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1 Larondelle Asprofeciasdotempodofim 111108060724 Phpapp01 PDF
1 Larondelle Asprofeciasdotempodofim 111108060724 Phpapp01 PDF
Hans K. LaRondelle
Dr. em Teologia
Professor emérito de Teologia
[Contracapa]
Prólogo . ...........................................................................................7
Introdução geral.................................................................................9
Chave de abreviaturas ....................................................................11
Agradecimentos..............................................................................14
8. Introdução ao Apocalipse..........................................................109
9. O propósito do Apocalipse........................................................114
10. Chaves interpretativas dentro do Apocalipse............................120
11. A composição literária do Apocalipse.......................................129
FONTES BIBLIOGRÁFICAS DO CAPÍTULO 11................................140
12. A visão do trono do Criador: Apoc. 4.......................................141
13. A entronização do Cordeiro de Deus: Apoc. 5..........................147
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA APOCALIPSE 4 E 5......................153
14. Compreendendo os sete selos: Apoc. 6.....................................153
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA APOCALIPSE 6..........................182
15. Segurança de libertação no tempo do fim: Apoc. 7..................184
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA APOCALIPSE 7..........................202
16. Compreendendo as trombetas em seus contextos:
Apoc. 8 e 9................................................................................204
17. Uma aplicação histórica das trombetas.....................................225
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA ENTENDER AS
TROMBETAS EM SEUS CONTEXTOS............................................245
18. O refletor profético sobre o povo de Deus do
tempo do fim: Apoc. 10............................................................247
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA APOCALIPSE 10........................264
19. A missão profética das testemunhas de Deus:
Apoc. 11....................................................................................266
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA APOCALIPSE 11…......................296
20. Compreendendo os "1.260 dias" em Apocalipse 11-13 ...........299
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA ENTENDER OS "1.260 DIAS"......326
21. A mensagem do tempo do fim na perspectiva histórica:
Apoc. 12-14...............................................................................331
22. O conflito final de lealdade do tempo do fim: Apoc. 13...........366
23. Identificando o anticristo...........................................................393
24. Os últimos companheiros do Cordeiro: Apoc. 14:1-5...............403
As Profecias do Tempo do Fim 6
25. A mensagem do primeiro anjo: Apoc. 14:6, 7..........................412
26. A mensagem do segundo anjo: Apoc. 14:8...............................429
27. A mensagem do terceiro anjo: Apoc. 14:9-12...........................437
28. A dupla ceifa da terra: Apoc. 14:14-20.....................................450
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA APOCALIPSE 12-14....................458
29. O significado das sete últimas pragas: Apoc. 15 e 16...............467
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA APOCALIPSE 15 E 16.................489
30. A sétima praga: A retribuição de Babilônia: Apoc. 17.............492
31. O significado do veredicto de Deus sobre Babilônia:
Apoc. 18 ...................................................................................520
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA APOCALIPSE 17 E 18.................540
32. Compreendendo o milênio: Apoc. 19 e 20................................544
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA ENTENDER O MILÊNIO.............576
33. O significado da Nova Jerusalém: Apoc. 21 e 22 ....................581
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA APOCALIPSE 21 E 22.................603
Epílogo…………………………………………….…………..….606
APÊNDICES
Bíblias (versões)
BC Bover-Cantera
BJ Bíblia de Jerusalém
CI Cantera-Iglesias
BLH Bíblia na Linguagem de Hoje
JS Juan Straubinger
LXX Septuaginta, ou Versão dos Setenta
NASB New American Standard Bible
NBE Nova Bíblia espanhola
NC Nácar-Colunga
NEB New English Bible [Nova Bíblia inglesa]
NVI Nova Versão Internacional
NKJV New King James Version
RA Revista e Atualizada
TA Torres-Amat
Espírito de Profecia
AA Atos dos apóstolos
CE Colportor evangelista, O
DTN Desejado de Todas as Nações, O
Ed Educação
Ev Evangelismo
FE Fundamentos da Educação Cristã
GC Grande Conflito, O
MS Mensagens Escolhidas
PE Primeiros Escritos
PP Patriarcas e Profetas
PR Profetas e Reis
TS Testemunhos Seletos, vol. 1, 2, 3
As Profecias do Tempo do Fim 12
Revistas teológicas
Miscelânea
a.C. antes de Cristo
ANF The Ante-Nicene Fathers [Os Pais antenicenos]
cap. Capítulo
caps. Capítulos
CBA Comentário bíblico adventista (espanhol)
cf. Compare-se com
d.C. depois de Cristo
ed. Editor / editado por / edição de
eds. Editores
gr. grego
lit. Literalmente
p. Página
pp. Páginas
p.ex. Por exemplo
As Profecias do Tempo do Fim 13
QM Regra de guerra (Qumrán)
trad. Tradutor/ Traduzido por
vol. Volume
v. Versículo
vs. Versículos
As Profecias do Tempo do Fim 14
AGRADECIMENTOS
Referências
Profecia Clássica
Profecia Apocalíptica
Resumo
A nova idéia que Jesus apresentou foi que tanto no presente como
no futuro reino de Deus ele intervém como Filho do Homem, e em
conexão com isto aplicou a terminologia apocalíptica de "as duas eras" à
As Profecias do Tempo do Fim 44
sua nova estrutura escatológica. Enquanto que os apocalipticistas
conceberam um dualismo claro de duas eras ou períodos nos quais a
futura era isenta de pecado substituiria por completo a esta era
pecaminosa, Cristo ensinou que com seu ministério tinha começado a era
messiânica e a salvação. Ao mesmo tempo reconheceu que "a era
vindoura" começaria só com a ressurreição dos mortos (Luc. 20:34-36).
A identificação por parte do Jesus da era messiânica com "esta era"
(Mar. 10:29, 30) destruiu a idéia básica da doutrina das duas eras dos
apocalipticistas. A ênfase de Cristo em sua mensagem foi chamar o
arrependimento (metanoia) e aceitá-lo como Senhor e Messias (Mat.
4:17; 19:21), condição básica para entrar no reino de Deus no momento
presente. Desta forma, a paz e o gozo messiânicos serão experimentados
já agora na alma (João 15:11; 16:33). Esta tensão entre a escatologia
inaugurada e a escatologia apocalíptica, entre o reino da graça e o reino
da glória, entre o "já" e o "ainda não", é característica da mensagem do
evangelho do Novo Testamento em sua totalidade.
O evangelho não é simplesmente as boas novas a respeito da obra
de Cristo no passado ou no futuro. Os poderes da era vindoura já
invadiram esta era em forma dramática desde o Pentecostes, e agora os
verdadeiros crentes "provam" dos poderes do século vindouro mediante
Cristo (Heb. 6:5). Esta verdade do evangelho dissipa o desespero do
apocalipticismo judeu. Os apóstolos afirmaram que a história da
salvação entrou agora na era messiânica, ou os "últimos dias", no qual o
poder libertador do Espírito de Deus está totalmente à disposição de
todos os que se encontram em Cristo Jesus (Heb. 1:1, 2; At. 2:17-39).
As Profecias do Tempo do Fim 45
A INTERPRETAÇÃO QUE OS APÓSTOLOS FIZERAM DO
CUMPRIMENTO DA PROFECIA
Referências
*
Nota do Tradutor: Midrash é uma mera transliteração do substantivo hebraico midräs, que é um
termo cunhado na última época bíblica e que no período rabínico toma o sentido preciso de
"interpretação e exposição" do texto bíblico. (Ver Aranda, Literatura judía intertestamentaria, pp.
470, 477.)
As Profecias do Tempo do Fim 55
Daniel Jesus
"Quando se cumprirão estas "Dize-nos quando sucederão estas
maravilhas?" (Dan. 12:6) O anjo coisas, e que sinal haverá quando todas
respondeu que quando acabe a dispersão elas estiverem para cumprir-se?" [méle
do poder do povo santo, "estas coisas táuta sunteleísthai pánta] (Mar. 13:4).
todas se cumprirão" [na LXX:
suntelesthénai pánta táuta] (Dan. 12:7).
"O que há de ser nos últimos dias" [na "É necessário assim acontecer" [dei
LXX: ti dei genésthai metá táuta: O que genésthai] (Mar. 13:7).
deve suceder no futuro] (Dan. 2:28).
"Mas o povo dos que conhecem o seu "Sereis odiados de todos por causa do
Deus se tornará forte e ativo … Alguns meu nome; aquele, porém, que
dos sábios cairão ... até ao tempo do fim, perseverar até ao fim, esse será salvo"
porque se dará ainda no tempo (Mar. 13:13; Mat. 24:13).
determinado. ... mas, naquele tempo,
será salvo o teu povo" (Dan. 11:32, 35;
12:1).
"Até quando durará a visão do sacrifício "Quando virdes a abominação da
diário e da transgressão assoladora, visão desolação instalada onde não deve estar"
na qual é entregue o santuário e o (Mar. 13:14, BJ).
exército, a fim de serem pisados?" (Dan.
8:13).
"Sobre a asa das abominações virá o "Quando , portanto, virdes a abominação
assolador" (Dan. 9:27). da desolação … instalada no lugar
santo" (Mat. 24:15, BJ).
"tirarão o sacrifício diário, estabelecendo
a abominação desoladora" (Dan. 11:31;
cf. 12:11).
"E haverá tempo de angústia, qual nunca "Porque aqueles dias serão de tamanha
houve, desde que houve nação até àquele tribulação como nunca houve desde o
tempo" (Dan. 12:1). princípio do mundo" (Mar. 13:19; Mat.
24:21).
"E eis que vinha com as nuvens do céu "Então, verão o Filho do Homem vir nas
um como o Filho do Homem …Foi-lhe nuvens, com grande poder e glória"
dado domínio, e glória, e o reino" (Dan. (Mar. 13:26; cf. Mat. 24:30).
7:13,14).
As Profecias do Tempo do Fim 56
Dos paralelos citados, chega a ser evidente que Jesus seguiu a
seqüência dos eventos futuros de Daniel em seu próprio discurso. Cristo
aplicou o esboço de Daniel ao futuro imediato de Israel e de seus
discípulos. Portanto, cada uma das declarações de Cristo deve entender-
se contra o transfundo da profecia de Daniel da história da salvação.
Daniel apresentou o drama de um conflito religioso que se concentra em
um que invade a terra santa, profana o templo de Israel estabelecendo
sua própria "abominação" ou objeto de adoração falsa, em lugar da
verdade de Deus, e persegue os santos, cuja "angústia" durará por "três
tempos e meio". A reação de Deus chega na forma de "um semelhante a
um filho de homem", a quem é ordenado no céu que execute o juízo de
Deus sobre esse intruso maligno. Restaura a verdadeira adoração no
templo de Deus e vindica os adoradores tratados injustamente.
O tema de Daniel é descrito em 2 visões que formam um
paralelismo progressivo e complementar (caps. 7 e 8). Os capítulos finais
de Daniel (9 e 10-12) consistem em notas explicativas do anjo quanto às
duas visões. Entretanto, o tema principal do livro de Daniel é a
segurança da restauração da verdade do santuário de Deus e a libertação
de seu povo fiel do pacto por meio do Filho do Homem, que vem nas
nuvens do céu. Ele executa o juízo sobre o "chifre pequeno", o desolador
que está na terra.
Juízo do mundo
Juízo
de Jerusalém
________________________________________________________
A PERSPECTIVA DE JESUS 70 d.C. SEGUNDA VINDA
As Profecias do Tempo do Fim 63
A predição de Jesus não oferece nenhuma classe de adivinhação de
acontecimentos futuros, mas sim, ao contrário, convoca a todas as
pessoas a preparar-se para encontrar-se com Deus. Assim como os
profetas da antiguidade, Jesus projetou como iminente o juízo sobre
Jerusalém ("não passará esta geração", Mar. 13:30; ver mais adiante o
cap. X desta obra), uma vez que colocou o juízo do mundo no distante
tempo do fim ("daquele dia e hora ninguém sabe", Mar. 13:32).
