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Universidade Federal do Ceará

Resistência dos Materiais I

Propriedades dos Materiais – CAP 3

Profa. Tereza Denyse de Araújo

Março/2010
Roteiro de aula

 Ensaio de Cisalhamento
 Ensaio de Torção
 Falhas de Materiais
 Creep (Fluência)
 Fadiga

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Ensaio de Cisalhamento

Ensaio de cisalhamento => produtos acabados


Ex. pinos, rebites, parafusos, cordões de solda, barras e chapas

Cisalhamento puro – material homogêneo isotrópico


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Ensaio de Cisalhamento

Máquina
de tração

Ensaio
de barras
Pinos, rebites,
parafusos -
Dispositivo de
ensaio tipo gaveta
Ensaio
de
chapas
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Ensaio de Torção

Ensaio de torção => produtos acabados

Ex. virabrequim de automóvel, dos eixos de máquinas, polias,


molas helicoidais e brocas

corpos de prova – material de seção circular cheia (barras) ou


vazada (tubos)

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Ensaio de Torção

Máquina de torção de alta


Ensaio de torção manual velocidade

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Diagrama Tensão - Deformação

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Falhas de materiais

 Modos de falha:
 Deslocamentos excessivos
 Recalque
 Flambagem de colunas
 Escoamento
 À temperatura ambiente
 Altas temperaturas (creep)
 Fratura
 Por descontinuidade geométrica (trincas)
 Fratura progressivo (fadiga)
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Creep (Fluência)

 É a deformação plástica que ocorre num


material, sob tensão constante ou quase
constante, em função do tempo
 A temperatura tem um papel importantíssimo
nesse fenômeno
 Ocorre devido à movimentação de falhas
 Limita o tempo de vida de um determinado
componente ou estrutura

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Creep (Fluência)

 Exemplo: A fluência é a capacidade que um


metal tem de alterar o seu tamanho e a sua
resistência mecânica ao longo do tempo
quando apenas sujeito à uma força
constante e uma temperatura de 40% da sua
temperatura de fusão (TF).
 É importante para se projetar peças que
resistam à uma alta força, como turbinas,
pontes metálicas e gruas
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Ensaio de Fluência

 Objetivo: determinar a vida útil do material nas


condições de carga constante, durante um
período de tempo e sob temperaturas elevadas
 Utiliza-se de técnicas de extrapolação dos
resultados, devido ao longo tempo de ensaio
 Ocorre em todos os materiais, e no caso de
metais, é afetada por valores de T > 0,4 TF
 Corpos de Prova: similares aos do ensaio de
tração
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Ensaio de Fluência
 Carga de tração constante
 Forno elétrico a temperatura
constante e controlável
 Extensômetro para medir
deformação em função do
tempo
 Tempo de aplicação de
carga é estabelecido em
função da vida útil esperada
do componente
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Ensaio de Fluência

Hastes de extensão

Pirômetros e
termopares

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Ensaio de Fluência

 Ensaio em 3 categorias:
 Ensaio de fluência propriamente dito
 Ensaio de ruptura por fluência
 Ensaio de relaxação

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Ensaio de Fluência

 Ensaio de fluência propriamente dito


 Consiste em aplicar uma determinada carga em um
corpo de prova, a uma dada temperatura, e avaliar a
deformação que ocorre durante a realização do
ensaio
 A duração do ensaio é muito variável:
 Em geral, o tempo é superior a 1.000 horas
 O normal é o tempo de ensaio ter a mesma duração
esperada para a vida útil do produto
 Extrapolação: o ensaio é realizado durante um tempo
mais curto
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Curva de Fluência –  x t

 Região de encruamento:
onde a velocidade de
fluência é rápida e ocorre
nas primeiras horas.
Velocidade de deformação
(d/dt) é decrescente –
aumento da resistência ao
encruamento

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Curva de Fluência –  x t

 Região de taxa de
deformação constante: A
taxa de fluência (d/dt) é
constante (linear). Estágio
de duração mais longa.
Equilíbrio entre os
processos de encruamento
e recuperação

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Curva de Fluência –  x t

 Região de ruptura:
Aceleração da taxa de
fluência, estricção seguido
de ruptura.

