Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Mike Bickle
Mike Bickle é diretor da International House of Prayer – IHOP (Casa de Oração
Internacional), em Kansas City, EUA, uma missão que enfatiza oração com adoração
24/7 (vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana) vinculada a iniciativas
evangelísticas e ações de justiça social.
A seguir, alguns trechos extraídos de uma palestra dada em 2009 sobre um dos sete
compromissos que um forerunner (precursor da Segunda Vinda de Cristo) deve
assumir. (Os outros seis são: orar diariamente, jejuar semanalmente, participar de
ações de justiça social, viver em santidade, ministrar a outros com diligência e
testemunhar com ousadia.)
A série completa de palestras e as transcrições das mesmas (em inglês) pode ser
encontrada no site: www.mikebickle.org.
No início da minha jornada espiritual, como resultado de ler a biografia de Hudson
Taylor, fiz um compromisso com Deus. Resolvi adotar um estilo de vida simples para o
resto da minha vida. “Vou gastar menos para que eu possa doar mais.”
Depois que me casei com Diane, fizemos o mesmo compromisso juntos. “Vamos
começar dando um dízimo dobrado”, propus a ela. “Depois, podemos aumentar
progressivamente, de 20% para 30% e assim por diante, sempre aumentando e nunca
retrocedendo. Jamais diminuiremos a nossa porcentagem. Se tivermos um aperto,
vamos abaixar nosso nível de vida, procurar uma casa menor, mas nunca abaixaremos
o nível de doação para o Reino.”
Não é uma questão de pobreza. Ao longo dos anos, muitas pessoas já me
perguntaram: “Como se sente depois de ter feito um voto de pobreza?”
“Nada disso”, eu respondo. “Não escolhi uma vida de pobreza. Pobreza é uma
maldição. Assumi um compromisso de generosidade, não de pobreza. Escolhi uma vida
de doação. Pego menos para mim mesmo a fim de poder doar mais.”
A maioria das pessoas, à medida que sua renda aumenta, diminui a porcentagem de
suasofertas. A tendência de pegar mais para si mesmo e doar menos para Deus é
muito forte. É algo sutil, porque você pode até ofertar valores maiores, mas a
porcentagem talvez diminua. Sempre queremos melhorar nossa própria vida: mais
conforto, mais espaço, mais prazer.
“Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1 Tm 6.8). Esse texto
tornou-se o lema da nossa vida financeira como casal.
Mudança radical do cristianismo
Alguns anos atrás, quando estive no Cairo, no Egito, recebi uma palavra muito forte do
Senhor. Ele me disse que a compreensão e a expressão do cristianismo no mundo
inteiro seriam radicalmente transformadas dentro de uma geração.
“Vou lhe dar as riquezas nas nações”, ele me disse, “mas você não poderá tomá-las
para si mesmo ou para sua vida pessoal.”
Além disso, ele me deu o texto de 2 Coríntios 8.13,14: “No tempo presente, a
necessidade de outros está sendo suprida pelo que excedeu de vós, para que também
aquilo que deles exceder venha a suprir a vossa necessidade, e assim haja
igualdade” (A21 – Almeida Século 21).
Os discípulos de Jesus nos países desenvolvidos e naqueles que possuem fartura não
deveriam gastar tudo o que têm com eles mesmos. Se não tomássemos esse dinheiro
para nós, se lembrássemos de nossos irmãos que estão pregando o Evangelho e
discipulando as nações, as necessidades deles e de seus filhos seriam amplamente
supridas. Se vivêssemos em simplicidade e dividíssemos o restante para que houvesse
mais igualdade, poderíamos suprir a falta daqueles que estão batalhando nas linhas de
frente do Reino de Deus.
Em Ageu 2.7,8, Deus prometeu abalar todas as nações, juntamente com o ouro e a
prata que elas possuem. Todo o ouro pertence a Deus, mas existe, em cada nação, um
pequeno grupo de indivíduos egoístas que pensa que é deles. Quando o Senhor abalar
as nações, o ouro e a prata serão transferidos para pessoas que executem a vontade
dele na Terra. Elas edificarão a casa de Deus, não as casas particulares. Ficarão
contentes com um estilo de vida simples e com o sustento necessário para se
alimentarem e se vestirem. Não estou falando sobre um espírito de pobreza, nem de
mendigo, mas de fé para receber prosperidade sobrenatural, abraçando um espírito de
generosidade e uma visão para levar o Evangelho às nações.
“Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o
rosto; para que se conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua
salvação”, orou o salmista (Sl 67.1,2).
Não é: “Senhor, abençoa-me para que meu nível de conforto seja maior”, mas:
“Abençoa-nos para que teu nome seja conhecido em toda a Terra”. Não queremos
mais possessões; queremos mais obreiros na intercessão, na adoração, pregando e
ensinando a Palavra e fazendo obras de justiça social. Queremos mais pessoas
trabalhando na colheita.
Disponha seu coração diante do Senhor. Deus está trazendo uma mudança de
paradigma: quando aparece a possibilidade de ganhar mais dinheiro ou quando recebe
um aumento de salário, você não vê viagens de férias, um novo aparelho eletrônico ou
um carro novo; você visualiza vidas transformadas, intercessores liberados em tempo
integral, o Reino expandindo e obras de justiça sendo praticadas.
Pão ou semente?
“Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e
aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-
vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam
tributadas graças a Deus” (2 Co 9.10,11).
Paulo mencionou aqui duas categorias de dinheiro: semente para o semeador
e pão para alimento. Toda a renda que temos, seja proveniente de salários, seja de
rendimentos de negócios ou ofertas, ou é semente ou é pão. É uma coisa ou outra. O
pão representa sua necessidade pessoal, aquilo que você e sua família usam para
viver. A semente é o que você doa, semeando para ser multiplicado. Aquilo que você
come ou consome em necessidades pessoais não será multiplicado. Cada vez que você
recebe um valor ou um aumento de salário, você deve perguntar a Deus: quanto deve
ser usado como semente, e quanto como pão?
Muitas pessoas usam toda a sua receita em pão. Por isso, nunca veem multiplicação. O
que é guardado no bolso, no banco ou em alguma forma de investimento pessoal não
será multiplicado no Reino. A semente precisa ser semeada, não guardada.
Não é errado guardar ou investir dinheiro. Você precisa conversar com Deus e ver
quanto deve ser considerado pão para consumo pessoal e quanto deve ser semeado
no Reino. É uma história pessoal, entre você e Deus.
Semear no Reino leva você para uma jornada emocionante, cheia de alegrias e,
também, de suspense. Haverá momentos de aperto e de ansiedade, mas no final Deus
sempre aparecerá na hora certa!
“E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com
fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto
no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com
alegria” (2 Co 9.6,7).
Você pode perguntar a Deus quanto deve ser semeado, mas uma parte dessa resposta
depende de você mesmo. Nós temos liberdade para usar nossa renda como pão ou
como semente. Que tipo de colheita queremos? Se semearmos muito, colheremos
muito. Se usarmos a semente para nosso alimento ou se a guardarmos para nos
sentirmos mais seguros, a colheita será pequena.
“Daí, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente
vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também” (Lc
6.38).
Dar com extravagância não tem a ver com a quantidade; é a porcentagem daquilo que
temos. Jesus enfatizou essa verdade quando falou da oferta da viúva pobre. As duas
moedas dela valiam mais do que as altas quantias depositadas pelos ricos. O que eles
estavam dando não afetava em nada seu estilo de vida. Não lhes fazia falta alguma.
Doaram de sua abundância, enquanto a viúva deu daquilo que precisava para se
sustentar.
Queremos dar de tal forma que mexa com as cordas e as emoções do nosso coração.
Quando doamos, precisamos sentir que nos custou, que foi uma decisão profunda, que
só pôde ser tomada lá no íntimo do coração. Isso tem a ver com nossa paixão por
Jesus e sua causa. Quando doamos, nos desapegamos do amor próprio. Nosso interior
é transformado, e o coração é liberado para amar a Jesus.