Jesus recalcou que a razão para a catástrofe iminente de Jerusalém
foi seu rechaço da visitação de Deus por meio do Messias: "E te
derribarão ... porquanto não conheceste o tempo de tua visitação" (Luc.
19:44). Israel tinha rechaçado a seu verdadeiro Rei na pessoa de Cristo.
Como resultado, Deus retirou sua presença, o que deixou só a justiça
retributiva de Deus. Segundo o mesmo princípio, Jesus ordenou que "o
evangelho seja pregado antes a todas as nações" (Mar. 13:10). Só então
virá o juízo do mundo. Por essa razão, Cristo enviou a sua igreja com
uma missão mundial:
"E será pregado este evangelho do reino em todo mundo, para
testemunho a todas as nações; e então virá o fim" (Mat. 24:14; cf. 28:18-20).
Jesus também adotou o termo apocalíptico "o fim" do livro do
Daniel. Em Daniel 9:26 e 27, "o fim" emprega-se como um sinônimo
para uma "destruição" decretada divinamente sobre o horrível desolador.
Isto faz pensar que o mundo será destruído pela mesma razão pela que
foi devastada Jerusalém. Assim como Jerusalém foi destruída por
rechaçar o Messias, assim o mundo será destruído por seu rechaço de
Cristo como Salvador. Dessa maneira Cristo revelou a unidade da obra
de Deus.
O Anticristo Abominável
2. Contra Egito:
"E quando te tiver extinto cobrirei os céus, e farei escurecer suas
estrelas; o sol cobrirei com nublado, e a lua não fará resplandecer sua luz.
Farei escurecer todos os astros brilhantes do céu por ti, e porei trevas sobre
sua terra, diz Jeová o SENHOR" (Ezeq. 32:7, 8).
3. Contra Jerusalém:
"Diante dele [o exército de lagostas] tremerá a terra, estremecer-se-ão
os céus; e o sol e a lua se obscurecerão, e as estrelas retrairão seu
resplendor. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que
venha o grande e espantoso dia de JEOVÁ... Porque está perto o dia de
JEOVÁ no vale da decisão. O sol e a lua se obscurecerão, e as estrelas
retrairão seu resplendor" (Joel 2:10, 31; 3:14, 15).
4. Contra Judá:
"Porque assim diz JEOVÁ dos exércitos: Daqui a pouco eu farei tremer
os céus e a terra, o mar e a terra seca; e farei tremer todas as nações, e virá
As Profecias do Tempo do Fim 75
o Desejado de todas as nações; e encherá de glória esta casa, disse JEOVÁ
dos exércitos... Fala com Zorobabel governador de Judá, dizendo: Eu farei
tremer os céus e a terra; e transtornarei o trono dos reinos, e destruirei a
força dos reinos das nações; transtornarei os carros e os que neles sobem, e
virão abaixo os cavalos e seus cavaleiros, cada qual pela espada de seu
irmão" (Ag. 2:6, 7, 21, 22).
7. Contra Edom:
"E todo o exército dos céus se dissolverá, e se enrolarão os céus como
um livro; e cairá todo seu exército, como cai a folha da parra, e como cai a
da figueira" (Isa. 34:4).
Resumo
Referências
Para a Bibliografia, ver nas páginas 82-84.
Livros
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As Profecias do Tempo do Fim 83
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Casa Publicadora Brasileira.
As Profecias do Tempo do Fim 84
Artigos
Paulo funde estas 3 alusões aos soberanos que estão contra Deus
para informar os santos como identificar o anticristo quando surgir na era
da igreja, até dentro do cristianismo, como o "templo de Deus" sobre a
terra (ver também At. 20:29-31).
Paulo usa o princípio da tipologia cristã quando aplica à era da
igreja as promessas e as ameaças de Deus a Israel (ver 1 Cor. 10:1-11;
Gál. 4:21-31). A relação de um tipo do Antigo Testamento com um
As Profecias do Tempo do Fim 96
antítipo do Novo Testamento se determina teologicamente por sua
conexão com o Jeová antes da cruz, e sua conexão com Cristo na era da
igreja. Na perspectiva profética, a distância temporária entre o tipo e o
antitipo não tem importância. Sua ênfase está no fato que o mesmo Deus
que atua no cumprimento histórico iminente, também atuará no juízo e a
salvação finais.
Dessa forma, Paulo contempla os reis de Tiro e de Babilônia que se
idolatram a si mesmos (no Ezeq. 28:2 e Isa. 14:13, 14), como tipos
proféticos da essência religiosa do anticristo (2 Tes. 2:4). O adversário
de Cristo na era cristã ensinará e julgará como se fora Deus, com
autoridade divina e infalibilidade.
Resumo
Livros
Referências
A primeira chave
A segunda chave
Resumo
Referência
Esboços Simétricos
Livros
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Apocalipse. Mensagem do Novo Testamento]. Wilmington,
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novo comentário internacional sobre o Novo Testamento]. Grand
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[Convite ao livro do Apocalipse]. Garden City, Nova York:
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Apocalipse]. Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans, 1973.
Artigos
A Liturgia Celestial
Referências
A Bibliografia para Apocalipse 4 e 5 a encontrará nas páginas 153-154.
Referências
A Bibliografia para Apocalipse 4 e 5 a encontrará na página 153.
1 Beasley-Murray, Revelation, p. 108.
2 Stefanovic, The Background and Meaning of the Sealed Book of
Revelation 5, p. 322.
3 Ibid., p. 318.
4 Van Unnik, " 'Worthy is the Lamb'. The Background of Apoc 5", p.
460.
5 Ladd, El Apocalipsis de Juan: Un comentario, p. 55.
6 Metzger, Breaking the Code. Understanding the Book of Revelation, p.
54.
7 Beasley-Murray, Revelation, p. 123.
8 Paulien, em Simposio sobre el Apocalipsis, T. 1, P. 187.
9 Zahn, Introduction to the New Testament, t. 3, p. 394.
10 Ibid.
As Profecias do Tempo do Fim 153
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA APOCALIPSE 4 E 5
Livros
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Artigos
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Analogies" [Apocalipse 4 e 5 à Luz de Analogias Apocalípticas
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Motivgeschichtliches zu Apc 5.1-5" [O concílio celestial.
Antecedente do motivo histórico de Apocalipse 5:1-5], Zeitschrift
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445-461.
As Profecias do Tempo do Fim 155
COMPREENDENDO OS SETE SELOS
Apocalipse 6
"Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-
lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer" (Apoc. 6:2).
O cavalo branco leva um cavaleiro com um arco e uma coroa de
vencedor, saindo como "vencendo e para vencer". Alguns expositores
modernos interpretam este cavaleiro apocalíptico como símbolo da
avidez do homem para conseguir poder e domínio mundial. O argumento
é que os 4 cavaleiros de Apocalipse 6 iniciam juízos, de modo que
parece "inapropriado ao contexto" ver aqui a conquista de Cristo por
meio do evangelho. Os cavalos se usavam para liberar a guerra.
Entretanto, cada símbolo deve receber seu significado de seu próprio
contexto e nele podemos descobrir a natureza dessa guerra.
Os selos desenvolvem mais amplamente a visão do trono de
Apocalipse 5, onde Cristo é descrito como o Senhor ressuscitado,
simbolizado pelo Leão que tinha triunfado (Apoc. 5:5). Estabeleceu sua
vitória por sua morte na cruz, simbolizado pelo Cordeiro imolado (V. 6).
Depois enviou os discípulos, dando-lhes autoridade, para ir a todas as
nações e fazer discípulos (Mat. 28:19). Deu-lhes o poder do Espírito
Santo para conquistar para ele, até os fins da terra (At. 1:8), assim como
conquistou a seu "inimigo" Saulo perto da porta de Damasco (cap. 9).
Continua conquistando através do poder do evangelho e a "espada de
dois fios" de sua Palavra (Heb. 4:12), com o fim de ganhar para seu reino
os corações sinceros de homens e mulheres até o fim do tempo de prova.
Além disso, a estrutura quiástica do Apocalipse coloca a Cristo
como o Guerreiro em Apocalipse 19:11-16, como a contraparte
significativa e como a consumação do tempo do fim de Apocalipse 6:2.
As profecias messiânicas do Antigo Testamento representavam ao Rei
davídico como conquistando com arco e flechas (ver Sal. 45:4, 5; Deut.
32:23; Hab. 3:8-11; Sal. 7:12; 21:12). Cristo anunciou que veio trazer a
"espada" para todos os que rechaçam sua paz (Mat. 10:34; Luc. 12:51-
53). Portanto podemos interpretar o cavalo branco do primeiro selo como
As Profecias do Tempo do Fim 161
o cavalo do evangelho que oferece a todos os homens a justiça perfeita
de Cristo. Este cavaleiro evangélico ainda conquista homens e mulheres
ao redor do globo (1 João 5:4, 5). A última confissão de fé de Paulo
ilustra o poder do cavaleiro do cavalo branco: " Combati o bom combate,
completei a carreira, guardei a fé" (2 Tim. 4:7).
O Segundo Selo
O Terceiro Selo
"Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem!
Então, vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão.
E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma
medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e
não danifiques o azeite e o vinho" (Apoc. 6:5, 6).
A cor "preta" do terceiro cavalo apocalíptico é o contrário exato do
primeiro cavalo. Isto sugere que agora se rechaça ou se desconhece a
justiça de Cristo. Uma situação assim resulta em fome espiritual, o que
nos recorda do juízo predito por Amós (8:11). A palavra de Deus e o
testemunho de Jesus chegaram a ser tão escassos que podem simbolizar-
se pelo fato de pesar o principal alimento do homem em uma balança
(Apoc. 6:5, 6). Este símbolo está tomado de Levítico 26:26, onde
primeiro se refere ao juízo de Deus sobre um povo rebelde que sofreria
uma fome literal (ver também Ezeq. 4:16). A Escritura também usa a
balança para simbolizar um veredicto celestial (Dan. 5:27). O terceiro
cavaleiro apocalíptico anuncia uma fome da Palavra e o Espírito de Deus
na igreja pós-apostólica, sugerindo que chegará a ser fraco na verdade do
evangelho, substituindo-a por um sistema de crenças doutrinais chamado
ortodoxia. Mas as doutrinas e cerimônias não podem alimentar a alma,
tal como Cristo admoestou em sua carta à igreja de Pérgamo (Apoc.
2:14-16). O terceiro selo se aplica especialmente a esse período da
As Profecias do Tempo do Fim 163
história da igreja quando a Igreja e o Estado se uniram e começaram a
impor a ortodoxia sobre a consciência humana. A ordem: "Não
danifiques o azeite e o vinho" (6:6), sugere um juízo limitado de Deus,
que Deus protege seu evangelho em um tempo de escassez espiritual.
Revela que Deus cuida ternamente de seu povo.
O Quarto Selo
O Quinto Selo
"Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles
que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do
testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até
quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o
nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi
dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por
pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus
conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram"
(Apoc. 6:9-11 ).
As Profecias do Tempo do Fim 165
Esta imagem simbólica deve interpretar-se pela Escritura. Jesus
tinha anunciado que depois das revoltas políticas e os cataclismos
naturais, seus discípulos seriam perseguidos (ver Mat. 24:9-11, 21).
Depois de abrir o quinto selo, escuta-se o clamor para que se faça
justiça divina de todos os que morreram uma morte violenta "por causa
da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam" (Apoc.
