinado
fenômeno, chegar, por indução, a uma lei que representa esse
fato. A partir dessas leis e da avaliação de relações de causa
e efeito verificadas na natureza, o indivíduo busca estabelecer
um verdadeiro conhecimento.
Questão 07
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
tenha clareza de que o interesse do positivismo é a matéria
(o real), que pode ser experimentada pelos sentidos humanos.
Desse modo, toda crença cuja origem ultrapassa essa realidade,
como a considerada ilusão de haver uma essência ou espírito,
deve ser eliminada, uma vez que não pode ser experimentada
e, por isso, não passa de falsa crença das pessoas. Dessa
maneira, conceitos caros a pensadores como Platão e Tomás de
Aquino são ignorados e substituídos pelo conhecimento obtido
por meio da observação e experimentação da matéria física.
Questão 09
Comentário: O estudante deve compreender a crítica de
FILOSOFIA
Mill ao afirmar que para haver silogismo antes deve ter
havido uma experiência que levou à verdade que serve de
base do próprio silogismo. Desse modo, compreende-se que
não há silogismo sem antes haver uma indução e, sem esta,
a dedução silogística é impossível.
Editora Bernoulli
9
 Seção Enem
Questão 01 – Letra C
Eixo cognitivo: I
Competência de área: 1
Habilidade: H1
Comentário: A alternativa correta afirma que o objetivo da
religião da humanidade é harmonizar as pessoas, não em
torno de um Deus, mas do próprio conhecimento científico.
A alternativa A é incorreta porque se refere ao Deus cristão,
o que não é verdadeiro, já que o positivismo recusa quaisquer
crenças metafísicas. A alternativa B também fala sobre
verdades metafísicas, alvo de crítica da filosofia positivista.
A alternativa D é incorreta porque se refere a uma lei
única, que não é o objetivo e a preocupação do positivismo.
A alternativa E está incorreta porque se refere a uma religião
no sentido cristão, o que não corresponde à filosofia comteana,
cujo principal pilar é o método científico de base experimental.
MÓDULO – A 15
O existencialismo:
Sartre e Heidegger
Exercícios de Fixação
Questão 01
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda que, enquanto na corrente positivista todas as
coisas podem ser determinadas e conhecidas por leis naturais
de acordo com suas relações de causa-efeito, de modo que
tudo no mundo, inclusive o ser humano, obedeça ao que está
previamente determinado, a corrente existencialista considera
que não existe qualquer determinação previamente estabelecida
para o ser humano, pregando, então, a plena liberdade em um
terreno de pura possibilidade para o indivíduo.
Questão 02
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda o método fenomenológico, base para a corrente
filosófica da fenomenologia. O estudante deve compreender a
ideia da “volta às coisas mesmas”, na busca da compreensão
do fenômeno por meio da ideia de intencionalidade, que se
refere à busca do indivíduo de conhecer no próprio objeto
aquilo que lhe aparece. Assim, deve estar clara a ideia
principal da fenomenologia: as coisas são aquilo que apare-
cem ao sujeito (fenômeno), sendo conhecidas dessa forma,
de modo que não faz sentido, segundo essa corrente, buscar
o conhecimento da coisa em si mesma, fora da esfera sensível.
Questão 03
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
entenda que, para o existencialismo, o ser humano deve
ser compreendido a partir daquilo que ele faz de si mesmo.
Desse modo, a corrente filosófica existencialista volta-se para
o ser humano enquanto fenômeno, não buscando nada
FILOSOFIA
que ultrapasse aquilo que o indivíduo é em si, como uma
essência que esteja além de suas decisões. Como a base do
existencialismo encontra-se na defesa de o ser humano não
ser previamente determinado, tal ideia se relaciona à busca de
compreensão do indivíduo enquanto fenômeno, ou seja, aquilo
que aparece; e o que aparece é consequência de suas escolhas.
Coleção Estudo
10
Questão 04
Comentário: O estudante deve compreender nessa questão
o cerne de toda a filosofia existencialista. De acordo com essa
corrente, não existe nada predeterminado no ser humano, por
isso o título da obra se refere ao ”nada” e ao ”ser”. Como o ser
humano é ser e não existe nada anterior a esse ser, ele deve
ser o protagonista de sua vida e determinar a sua existência
por meio de suas escolhas.