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Ensaio de Fluência

 Ensaio de ruptura por fluência


 É semelhante ao anterior, só que neste caso os
corpos de prova são sempre levados até a ruptura
 Os resultados obtidos no ensaio são:
 Tempo para a ruptura do corpo de prova,
 Medida da deformação, e
 Medida da estricção, em certos casos.
 Tempo de duração:  1000 h

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Curva de Fluência –  x t

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Ensaio de Fluência

 Ensaio de relaxação
 Fornece informações sobre a redução da tensão
aplicada ao corpo de prova quando a deformação em
função do tempo é constante a determinada
temperatura
 A duração do ensaio é muito variável:
 1000 a 2000 horas
 Os resultados não têm relação direta com aplicações
práticas e são extrapolados empiricamente para situações
reais

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Ensaio de Fluência

 A resistência à fluência é definida como a


tensão a uma determinada temperatura que
produz uma taxa mínima de fluência (d/dt) de
por exemplo 0,0001 por cento/hora ou 0,001 por
cento/hora.

 A resistência à ruptura refere-se à tensão a uma


determinada temperatura que produz uma vida
até a ruptura de 100, 1000 ou 10000 horas.
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Ensaio de Fluência

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Fratura

 Consiste na separação do material em duas


ou mais partes devido à aplicação de uma
carga estática à temperaturas relativamente
baixas em relação ao ponto de fusão do
material

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Fratura

 Processo de fratura
 Formação da trinca
 Propagação da trinca

 Tipos:
 Fratura dúctil
 Fratura frágil

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Fratura

 Fratura dúctil
 O material se deforma substancialmente antes
de fraturar.
 O processo se desenvolve de forma
relativamente lenta à medida que a trinca
propaga.
 Este tipo de trinca é denomidado estável porque
para ela se propagar deve haver um aumento da
tensão aplicada no material.

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Fratura dúctil

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Fratura

 Fratura frágil

 O material se deforma pouco, antes de fraturar.


 O processo de propagação de trinca pode ser
muito veloz, gerando situações catastróficas.
 A partir de um certo ponto, a trinca é dita
instável porque se propagará mesmo sem
aumento da tensão aplicada sobre o material.

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Fratura frágil

A transição dúctil-frágil não é bem definida


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Fadiga

 Ocorre quando peças ou componentes estão


submetidos a esforços dinâmicos ou cíclicos

 Caracterizada pela formação e propagação lenta


de trincas microscópicas

 Nessas situações o material rompe com tensões


muito inferiores à correspondente à resistência
à tração (determinada para cargas estáticas)
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Fadiga
 É comum ocorrer em estruturas como pontes, aviões,
componentes de máquinas

 A falha por fadiga é geralmente de natureza frágil mesmo em


materiais dúcteis (com pouca deformação plástica)

 Ocorre subitamente e sem aviso prévio

 Responsável por 90% das Falhas em componentes e peças.

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Cargas de fadiga

 Carregamento alternado

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Cargas de fadiga

 Carregamento repetido

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Cargas de fadiga

 Carregamento flutuante

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Cargas de fadiga

 Esforços que podem levar à fadiga:


 Tração
 Tração e compressão
 Torção
 Flexão

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Ensaio de Fadiga

 Aplicação de carga cíclica em um CP;


 Extremamente empregado na indústria
automobilística e aeronáutica
 O ensaio mais empregado é o de flexão rotativa
 Fornece dados quantitativos sobre resistência a
formação de trincas

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Ensaio de Fadiga

Durante o ensaio registra-se Carga (P) em função


de número de ciclos (N)
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Curva de Fadiga –  x N

Limite de resistência à fadiga


(σRf ) = patamar horizontal

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Curva de Fadiga –  x N

Resistência à fadiga (σf ) = tensão


na qual rompe para um no de ciclos

Vida à fadiga (Nf) = no de ciclos


que causará ruptura para uma tensão

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Curva de Fadiga –  x N

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