6:9). Este clamor não sai de crentes vivos, e sim simbolicamente de suas
"almas" depois de ter sido derramado seu sangue, assim como no caso de
Abel, o primeiro mártir. Deus pediu contas a seu assassino com estas
palavras: "Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a
mim" (Gên. 4:10). Isto nos ensina que o Criador nunca esquecerá seus
filhos fiéis e faz responsáveis a seus assassinos! Considera o lugar onde
suas testemunhas morreram como um "altar" onde foi derramado o
sangue de seu sacrifício (cf. Lev. 4:7). De igual maneira, Paulo
considerou que sua iminente decapitação pela ordem do imperador Nero,
era uma morte como sacrifício a Deus (2 Tim. 4:6).
A visão do quinto selo serve como um paralelo esclarecedor de
pisotear e pisar os santos que aparece nas visões do Daniel (Dan. 7-12).
A visão do Daniel 7 se estende dos impérios mundiais sucessivos,
através da divisão de Roma, até o surgimento do chifre pequeno e a
perseguição dos santos durante a Idade Média, até o tempo do fim com a
cena de seu juízo majestoso na sala do trono de Deus. Naquele tempo, o
"Ancião de dias" pronunciará seu veredicto em favor dos santos (v. 22).
O significado do quinto selo deve ser aberto com a chave de Daniel.
Especialmente a visão de Daniel da prevaricação assoladora e do pisar
dos verdadeiros adoradores aparece no antecedente do quinto selo. O
clamor dos mártires: "Até quando... não julgas, nem vingas o nosso
sangue" (Apoc. 6:10), corresponde ao mesmo clamor em Daniel 8: "Até
quando durará a visão...entregando o santuário e o exército para serem
pisoteados?" (v. 13).
O quinto selo revela que o momento para a vindicação deve esperar
"um pouco de tempo", porque incluso não chegou a perseguição do
As Profecias do Tempo do Fim 166
tempo do fim. A resposta de Deus à pergunta das testemunhas
assassinadas em Apocalipse 6 é: "Então, a cada um deles foi dada uma
vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco
tempo..." (v. 11). As vestimentas brancas dadas aos mártires expressam o
cumprimento da predição de Daniel de uma vindicação forense dos
santos caluniados (ver Dan. 7:22, 25). Isto dá segurança ao povo de Deus
de que ele cuida deles, ouve seu clamor por justiça divina e os vindicará
publicamente. Esta consideração leva à conclusão de que o quinto selo
alcança até o fim da era cristã, quando Deus executará seus juízos com
respeito aos santos e seus perseguidores (Apoc. 11:15, 18). O clamor dos
mártires cristãos evoca "a ira do Cordeiro" sobre os que mataram os
seguidores de Cristo.
O Sexto Selo
O Terremoto Apocalíptico
O Sétimo Selo
Referências
Para a Bibliografia, ver na página seguinte.
Livros
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As Profecias do Tempo do Fim 184
SEGURANÇA DE LIBERAÇÃO NO TEMPO DO FIM
Apocalipse 7
PROSCRIÇÃO
UNIVERSAL DO
POVO DE DEUS
LIBERDADE
RELIGIOSA
SOB A
IGREJA-ESTADO
MEDIEVAL
SOB O IMPÉRIO
ROMANO
NA JUDÉIA sob
o domínio judeu
DANIEL 12:1
RESGATE
REPENTINO
desde o céu
Referências
Para a Bibliografia, ver na página 202.
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Artigo
Referências
A Bibliografia para Apocalipse 8 e 9 encontra-se nas páginas 245-246.
"Na visão, ouvi uma águia que voava por metade do céu clamando: Ai,
ai, ai dos habitantes da terra pelos restantes toques de trombeta, pelos três
anjos que vão tocar" (Apoc. 8:13, NBE ).
João faz um corte na série das trombetas depois da quarta,
semelhante ao que tinha feito na série dos selos. As 3 últimas trombetas
são caracterizadas como 3 "ais" que se sucedem um após o outro, só
depois de existir notáveis pausas entre cada trombeta (ver Apoc. 8:13;
9:12; 11:14). Com estes ais ou maldições do pacto, Deus permite um
incremento da manifestação demoníaca e da escuridão sobre a terra, mas
não sem assegurar a seus adoradores que não lhes ocorrerá nenhum
dano. Eles estão sob seu selo de aprovação e proteção (9:4). A repetida
frase em voz passiva, "lhe deu" (vs. 1, 3, 5), indica que Cristo está no
controle dos poderes sobrenaturais do mal que são desatados, de modo
As Profecias do Tempo do Fim 235
que sua obra espantosa permaneça restringida a uma terça parte da
humanidade (v. 18). As descrições extensas da quinta e a sexta trombetas
são confusas tanto em sua forma gráfica como em sua aplicação
histórica. D. Ford percebe seu propósito da seguinte maneira:
"Representam a tortura e a morte espirituais que ocorrem aos que
persistem em resistir o convite divino a arrepender-se".9 A descrição de
João pode entender-se melhor à luz do oráculo de juízo de Oséias sobre
um Israel idólatra:
"Põe a trombeta à tua boca. Ele vem como águia contra a casa do
Senhor, porque traspassaram o meu concerto e se rebelaram contra a minha
lei" (Osé. 8:1).
"O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na terra.
E foi-lhe dada a chave do poço do abismo. Ela abriu o poço do abismo, e
subiu fumaça do poço como fumaça de grande fornalha, e, com a fumaceira
saída do poço, escureceu-se o sol e o ar. Também da fumaça saíram
gafanhotos para a terra; e foi-lhes dado poder como o que têm os escorpiões
da terra, e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a
qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão-somente aos homens que
não têm o selo de Deus sobre a fronte" (Apoc. 9:1-4).
A visão de João descreve uma estrela que caiu do céu à terra. Isto
conecta a quinta trombeta com a terceira, em que João tinha visto "uma
grande estrela" chamada "absinto" que caía do céu e que tinha
envenenado uma terceira parte dos rios e das fontes das águas (Apoc.
8:10, 11). A esta estrela agora "foi-lhe dada" a chave do poço do abismo,
que representa a região de Satanás e seus anjos (Luc. 8:31; Jud. 6; Apoc.
20:1, 3). Esta estrela caída é como um símbolo de Satanás, "o anjo do
abismo", cujo nome representa sua obra e caráter: "Abadón" (em hebreu)
ou "Apolión" (em grego), que quer dizer o Destruidor (Apoc. 9:11).
Esta chega a ser agora sua missão atribuída ("foi-lhe dada") e
autoridade ("rei", Apoc. 9:9, 11), da parte de que tem "as chaves da
As Profecias do Tempo do Fim 236
morte e do Hades" (1:18). Dessa maneira Cristo permanece como o
governante soberano sobre todos os demônios. Contra o Criador aparece
o destruidor ou anticriador, o próprio inimigo de Cristo. A primeira
tarefa que o destruidor leva a cabo é abrir o abismo, de modo que o sol e
todo o céu escureça por meio de uma fumaça gigantesca que sai do
abismo. Este obscurecimento do céu pela fumaça que sai do reino dos
demônios está no coração do ai desta trombeta.
Enquanto que as trombetas anteriores anunciavam a perversão e o
escurecimento parcial da luz do evangelho, a quinta trombeta mostra um
grande eclipse do evangelho por meio da propagação triunfante de
enganos e heresias satânicos. Agora se oculta publicamente a luz de
Cristo. A mentira triunfa sobre a verdade.
João vê como "da fumaça saíram gafanhotos para a terra; e foi-lhes
dado poder como o que têm os escorpiões da terra" (Apoc. 9:3).
Descreve-os como "cavalos preparados para a guerra" que serão
vitoriosos ("coroas de ouro"), e entretanto suas caras eram como caras
humanas, com cabelo de mulher, dentes de leões, e caudas e aguilhões
como de escorpiões (vs. 7-10).
A descrição gráfica que João faz destes gafanhotos extravagantes
está tirada da descrição poética que Joel faz de uma praga de gafanhotos
(Joel 1, 2), como se reconhece geralmente. Joel usou uma praga literal de
gafanhotos, que tinha devastado a terra de Judá ao comer toda a
vegetação (1:4), como um símbolo do vindouro exército babilônico e sua
cavalaria vitoriosa (2:1-9).
Aquele vindouro dia do juízo seria "dia de trevas e de escuridão, dia
de nuvem e de sombra". Devia advertir-se a Jerusalém tocando a
trombeta em Sião (Joel 2:1, 2). Portanto, os gafanhotos de Joel "a sua
aparência é como a de cavalos; e, como cavaleiros, assim correm.
Estrondeando como carros, vêm, saltando ... como um povo poderoso
posto em ordem de combate" (vs. 4, 5; cf. Apoc. 9:7, 9). Também têm
"dentes de leão" (Joel 1:6; cf. Apoc. 9:8).
As Profecias do Tempo do Fim 237
Enquanto que Joel descreveu o exército inimigo de Babilônia, João
representa as forças hostis de Satanás que invadirão o mundo com
filosofias que destroem a alma e que fazem com que as pessoas percam
toda a esperança e significado da vida. João sobretudo assinala à
natureza psicológica da praga de gafanhotos apocalípticos, declarando
que "foi-lhes também dado, não que os matassem, e sim que os
atormentassem durante cinco meses" (Apoc. 9:5).
A tortura é causada pelo aguilhão venenoso das caudas como de
escorpiões dos gafanhotos. J. Ellul sugere que o característico dominante
destes gafanhotos é a mistura de diferentes espécies de natureza: "O mal
que causam, causam-no por trás, como o escorpião. O que significa que
atuam pelo poder da mentira".10 As principais ferramentas de operação
de Satanás são na verdade as mentiras, o engano e a perseguição (Mat.
24; 2 Tes. 2).
Jesus usou serpentes e escorpiões como metáforas para os
demônios, mas assegurou a seus discípulos: "Eis aí vos dei autoridade
para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e
nada, absolutamente, vos causará dano. Não obstante, alegrai-vos, não
porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está
arrolado nos céus" (Luc. 10:19, 20).
De igual maneira, a quinta trombeta assegura ao povo de Cristo que
os gafanhotos demoníacos receberam autoridade só para fazer mal aos
que não têm o selo protetor de Deus (Apoc. 9:4). Sobre isto, comenta
Metzger:
"Assim como os israelitas ficaram isentos das pragas do Egito, assim
agora os cristãos que têm o selo de Deus sobre suas frontes não serão
absolutamente danificados por estas horríveis criaturas de juízo divino". 11
Os que estejam sem Cristo receberão o aguilhão venenoso das
mentiras mortíferas, causando-lhes um agonia mental insuportável e uma
angústia suicida (Apoc. 9:5, 6). O período de tortura dado de "cinco
meses" (vs. 5, 10), talvez o explicou melhor Ch. Wordsworth: "Como os
gafanhotos naturais têm seu tempo de cinco meses prescrito e limitado
As Profecias do Tempo do Fim 238
por Deus, assim também estes gafanhotos espirituais não poderão
exercer seu poder para machucar os homens mais além do período que
Deus lhes determinou".12 De novo a mensagem aqui é que Cristo é o
governante soberano que só permite um tempo para esta maldição do
destruidor. Nesta severa prova, os impenitentes são declarados culpados
de quebrantar o pacto, enquanto que os que estão selados são vindicados.
A que tempo e a que filosofias destrutivas assinala esta trombeta?
Enquanto que qualquer aplicação deve permanecer como tentativa, pode-
se fazer uma aplicação pertinente ao tempo quando as filosofias atéias do
Renascimento ou do Iluminismo varreram a civilização ocidental e
causaram a agonia da vacuidade desta vida e da desesperança para o
futuro. A teologia tradicional centrada em Deus foi substituída pela
filosofia centrada no homem, na qual o homem é responsável só ante si
mesmo.