Exercícios Propostos
Questão 03
Comentário: A ideia central dessa questão é que o estudante
compreenda que, apesar de o existencialismo dizer que
as pessoas devem buscar um sentido pessoal para a sua
existência, esse sentido deve levar em consideração uma
relação de transparência e cuidado entre os outras pessoas.
Tal relação está diretamente ligada ao modo como cada ser-aí
conhece a si mesmo, uma vez que quanto mais o indivíduo
conhece a si mesmo, mais transparente poderá ser a relação
com o outro. A corrente existencialista não pode, portanto,
ser classificada como individualista, uma vez que o ser-aí
está sendo no mundo na medida em que ele é com os outros.
Esse é o sentido do ser-com-os-outros que o estudante deve
compreender como a convivência, sendo que o outro torna-se
condição de possibilidade da própria vida individual.
Questão 05
Comentário: A ideia central dessa questão é de que o indivíduo
tem, para o existencialismo, de, a partir do nada, se definir e
criar para si uma essência, por meio de suas próprias escolhas,
utilizando sua liberdade. Dessa forma, o estudante deve
compreender que, para essa corrente de pensamento, não basta
existir, ser, é necessário que o indivíduo se torne protagonista
de sua vida e estabeleça para si um sentido ou uma essência.
Questão 06
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda a ideia sartreana de que o ser humano está
condenado a ser livre. Para o filósofo, a liberdade é o único
aspecto que determina a vida humana, não podendo nenhum
indivíduo livrar-se dessa determinação. Assim, todos os
seres humanos podem escolher tudo, exceto deixar de ter
a liberdade de escolha.
Questão 08
Comentário: O conceito de má-fé tratado nessa questão deve
ser muito bem trabalhado com os estudantes, pois ele diz
respeito aos subterfúgios daquele indivíduo que não assume
sua vida como sua, se escondendo em explicações ou ideias
que o levam a fazer de sua vida um objeto. O estudante deve
compreender com essa questão a visão existencialista de que
a vida é individual e cada um é responsável por sua própria
vida, já que ela é consequência de suas escolhas.
Questão 10
Comentário: O foco dessa questão é o estudante compreender
uma das ideias mais importantes do existencialismo sartreano,
que é a responsabilidade do ser humano por si mesmo e sua
completa liberdade em tornar-se o que é a partir de suas próprias
decisões. Desse modo, um covarde assim o é por fruto de suas
escolhas anteriores, contudo, o fato de o indivíduo ser, em
um dado momento, um covarde não implica a impossibilidade
de o mesmo indivíduo poder fazer, posteriormente, escolhas
corajosas, tornando-se, assim, um herói.
Seção Enem
Questão 01 – Letra B
Eixo cognitivo: I
Competência de área: 1
Habilidade: H1
Comentário: A alternativa correta se refere a uma das principais
ideias sartreana, que é a liberdade absoluta do ser humano, o
qual não pode evitar ser livre. A alternativa A está incorreta,
pois diz que o ser humano é determinado pela sociedade, o que
contraria o conceito de liberdade. A alternativa C está incorreta
porque diz que o ser humano tem uma liberdade relativa.
A alternativa D está incorreta porque diz que o ser humano é
resultado de alguma determinação. A alternativa E está incorreta
porque determina a vida do ser humano à sua natureza instintiva,
o que contraria a posição existencialista.
MÓDULO – A 16
A Escola de Frankfurt
e o Pós-modernismo
Exercícios de Fixação
Questão 01
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda a crítica dos filósofos Adorno e Horkheimer
à razão iluminista, a qual perdeu sua essência de libertação do
ser humano por meio da racionalidade, uma vez que passou
a operar a partir de uma lógica burguesa de mercado, servindo
aos interesses do capital e como propagadora da ideologia
capitalista, convertendo-se em uma razão instrumental.
A partir dessa questão, o professor pode trabalhar o tema
da racionalidade científica e da função do conhecimento na
vida humana.
Questão 02
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda que a indústria cultural aliena o indivíduo e o
prende às concepções ideológicas, à medida que consome
bens e ideias dessa indústria. Ao consumir objetos,
o sujeito tem a impressão de que tem em suas mãos
muitas coisas, porém ele não percebe que a indústria
cultural o priva da capacidade de escolha e da liberdade
de pensamento.
