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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

MÓDULO II

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO II

2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS

2.1 ABORDANDO CONCEITOS

Para Chaves (1999) faz-se necessário distinguir o que seja Educação a


Distância, Aprendizagem a Distância e Ensino a Distância. Ele caracteriza Educação
e Aprendizagem como sendo processos que acontecem dentro das pessoas e não
há a possibilidade de ser realizada a distância. Portanto, considera as expressões
Educação a Distância e Aprendizagem a Distância, totalmente inadequadas ao
propósito a que se propõem. Pois educação e aprendizagem acontecem onde quer
que o indivíduo esteja educando-se ou aprendendo. Segundo o autor, não há como
fazer e entender teleducação e teleaprendizagem.
Ainda segundo Chaves (1999), o Ensino a Distância é perfeitamente
possível acontecer, pois ocorre o tempo todo, como, por exemplo, quando utilizamos
um livro que foi escrito para nos ensinar alguma coisa, ou quando assistimos ou
temos acesso a uma informação. Para ele, a expressão “Ensino a Distância” faz
perfeito sentido porque quem está ensinando, o ensinante, está espacialmente
distante (geograficamente) de quem está aprendendo, o aprendente. Percebe-se,
portanto, divergências sobre o que seja Educação, Ensino e Aprendizagem a
Distância. Assim, é necessário buscar auxílio em outros autores para reforçar ou
refutar tais ideias ou termos utilizados.
Se educar e aprender são processos internos e que independem do espaço
e do tempo, podemos então pensar que esses processos acontecem a distância
sim. Aprendemos ou educamos e também ensinamos com o auxílio de tecnologias,
por meio da nossa postura e de nossas palavras e até mesmo com o nosso silêncio.
Então, dependendo da estrutura que o curso adota, com certeza também adotará

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uma terminologia, como Ensino, Educação e Aprendizagem a Distância, mas é
interessante pensarmos que independente de lugar, espaço, tempo, tecnologias ou
denominações, quando falamos em educação, estamos automaticamente falando
em ensino, aprendizagem e educação, pois esses são termos que não podem ser
desvinculados, um está interligado ao outro.
Para Barros (2003), na sociedade da informação e do conhecimento todas
as definições expressas sobre o que seja Educação a Distância trazem diversas
formas de relação entre tecnologia, educação, processo ensino-aprendizagem e
ação docente, em um determinado tempo e espaço diferenciados.
Várias são as discussões conceituais
Ensino-Aprendizagem sobre os termos utilizados, e para Barros
É o método baseado na solução (1999), em relação ao conceito de Educação a
de problemas.
Distância, as diferenças estão presentes na
terminologia educação e ensino a distância.
Barros (1999) chama a atenção para a diferença entre ensino e educação.
Para ele, o ensino caracteriza-se pela instrução, transmissão de conhecimentos e
informações, adestramento, treinamento. Ainda segundo o autor, a educação é o
processo de ensino-aprendizagem que leva o indivíduo a aprender a aprender, a
saber, pensar, criar, inovar, construir conhecimentos, participar ativamente de seu
próprio crescimento. Para que possamos entender as diferenças conceituais é
interessante observar o que dizem diferentes autores, iniciando por Niskier (apud
BARROS, 1999, p.17).

Educação a distância é a aprendizagem planejada que geralmente ocorre


num local diferente do ensino e, por causa disso, requer técnicas especiais
de desenho de curso, técnicas especiais de instrução, métodos especiais de
comunicação através da eletrônica e outras tecnologias, bem como arranjos
essenciais organizacionais e administrativos.

Netto (apud BARROS, 1999, p. 17):

Educação a distância refere-se a ensino e aprendizagem em circunstâncias


nas quais o professor e o aprendiz estão separados um do outro no tempo e
no espaço; inclui telecursos, estudos por correspondência, ensino
aprendizagem por meio de computador como parte de um sistema
abrangente de educação ou treinamento que culmina com a
complementação de uma tarefa, curso, currículo ou programa de
treinamento.

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Chermann e Bonini (apud BARROS, 1999, p. 18):

Educação/ensino a distância é um método racional de partilhar


conhecimentos, habilidades e atitudes através da aplicação da divisão de
trabalho e de princípios organizacionais, tanto quanto pelo uso extensivo de
meios de comunicação, especialmente para o propósito de reproduzir
materiais técnicos de alta qualidade, os quais tornam possível instruir um
grande número de estudantes. Ao mesmo tempo, enquanto esses materiais
durarem é uma forma industrializada de ensinar e aprender.