Nas diversas formas de humanismo contemporâneo, somos
testemunhas de uma religião sem Deus, na qual o homem mesmo é a
medida de todas as coisas. Seu arrogante slogan é: "Nenhuma deidade
nos salvará; devemos nos salvar a nós mesmos".13 Nesta mentira
fundamental estão arraigadas todas as agonias mentais e os desejos
suicidas. Joel perguntou: "Quem pode suportá-lo?" (2:11), mas também
apresenta o caminho de liberação de Deus: "Convertei-vos a mim de
todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto...
convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e
compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende
do mal" (vs. 12, 13).
Referências
A Bibliografia para Apocalipse 8 e 9 encontra-se nas páginas 245-246.
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As Profecias do Tempo do Fim 247
O REFLETOR PROFÉTICO SOBRE O POVO DE DEUS DO
TEMPO DO FIM
Apocalipse 10
O Significado do Juramento
"Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver para tocar a
trombeta, cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo ele anunciou
aos seus servos, os profetas" (Apoc. 10:7).
Agora o anjo dirige nossa atenção à certeza do cumprimento de
todas as profecias do tempo do fim, como foram declaradas pelos
profetas do Antigo Testamento, em particular por Daniel. J. M. Ford faz
este comentário sobre Apocalipse 10:7: "A palavra hebraica raz,
'mistério', é freqüente em Daniel e nos rolos de Qumran e se refere
principalmente ao secreto dos tempos, à seqüência dos acontecimentos e
a consumação".11 O exemplo principal é a resposta de Daniel ao rei de
Babilônia: "Mas há um Deus nos céus, o qual revela os mistérios
[mustéria, LXX], e ele tem feito saber ao rei Nabucodonosor o que deve
acontecer nos últimos dias ['nos últimos dias', Teodósio]" (Dan. 2:28).
Como o esboço das profecias de Daniel se enfoca cada vez mais no
tempo do fim (ver 2:44, 45; 7:27; 8:14, 17, 19; 11:40-12:2), devemos
conectar "o mistério de Deus" especificamente com os acontecimentos
históricos do tempo do fim e a terminação do plano de redenção como
está esboçado em Daniel e no Apocalipse. Raymond E. Brown explica o
"mistério" em Apocalipse 10:7 como "a vontade misteriosa de Deus para
o fim do tempo... o estabelecimento definitivo do reino de Deus".12
As palavras do anjo em Apocalipse o apontam adiante, à sétima
trombeta, como o tempo definitivo para a realização ou consumação do
"mistério de Deus". Os acontecimentos da sétima trombeta em
Apocalipse 11:15-19 são: (1) o triunfo do governo e reino visível de
Deus (v. 15); (2) a abertura do templo de Deus no céu e o derramamento
As Profecias do Tempo do Fim 254
da ira de Deus nas 7 últimas pragas (vs. 18, 19; 15:1, 5); (3) a
ressurreição dos santos mortos e a recompensa de todos os fiéis (11:18).
Os segredos do plano de redenção serão revelados finalmente em
uma realidade histórica quando soar a sétima trombeta. Paulo já tinha
revelado antes o "mistério" que "a final trombeta" Deus mudará a
condição de todos os santos em um abrir e fechar de olhos, ressuscitando
aos fiéis e imortalizando os santos vivos (ver 1 Cor. 15:51, 52; também 1
Tes. 4:16, 17). Entretanto, Apocalipse apresenta um ponto de vista mais
completo do reino divino. W. H. Shea declara a respeito: "Três coisas
específicas sobre o reino de Deus serão reveladas nesse tempo: o grande
governante divino do reino, os cidadãos que viverão nele e os que serão
excluídos dele".13
*
Nota do tradutor: Em grego diz: "proclamou ou pregou". O Nuevo Testamento trilingüe, editado por
J. M. Bover y J. O'Callaghan (Madrid BAC, 1988), diz: "Segundo a boa nova que ele havia dado a
seus servos".
As Profecias do Tempo do Fim 255
obediência da fé" (Rom. 16:25, 26). O mistério de Deus é pois
decididamente cristocêntrico, e significa o evangelho inalterável de Deus
quanto a seu Filho (Rom. 1:1, 3) em favor de todos os povos da terra. O
fato de que durante a sétima este trombeta "mistério de Deus" será
"consumado" ou "realizado" expressa a consumação mundial desta
proclamação.
O marco do tempo do fim de Apocalipse 10 está reforçado pelas
conexões literárias e temáticas com o anjo de Apocalipse 14, que tem "o
evangelho eterno para pregá-lo [euanguelízai] aos moradores da terra"
(v. 6). A expressão "outro anjo" sugere uma conexão com um anjo
anterior, que é o anjo do pacto de Apocalipse 10. Esta relação aparece
também no uso comum do verbo euanguelízo (Apoc. 10:7; 14:6).
Portanto, apreciamos a declaração do André Feuillet:
"Estamos completamente seguros de que essas duas cenas se
correspondem entre si. É difícil entender o começo de XIV:6: 'E vi outro
anjo', porque este anjo é o primeiro de uma série. Isto pode explicar-se
melhor se este "outro anjo, tendo um evangelho eterno", fora considerado
ser idêntico com o "outro anjo" que tem o livrinho aberto em X:1, 2".14
Esta conexão substancial de Apocalipse 10 e 14 confirma a natureza
proléptica da visão do livro de Apocalipse 10, que está mais amplamente
desenvolvida na tríplice mensagem de Apocalipse 14. Por sua colocação
na sexta trombeta, Apocalipse 10 estabelece também o marco do tempo
do fim de Apocalipse 14. Nessa época do tempo, começará o período
final da igreja.
A consumação final do evangelho está garantida pelo Filho de
Deus, a quem o Pai entregou todas as coisas em suas mãos (João 3:35;
5:27-29). Cristo declarou em sua última oração:
"Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo
os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque
me amaste antes da fundação do mundo" (João 17:24).
Nada pode frustrar este propósito divino do Cristo ressuscitado.
Este plano para o povo de Deus é o propósito do juramento do anjo do
pacto. A carta aos Hebreus esclarece o propósito do juramento sagrado
As Profecias do Tempo do Fim 256
de Deus: "Pelo qual, querendo Deus mostrar mais abundantemente aos
herdeiros da promessa a imutabilidade de seu conselho, interpôs
juramento" (Heb. 6:17). A igreja sempre precisa lembrar-se desta
garantia divina, especialmente quando as profecias apocalípticas de
tempo terminaram e está para começar a sacudidura da crise do tempo do
fim.
Realização Histórica
Referências
Para a Bibliografia, ver na página 264.
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As Profecias do Tempo do Fim 266
A MISSÃO PROFÉTICA DAS TESTEMUNHAS DE DEUS
Apocalipse 11
"E eles [os gentios] pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses"
(Apoc. 11:2).
Esta predição da opressão une duas visões no livro de Daniel: as
que aparecem nos capítulos 7 e 8. Daniel tinha esboçado todo o
desenvolvimento da história da salvação desde seus dias até o juízo final
(Dan. 7). Desde os dias de Babilônia tinha previsto os grandes impérios
mundiais, o último dos quais seria o duradouro império romano que
"pisaria" a todas as suas vítimas (Dan. 7:7, 19, 23).
Mas Daniel foi além da Roma imperial quando viu como se
esmiuçaria em pequenos reinos (os "dez chifres"). Seu interesse principal
foi o conseguinte "chifre pequeno" (Dan. 7:24) que se impunha com
exigências políticas e religiosas e com uma "boca que falava grandes
coisas" (v. 8). O anjo interpretador assinala as características específicas
desse poder que exerceria um reino de terror sobre os santos.
"Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo
e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas
mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo" (Dan. 7:25).
Este poder antiDeus (o "chifre pequeno") lutaria com os santos
durante 3 ½ tempos proféticos (ou "anos"), o que faz 42 meses proféticos
e dessa forma estabelece um elo específico entre Daniel 7 e Apocalipse
11. Em Daniel 8 o próprio "chifre pequeno" é descrito como o
arquiinimigo de Israel, que invade a "terra gloriosa" e depois pisoteia o
lugar santo e os seus adoradores (8:9-13).
As Profecias do Tempo do Fim 275
Aqui temos um vínculo patente entre o Daniel 8 e Apocalipse 11.
Enquanto que os santos adoram a Deus e a Cristo ao entrar no templo
celestial por meio da fé, ainda permanecem em forma física na terra.
Com respeito a sua existência terrestre, descreve-se aos santos como "a
cidade santa" que não pode ser pisoteada pelos poderes hostis dos
"gentios". O desgaste dos santos só é permitido ["serão entregues"] por
um período de tempo limitado, por "42 meses". Esta unidade de tempo
também é usada para o tempo que concedido à besta do mar em
Apocalipse 13 que blasfema o nome de Deus, "de seu tabernáculo, e dos
que moram no céu" (Apoc. 13:5, 6). Por isso o pisar da cidade santa em
Apocalipse 11 se explica em Apocalipse 13:1-8 como o tempo de
perseguição dos adoradores por parte do anticristo, conexão que
confirma a interpretação de que Apocalipse 11 descreve os santos de
Deus como a "cidade santa" (cf. 20:9).
Tudo isto indica que Apocalipse 11 é uma prolepse ou antecipação
dos capítulos que seguem, enquanto que o livro do Daniel constitui a
principal raiz primária de Apocalipse 11-13. O Apocalipse transforma
por meio do evangelho a linguagem profética de Daniel, quer dizer,
desenvolve as predições de Daniel em termos de Cristo e seus seguidores
como os santos e adoradores verdadeiros de Deus.
As unidades de tempo de Daniel 7:25 e Apocalipse 11:2 e 3 se
caracterizam pela opressão e a perseguição espirituais. Com respeito a
isso, há uma correspondência com os 3 ½ anos do testemunho de Elias
durante a perseguição do rei apóstata de Israel, Acabe e sua esposa pagã,
Jezabel (ver Luc. 4:25; Sant. 5:17).
As Duas Testemunhas
A Aplicação Historicista
Resumo de Apocalipse 10 e 11
Referências
Para a Bibliografia, ver na páginas 296.
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As Profecias do Tempo do Fim 299
COMPREENDENDO OS "1.260 DIAS"
EM APOCALIPSE 11-13
Alguns expositores apelam à tradição judia que usa o termo "3 anos
e meio" como um modismo para um "longo tempo" indefinido ou para
"muitos dias".1 O termo aparece ali para expressar "a metade de um
septênio" ou, como dizem outros, "a metade de uma década" sem
nenhuma outra precisão. As passagens do Lucas 4:25 e Tiago 5:17 são
interessantes, porque neles a frase "três anos e meio" usa-se para o tempo
da seca nos dias de Elias, enquanto que em 1 Reis 18:1 só declara que
durou "muitos dias" e que a seca terminaria "no terceiro ano".
Esta designação de tempo pode significar um mínimo de 14 ou 18
meses, segundo a tradição rabínica,2 ou possivelmente 3 anos. O fato de
que tanto Jesus (Luc. 4:25) como Tiago (5:17) falam deste período como
"três anos e meio" poderia ser uma adaptação do modismo popular em
seu tempo. Entretanto, um documento rabínico dá a leitura de "três anos
e meio".3 Enquanto que se pode reconhecer a tensão dentro do conteúdo
do Antigo Testamento e do Novo Testamento com respeito ao tempo de
prova real da seca profetizada por Elias, tudo isto se distingue da
designação do tempo nas profecias de Daniel e Apocalipse. Aqui o
princípio guiador não é o modismo, a não ser o contexto imediato e o
contexto remoto da profecia.