Questão 03
Comentário: A ideia freudiana a ser trabalhada nessa questão
é de que há uma natureza humana que determina, em alguma
medida, sua vida. O estudante deve compreender que o ser
humano, para Freud, não é totalmente livre, sendo limitado
por seus instintos naturais. Porém, há uma tentativa de
libertar-se o quanto antes desses instintos, o que o Freud deixa
claro quando fala que “a civilização tem de utilizar esforços
supremos a fim de estabelecer limites para os instintos
agressivos do ser humano e manter suas manifestações sob
o controle”. Assim, partindo dessa questão, o professor pode
discutir amplamente os conceitos de liberdade e determinismo
e de natureza e cultura com os estudantes.
Questão 04
Comentário: O conceito a ser trabalhado nessa questão
é o de epistemas. O estudante deve compreender que
para o filósofo não existe uma interdependência entre
os paradigmas que guiam as consciências científicas
nos períodos históricos. Nessa questão, professor pode
trabalhar os temas de racionalidade científica e também de
ideologia em Marx, pois os epistemas podem ser somente
ideologias dominantes em determinados períodos.
Exercícios Propostos
Questão 03
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
possa compreender, em outras formas de linguagem (como
a charge), a presença de conceitos filosóficos importantes,
como a crítica à razão instrumental realizada pela escola
de Frankfurt. Por meio da charge e da citação de Horkeimer
fica evidente a crítica à razão que não se compromete mais
em libertar o ser humano, mas tão somente em atender
aos interesses capitalistas. Nessa questão, o professor pode
trabalhar também o tema da racionalidade científica.
Questão 06
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda um dos mais importantes conceitos da filosofia da
escola de Frankfurt, o de indústria cultural. O professor pode,
inclusive, fazer uma pesquisa com os estudantes sobre os sinais
dessa indústria cultural a partir da realidade em que se encontram,
identificando a cultura alienante presente nas músicas, filmes,
propagandas, etc., levando o estudante a perceber, por meio
dessa concepção filosófica, que ele está inserido nessa realidade
e deve, pelo menos, buscar ter consciência dela.
Questão 07
Comentário: O objetivo dessa questão é trabalhar
o conceito de ação comunicativa para Habermas. O estudante
deve compreender que a solução do filósofo para as questões
sociais deve passar pelo exercício da capacidade de diálogo
interativo e justo entre as pessoas para a elaboração de soluções
aos problemas que se apresentam. O professor pode trabalhar
nessa questão os conceitos de convencimento, retórica sofística,
linguagem e transformações culturais utilizando exemplos de
textos literários, jornalísticos, entre outros.
Questão 09
Comentário: Nessa questão, o estudante deve trabalhar a
constituição do aparelho psíquico na vida dos indivíduos e
o papel da natureza na determinação das ações humanas.
O estudante deve compreender que o id se refere aos desejos
orgânicos e inconscientes do indivíduo, sendo o impulso
original que guia a vida e as escolhas humanas. Por essa razão,
o ser humano tem uma liberdade limitada por essa busca ou
pelo id. O professor pode trabalhar por meio dessa questão os
conceitos de natureza e cultura e de liberdade e determinismo.
Questão 10
Comentário: O foco dessa questão é que o estudante possa
compreender a ideia de inconsciente para Freud. Nessa
FILOSOFIA
perspectiva, as experiências do sujeito são internalizadas,
ficando guardadas dentro da pessoa. Dessa maneira, aquilo
que o indivíduo vivenciou não é esquecido ou simplesmente
apagado, mas permanece na mente do sujeito, chegando,
algumas vezes, a interferir na escolha de suas ações sem que
ele perceba ou tome consciência disso.
Editora Bernoulli
11
 Seção Enem
Questão 01 – Letra E
Eixo cognitivo: I
Competência de área: 1
Habilidade: H1
Comentário: A alternativa correta diz que a lei é resultado
dos conflitos nas relações de poder entre as pessoas, o que
pode ser identificado na citação da questão. A alternativa A
é incorreta porque diz que as leis devem combater as ações
violentas, mas para Foucault são essas ações as construtoras
das leis. A alternativa B está incorreta porque dá à lei a função
de coibir a agressividade humana, mas a lei tem origem
também na agressividade. A alternativa C está incorreta
porque dá à lei a função de regular as guerras entre as pessoas
individuais, mas a lei também nasce dessas relações de poder.