Aretio (apud SARTORI, 2002, p. 36):

Educação a distância é um sistema tecnológico e de comunicação de


massa bidirecional, que substitui a interação pessoal, em aula, de professor
e aluno, como meio preferencial de ensino, pela ação sistemática e conjunta
de diversos recursos didáticos e o apoio de uma organização tutorial, que
propiciam a aprendizagem autônoma dos estudantes.

Segundo Laaser (apud SARTORI, 2002, p. 36), “o termo educação a


distância é usado para abranger variadas formas de estudo, em todos os níveis, nas
quais os estudantes não estejam em contato direto com os seus professores”.
Para Lobo (apud SARTORI, 2002, p. 37), “a educação a distância é uma
modalidade de realizar o processo educacional quando [...] promove-se à
comunicação educativa, por meios capazes de suprir a distância que os separa
fisicamente”.
Sartori (2002, p. 37) fazendo referência ao Ministério de Educação e Cultura
– MEC, por meio do Decreto nº. 2494/98, em seu artigo primeiro, oferece a seguinte
definição oficial para Educação a Distância:

A EaD é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a


mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados,
apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados
isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de
comunicação.

Moore (apud RODRIGUES, 1998, p. 45) diz:

O ensino a distância é o tipo de método de instrução em que as condutas


docentes acontecem à parte das discentes, de tal maneira que a
comunicação entre o professor e o aluno se possa realizar mediante textos
impressos, por meios eletrônicos, mecânicos ou por outras técnicas.

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Para Holmberg (apud RODRIGUES, 1998, p. 45):

O termo “educação a distância” esconde-se sob várias formas de estudo,


nos vários níveis que não estão sob a contínua e imediata supervisão de
tutores presentes com seus alunos nas salas de leitura ou no mesmo local.
A educação a distância se beneficia do planejamento, direção e instrução
da organização do ensino.

E, pela Lei Francesa, “ensino a distância é o ensino que não implica a


presença física do professor indicado para ministrá-lo no lugar onde é recebido, ou
no qual o professor está presente apenas em certas ocasiões ou para determinadas
tarefas” (FRANÇA apud BELLONI, 2001, p. 25).
Se observadas as diferentes bibliografias, veremos que os conceitos são os
mais variados possíveis para o termo Educação a Distância. Não é nossa intenção
aqui definir qual seja o mais correto, pois isso cabe à instituição que oferece os
cursos nessa modalidade. Apenas gostaríamos de ressaltar que ambas as
definições estão preocupadas em destacar o sistema que cada instituição oferece. O
que faz a diferença em cursos a distância não é o conceito adotado pela instituição,
mas sim a credibilidade e a seriedade com que a empresa apresenta e dirige o seu
trabalho.

2.2 CARACTERÍSTICAS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A Educação a Distância é caracterizada basicamente pela separação do


professor e aluno no tempo e no espaço (geograficamente), sendo que o controle do
aprendizado é realizado de forma mais intensa pelo aluno, o que caracteriza o
estudo como independente. A comunicação entre alunos e professores é mediada
por documentos impressos ou alguma forma de tecnologia, sendo o tutor o elo entre
universidade, professor e aluno.
Sartori (2002) destaca pontos fundamentais que caracterizam a Educação a
Distância. Um dos pontos é a simultaneidade que ocorre entre o estudo e o trabalho.
O aluno consegue estabelecer horários de estudo que não impliquem em seu

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trabalho, criando a autonomia em seus estudos, uma vez que não precisa estar
presencialmente na universidade para estudar.

Outro fator destacado é a possibilidade


Educação tradicional ou
convencional - de acesso à educação por uma população mais
Em EaD, geralmente quer dizer
educação presencial. ampla, que se encontra geograficamente
Ver “conventional education”.
distante. Também há a possibilidade de os
estudantes percorrerem trajetórias diferentes de
estudo, de acordo com suas necessidades sociais, culturais e
educacionais.
Percebemos que o acadêmico da Educação a Distância desenvolve
habilidades que implicam certas capacidades que não são observadas na educação
presencial. O aluno desenvolve a autonomia em seus estudos, pois é possível
estabelecer horários e locais que lhe são convenientes e oportunos, respeitando o
seu ritmo de aprendizagem. Desenvolve a capacidade auto-organizativa e o
aprendizado autodirigido, justamente pelo fato da distância geográfica que impede
que professores e alunos estejam no mesmo espaço e no mesmo tempo.
Uma das características essenciais da Educação a Distância são a
interatividade e o trabalho colaborativo que surge entre os alunos. Essa
interatividade acontece entre professores, por meio de alguma tecnologia, com o
tutor e aluno-aluno, o que faz com que o termo “a distância” indique apenas a
separação física entre ambos, sendo superada pela mediação e a interatividade.
O autoconhecimento, a disciplina e a determinação são fatores
característicos da Educação a Distância, desenvolvidos e motivados pela separação
física e geográfica entre professores e alunos. Esses fatores são desenvolvidos
conforme as necessidades de cada indivíduo, que inseridos em contextos
diferenciados e diversificados apresentam também graus diferentes de
necessidades.
Também podemos destacar como característica da Educação a Distância o
fato do aluno adequar-se aos modelos de ensino propostos pela instituição,
utilizando diferentes meios tecnológicos. São competências que o indivíduo
desenvolve para viver em sociedade, principalmente em uma sociedade que a todo