O livro de Daniel proporciona a fonte e a localização dos "3 ½
tempos" dentro da história das salvação. O falhar em situar os 3 ½
tempos proféticos adequadamente dentro do tempo contínuo de Daniel 7,
As Profecias do Tempo do Fim 301
ignora a convocação ordenada deste período de tempo na história. Como
Daniel 7 aplica a quarta besta simbólica ao quarto império mundial, ou
Roma Imperial, o "chifre pequeno" que cresceu desta besta não pode
representar ao rei selêucida Antíoco IV que perseguiu os judeus e
profanou o templo desde dezembro do ano 167 a.C. até dezembro do 164
a.C. (1 Macabeus 1:41-61; 2 Mac. 10:5). Induz a engano afirmar que o
tempo simbólico de Daniel de 3 ½ tempos "levantou-se durante a
abominação do Antíoco Epifanes" conforme afirma Ezell,4 já que a
profanação do templo durou exatamente 3 anos (2 Mac. 10:5) e não
"quase exatamente 3 ½ anos". Semelhantes conjeturas com respeito à
frase de tempo que Daniel emprega falham porque separam o símbolo do
tempo de seu marco original dentro de Daniel 7.
Resumo
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Para a Bibliografia, ver nas páginas 326-330.
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As Profecias do Tempo do Fim 331
A MENSAGEM DO TEMPO DO FIM NA PERSPECTIVA
HISTÓRICA
Apocalipse 12-14
Análise Literária
A Perspectiva Teológica
Uma igreja assim pode ser conhecida, não por suas afirmações
vangloriosas de santidade ou autoridade, mas sim por dois sinais
apostólicos da verdadeira adoração: por sua obediência aos
mandamentos de Deus e por apegar-se ao testemunho do Jesus (Apoc.
12:17; 14:12). O povo que adora a Deus com estas duas características
está em uma plataforma comum e adora em harmonia básica com a
igreja dos apóstolos. A igreja remanescente está segura de parecer-se
com a igreja apostólica em suas crenças fundamentais e em sua adoração
espiritual de Deus.
As Profecias do Tempo do Fim 353
As Duas Características Permanentes da Igreja Verdadeira
"E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não
faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de
Jesus; adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de
profecia" (Apoc, 19:10). .
Cada texto deve ser interpretado por seu contexto. O enfoque
contextual serve como uma proteção contra a manipulação não
intencional de um texto ou uma frase. Como a expressão "o testemunho
de Jesus" ocorre duas vezes em Apocalipse 19:10, este texto recebeu um
exame rigoroso e uma exegese minuciosa por Louis Vos, David Hill e
Richard Bauckham.
As Profecias do Tempo do Fim 360
Surge um problema quando a última frase de Apocalipse 19:10 é
dissecada ou separada de seu contexto e lhe é dado um significado que
substitui o testemunho de Jesus, como se registra no Novo Testamento,
pelo permanente dom de profecia. Uma interpretação assim fará com que
o testemunho de Jesus em Apocalipse 12:17 seja exclusivamente um
dom de visões dadas a alguns crentes seletos no tempo do fim. Este
conceito é uma restrição perigosa do significado do testemunho de Jesus
no livro do Apocalipse. O anjo não tem o propósito de substituir o
testemunho histórico de Jesus pelo Espírito de profecia. Sua última
declaração em Apocalipse 19:10 "não é tanto uma definição, como uma
explicação. Explica como o anjo, João e seus irmãos (os profetas) podem
estar no mesmo nível, como conservos. Isto é possível em tanto que
todos compartilham o testemunho de Jesus que inclusive possuem os
profetas, porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia". 30
Bauckham o explica desta maneira:
"O Espírito divino que dá a João a experiência visionária em que
pode receber a revelação, não comunica a doutrina de um anjo mas sim o
testemunho que tem Jesus... O equivalente da referência 'o testemunho
de Jesus' em 19:10 se encontra agora nas palavras do epílogo, nas que o
anjo desaparece da vista e Jesus atesta diretamente: 'Eu Jesus enviei meu
anjo para dar testemunho destas coisas nas igrejas' [22:16]".31
Cristo explicou que o Espírito de verdade "não falará por si
mesmo... Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo
há de anunciar" (João 16:13, 14; ver também 14:26). Isto foi realizado
pelo Espírito de profecia nas Escrituras do Novo Testamento,
especialmente no Apocalipse, que por conseguinte transmite à igreja o
testemunho de Jesus com autoridade divina. O que o Espírito diz, é o que
Cristo diz. Isto ocorre sete vezes nas cartas de Cristo que cada vez
concluem com estas palavras: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito
diz às igrejas" (Apoc. 2:7, 11, etc.).
O anjo explica a João que quando o Espírito inspira a profecia, seu
conteúdo e autoridade vêm do próprio Jesus (Apoc. 19:10). Dessa
As Profecias do Tempo do Fim 361
maneira o Espírito de profecia revela o testemunho de Jesus. Todos os
profetas verdadeiros são os "que têm o testemunho de Jesus" (Apoc.
19:10; cf. 22:9). O anjo instrui a João para que não adore a nenhum anjo,
e, se formos ao caso, tampouco a nenhum conservo de Deus, porque são
meramente os instrumentos de Deus e de Cristo. O livro do Apocalipse é
um livro orientado para a adoração. O grande propósito "adorem a
Deus!" é o tema central de todo o Apocalipse. Especialmente, suas
profecias do tempo do fim exigem a distinção entre a verdadeira
adoração e a idolatria (Apoc. 14:6-12). O anjo faz duas súplicas a João
para que adore a Deus (Apoc. 19:10 e 22:9), uma à conclusão da visão a
respeito da meretriz: Babilônia (Apoc. 17:1-19:10), e a outra à conclusão
da visão a respeito da noiva: Jerusalém (Apoc. 21:9-22:9 ). Cada vez o
anjo reforça o ponto: Não adorem à besta, nem sequer aos servos de
Deus, os anjos; adorem a Deus!
O versículo paralelo de Apocalipse 22:9 amplia o grupo dos que
têm o testemunho de Jesus, até incluir a todos os membros de igreja: "Eu
sou conservo teu, de seus irmãos os profetas, e dos que guardam as
palavras deste livro". Este círculo aumentado de todos os cristãos fiéis
que "têm" o testemunho de Jesus também é visível em Apocalipse 6:9 e
12:17. Bauckham tira esta conclusão prática:
"Isto [Apoc. 19:10 e 22:9] é um reconhecimento de que o papel ao qual
o Apocalipse chama a todos os cristãos é em essência o mesmo que o dos
profetas: dar testemunho de Jesus, permanecendo fiéis em palavra e obra
ao único Deus verdadeiro e à sua justiça".32
Esta responsabilidade compartilhada da igreja não nega a liberdade
do Espírito de conceder a indivíduos escolhidos o dom espiritual da
profecia (ver 1 Cor. 12:7-11) para a edificação da igreja (1 Cor. 14:1, 4).
Entretanto, o anjo ensina que o "testemunho de Jesus" que já se deu, é a
prova da verdade para João, para seus conservos os profetas, para a
igreja e para os anjos de Deus (ver também Apoc. 22:9). David Hill
esclarece que o "testemunho de Jesus" consiste nas expressões de Jesus
As Profecias do Tempo do Fim 362
nas visões do Apocalipse assim como "no testemunho de sua vida e
morte".
"Os que mais tarde são descritos como tendo o marturía Iesú
[testemunho de Jesus] (6:9; 12:17; 19:10) são os que, assim como João,
defendem e preservam o testemunho de Jesus que foi lhes confiado e o
anunciam: e o que anunciam (e sofrem por declará-lo) não é outra coisa
senão o que Jesus revela a seus servos e se confirma (22:16, 20) neste
livro, ou seja, os juízos e a autoridade soberana do único, o Deus eterno que
é o soberano de todos e o autor da salvação, cujo propósito triunfará
finalmente sobre todas as forças opositoras".33
O testemunho de Jesus no Apocalipse é a norma final para toda a
adoração cristã e para as manifestações do dom de profecia. 34 Sustentar
e manter fielmente este "testemunho de Jesus" que é canônico é o dever
sagrado dos profetas e dos anjos; é o ensino do anjo interpretador em
Apocalipse 19:10.
Num tempo quando João estava lutando contra uma onda crescente
de profecia falsa nas igrejas da Ásia (Apoc. 2:20; 1 João 4:1), alguns dos
quais estavam enganando aos crentes em Tiatira com "profundos
mistérios" (Apoc. 2:24, CI), recorda a João que o Espírito de profecia
transmite "o testemunho de Jesus Cristo". "Portanto, a carga da profecia
é o testemunho que levou Jesus".35 Todas as mensagens inspiradas dos
profetas pós-apostólicos devem ser provados pelo testemunho canônico
de Jesus (ver Apoc. 22:18, 19; 1 Tes. 5:19-21; 2 Pedro 3:2, 15, 16; Mat.
24:24).
O cânon do Novo Testamento com sua autoridade apostólica nunca
deve ser escurecido pelo permanente dom de profecia na igreja pós-
apostólica. O ponto em questão do anjo em Apocalipse 19:10 é singelo e
claro: O testemunho de Jesus é e permanece sendo a mensagem do
Espírito de Deus e a prova do dom de profecia (ver também no Apoc.
22:16). O testemunho de Jesus recebeu sua coroação no mesmo livro do
Apocalipse:
As Profecias do Tempo do Fim 363
"Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas.
Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã" (Apoc.
22:16).
O testemunho de Jesus será o instrumento para desmascarar as
afirmações enganosas "do falso profeta" do tempo do fim (ver Apoc.
16:13, 19:20 e 20:10). Vista sob esta luz, a igreja remanescente em
Apocalipse 12:17 e 14:12 se caracteriza pela restauração dos
mandamentos históricos de Jesus e pelo testemunho histórico de Jesus,
quer dizer, o evangelho eterno. Estas duas características foram as
marcas que identificaram a igreja apostólica (Apoc. 1:9) e as marcas dos
santos pós-apostólicos (Apoc. 6:9). Constituem as marcas distintivas
permanentes da igreja verdadeira de todas as épocas. No livro do
Apocalipse, estas características traçam uma linha entre o fiel e o infiel.
Em vista do fato reconhecido de que o Apocalipse está unido por
sua estrutura distintiva de uma teologia de duas testemunhas, afirmamos
com Kenneth A. Strand que "a palavra de Deus" e "o testemunho do
Jesus" são o Antigo Testamento e o Novo Testamento.36
Para uma consideração da manifestação no tempo do fim do
Espírito de profecia nos escritos da Sra. E. G. White e sua relação com a
Bíblia, ver o APÊNDICE A.
Referências
A Bibliografia para Apocalipse 12-14 (caps. XXI-XXVIII deste livro)
encontrará-a nas páginas 458-466.
*
Nota do Tradutor: A origem desta idéia aparece nas conferencias proféticas proferidas em Albury
Park (Londres, 1826-1830), onde são dados aos 1.260 um cumprimento dual seguindo as opiniões
dos futuristas como Ribera e Lacunza. Henry Drummond traça um paralelo entre os 1.260 dias
literais de perseguição futura do anticristo e o tempo do ministério de Cristo. Ver Henry Drummond,
Dialogues on Prophecy [Diálogos sobre Profecia] (London, Nisbet, 1828-2829; 3 ts.), t. l, p. 377.
As Profecias do Tempo do Fim 368
"selo do Deus vivo" que assinala a submissão voluntária aos
mandamentos de Deus (ver 13:15-17; 14:1, 12).
Dessa maneira, Apocalipse 13 forma o complemente necessário da
mensagem final de admoestação de Apocalipse 14. Ambos os capítulos
constituem uma unidade indestrutível, e cada capítulo só pode entender-
se em conexão com seu complemento.
Como Jesus fez em seu discurso profético (Mar. 13; Mat. 24), assim
também João esboça o futuro da igreja com os símbolos de Daniel. João
segue o estilo apocalíptico dos esboços proféticos de Daniel voltando
para periodizar a história por meio de poderes mundiais sucessivos.
Como nas visões de Daniel, assim também o Apocalipse avança na
história dos dias de João até o próprio fim da era da igreja. Tanto Daniel
como João descrevem o mesmo arquiinimigo de Deus e de seu povo do
pacto. Enquanto que Daniel representou o "chifre pequeno" como um
antimessias (Dan. 7, 8), João agora o define como o anticristo (Apoc.
