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26/03/2020

Classificação periódica dos


elementos químicos

Prof. Alice Moraes

Como classificar os elementos


• 1650: prata, arsênio, ouro, carbono, cobre,
ferro, mercúrio, chumbo, enxofre, antimônio e
estanho;

• Hemnning Brand: tentando criar ouro à partir


da urina descobriu o potássio e desde então
foram descobertos centenas de elementos;

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A primeira tentativa de
organização foi feita no início do
século XIX, pelo químico e físico
inglês John Dalton.

As tríades de Döbereiner
• Em 1829, Döbereiner analisou os elementos
cálcio, estrôncio e bário, e percebeu que a
massa do átomo de estrôncio correspondia,
aproximadamente, à média dos valores das
massas atômicas do cálcio e do bário;

• Observou que essa relação também se dava


em outra tríades, como
enxofre/selênio/telúrio e cloro/bromo/iodo.

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O parafuso telúrico de Chancourtois


(1862) Em uma espiral
desenhada na face externa
de um cilindro ele organizou
os elementos químicos em
ordem crescente de massas
atômicas. O cilindro era
dividido por linhas verticais
em 16 faixas, de modo que
os elementos que possuíam
propriedades semelhantes
apareciam uns sobre os
outros dentro dessas faixas.

Lei das oitavas

Em 1864, Newlands enfileirou os elementos conhecidos na época


em linhas horizontais, sete em cada linha, em ordem crescente de
massas atômicas. As linhas eram posicionadas umas sobre as
outras. O primeiro elemento de cada uma era o oitavo em relação à
linha anterior e tinha as mesmas propriedades do primeiro
elemento dessa linha anterior. O mesmo acontecia com o segundo
elemento, o terceiro, e assim sucessivamente. Nessa forma de
classificação, a cada oito elementos as propriedades se repetiam,
por isso a proposta de Newlands recebeu o nome de Lei das
Oitavas.

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Lei periódica de Mendeleev


• Ele teve a ideia de associar a classificação dos elementos ao
seu jogo de cartas preferido: o jogo de paciência.

• Os elementos de propriedades químicas semelhantes eram


como cartas pertencentes ao mesmo naipe, e dentro de
cada um desses “naipes” a ordem crescente de massas
atômicas era como a ordem numérica crescente das cartas.

• Foi então que, vencido pelo cansaço, adormeceu sobre a


mesa de estudo e teve um sonho. “Vi num sonho uma
tabela em que todos os elementos se encaixavam como
requerido. Ao despertar, escrevi-a imediatamente numa
folha de papel”, contou Mendeleiev depois.

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Lei de Moseley
• Muitas propriedades físicas e químicas dos
elementos variam periodicamente em função
de seus números atômicos.

Classificação periódica atual

• Atualmente estão dispostos em ordem


crescente de número atômico, em sete linhas
horizontais (períodos) e 18 colunas (famílias)

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Períodos ou séries

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Grupos ou famílias
• IUPAC (União Internacional de Química Pura e
Aplicada): as colunas são numeradas de 1 a 18;

• CASG (Chemical Abstract Service Group – as


colunas estão numeradas de 0 a 8, subdivididas
em A e B.

• Famílias: grupos de elementos com propriedades


químicas semelhantes e com o mesmo número
de elétrons na camada de valência.

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Grupos ou famílias

Família 1A (Grupo 1): Metais Alcalinos Família 5A (Grupo 15): Família do Nitrogênio
Família 2A (Grupo 2): Metais Alcalino-Terrosos Família 6A (Grupo 16): Calcogênios
Família B (Grupo 3 à 12): Metais de Transição Família 7A (Grupo 17): Halogênios
Família 3A (Grupo 13): Família do Boro Família 0 ou 8A (Grupo 18): Gases Nobres
Família 4A (Grupo 14): Família do Carbono

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Divisões da tabela periódica

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Elementos representativos ou normais


• Elementos cuja configuração eletrônica tem todas
as camadas completas e o elétron de
diferenciação colocado no subnível s ou p;

• Famílias A: número de elétrons na camada de


valência coincide com o número da família:

• H é classificado à parte, não pertence a nenhuma


família. Para alguns autores os gases nobres não
são representativos.

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Elementos de transição
• Transição externa ou simples, ou somente
transição – elementos que apresentam
elétron de diferenciação no subnível d
(famílias B);

• Transição interna: elementos que apresentam


elétrons de diferenciação no subnível f
(lantanídeos e actinídeos).