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instante modifica-se e exige indivíduos capazes, capacitados para viver em grupo e
desenvolver atividades voltadas para o coletivo.
Belloni (2001, p. 5) enfatiza que os indivíduos das sociedades
contemporâneas necessitam desenvolver competências múltiplas, aprender a
trabalhar em equipe, capacidade de aprender e de adaptar-se a situações novas.
Para sobreviver na sociedade e integrar-se no mercado de trabalho, o indivíduo
precisará desenvolver uma série de capacidades novas, como: autogestão,
capacidade de resolver problemas, adaptação e flexibilidade diante de novos
desafios, responsabilidade, aprender por si próprio e constantemente a trabalhar em
grupo de modo cooperativo e pouco hierarquizado.
Os cursos em Educação a Distância priorizam essas competências e
habilidades, que por si só são desenvolvidas pela necessidade imposta pelo curso: a
superação do ensino presencial.

2.3 ENSINO E APRENDIZAGEM COM QUALIDADE NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A Educação a Distância, contemplada no Plano Nacional de Educação


(PNE), recebe especial atenção como forma de atingir com qualidade um número
cada vez maior de beneficiários, vencendo as barreiras das distâncias geográficas e
obtendo melhor adaptação aos horários de vida dos trabalhadores que necessitam
estudar.
Para Oliveira (2001), são diversos os condicionamentos e circunstâncias que
estão interferindo na consolidação da educação superior a distância. A Educação a
Distância vem consolidando-se como alternativa para o aperfeiçoamento profissional
e a aprendizagem inicial e continuada, na dimensão da educação permanente.
De acordo com Delors (2000), a experiência do ensino a distância
demonstrou que, no nível do ensino superior, uma dose sensata de utilização dos
meios de comunicação social, de cursos por correspondência, de tecnologias de
comunicação informatizadas e de contatos pessoais pode ampliar as possibilidades
oferecidas, a um custo relativamente baixo se comparado à educação presencial.

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Alguns países, entre eles o Brasil, atendem hoje a um segmento da
sociedade de forma significativa, graças às instituições de ensino superior a
distância. Ampliar e democratizar o acesso ao ensino superior é uma necessidade
cada vez maior, e os estabelecimentos encontram-se pressionados para poder fazer
jus a uma demanda sempre mais acentuada na oferta dessa forma de estudo.
Sendo assim, cria-se uma expectativa muito grande quanto a um ensino de
qualidade que está sendo apresentado à sociedade, uma vez que a exigência de
qualidade tornou-se uma preocupação essencial no ensino superior por parte dos
órgãos competentes e da própria sociedade. Educar dentro do contexto da
educação a distância requer desenvolver princípios, diretrizes ou critérios que
possam assegurar um ensino de qualidade.
Para se mencionar garantia de qualidade na educação, um leque de
estratégias se faz presente para que o progresso de um projeto em Educação a
Distância possa incluir alguns tópicos como: o desenvolvimento do curso, a
formação dos professores, o atendimento oferecido aos estudantes, os recursos de
aprendizagem, a infraestrutura e os resultados da avaliação de forma substancial.
A exigência de qualidade tornou-se uma preocupação essencial no ensino
superior. A exigência da qualidade e de políticas que busquem assegurar qualidade
exige que se procure melhorar simultaneamente cada um dos componentes da
instituição, considerada como entidade global que funciona como um sistema
coerente (UNESCO, 1998).
Ao mencionar ensino de qualidade, Moran (1999), estabelece algumas
variáveis:

 Uma organização inovadora, aberta, dinâmica, com um projeto


pedagógico coerente, participativa com infraestrutura adequada,
atualizada, confortável; tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas;
 Uma organização que reúna docentes preparados comunicacional,
intelectual, emocional e eticamente bem remunerados, motivados e com
boas condições profissionais;
 Uma organização que tenha alunos motivados, preparados intelectual e
emocionalmente com capacidade de gerenciamento pessoal e grupal;

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 Ainda que para designar qualidade, educação tem sido o termo para tal
função, Demo (1994) aponta uma série de razões por considerar;
 Como instrumento, demonstrando a construção do conhecimento e, como
fim, a preocupação em torno da realidade e da vida;
 Como expediente formativo, apresenta procedimentos pertinentes em
termos de qualificar a população tanto para fazer os meios quanto para
atingir os fins;
 Estando na base da formação do sujeito histórico crítico e criativo,
educação perfaz a estratégia mais decisiva de fazer oportunidade.