13). Os eruditos bíblicos reconhecem hoje em dia "que Apocalipse 13
está modelado sobre o Daniel 7".3 No seguinte quadro podem ver-se dois
exemplos disto:
APOCALIPSE 13 DANIEL 7
"Foi-lhe dado, também, que pelejasse "Eu olhava e eis que este chifre fazia
contra os santos e os vencesse" (v. 7). guerra contra os santos e prevalecia
"Foi-lhe dada uma boca que proferia contra eles" (v. 11).
arrogâncias e blasfêmias e autoridade "E os santos lhe serão entregues nas
para agir quarenta e dois meses" (v. mãos, por um tempo, dois tempos e
metade de um tempo" (v. 25).
5).
*
Nota do Tradutor: "A humilhação final da igreja sucedeu quando o Papa Pio VI fui expulso de Roma
pelos exércitos franceses em 1798" (The New Encyclopedia Britannica., t. 26, p. 892). A New
Catholic Encyclopedia, t. X, p. 964, diz: "O fim do século XVIII foi testemunha da humilhação mais
profunda do papado moderno como seqüela da Revolução Francesa".
As Profecias do Tempo do Fim 377
A "Cura" da Ferida Mortal Ainda Está no Futuro
"E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de
um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira
besta na sua presença e faz que a terra e os que nela habitam adorem a
primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E faz grandes sinais, de
maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. E
engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse
As Profecias do Tempo do Fim 382
em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma
imagem à besta que recebera a ferida de espada e viveu" (Apoc. 13:11-14).
Esta descrição também mostra uma progressão na história. No
tempo do fim a apostasia irá de mal a pior, como já o indicou Paulo:
"Mas os homens meus e enganadores irão de mal a pior, enganando e
sendo enganados" (2 Tim. 3:13). O desenvolvimento das duas bestas de
Apocalipse 13 significa que a ameaça do engano se incrementará
dramaticamente, não somente para os que não são cristãos, mas sim de
uma maneira especial para os crentes cristãos e para as igrejas cristãs em
todas as partes do mundo.
A besta da terra aparecia com "dois chifres semelhantes aos de um
cordeiro, mas falava como o dragão". Este contraste acentua seu caráter
sedutor. O "cordeiro" é o símbolo por excelência no Apocalipse. Vinte e
oito vezes representa a Cristo como o Cordeiro de Deus, e faz dele o
símbolo principal e o princípio coordenador de todo o livro. A aparência
como cordeiro da besta da terra indica a natureza da última fraude na
prova final de fé. A besta da terra deseja ser tomada como semelhante a
Cristo, mas suas palavras revelam as mentiras, as heresias, e os planos
assassinos do dragão e da besta anticristo.
Pode-se detectar na forma que esta besta "fala como o dragão" (ou
serpente no Apoc. 12:9), uma referência "ao caráter sedutor e
fraudulento da serpente no jardim do Éden"39 assim como uma
referência ao dragão como um destruidor. Tal contraste de aparência e a
natureza essencial já foi o tema da advertência anterior de Jesus:
"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos
como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mat. 7:15).
Cristo brindou esta notícia adiantada a todas as gerações futuras: "Porque
surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e
prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos" (24:24). Esta
advertência antecipada de Jesus que apresenta Mateus 24, está elaborada
em Apocalipse 13. A besta da terra realizará "grandes sinais" (Apoc.
13:13) e é caracterizada como "o falso profeta" (16:13; 19:20; 20:10).
As Profecias do Tempo do Fim 383
Dessa maneira o Apocalipse revela que a era cristã desenvolverá
dois personagens anticristo, que atuarão em uma união íntima.
Apocalipse 13 descreve uma trama do tempo do fim com um Cristo falso
e com um falso profeta diferente, cada um com um próprio papel para
desempenhar, com o fim de alcançar um alvo comum: unir o mundo
inteiro em rebelião contra Deus (ver Apoc. 16:13, 14).
O falso profeta de Apocalipse 13:11-17 afirma ser o último porta-
voz de Deus. Aparece no panorama da história só depois que a besta da
terra dominou por 42 meses e recebeu sua ferida mortal (Apoc. 13:12).
Esta sincronização na história do falso profeta é de importância histórica
para a igreja. Sua atividade significa o começo do ato final no drama dos
séculos que conduz ao último enfrentamento entre Cristo e o anticristo:
"o Armagedom".
O Espírito de Deus se manifestou em sinais milagrosos depois que
Cristo completou sua missão, com o propósito de glorificar mais a Cristo
(João 16:13, 14; Heb. 2:3, 4). Seu contraparte aparece no falso profeta,
inspirado pelo espírito de demônios para levar a cabo "sinais" (Apoc.
19:20). Seu propósito é seduzir o mundo e induzir todas as nações a
adorar ao anticristo, "a besta cuja ferida mortal foi curada" (Apoc. 13:12-
14). Para realizar isto, o falso profeta "mandará" aos moradores da terra
"que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada,
sobreviveu" (Apoc. 13:14).
Muitos intérpretes reconheceram neste quadro de Apocalipse 13
uma correspondência essencial com a história dos três jovens hebreus em
Daniel 3. Assim como nos dias de Daniel o levantamento de uma estátua
literal em honra do rei de Babilônia foi seguida imediatamente por um
decreto legislativo para adorar a imagem (Dan. 3), assim também se
repetirá este procedimento em uma escala universal no tempo do fim:
"E lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a
imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a
imagem da besta" (Apoc. 13:15).
As Profecias do Tempo do Fim 384
É importante reconhecer a tipologia essencial entre Daniel 3 e
Apocalipse 13! Com este paralelismo histórico referido a Daniel 3,
Apocalipse 13 revela a formação básica do conflito final na era da igreja
(ver Apoc. 13:16, 17). As duas facções voltarão a estar determinadas por
rituais de adoração que contrastam, ou pela fé dos seguidores de Cristo
ou pelo culto estatal idólatra do anticristo. Ambos os grupos religiosos
empregarão "fogo" do céu para convencer ao mundo de suas afirmações.
O "fogo do céu" anticristão (Apoc. 13:13) evidentemente funciona como
"a contraparte satânica dos sinais realizados pelas duas testemunhas".40
Um erudito evangélico faz este comentário perspicaz: "A besta da
terra é a antítese dos dois profetas de Cristo simbolizados pelas duas
testemunhas no capítulo 11".41 Se o sinal do "fogo" das duas
testemunhas de Deus se refere a seus dons do Espírito Santo (ver At. 2:3,
4; Heb. 2:4), então o uso do "fogo" pelo falso profeta "seria uma
referência aos dons pseudocarismáticos que criam uma comunidade
eclesiástica falsa que rende lealdade ao anticristo".42
Pelos sinais sobrenaturais do falso profeta podemos inferir que
enfrentará as verdadeiras testemunhas de Cristo. Esta confrontação
vindoura deve despertar nossa consciência ao feito de que muito do que
se expõe como cristianismo verdadeiro, no fundo é falso. Paul Minear
fez soar corretamente o alarme: "Chama-se os leitores a que discirnam o
critério que os capacitará para que separem a besta corderiforme (Apoc.
13:11) do próprio Cordeiro (14:1)".43
Para ser "vencedores" como se requer em cada carta de Cristo às
igrejas, os crentes devem ser testemunhas fiéis e verdadeiras, e estar
dispostos a entregar suas vidas para sustentar e preservar "o testemunho
de Jesus", até ante os tribunais do anticristo (ver Apoc. 11:7; 12:11;
20:4). Enquanto todo o mundo adorar com uma devoção máxima à besta
aparentemente invencível (Apoc. 13:4), o Apocalipse de João assegura à
igreja: "O Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei
dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, eleitos e fiéis"
(Apoc. 17:14). O título cristológico neste versículo, "Senhor de senhores
As Profecias do Tempo do Fim 385
e Rei de reis", aplica o próprio título de Deus no Antigo Testamento
(Deut. 10:17; Sal. 136:2, 3; Dan. 2:37, 47; 4:37 na versão grega) a Cristo
em sua segunda vinda (ver também Apoc. 19:16).
Referências
A Bibliografia para Apocalipse 12-14 (caps. XXI-XXVIII deste livro)
encontrará-a nas páginas 458-466.
O Enfoque Historicista
Referências
A Bibliografia para Apocalipse 12-14 (caps. XXI-XXVIII deste livro)
encontrará-a nas páginas 458-466.
"E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele
cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele
e o de seu Pai. E ouvi uma voz do céu como a voz de muitas águas e como
a voz de um grande trovão; e uma voz de harpistas, que tocavam com a sua
harpa. E cantavam um como cântico novo diante do trono e diante dos
quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico,
As Profecias do Tempo do Fim 404
senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. Estes
são os que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens.
Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os
que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o
Cordeiro" (Apoc. 14:1-5).
A visão da igreja triunfante dá a conhecer a última geração de
crentes cristãos que sobrevivem às ameaças finais do anticristo. Os
144.000 seguidores do Cordeiro são vitoriosos porque perseveram em
sua lealdade a Cristo Jesus. Por seu rechaço a submeter-se à idolatria,
venceram a besta. Demonstram que o anticristo não teve êxito em seu
objetivo de estabelecer o domínio universal. Mas o céu intervirá
dramaticamente no fim da era. O Cordeiro poderoso conquistará a besta
em favor de seu povo do pacto. Esta segurança foi dada explicitamente
pelo anjo interpretador:
"Estes [a besta e os reis da terra] combaterão contra o Cordeiro, e o
Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis;
vencerão os que estão com ele, chamados, eleitos e fiéis" (Apoc. 17:14).
Seu cumprimento se descreve em um quadro simbólico de
surpreendente resgate divino:
"E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado
sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça" (Apoc.
19:11).
Esta visão majestosa constitui o cumprimento cristocêntrico da
libertação do tempo do fim de que fala Daniel:
"Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos
filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde
que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu
povo, todo aquele que for achado inscrito no livro" (Dan. 12:1).
Referências
A Bibliografia para Apocalipse 12-14 (caps. XXI-XXVIII deste livro)
encontrará nas páginas 458-466.
1 E. Lohmeyer, Die Offenbarung des Johannes [O Apocalipse de João], HzNT 16
(Tübingen: J. C. B. Mohr, 1953), p. 119.
2 Ellen White, Review and Herald [Revista e Arauto], 13 de outubro de 1904. Ver em 7
CBA 989 (T. 7-A, P. 419).
3 Johnsson, "The Saints' End-Time Victory Over the Forces of Evil", Simpósio sobre o
Apocalipse, t 2, p. 32.
4 Ver G. Delling, "Parthénos", Diccionario teológico del Nuevo Testamento (ed. por G.
Kittel), T. 5, P. 836.
5 J. M Ford, Revelation, pp. 242, 243.
6 Neall, "Sealed Saints and the Tribulation", Simpósio sobre o Apocalipse, t. 1, cap. 12.
As Profecias do Tempo do Fim 412
A MENSAGEM DO PRIMEIRO ANJO
Apocalipse 14:6, 7
"E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu! Caiu Babilônia, aquela grande
cidade que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua
prostituição!" (Apoc. 14:8).
A Marca da Besta
*
Nota do Tradutor: A nota da versão Cantera-Iglesias diz que a interpretação literal de Deuteronômio
6:8 deu origem aos filactérios, "par de pequenas caixas de couro usadas ritualmente, amarradas ao
braço e à testa por correias, também de couro, e que contêm trechos das Escrituras" Dic. Aurélio.