É ele que nos convida: “Quero levá-lo numa jornada fantástica, e você está se
excluindo dela por guardar a semente no seu bolso. Doe aquela semente, entre no
carro e participe dessa viagem emocionante e cheia de aventura comigo; no meio do
inesperado e imprevisível, você experimentará encontros dinâmicos de poder e
intimidade como nunca imaginou!”
Levantando Cedo
MARTINHO LUTERO
Nos cultos domésticos, a família (Lutero, a esposa e os filhos) rodeava um harmônio
com o qual louvavam a Deus juntos. O reformador lia o Livro que traduzira para o
povo, e, depois, todos louvavam a Deus e oravam até sentir a presença divina entre
eles.
Ao meditar sobre as Escrituras, muitas vezes esquecia-se das refeições. Quando estava
escrevendo o comentário sobre o Salmo 23, passou três dias no quarto comendo
somente pão e sal. A esposa precisou chamar um serralheiro, e quebrar a fechadura, e
acharam-no escrevendo, mergulhado em pensamentos e esquecido de tudo o que o
rodeava.
Lutero também tinha o costume de orar durante horas a fio. Dizia que, se não
passasse duas horas orando de manhã, receava que Satanás ganhasse a vitória sobre
ele durante o dia. Certo biógrafo escreveu a seu respeito: “O tempo que ele passa em
oração produz o tempo para tudo o que faz. O tempo que passa com a Palavra
vivificante enche-lhe o coração até transbordar em sermões, correspondência e
ensinamentos”.
De todos os livros que escreveu, o favorito de Lutero era o Catecismo menor, de 1529,
que, com perguntas e respostas simples, explicava os Dez Mandamentos, o Credo dos
Apóstolos e a Oração do Senhor, além de alguns princípios para a vida cristã à luz do
seu entendimento do evangelho. No prefácio ao Catecismo maior, ele escreveu:
Faço como criança a quem se ensina o Catecismo: de manhã, e quando quer que
tenha tempo, leio e profiro, palavra por palavra, o Pai-Nosso, os Dez
Mandamentos, o Credo,alguns salmos etc. Tenho de continuar diariamente a ler e
estudar, e, ainda assim, não me saio como quisera, e devo permanecer criança e aluno
do Catecismo. Também me fico prazerosamente assim. [...] Existe multiforme proveito
e fruto em ler e exercitá-lo todos os dias em pensamento e recitação. E o Espírito
Santo está presente com esse ler, recitar e meditar, e concede luz e devoção sempre
nova e mais abundante, de tal forma que a coisa de dia em dia melhora em saber e
é recebida com apreço cada vez maior.
Fonte: Heróis da Fé, Orlando Boyer, CPAD; Gigantes da Fé, Franklin Ferreira, Editora
Vida.
JONATHAN EDWARDS
Em seu momento devocional diário, Edwards ia para um bosque a cavalo e caminhava
sozinho, meditando. Anotava suas idéias em pedaços de papel e, para não perdê-los,
pendurava-os no casaco. Ao voltar para casa, o casaco parecia mais um tabuleiro de
xadrez, e Sarah, a esposa dele, ajudava-o a tirar as anotações.
Durante toda a vida, Edwards anotou extensamente em cadernos, papéis soltos e
folhas inseridas em livros. Em uma de suas bíblias, costurou uma folha em branco
entre todas as páginas, a fim de poder registrar notas e comentários sobre a leitura
bíblica.
Alguém deu o seguinte testemunho a respeito dele: “Sua constante e solene
comunhão com Deus, em secreto, fazia com que o rosto brilhasse, e sua aparência,
seu semblante e comportamento eram acompanhados de seriedade, gravidade e
solenidade”.
Fontes: Christian History (revista do grupo Christianity Today) e Heróis da Fé, Orlando
Boyer, CPAD.
C. S. LEWIS
Lewis era muito modesto com relação à vida devocional. Ele gostava de dizer: “Não
sou como os místicos, aqueles que sobem a montanha para orar. Sou alguém que está
no sopé da montanha. Eu não estou muito alto nem lá embaixo. Vivo no meio da
montanha, como um cristão normal”.
Lewis achava que a submissão à vontade de Deus era mais importante do que fazer
grandes façanhas na oração. Ele aconselhava: “Não seja dramático em sua vida de
oração”. Ele meditava e orava ao redor do parque depois de dar aulas na universidade.