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Classificação dos elementos químicos

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Metais
• Elementos sólidos (exc. Hg) em geral duros, brilhantes,
densos, com altos pontos de fusão e ebulição, bons
condutores de calor e corrente elétrica, maleáveis e
dúcteis;

• Apresentam em geral menos de 4 elétrons na camada de


valência, por isso, tendem a perder elétrons.
– Exemplo:
• Família IA: cátion 1+;
• Família IIA: cátion 2+

• Metais de transição podem gerar mais de um cátion,


desobedecem a regra do octeto (Ex: Fe 2+ ou 3+; Cu 1+ ou
2+

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Ametais ou não metais


• Propriedades opostas às dos metais, podendo
se apresentar nos três estados físicos à
temperatura ambiente:
• Sólidos: C, P, S, Se, I, At;
• Líquido: Br;
• Gasoso: N, O, F, Cl
• Têm mais de 4 elétrons na camada de
valência, tendem a receber elétrons.

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Semimetais
• B, Si, Ge, As, Sb, Te, Po;

• Todos sólidos em temperatura ambiente e


apresentam características intermediárias
entre metais e não metais.

– Exemplo: Si é mau condutor de energia elétrica a


25 °C, com o aumento de temperatura, torna-se
bom condutor.

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Gases nobres
• Elementos de maior estabilidade química

Elementos naturais e artificiais


• 90 naturais e 22 artificiais;
• Os elementos artificiais dividem-se em:
– Cisurânicos: apresentam número atômico menor que
o do urânio (Tecnécio, Promécio, Astato e Frâncio;
– Transurânicos: apresentam Z maior que o do urânio

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Propriedades periódicas e
aperiódicas

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Propriedades periódicas
• Raio atômico

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Propriedades aperiódicas

• Aumentam ou diminuem à medida que o


número atômico aumenta;
• Massa: aumenta com o aumento do número
atômico;
• Calor específico: diminui com o aumento do
número atômico

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Ligações químicas:

• Ligação iônica;
• Ligação covalente;
• Ligação metálica

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LIGAÇÕES IÔNICAS

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• Exemplo da interação entre um átomo de


sódio e cloro:

– Na11 k:2; L:8; M:1


– Cl17 k:2; L:8; M:7

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• Transferência de elétrons entre átomos com baixa


energia de ionização:

• Após a transferência de elétrons do metal para o


ametal ocorre forte atração eletrostática

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Exemplos:

Al2O3

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Fórmula eletrônica ou de Lewis

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LIGAÇÕES COVALENTES

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Ligações covalentes ou moleculares

• Se estabelece pelo compartilhamento de um o


mais pares de elétrons;

• Atração entre os átomos mantém as molécula


unidas;

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Ligação covalente simples

Ligação covalente dupla

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Ligação covalente tripla

Ligação covalente dativa


• Ocorre quando um átomo contribuiu com os dois
elétrons necessários para a realização de uma ligação
covalente dupla estando quimicamente estável.

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Ligação covalente dativa

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Características de compostos
moleculares

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Ligações metálicas

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Polaridade das ligações


Polaridade depende da eletronegatividade:

Ligação Apolar (=0);


Ligação Polar (≠0)

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Polaridade nas moléculas

• Moléculas diatômicas: polaridade da ligação;


• Moléculas formadas por um elemento só são
apolares;
• Moléculas diatômicas formadas por
elementos diferentes são polares;
• Uma molécula pode ser apolar e apresentar
ligações polares.

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Forças de Van der Waals e Pontes de hidrogênio

LIGAÇÕES INTERMOLECULARES

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Ligações que ocorrem entre moléculas


• São as forças de atração de repulsão que
determinam as características das moléculas:

– Forças de Van der Waals;


– Pontes de hidrogênio.

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Forças de Van der Waals


• Forças de fraca intensidade:

– Dipolo-dipolo;
– Dipolo instantâneo-dipolo induzido;

Vetor momento dipolo: direção, sentido e intensidade da


polaridade da ligação;
Este vetor se orienta sempre no sentido do pólo negativo

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Forças de Van der Waals

• Dipolo-dipolo: Ligação que ocorre entre moléculas


polares (ligações iônicas);

• Dipolo instantâneo-dipolo induzido: ocorrem entre


moléculas apolares no estado sólido e líquido

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Pontes de hidrogênio
• Interação dipolo-dipolo, em que o dipolo
formado é de grande intensidade;

• Hidrogênio – flúor, oxigênio e nitrogênio

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