Os dois termos, educação e qualidade se implicam intrinsecamente, já que


não há como chegar à qualidade sem educação, bem como não será educação que
não se destina a formar o sujeito crítico e criativo.
No futuro, ninguém sobreviverá, em meio à competitividade crescente do
mercado, sem uma educação fundamental que lhe entregue os instrumentos para a
satisfação de suas necessidades básicas de aprendizagem no que se refere a
competências mínimas e flexíveis, no fundo, é a isso que se refere a questão da
qualidade (ASSMANN, 1998).
Em termos de qualidade voltada para o cenário da universidade, apontados
por Demo (1994), podem ser retratados também nas iniciativas que tomar a serviço
da sociedade, demonstrando utilidade prática, destacando:
 Socialização do conhecimento construído: a universidade deve colocar
à disposição o conhecimento que constrói, por meio de publicações, seminários e
conferências, eventos de promoção, atingindo, sobretudo a grande população.

 Educação a distância: com o objetivo de diplomar ou conferir certificados,


dirigida ao aperfeiçoamento do conhecimento, baseando-se em didáticas
construtivas realizadas por meios eletrônicos como também por correio ou similares.

 Cursos de formação permanente: a primeira necessidade é atender


profissionais da ativa (privada ou pública) que reclamam capacitação; ex-alunos que
pretendem regressar do ambiente acadêmico para aprimoramentos, recapacitação;

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quem necessite de competência sempre atualizada, como a economia competitiva,
as empresas públicas, as entidades de serviço público e assim por diante.

 Pesquisa básica ligada à pesquisa operacional: a universidade deve


dominar o processo de gerar o conhecimento; caso contrário, as empresas tendem a
substituir as instituições acadêmicas com a intenção de pesquisar apenas o que as
interessa economicamente. Desse modo, permite valorizar de modo incisivo a forma
universitária de pesquisar, que privilegia, sobre o fazer e o saber fazer.

 Fomento à criatividade empresarial: tendo em vista que, diante dos


desafios econômicos modernos, a oferta de trabalho tenderá a decrescer, há
universidades que se propõem a fomentar entre os diplomados empreendimentos
próprios, sob todas as formas, individuais ou em grupo, tornando o conhecimento
adquirido uma fonte produtiva.

 Humanização do progresso: uma das expectativas mais explícitas da


sociedade é que a universidade tenha a devida competência para dominar a técnica
e fazê-la instrumento de humanização do progresso.

A qualidade do ensino superior é uma noção pluridimensional, que depende


muito do ambiente de um dado sistema, da missão de cada estabelecimento ou
ainda das normas e condições que regem as diversas disciplinas.
A aptidão para responder às necessidades e expectativas da sociedade
depende, em última análise, da qualidade do pessoal, dos programas e dos
estudantes, como também da infraestrutura e do ambiente universitário (UNESCO,
1998).
A educação, em sua etimologia – de educare (ato de criar, de alimentar) ou
também de educere (conduzir para fora) no sentido de ser para fora da “forma” da
estrutura – propondo uma relação muito íntima e até afetiva entre o educador e o
educando, ambos influenciando-se e transformando-se mutuamente. Na visão de
Landim (1997), educação é a prática educativa na sua essência, o processo ensino-
aprendizagem, que leva o indivíduo a aprender a aprender, ao saber pensar, criar,
inovar.