As Profecias do Tempo do Fim 441
Gerhard von Rad faz este comentário sobre o Deuteronômio 6:8:
"Provavelmente temos que tratar ainda aqui com uma forma figurada de
expressão que mais tarde foi entendida literalmente e levou ao uso dos
chamados filactérios".5 De fato, Moisés mesmo explicou o propósito
moral de atar os mandamentos de Deus a suas mãos e a suas frentes:
"O Senhor, teu Deus, temerás, a ele servirás, e, pelo seu nome,
jurarás. Não seguirás outros deuses, nenhum dos deuses dos povos que
houver à roda de ti, porque o Senhor, teu Deus, é Deus zeloso no meio de ti,
para que a ira do Senhor, teu Deus, se não acenda contra ti e te destrua de
sobre a face da terra... Diligentemente, guardarás os mandamentos do
Senhor, teu Deus, e os seus testemunhos, e os seus estatutos que te
ordenou" (Deut. 6:13-15, 17).
O mandamento do Senhor incluía também a observância ritual da
Páscoa e o comer pães sem levedura para comemorar a libertação do
êxodo:
"E será como sinal na tua mão e por memorial entre teus olhos; para
que a lei do Senhor esteja na tua boca; pois com mão forte o Senhor te tirou
do Egito. Portanto, guardarás esta ordenança no determinado tempo, de ano
em ano" (Êxo. 13:9, 10).
Este histórico da adoração de Israel esclarece o propósito da marca
da besta "na fronte e na mão" (Apoc. 20:4). A marca evoca a antítese
intencional da adoração de Israel. Representa a essência de um culto
falsificado como usurpação e substituição. A besta ameaça com a morte
se suas ordens totalitárias são desobedecidas (Apoc. 13:15-17). Promete
vida, mas só temporal, a todos os que levem sua marca. R. H. Charles
comentou a respeito: "Ambos [o selo e a marca] estavam destinados a
mostrar que os que levam as marcas estão sob a proteção sobrenatural:
os primeiros sob a proteção de Deus; os últimos, sob a de Satanás". 6
Beatrice S. Neall explica mais isto quando diz:
"No Apocalipse, o selo de Deus protege da ira de Deus (Apoc. 15:2, 3;
16:2) mas não da ira da besta (13:15, 17). De maneira similar, a marca da
besta protege das sanções econômicas (v. 17) e do decreto de morte (v. 15)
da besta, embora faça a seus possuidores elegíveis para receber a ira de
Deus (14:9-11 )".7
As Profecias do Tempo do Fim 442
Tanto Cristo como o anticristo desejam a lealdade indivisa de seus
adoradores, a devoção completa de seu pensamento (a "fronte") e de seu
atuar (a "mão"). O anticristo pode satisfazer-se com a marca ou na mão
ou sobre a fronte, como sugere Apocalipse 13:16 e 14:9 (entretanto, ver
Apoc. 20:4).
Uma diferença básica entre os sistemas rivais de adoração é que a
besta emprega a coerção, enquanto que o Cordeiro emprega a persuasão.
A prova final da adoração verdadeira não é crer porque há milagres, os
quais podem ser enganosos (Apoc. 13:14; 19:20; Mat. 24:24), e sim crer
na "Palavra de Deus e no testemunho de Jesus" (Apoc. 1:9; 6:9; 12:17;
20:4).
A verdade tanto do Antigo como do Novo Testamento é a revelação
de que o Deus de Israel é o Criador Todo-poderoso e que ele ordenou o
sétimo dia, no sábado, como um monumento recordativo de sua obra
criadora (Gên. 2:2, 3; Êxo. 20:8-11; 31:12-17). Este mandamento da
criação foi enriquecido como o sinal da redenção de Israel da escravidão
(ver Deut. 5:12-15). A celebração do sábado identifica o Criador vivente
que permanece fiel à sua criação (1 Ped. 4:19). Igualmente oferece a
participação em sua graça redentora (ver Ezeq. 20:12, 20). Esta verdade
chega a ser relevante de uma maneira especial no tempo do fim, quando
o dogma da evolução veio a ser a hipótese da ciência (desde 1859). Por
isso a tríplice mensagem de Apocalipse 14 assume cada vez mais
relevância. Requer a celebração do sábado restaurado como "a expressão
concreta da fé na criação, o sinal da dependência de um do céu... o sinal
de que a salvação vem só de cima".8
Referências
A Bibliografia para Apocalipse 12-14 (caps. XXI-XXIII deste livro)
encontrará nas páginas 458-466.
Referências
A Bibliografia para Apocalipse 12-14 (caps. XXI-XXVIII deste livro)
encontrará nas páginas 458-466.
Livros
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Revolução Francesa]. Londres: Bouverie House, 1927.
Althaus, P. Die Letzten Dinge [Os Eventos Finais]. Gütersloh: C.
Bertelsmann, 1957, V impressão.
Andrews, John N. Three Messages of Revelation 14 [As Três
Mensagens de Apocalipse 14]. Heritage Library. Nashville, TN:
Southern Publ. Assn., 1970 (reimpressão de 1892).
Bacchiocchi, Samuele. From Sabbath to Sunday. A Historical
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As Profecias do Tempo do Fim 467
O SIGNIFICADO DAS SETE ÚLTIMAS PRAGAS
Apocalipse 15 e 16
O Enfoque Contextual
A sexta taça é derramada sobre "o grande rio Eufrates; e a sua água
secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente" (Apoc.
16:12). Durante o juízo da sétima praga, "a grande Babilônia" é
destruída (vs. 17-19). Obviamente, o Eufrates é o rio de Babilônia (ver
Jer. 51:63, 64). Seu "secamento" súbito aponta para trás, à seqüência
histórica na história de Israel: o repentino secamento do Eufrates,
seguido pela queda de Babilônia e a chegada dos reis do oriente. Isto
requer uma reconstrução cuidadosa da queda do Império Neobabilônico
como foi predita por Isaías (caps. 44-47) e Jeremias (caps. 50 e 51).
Isaías já tinha empregado o êxodo de Israel do Egito como um tipo do
êxodo de Israel de Babilônia. Assegurou-lhes que Deus voltaria a secar
uma vez mais as águas que formavam um obstáculo para a volta de Israel
à terra prometida:
"O Senhor destruirá totalmente o braço do mar do Egito, e com a força
do seu vento moverá a mão contra o Eufrates, e, ferindo-o, dividi-lo-á em
sete canais, de sorte que qualquer o atravessará de sandálias" (Isa. 11:15;
ver o v. 16).
O secamento do Eufrates demonstra o juízo de Deus sobre
Babilônia! Resultou em sua queda repentina e assim "preparou o
caminho" para a libertação de Israel do cativeiro de Babilônia.14
O Apocalipse transforma a história antiga da queda de Babilônia,
por meio do secamento das águas do Eufrates, em um tipo profético para
a era da igreja. Assim como Jeová e seu povo do pacto estavam situados
no centro da queda de Babilônia, assim Cristo e seu povo do novo pacto
estarão situados no centro da queda da Babilônia moderna. A história de
salvação de Israel será cumprida pela igreja de Cristo como seu antítipo.
As Profecias do Tempo do Fim 481
Para compreender esta grandiosa tipologia, devemos explicar a função
que desempenhou cada parte:
1. Babilônia se desempenhou como o opressor de Israel.
2. O Eufrates era uma parte integral de Babilônia, que a protegia e
por isso era hostil para com Israel.
3. O secamento do Eufrates indicava o juízo de Deus sobre
Babilônia, causando sua queda súbita. Cumpriu o papel de
preparar a libertação de Israel.
4. Ciro e seus reis aliados de Média e Pérsia (Jer. 50:41; 51:11, 28)
chegaram a Babilônia como os "reis do oriente" profetizados para
cumprir o propósito de Deus. Foram os inimigos de Babilônia e
os libertadores de Israel. Ciro foi "ungido" pelo Senhor para
derrotar Babilônia e para libertar Israel (Isa. 45:1).
5. Daniel e o Israel de Deus constituíam o povo do pacto de Deus,
fiel e arrependido, dentro de Babilônia (ver Dan. 9).
Estas caracterizações teológicas são os elementos essenciais da
queda de Babilônia. No livro do Apocalipse, Babilônia representa ao
arquiinimigo de Cristo e de sua igreja. No tempo do fim, tanto Babilônia
como Israel serão universais; o campo de ação territorial de cada um será
mundial. O evangelho se prega explicitamente "a toda nação, tribo,
língua e povo" (Apoc. 14:6). Esta quádrupla ênfase acentua sua extensão
universal. O anúncio seguinte na mensagem do segundo anjo, "caiu, caiu
a grande Babilônia", apóia-se no fato de que "tem dado a beber a todas
as nações do vinho da fúria da sua prostituição" (v. 8). Finalmente, todo
mundo chegou a estar sob seu feitiço,
Em harmonia com este alcance mundial de Babilônia, o anjo de
Apocalipse 17 aplica ao rio de Babilônia, o Eufrates, uma extensão
mundial: "Povos, multidões, nações e línguas" (v. 15). Os que insistem
em que o Eufrates apocalíptico representa só as pessoas que vivem na
localização geográfica do Eufrates, estão obrigados a seguir a mesma
interpretação com Babilônia, Israel, o monte Sião, etc. Estes intérpretes
falham em captar o caráter cristocêntrico da tipologia bíblica. O
As Profecias do Tempo do Fim 482
evangelho de Jesus Cristo nos liberta das restrições do literalismo étnico
e geográfico durante a era cristã.
"Então, derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar, e saiu grande voz
do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está! E sobrevieram
relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca
houve igual desde que há gente sobre a terra; tal foi o terremoto, forte e
grande. E a grande cidade se dividiu em três partes, e caíram as cidades
das nações. E lembrou-se Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do
vinho do furor da sua ira. Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram
achados; também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com
As Profecias do Tempo do Fim 485
pedras que pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da chuva
de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era
sobremodo grande" (Apoc. 16:17-21).
O derramamento da sétima praga "no ar" é ordenada por uma
"grande voz" que sai do trono no templo no céu, declarando: Feito está!
(Apoc. 16:17). Isto significa que Deus mesmo completa esta praga de
juízo como a culminação de uma ação litúrgica celestial, que
corresponde com a predição da retribuição divina do templo celestial
anunciada por Isaías: "Voz de Jeová que dá o pagamento a seus
inimigos" (66:6). A sétima praga é de uma importância e um impacto tão
dramáticos que os capítulos 17 a 19 desenvolvem adicionalmente esta
taça de juízo sobre Babilônia (ver Apoc. 16:19; 18:6; 19:2, 17-21). A
última das pragas se introduz por meio dos sinais cósmicos que
acompanham tradicionalmente a guerra santa de Jeová contra os
opressores de seu povo: relâmpagos, trovões e um "grande terremoto"
(16:18).
O "terremoto" desempenhava um papel distintivo nas teofanias do
Antigo Testamento e no panorama apocalíptico do dia do Senhor (ver
Êxo. 19:18; Sal. 68:8; 77:17, 18; 114; Isa. 64:3; Hab. 3). Um terremoto
universal é parte da guerra santa de Deus (Isa. 13:13; 24:18-23; 34:4;
Joel 2:10). Em seu artigo pioneiro, "O terremoto escatológico", Richard
Bauckhan declara:
"A identificação da teofania escatológica como uma nova teofania do
Sinai pertence à interpretação da história da salvação dos apocalipticistas,
segundo o qual os atos redentores de Deus no futuro se descrevem sobre o
modelo de seus atos passados".16
O terremoto sem precedentes da sétima praga não é um sinal
preliminar do dia do juízo e sim uma parte do juízo de Deus sobre a
própria Babilônia (ver Apoc. 16:18). A voz de Deus que fez estremecer o
Sinai, de novo fará estremecer os céus e a terra quando vier para julgar
(ver Heb. 12:25-29). João tinha mencionado este terremoto cósmico em
seu sexto selo (Apoc. 6:12) e na sétima trombeta (11:19).