A alternativa D está incorreta pelos mesmos argumentos da
alternativa C, porém não no nível individual, mas no nível
coletivo, das nações.
MÓDULO – A 17
Temas filosóficos
Exercícios de Fixação
Questão 01
Comentário: O objetivo dessa questão é apresentar
a proposta de Merleau-Ponty sobre o problema “natureza
e cultura”. Segundo sua filosofia, o ser humano é um misto
de natureza e cultura, sendo impossível afirmar que nele
há influência de apenas uma ou outra destas dimensões.
Desse modo, é muito positivo reforçar com os estudantes
a concepção de natureza como uma síntese entre liberdade
e determinismo, segundo o filósofo.
Questão 02
Comentário: O objetivo dessa questão é verificar
o problema filosófico que envolve a relação entre corpo e
alma. Na imagem da questão, notamos a divisão do ser
humano, representado pelas duas dimensões da figura,
de modo que corpo e alma são duas partes distantes,
sendo uma espiritual (representada pelo céu na figura)
e a outra terrena e material (representada pela parte que
fica no céu). Tal representação nos remete a uma visão
maniqueísta, segundo a qual a parte material (corpo) seria
pior do que a parte espiritual (alma).
Questão 03
Comentário: A ideia mais importante dessa questão
FILOSOFIA
envolve a ética kantiana. É necessário que o estudante
perceba que Kant coloca a razão como capaz de controlar
a natureza humana, de modo que as pessoas podem agir
de maneira correta obedecendo à sua razão a partir das
leis morais que determinam a ação por dever.
Coleção Estudo
12
Questão 04
Comentário: O objetivo dessa questão é que o estudante
compreenda uma ideia fundamental para o exercício da Filosofia,
que é a atitude filosófica. A partir desse conceito, a Filosofia é
pensada não como um simples conjunto de conhecimentos, mas
principalmente como uma atitude de crítica, de questionamento
e de dúvida que leva à crise; momento adequado para a
reavaliação das ideias e valores e a partir do qual o sujeito
torna-se protagonista de suas próprias ideias.
Exercícios Propostos
Questão 01
Comentário: O objetivo dessa questão é trabalhar o tema
ou questão filosófica “corpo e mente” ou “corpo e psiquismo”.
É necessário que o estudante compreenda a posição filosófica
de Platão ao defender a divisão do ser humano em corpo
e alma, de modo que o corpo sensível é a fonte dos desejos
e coisas materiais. Já a alma, estando em uma posição
superior, busca o conhecimento e deve ser aquela que governa
a vida da pessoa.
Questão 02
Comentário: Nessa questão, o problema filosófico tratado
se refere à relação entre corpo e alma. O filósofo La Mettrie
discorda da perspectiva cartesiana de separação entre res
cogitans e res extensa. Ele defende, no trecho da questão,
que o ser humano não pode ser separado em duas dimensões,
sendo somente uma coisa, de modo que aquilo que se
acreditava ser fruto da alma é tão somente extensão da própria
matéria. É muito recomendável que o estudante perceba essa
contraposição entre a perspectiva filosófica de La Mettrie de
“ser humano máquina” em relação à visão cartesiana de corpo
versus consciência.
Questão 04
Comentário: O estudante deve compreender, nessa questão,
o problema filosófico entre valores e normas, sendo que
o foco dessa questão não é discutir se existem ou não valores
universais, mas sim a importância dos valores como condição
de possibilidade da vida humana em sociedade. Como
a felicidade e a realização da vida humana dependem da
existência de valores, não há vida social sem valores que
governem as ações humanas.
Questão 05
Comentário: O foco dessa questão é o problema filosófico
que envolve natureza e cultura, com a problematização do
conceito de liberdade. Merleau-Ponty define esse conceito
como uma síntese entre essas duas dimensões, de modo que
o ser humano é visto como um ser cultural que nasce em um
mundo já pronto. Tal determinismo do mundo é chamado por
ele de “condicionante”, ou seja, existem condicionamentos sob
os quais a pessoa já está sujeita ao nascer, inserindo-se em
determinada cultura. Contudo, estes podem ser ampliados
pela pessoa, que pode ser também protagonista do mundo,
devido a sua capacidade racional de refletir e fazer escolhas,
aspecto humano que nunca se encontra acabado.