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Portanto, é um processo de humanização que alcança o pessoal e o
estrutural, partindo da situação concreta em que se dá a ação educativa em uma
relação dialógica. Portanto, quando falamos em educação, estamos nos referindo a
todas as concepções que ela nos envolve na vida, nas relações sociais, pessoais,
políticas e juntamente com a natureza.
A educação, porém, não é um conceito moralmente neutro. Educar (alguém
ou a si próprio) é, por definição, fazer algo que é considerado moralmente correto e
valioso. Usamos outros conceitos para nos referir a processos de certo modo
parecidos com a educação, mas que não são moralmente aprovados, como, por
exemplo, doutrinação.
A aprendizagem está presente em qualquer atividade humana em que
possamos aprender algo. A aprendizagem pode ocorrer de duas formas: casual,
quando for espontânea, ou organizada, quando for aprender um conhecimento
específico.
Com isso, concluímos que ensino-aprendizagem com qualidade é um
processo de assimilação de determinados conhecimentos e modos de ação física e
mental. Isso significa que podemos aprender conhecimentos sistematizados,
hábitos, atitudes e valores. Nesse sentido, temos o processo de assimilação ativa
que oferece uma percepção, compreensão, reflexão e aplicação que se desenvolve
com os meios intelectuais, motivacionais e atitudes do próprio aluno, sob a direção e
orientação do professor. Podemos ainda dizer que existem dois níveis de
aprendizagem humana: o reflexivo e o cognitivo. Isso determina uma interligação
nos momentos da assimilação ativa, implicando nas atividades mentais e práticas.
O ensino-aprendizagem com qualidade é uma atividade planejada,
intencional e dirigida, não sendo em hipótese alguma casual ou espontânea. Com
isso, podemos pensar que o conhecimento se baseia em dados da realidade.
Para que esse processo de aprendizagem com qualidade ocorra na
Educação a Distância se faz necessário dois componentes fundamentais: a
interação a autonomia. Interação é a troca de informação
entre os participantes do processo
A comunicação e interação estão de ensino/aprendizagem.
Em EAD, existem várias formas de
intimamente relacionadas. A teoria de Piaget interação: (guidance; conversation;
guided conversation; feedback;
afirma que a interação interindividual é concebida feedforward; etc).

em uma dimensão coletiva, estabelecida por relações sociais, permitindo um

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entendimento na direção de uma explicação, não apenas psicológica, mas também
sociológica, da construção do conhecimento. Belloni (1999) reforça afirmando que a
aprendizagem é um processo social que envolve a atividade de construção de novo
conhecimento e compreensão por intermédio do trabalho individual, em grupo e
também por meio de interação entre os pares. Tal afirmação é apoiada por Peters
(2001) com a adição de que, para este autor, a socialização dos indivíduos se dá
pela aprendizagem de símbolos e papéis.
Ramos (1996, p. 245) define autonomia como sendo a capacidade de
pesquisar, de se organizar e de pensar de forma crítica e independente. De acordo
com o autor, a autonomia não significa isolamento, pelo contrário, “é a capacidade
de superação de pontos de vistas, de compartilhamento de escalas de valores e de
sistemas simbólicos, de estabelecimento conjunto de metas e estratégias, que está
presente nas relações cooperativas”.
Assim sendo, a autonomia significa assumir a aprendizagem por meio das
metas e propósitos da mesma. Essa atitude leva a uma mudança externa de
consciência, na qual o estudante vê o conhecimento como contextual e livre de
perguntas do que foi aprendido.
Na educação a distância, a possibilidade de comunicação caracteriza não
somente uma importante interação humana, mas também a interatividade com o
material de ensino. O conceito de interação envolve a ação recíproca entre dois ou
mais sujeitos e ela pode ser direta ou indireta (quando mediada por algum veículo
técnico de comunicação). No contexto da educação a distância, a interação entre os
indivíduos tende a ser indireta devido ao fato de dependerem do uso de alguma
tecnologia de comunicação.
A interatividade, por sua vez, é a atividade humana frente à máquina, isto é,
o sujeito age sobre a máquina e esta lhe envia de volta uma retroação (BELLONI,
1999). O grau de interatividade é permitido de acordo com a flexibilidade oferecida
por cada componente didático utilizado em uma determinada atividade, apesar de
permitir uma adaptação das necessidades individuais. Por outro lado, a flexibilidade
exige novos perfis, tanto do professor quanto do aluno.
Há uma conexão conceitual entre educação e aprendizagem: não há
educação sem que ocorra aprendizagem; ou, invertendo, se não houver
aprendizagem, não haverá educação. A aprendizagem, entretanto, pode resultar de

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um processo “de fora para dentro”, como o ensino, ou de um processo gerado “de
dentro para fora”, autoaprendizagem, ou aprendizagem não decorrente do ensino.
Aprendemos muitas coisas sem que ninguém nos ensine.
Tanto o ensino como a aprendizagem são conceitos moralmente neutros.
Podemos ensinar e aprender tanto coisas valiosas como coisas sem valor ou
mesmo nocivas, pois a aprendizagem é um processo que ocorre dentro do indivíduo.
Mesmo quando a aprendizagem é decorrente de um processo bem-sucedido de
ensino, ela ocorre dentro do indivíduo, e o mesmo ensino que pode resultar em
aprendizagem, em algumas pessoas pode ser totalmente ineficaz em relação a
outras.

AUTOAPRENDIZAGEM

Modalidade em que o
aprendiz, a partir de
material didático
disponível e orientações
pedagógicas específicas,
aprende e constrói seu
próprio conhecimento.