As Profecias do Tempo do Fim 486
Enquanto que João acrescentou "grande saraivada" na sétima
trombeta (Apoc. 11:19), agora dá mais explicações sobre o "grande
saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento" [uns 40
quilos] (Apoc. 16:21). Esta característica final conecta a sétima praga
com o juízo de Gogue no tempo do fim, de que falou Ezequiel, quando
Gogue ataque o Israel de Deus. Deste modo Ezequiel declarou que o
juízo de Deus sobre Gogue será uma manifestação da "ira" divina (Ezeq.
38:18). Também descreveu a guerra de Jeová com característicos de uma
teofania tormentosa, terremoto e saraiva, tudo o que se corresponde com
Apocalipse 16:17-21.
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Para a Bibliografia, ver as páginas 489-491.
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As Profecias do Tempo do Fim 492
A SÉTIMA PRAGA: A RETRIBUIÇÃO DE BABILÔNIA
Apocalipse 17
APOCALIPSE 17
PASSADO PRESENTE FUTURO
CABEÇAS
CINCO CAÍRAM: A SEXTA ESTÁ A SÉTIMA AINDA
Babilônia; M-Pérsia; PRESENTE: NÃO VEIO
Grécia; Roma pagã; Durante o tempo do
ROMA PAPAL. fim.
CHIFRES
Coroados: Monarquias Destronados: As de- Coroados por una
medievais. mocracias desde a hora: Unem-se com a
Revolução Francesa. besta ressuscitada.
BESTA
ERA: Quando perseguiu. NÃO É: Não persegue, E SERÁ: Fará guerra
porque sofre una contra o Cordeiro e seus
ferida mortal. seguidores ( l 7:12-14).
MUDANÇA REPENTINA:
A besta e os 10 chifres
destroem a meretriz
(17:16).
Referências
A Bibliografia para Apocalipse 17 e 18 a encontrará nas pp. 540-543.
"E, depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande
poder, e a terra foi iluminada com a sua glória" (Apoc. 18:1).
A descida deste anjo do céu à terra tem um efeito visível e imediato:
"A terra foi iluminada com a sua glória (em gr., doxa: 'glória']". O
antecedente desta manifestação da glória divina é a promessa de
Ezequiel 43:2 feita a Israel no cativeiro de que Deus voltaria para seu
novo templo do oriente. Em Apocalipse 18 a "glória" se refere à
qualidade da presença de Deus por meio dos enviados de Cristo; uma
qualidade que corresponde ao anjo que vem do oriente com o selo do
Deus vivo durante o sexto selo em Apocalipse 7:2 e ao anjo do capítulo
10. Esta manifestação de esplendor do céu está conectado com a
mensagem do tempo do fim que demanda fidelidade à Palavra de Deus e
ao testemunho de Jesus, e sobre essa base a chamada para separar-se de
Babilônia.
O anjo de Apocalipse 18:1 está comissionado com "grande poder" e
é particularmente importante para o mundo cristão. Sua "voz potente"
deve alcançar a toda o povo sobre a terra. A essência de sua mensagem é
mais que a condenação iminente de Babilônia que está expresso pelo
anúncio "caiu, caiu a grande Babilônia" (v. 2). Esta mensagem repete a
As Profecias do Tempo do Fim 522
mensagem do segundo anjo de Apocalipse 14:8. Por isso Apocalipse 14
e 18 estão intimamente ligados, o que indica a identificação da "voz
potente" de Apocalipse 18:1 e 2 com o povo que guarda os mandamentos
de Deus e a fé de Jesus em Apocalipse 14:12.
O veredicto judicial do tribunal celestial dá urgência à mensagem.
Conecta a declaração da queda de Babilônia com a sessão do tribunal de
Daniel 7:9 e 10, onde se declara em termos positivos o propósito do juízo
celestial: "Até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do
Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino" (Dan.
7:22). Já a expressão "a grande Babilônia" está adotada de Daniel 4:30.
Este pano de fundo daniélico esclarece o marco do pacto da condenação
de Babilônia em Apocalipse 18. Referindo-se a isto, disse George Caird:
"Apesar do assombro de sua proclamação, este anjo é um anjo do
evangelho. Vem não para regozijar-se triunfalmente sobre os caídos, e sim
para anunciar o triunfo dos propósitos de Deus e a libertação final do povo
de Deus de toda opressão".3
Quanto a isto, é instrutivo perceber como Apocalipse 18
complementa o capítulo 17. As visões são duas caras da mesma moeda.
Enquanto que o capítulo 17 mostra o controle final de Satanás pelo
domínio mundial por meio da besta que "está para subir do abismo"
(17:8), no capítulo 18 Deus atua por meio do anjo que desce do céu com
grande poder (18:1). Só ao unir Apocalipse 17 e 18 chegamos a nos dar
conta da urgência e a oportunidade da mensagem final de admoestação.
O comentário do Louis F. Were assinala às ações combinadas em ambas
as visões:
"Representa-se o poder do mal, particularmente o poder da
perseguição religiosa, que aumenta em intensidade até que todo mundo cai
na armadilha; o outro representa o poder especial que o céu derramará
sobre a igreja remanescente para fazer frente ao crescente poder do mal". 4
Este argumento do tempo do fim nos recorda do começo da igreja
em Pentecostes, quando recebeu poder para fazer frente à primeira onda
de perseguição. Podemos ver uma situação paralela no tempo do fim, tal
como esclareceu Ellen White:
As Profecias do Tempo do Fim 523
"A grande obra do evangelho não deverá encerrar-se com menor
manifestação do poder de Deus do que a que assinalou o seu início. As
profecias que se cumpriram no derramamento da chuva temporã no início do
evangelho, devem novamente cumprir-se na chuva serôdia".5
É significativo recordar que as palavras do anjo, "caiu, caiu a
grande Babilônia", foi primeiro pronunciada por Isaías quando anunciou
a Jerusalém que Babilônia tinha caído nas mãos de Ciro, o rei do oriente
(Isa. 21:9). Essa foi uma boa nova para o povo de Deus daquele tempo; é
a mesma boa nova para a igreja de Deus agora. Aqui está a conexão
tipológica de Apocalipse 18 com Israel. A situação antiga em uma escala
nacional é o tipo profético da situação mundial com respeito à igreja de
Cristo.
Agora o anjo se detém sobre a desolação da Babilônia do tempo do
fim: "e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito
imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável" (Apoc.
18:2). Esta linguagem profética está tomada das predições de Isaías a
respeito da sorte de dois arquiinimigos de Israel: Babilônia e Edom (ver
Isa. 13:21, 22 e 34:11-14). Ao que parece, João percebeu uma unidade
básica entre oráculos proféticos de condenação contra Israel e seus
inimigos. João estende todas as antigas maldições de Deus ao poder do
tempo do fim que é inimigo de Deus e de seu povo. Entretanto, o
conceito "imundo" que se reitera João o acrescenta para ressaltar seu
contraste com a futura cidade nova de Jerusalém, a cidade santa na qual
não entrará "nada imundo" (ver Apoc. 21:27). O anjo continua
detalhando a razão para a condenação de Babilônia:
"Pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição.
Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se
enriqueceram à custa da sua luxúria" (Apoc. 18:3).
Podemos distinguir três grupos como os sócios de Babilônia: as
nações, os reis da terra e os mercadores da terra. As acusações contra
eles são fundamentalmente as seguintes: o ter bebido do vinho do furor
da fornicação de Babilônia e o enriquecimento econômico excessivo, a
"adoração idolátrica de Mamom".6 Estas acusações dão a entender que a
As Profecias do Tempo do Fim 524
Babilônia eclesiástica é tido como responsável não só por seus próprios
pecados mas também pelo crime de corromper a outros no mundo civil.
"E ouvi outra voz do céu que dizia: Sai dela, povo meu..." (Apoc.
18:4). Alguns comentadores atribuem a Cristo esta voz celestial, porque
se dirige aos santos como "povo meu". Seja como for, esta voz repete a
antiga chamada para sair que fez a Israel, aos seguidores de Cristo do
tempo do fim, como o explica a comparação seguinte:
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As Profecias do Tempo do Fim 544
COMPREENDENDO O MILÊNIO
Apocalipse 19 e 20
O Contexto de Apocalipse 19
"Tu, pois, ó filho do homem, assim diz o Senhor Jeová: Dize às aves de
toda espécie e a todos os animais do campo: Ajuntai-vos, e vinde, vinde de
toda parte para o meu sacrifício, que eu sacrifiquei por vós, sacrifício grande
nos montes de Israel, e comei carne, e bebei sangue...E vos fartareis, à
minha mesa, de cavalos, e de carros, e de valentes, e de todos os homens
de guerra, diz o Senhor Jeová" (Ezeq. 39:17-20, RC).
Comparação de Apocalipse 12 e 20
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As Profecias do Tempo do Fim 581
O SIGNIFICADO DA NOVA JERUSALÉM
Apocalipse 21 e 22
"Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra
passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova
Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva
adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono,
dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com
eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes
enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá
luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele
que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E
acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Disse-
me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu,
a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. O vencedor
herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho. Quanto,
porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos
impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que
lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda
morte" (Apoc. 21:1-8).
Esta visão de João continua a série de visões ("Vi") que começaram
com a do segundo advento em Apocalipse 19:11. Alguns inclusive
consideram Apocalipse 21:1-8 como "a parte mais importante de seu
livro".1 Apocalipse 20 e 21 estão unidos por muitos elos. Ambos falam
de "céu e terra" (20:11; 21:1), do "mar" (20:13; 21:1), do "livro da vida"
(20:12; 21:17), do "trono" de Deus (20:11; 21:3), da "segunda morte"
(20:14; 21:8) e do "lago de fogo" (20:15; 21:8). Estas conexões
confirmam que a visão da Nova Jerusalém é a culminação da longa
cadeia de visões que aparecem em Apocalipse 19:11 a 21:8. Em outras
palavras, a visão de "um novo céu e uma terra nova" (21:1) segue à
segunda vinda de Cristo (19:11-16) e ao milênio.
A descida da presença constante de Deus sobre a terra renovada é o
propósito do plano de Deus e de seus juízos sobre a humanidade
pecadora. Por conseguinte, a visão de Deus morando com os homens em
As Profecias do Tempo do Fim 582
Apocalipse 21:1-8 forma o ponto culminante de todas as visões
anteriores de João, e a consumação da esperança dos mártires. Roy
Naden diz bem. "Sob a inspiração do Espírito Santo, os dois últimos
capítulos de seu livro [o de João] formam o cântico mais sublime".2
Agora João recebe visões repetidas da Nova Jerusalém (Apoc. 21:1-
8, 10-27; 22:1-6), que revelam progressivamente o esplendor da cidade
de Deus. O fato de que João volta a ouvir a voz de Deus desde seu trono
ordenando que escrevesse palavras que são "fiéis e verdadeiras" (21:5) é
significativo. Desta maneira Deus autentica a veracidade do que João
viu. As palavras de Deus estão formuladas nas promessas do Antigo
Testamento que eram familiares ao povo de Israel. João usa estas alusões
para enfatizar a continuidade do pacto de Deus. Destaca seu
cumprimento repetindo sete vezes que Deus e o Cordeiro estão unidos
inseparavelmente com a Nova Jerusalém (21:9, 14, 22, 23, 27; 22:1, 3).
Dessa maneira João informa à igreja que suas visões da Nova Jerusalém
são em essência diferentes das esperanças nacionais judaicas de seu
tempo. Sua esperança futura se centraliza em Cristo Jesus e em seu povo
universal.
Ao adotar a linguagem gráfica de Isaías e Ezequiel, João descreve
"a realidade indescritível do céu... o quadro mais detalhado que alguma
vez se deu na Escritura da realidade incomparável que Deus preparou
para seus filhos".3
Referências
Para a Bibliografia, ver na página 603-605.
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EPÍLOGO
Referências
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Referências