Questão 07
Comentário: O foco dessa questão é o tema filosófico
denominado “poder e conflito”. A posição de Lefort é a mesma
defendida por Hannah Arendt no exercício número 6 de que
o poder em uma sociedade é um fenômeno e não pode ser
eliminado. Contudo, ainda que o poder seja um fato nas
sociedades democráticas, há um problema acerca da forma
como ele é exercido. Segundo Lefort, o poder deve pertencer
ao público e não ser identificado com nenhum personagem
real, de maneira que aqueles que o exercem o fazem em
nome de todos. Para isso, há de existir uma participação
constante das pessoas, que se responsabilizam pelo poder
enquanto cidadãos.
Questão 09
Comentário: O foco dessa questão é o problema entre poder
e conflito, que pode ser pensado também como “indivíduo
e comunidade”. A posição de Tomás de Aquino é a da
necessidade de um poder que possa governar as pessoas
tendo em vista o bem comum. A ideia a ser trabalhada com
os estudantes é que o fenômeno do poder, que é inerente às
sociedades, deve ser exercido para as pessoas, tendo em vista
sempre o bem comum.
Questão 10
Comentário: A questão filosófica dessa questão trata do
problema entre indivíduo e comunidade, em que Mill defende
que a liberdade individual deve prevalecer sobre a vontade
abstrata do bem comum. A sociedade só existe como condição
de possibilidade da satisfação dos desejos e anseios individuais
e isso é legítimo. É muito interessante que os estudantes
façam uma reflexão sobre esse problema, uma vez que a ideia
da prevalência dos desejos coletivos pode coibir a busca de
satisfação dos interesses pessoais.
Questão 14
Comentário: O problema dessa questão é a discussão
filosófica acerca do tema “racionalidade científica”. O estudante
deve ter em mente a diferenciação entre racionalismo e
empirismo e identificar que, para Aristóteles, o conhecimento
verdadeiro depende das experiências realizadas pelo sujeito
cognoscente. Desse modo, para o filósofo grego, um empirista,
a indução é o princípio do conhecimento, o qual deve se pautar
nos dados recolhidos dos sentidos.
Questão 15
Comentário: A discussão dessa questão é sobre a
possibilidade e caminho do conhecimento sobre o mundo.
Rubem Alves apresenta a discussão entre empirismo e
racionalismo, de modo que, depois de Galileu, aquilo que era
qualitativo (análise dos dados empíricos) torna-se quantitativo,
levando a uma visão matemática do mundo, entendido, naquele
momento histórico, segundo leis racionais.
Questão 17
Comentário: Essa questão se insere na discussão sobre
tipos de conhecimento. O mito, a partir de uma perspectiva
pejorativa, remete às ideias de mentira e ficção, sofrendo,
por isso, o preconceito de ser visto como uma maneira pior
de explicar o mundo. No entanto, o mito pode assumir
um papel fundamental para a explicação da natureza,
de maneira que o ser humano não pode prescindir dele.
É importante que os estudantes percebam que o mito faz
parte da vida e das culturas humanas, uma vez que é uma
das formas de conhecimento necessárias à sobrevivência
e à construção de sentido do mundo ao qual os membros
daquela cultura pertencem.
Questão 21
Comentário: O foco dessa questão é a discussão da diferença
entre cultura de massa e cultura popular. O estudante deve
compreender que não são a mesma coisa, de modo que a
cultura popular representa o modo de ver e compreender
o mundo de determinada cultura manifestado sob a forma
de arte. Por sua vez, a cultura de massa é alienante e não
representa nada mais do que os interesses da elite dominadora
da indústria cultural. É muito importante que os estudantes
compreendam e possam avaliar aquilo que chega até eles
como cultura de massa ou cultura popular, desenvolvendo
um pensamento crítico sobre o assunto.
Seção Enem
Questão 01 – Letra D
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 1
Habilidade: H5
Comentário: A alternativa correta, D, remete ao texto
introdutório, uma vez que a Ética é vista como a reflexão
do ser humano acerca das ações oriundas das vivências das
pessoas umas com as outras dentro de uma sociedade real
e cultural. As alternativas incorretas, por outro lado, remetem
à concepção de ética fundamentada em outras instâncias que
não a da própria realidade, como ideologias, preceitos divinos
e políticos eleitos.
FILOSOFIA
Editora Bernoulli
13
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