Também delineou a força de atração do que chamava de “doce desejo e alegria”, a
saber, o sabor da presença de Deus na vida diária, que atinge o coração como se fosse
um golpe, quando a pessoa experimenta e desfruta das coisas, revelando-se, em
última análise, com um anelo não-satisfeito por quaisquer realidades ou
relacionamentos criados, mas amenizado somente na entrega de si mesmo, no amor
do Criador, em Cristo.
Conforme Lewis sabia, diferentes estímulos disparam esse desejo em diferentes
pessoas. Quanto a si mesmo, ele falava sobre “o cheiro de uma fogueira, o sonido de
patos selvagens que passam voando baixo, o ruído das ondas na praia”. Ao lado de
diversos escritores do passado, que tinham um discernimento muito mais profundo
sobre essas questões do que as pessoas de hoje, Lewis via o amor a Deus elevando-
nos até ele, enquanto o contemplamos e o desejamos, em lugar de arrastar Deus para
baixo, ao nosso nível, como muitos tendem a fazer hoje em dia.
Fonte: Gigantes da Fé, Franklin Ferreira, Editora Vida
RICHARD FOSTER
“A carência de densidade espiritual verdadeira conduziu-me, quase instintivamente,
aos mestres devocionais da fé cristã – Agostinho de Hipona, Francisco de Assis, Juliana
de Norwich e muitos outros. Por algum motivo, eu tinha a sensação de que esses
antigos autores viviam e respiravam a substância espiritual que os novos amigos de
nossa pequena comunidade buscavam tão desesperadamente.
“Obviamente, eu já tivera contato com as obras desses autores no ambiente
acadêmico, mas havia sido uma leitura distanciada, cerebral. Lia-os agora com olhos
diferentes, pois lidava no dia-a-dia com necessidades humanas dolorosas que
dilaceram a alma e rasgam as entranhas. Esses “santos”, como às vezes os chamamos,
conheciam Deus de um jeito que eu evidentemente não conhecia. Cristo fazia parte da
experiência deles como uma realidade capaz de definir os rumos da própria vida.
Possuíam uma visão ardorosa de Deus que os cegava para todos os
comprometimentos concorrentes. Eles experimentavam a vida edificada sobre a Rocha.
“Não importava o que eu estivesse lendo na época – A Prática da Presença de Deus,
do Irmão Lourenço; Castelo Interior, de Teresa de Ávila, Journal (Diário), de John
Woolman,The Knowledge of the Holy (O Conhecimento do Santo), de A. W. Tozer: eles
conheciam Deus de maneiras que excediam em muito qualquer coisa que eu houvesse
experimentado – ou desejasse experimentar. Contudo, à medida que me deixava
embeber com as histórias desses homens e mulheres em cuja vida ardia o fogo do
amor divino, comecei a desejar esse tipo de vida para mim. E esse desejo levou à
busca, que levou à descoberta. E o que encontrei me apaziguou, levou-me a regiões
mais profundas e solidificou minha fé…”
“A maneira pela qual Bill (pastor luterano) me ensinou a respeito de oração foi orando
– oração vivida: honesta, sincera, que sonda a alma de intenso contentamento.
Fazíamos isso e, com o tempo, começamos a experimentar o “doce abandonar-se na
Divindade”, para usar as palavras de Madame Guyon. Para ser honesto, havia nisso
bastante da sensação e do aroma que emanavam das experiências dos mestres
devocionais que eu estava lendo.”
Fonte: Celebração da Disciplina, Richard Foster, Editora Vida.
GEORGE MULLER
“Já faz pelo menos dez anos que eu tenho um hábito: todos os dias, assim que me
visto de manhã, passo algum tempo em oração. No entanto, percebi que o mais
importante é voltar-me para a leitura da Palavra de Deus, acompanhada de
meditação, para que meu coração seja consolado, encorajado, advertido, reprovado,
instruído.