2.4 AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

A expressão Ambiente Virtual


Ambiente Virtual de Aprendizagem -
de Aprendizagem (AVA) refere-se ao É um site ou ambiente na Internet cujas
ferramentas e estratégias são elaboradas
amplo conceito de espaço de para propiciar um processo de aprendizagem,
por meio de trocas entre os participantes,
aprendizagem possibilitado pelas incentivando o trabalho cooperativo.
tecnologias informáticas e que se
caracteriza por ser, antes de tudo, um espaço “onde acontecem interações
cognitivo-sociais, possibilitadas pela interface gráfica” (VALENTINI; SOARES, 2005).

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Esses espaços propiciam o uso de ferramentas especialmente produzidas ou
adaptadas para a finalidade educativa, criando oportunidades para que a
aprendizagem aconteça de formas diversas.
A origem dos sistemas de gerenciamento de aprendizagem remonta aos
anos 80 e aos sistemas de conferência por computador, bulletin board ou
groupware, que rodavam em redes internas, já que ainda não existia a Internet.
Esses meios caracterizavam-se como ferramentas de comunicação
predominantemente assíncronas, que viabilizavam o envio de mensagens em
tempos e espaços diversos. A criação da Internet, no final dos anos 80 e, mais tarde,
a tecnologia de janelas gráficas, alteraram significativamente a funcionalidade
desses sistemas.
Atualmente, os ambientes de aprendizagem se configuram e se
caracterizam como espaços que organizam recursos e ferramentas que englobam
elementos técnicos – como computadores, softwares e servidores, entre outros;
humanos – alunos, professores e demais profissionais envolvidos no processo; e
suas relações – troca de e-mails, discussões em fóruns e listas, construção coletiva
de texto, etc.
Se inicialmente as experiências educativas por meio de computador
preocupavam-se em disponibilizar materiais, privilegiando experiências mais
diretivas, aproximando-se da modalidade a distância até então praticada, como o
envio de materiais por correspondência ou aulas por meio de TV ou rádio, o uso das
ferramentas viabilizadas pelas tecnologias de informação e comunicação fez com
que, rapidamente, “interatividade” se tornasse a palavra de ordem e as experiências
colaborativas e cooperativas passaram então a ganhar espaço, em uma sociedade
que deseja a criação de comunidades virtuais e valoriza as construções conjuntas e
as trocas de conhecimento.
Os ambientes virtuais de aprendizagem devem estar em sintonia com um
projeto político-pedagógico construído de forma lúcida e criativa por interessados em
EaD. Dessa maneira, o AVA precisa refletir em suas estratégias de ensino e
aprendizagem o esboço de mundo desejado e atualizar a expectativa de constituir
um elo para a inovação pedagógica. O uso de ambientes virtuais de aprendizagem
vem se destacando, nos mais diversificados contextos educativos, como forma de
aumento dos espaços pedagógicos, promovendo o acesso à informação e à

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comunicação em tempos diferenciados e sem a necessidade de professores e
alunos partilharem os mesmos espaços geográficos.

2.4.1 Características de alguns Ambientes Virtuais de Aprendizagem

AulaNet:
O AulaNet é um ambiente baseado na web, desenvolvido no Laboratório de
Engenharia de Software - LES - do Departamento de Informática da PUC-Rio, para
administração, criação, manutenção e participação em cursos a distância. Os cursos
criados no ambiente AulaNet enfatizam a cooperação entre os aprendizes e entre
aprendiz e docente e são apoiados por uma variedade de tecnologias disponíveis na
Internet. Ao criar este ambiente, a equipe do LES tinha como objetivos contribuir
com mudanças pedagógicas, promover a adoção da web como um ambiente
educacional e criar comunidades de conhecimento.
O AulaNet se fundamenta nas seguintes premissas:
 O autor do curso não precisa ser um especialista em Internet;
 O autor do curso deve enfatizar a interatividade de forma a atrair a
participação intensa do aprendiz;
 Deve ser possível a reutilização de conteúdos já existentes em mídia
digital, por meio, por exemplo, da importação de arquivos. O ambiente AulaNet é
encontrado em diversas universidades como na UFRGS
(http://aulanet.cinted.ufrgs.br/aulanet2/). O AulaNet também possui seu próprio
domínio (http://www.aulanet.com.br/) e oferece diversos cursos e tutoriais para os
alunos cadastrados.
O sistema possui dois perfis de usuários:
 Professores: Nesse ambiente os professores possuem acesso aos
recursos para administrar o grupo, avaliar o progresso do aluno e acesso ao
ambiente educacional.
 Alunos: Ambos possuem acesso ao ambiente educacional que dispõe os
meios para que haja um aprendizado colaborativo.