“A primeira coisa que faço, depois de pedir, em poucas palavras, a bênção de Deus, é
começar a meditar na Palavra de Deus, procurando-a em cada versículo. Meu objetivo
não é extrair dela a bênção, nem beneficiar o ministério público da Palavra, nem
pregar sobre o que meditei, mas buscar alimento para minha própria alma.
“Descobri que o resultado, quase sempre, é que, após alguns minutos, minha alma é
levada à confissão, ao agradecimento, à intercessão ou à súplica, de modo que,
embora não esteja orando, no sentido estrito do termo, e, sim, meditando, acabo,
quase de imediato, voltando-me à oração.
“Quando, dessa maneira, permaneço por algum tempo em confissão, intercessão,
súplica ou agradecimento, prossigo lendo o versículo. Transformo tudo, enquanto
avanço, em orações por mim ou pelos outros, conforme a Palavra me guia, mas
continuando a manter diante de mim o objetivo de que minha meditação é obter
alimento para minha própria alma. O resultado é que meu homem interior é, quase
sempre, adequadamente alimentado e fortalecido.”
Primavera de 1841, Bristol, Inglaterra
Fonte: Meditações para a Vida, Ken Gire, Textus.
HUDSON TAYLOR
O grande missionário Hudson Taylor tinha o costume de passar uma hora com Deus
antes de clarear o dia. Fosse qual fosse o lugar, ou as circunstâncias em que se
encontrasse, mesmo em plena pobreza na longínqua China, aproveitava essa hora
para ler a Bíblia. Ao chegar aos 71 anos de idade, podia dizer que, nos últimos 40
anos, havia lido a Bíblia 40 vezes. Na ocasião, confessou: “A coisa mais difícil na vida
de um missionário é perseverar em estudar a Bíblia com regularidade e oração.
Satanás sempre apresenta outra coisa a fazer justamente quando devemos fazer
aquilo”.
Fonte: Toda a Família, Orlando Boyer, CPAD.
Jamais tome sobre si mesmo nenhuma responsabilidade da igreja sem temperá-la com
oração. Lembre-se do conselho de John Bunyan: “Você pode fazer mais do que orar
depois de ter orado, mas você não pode fazer nada mais do que orar até ter orado”.
Empregue o melhor da sua energia e vida, como Paulo, pregando Jesus Cristo (1 Co
2.2). Pregue com frequência. E quando o fizer, pregue de forma bíblica, doutrinária,
experimental e prática. Pregue com paixão, apresentando a Palavra da vida “como um
moribundo falando com outros moribundos”.
Seja um modelo da verdade bíblica para com sua esposa, sua família, para com os que
trabalham com você na igreja, sua congregação, e para com seus vizinhos. Decida-se,
como Thomas Boston, a espalhar o perfume de Cristo onde quer que você vá. Como
Robert Murray M’Cheyne, ore que o Espírito Santo possa torná-lo tão santo na terra
quanto é possível que um pecador perdoado seja santo. Ore para que sua vida seja
uma “carta viva”, seus sermões sejam escritos em sua vida prática.
Não dê aulas a todas as classes na sua igreja. Não seja o responsável pelo boletim
dominical. Não tente regular e supervisionar todas as atividades dos seus colegas de
trabalho. Delegue tudo o que for possível, de forma que você possa concentrar-se na
oração, na pregação, no ensino, e no cuidado espiritual do rebanho.
Treine o seu povo para as funções de liderança nos diversos ministérios da igreja.
Gaste tempo extra com os jovens que podem servir como futuros presbíteros e
diáconos, ou como líderes de diferentes atividades. Pela graça do Espírito,
“desenvolva” futuros líderes. À medida que você os treina, dê-lhes liberdade para usar
os dons e oriente a visão deles tanto quanto possível. Todo o tempo empregado nisso
será muito bem gasto.
Preste atenção à sua saúde. Viva em intimidade com Deus, alimente-se de Cristo, beba
intensamente do Espírito. Tire tempo para descansar, para deixar de lado todos os
fardos, e para abrir-se à luz da Palavra e à direção do Espírito Santo. Lembre-se de
que você é um mero receptáculo ou vaso, e não a fonte das águas vivas. Você não
consegue dar aos outros aquilo que não apanhou primeiro para si mesmo.