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Moodle:
O Moodle (http://moodle.org) é um ambiente de gerenciamento de
aprendizagem (LMS – Learning Management System) ou ambiente virtual de
aprendizagem de código aberto, livre e gratuito. Os usuários podem baixá-lo, usá-lo,
modificá-lo e distribuí-lo, seguindo apenas os termos estabelecidos pela licença
GNU GPL. O ambiente possui poucas restrições quanto às especificações técnicas
do ambiente, ele pode ser executado, sem nenhum tipo de alteração, em vários
sistemas operacionais como o Unix, Linux, Windows, Mac OS X, Netware e outros
sistemas que suportem a linguagem PHP. Os dados são armazenados em bancos
de dados MySQL e PostgreSQL, mas também podem ser usados Oracle, Access,
Interbase, ODBC e outros. Além disso, o sistema conta com traduções para
cinquenta idiomas diferentes, dentre eles, o português (Brasil), o espanhol, o
italiano, o japonês, o alemão, o chinês e muitos outros.
O Moodle possui três perfis de usuários:
 Administrador: responsável pela administração, configurações do sistema,
inserção de participantes e criação de cursos;
 Tutor: responsável pela edição e viabilização do curso;
 Estudante/Aluno: ambiente de aula; os usuários do Moodle são globais no
servidor; isso significa que eles têm apenas um login para todos os cursos. A função
permite, por exemplo, que um usuário seja aluno em um curso e professor/tutor em
outro curso. O Moodle permite criar três formatos de cursos: Social, Semanal e
Modular. O curso Social é baseado nos recursos de interação entre os participantes
e não em um conteúdo estruturado. Os dois últimos cursos são estruturados e
podem ser semanais e modulares. Esses cursos são centrados na disponibilização
de conteúdos e na definição de atividades. Na estrutura semanal, informa-se o
período em que o curso será ministrado e o sistema divide o período informado,
automaticamente, em semanas. Na estrutura modular informa-se a quantidade de
módulos. Algumas das instituições brasileiras que utilizam o Moodle são: UFLA,
UNB, PUC-SP, USP, UFBA e UFV.

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TelEduc:
O ambiente de ensino TelEduc está sendo desenvolvido conjuntamente pelo
Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED) e pelo Instituto de Computação
(IC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O NIED, como uma de suas linhas de pesquisa, tem realizado diversos
cursos a distância, por meio do TelEduc desde 1998, acompanhando
progressivamente o desenvolvimento do ambiente. Da mesma forma que os outros
ambientes analisados, o TelEduc possui um esquema de autenticação de acesso
aos cursos, com um usuário e uma senha que é fornecido quando se cadastram no
ambiente. O TelEduc é um software livre, portanto pode ser redistribuído e/ou
modificado sob os termos da General Public License (GNU) versão 2, como
publicada pela Free Software Foundation.
O sistema oferece dois perfis de usuários:
 Alunos: É o ambiente educacional em que os alunos possuem os
recursos para trabalhar e estudar seus conteúdos dos cursos. Os usuários com
perfis de alunos possuem os seguintes recursos:
o Diário de Bordo: o aluno pode descrever, registrar, analisar seu modo
de pensar, expectativas, conquistas, questionamentos e suas reflexões
sobre a experiência vivenciada no curso e na atividade de cada dia.
o Portfólio: os participantes do curso podem armazenar textos e arquivos
a serem utilizados ou desenvolvidos durante o curso, bem como
endereços da Internet.
o Mural: espaço reservado para todos os participantes disponibilizarem
informações consideradas relevantes no contexto do curso.
o Listas de Atividades: apresenta as atividades a serem realizadas
durante o curso.
 Formadores: Permite aos formadores disponibilizar materiais nas diversas
ferramentas do ambiente, bem como configurar opções em algumas delas, permite
ainda gerenciar as pessoas que participam do curso. Os usuários com perfis
formadores possuem os seguintes recursos:
o Acessos: permite aos fornecedores acompanhar a frequência de
acesso dos usuários ao curso e as suas ferramentas.

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o Intermap: permite aos formadores visualizar a interação dos
participantes do curso nas ferramentas, Grupos de Discussão e Bate-
Papo.
o Administração: permite aos formadores disponibilizar materiais nas
diversas ferramentas do ambiente, bem como configurar opções em
algumas delas. Permite ainda gerenciar as pessoas que participam do
curso.
o Suporte: permite aos formadores entrar em contato com o suporte do
Ambiente (administrador do TelEduc) por e-mail.
o Grupos: permite a criação de grupos de pessoas para facilitar a
distribuição de tarefas.

BlackBoard:

É um programa desenvolvido pela University of British Columbia, que


permite a criação de ambientes educacionais baseados na web. Mais de três mil
instituições de ensino utilizam esta ferramenta para o gerenciamento de cursos a
distância. Possuindo cerca de 70% do mercado nos Estados Unidos.
O professor pode criar caminhos de aprendizagem personalizados, de
acordo com o perfil dos alunos e das disciplinas. O docente pode estabelecer
critérios como: data, usuário, afiliação a grupo específico, instituição, perfil, notas,
desempenho em testes ou trabalhos ou histórico de visualização de conteúdo para
disponibilizar itens de conteúdo, para discussões avaliações ou tarefas ao aluno.
Permite criar cursos sequenciais e determinar se os estudantes devem
progredir por esta sequência ou se podem escolher qualquer tópico. Os docentes
podem organizar grupos de alunos com áreas próprias para troca de arquivos, painel
de discussão, sala virtual e e-mails entre membros.

Perfis de disciplina:

 Conceptor da disciplina – O utilizador pode aceder a várias áreas do


painel de controle, mas não pode aderir às notas dos alunos;

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 Avaliador – Este tipo de utilizador pode aceder a todas as áreas dentro
dos assessments e a algumas ferramentas da disciplina;
 Visitante – Podem aceder a conteúdos da disciplina que não estejam
bloqueados pelo docente da disciplina;
 Aluno – Este utilizador pode aceder a todos os conteúdos do curso e vai
ser avaliado por meio de assessments (trabalhos, exames e inquéritos);
 Docente – Este utilizador controla a disciplina, é ele que disponibiliza os
conteúdos e controla os acessos à disciplina;
 Assistente – Este utilizador pode controlar alguns aspectos da disciplina
por meio do painel de controle. Não podem alterar o perfil de um utilizador
da disciplina e não podem modificar a password do docente.

Perfis administrativos:

 Gestor de disciplina – Este tipo de utilizador consegue aceder a


ferramentas, existentes na área de administração, que permitem
administrar as disciplinas.
 Visitante – Este perfil de utilizador não tem acesso à área de
administração. Têm acesso às áreas das disciplinas se os docentes assim
o permitirem.
 Nenhum – Este perfil de utilizador não tem acesso à área de
administração, aos alunos e docentes, por default lhes é atribuído esse
perfil.
 Observador – Este perfil pode fazer de sombra a outro utilizador do
sistema. Um observador pode visualizar todas as disciplinas do utilizador
a que está associado. Não tem acesso à área de administração. Esse
perfil pode ser atribuído a uma equipe de monitorização do docente da
disciplina.
 Gestor do portal – Este perfil de utilizador tem acesso à área de
administração do portal.
 Suporte técnico – Este perfil limita o acesso à área de administração a
tarefas de administração das disciplinas.

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 Administrador de sistema – Este perfil acede à área de administração e
ao painel de controle de todos os cursos. Em certas áreas das disciplinas
o administrador pode inscrever-se na disciplina de forma a ter acesso, a
essas áreas, basta aceder ao realizar inscrição, podendo depois fazer ou
anular inscrição.
 Assistente de sistema – Este perfil tem acesso a todas as ferramentas da
área de administração, mas não tem acesso ao painel de controle de
cada disciplina.
 Gestor de utilizadores – Este perfil de utilizadores acede à área de
administração, mas só as ferramentas relacionadas aos utilizadores.

2.5 LEGISLAÇÃO QUE FUNDAMENTA A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A Educação a Distância é a modalidade educacional na qual a mediação


didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a
utilização de meios, tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e
professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diferentes.
Essa definição está presente no Decreto 5.622, de 19 de dezembro de 2005 (que
revoga o Decreto 2.494/98), que regulamenta o Art. 80 da Lei 9394/96 (LDB).
Vale salientar que antes da Lei nº. 9.394 de 1996, Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, a Educação a Distância não era nem sequer mencionada.
Com a promulgação da LDB, pela primeira vez se fala em incentivo ao
desenvolvimento e veiculação de programas de ensino a distância.
As bases legais da Educação a Distância no Brasil foram estabelecidas pela
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de
1996, pelo Decreto nº. 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, publicado no Diário Oficial
da União de 11 de fevereiro de1998, também pelo Decreto nº. 2.561, de 27 de abril
de 1998, publicado no Diário Oficial da União de 28 de abril de 1998 e pela Portaria
Ministerial nº. 301 de sete de abril de 1998 publicada no Diário Oficial da União de 9
de abril de 98, que tratam do sistema de credenciamento de instituições de ensino
para oferta de cursos a distância.

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O decreto nº. 2.494 de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o Art. 80
da lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, versa o seguinte conteúdo: “Art. 80 - o
poder público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino
a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação
continuada”.

FIM DO MÓDULO II

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