Você está na página 1de 25

Introdução

Fase I: Isolamento das raı́zes


Fase II: Refinamento

Resolução de equações não-lineares


{Isolamento de Raı́zes e Refinamento}

Rafaela Souza Alcântara

Departamento de Ciência da Computação


Instituto de Matemática
Universidade Federal da Bahia

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Fase I: Isolamento das raı́zes
Fase II: Refinamento

1 Introdução

2 Fase I: Isolamento das raı́zes


Teorema do Valor Intermediário
Análise de Mudanças de Sinal

3 Fase II: Refinamento


Critério de Parada

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Fase I: Isolamento das raı́zes
Fase II: Refinamento

Introdução

Em ciências exatas nos deparamos frequentemente com


situações onde precisamos resolver equações do tipo
f(x) = 0

Agora, entraremos no estudo de métodos numéricos que


possibilitam a resolução de sistemas de equações não lineares

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Fase I: Isolamento das raı́zes
Fase II: Refinamento

Introdução

Para a resolução de uma função f (x), é necessário satisfazer a


condição abaixo:

ξ será uma solução da equação f (x) ⇔ f (ξ) = 0

Assim, podemos dizer que ξ é uma raı́z de f (x)

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Fase I: Isolamento das raı́zes
Fase II: Refinamento

Introdução
Analisando graficamente, os zeros reais das funções, são
representados pelas abcissas do ponto onde uma curva
−→
intercepta o eixo Ox

Figure: Exemplo de gráfico com 3 raı́zes


Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares
Introdução
Fase I: Isolamento das raı́zes
Fase II: Refinamento

Introdução

Métodos numéricos: dada uma aproximação inicial, refinar a


solução através de um processo iterativo
Fase I: Isolamento das raı́zes (obtenção de um intervalo que
contenha a raiz)
Fase II: Escolher uma aproximação inicial a partir da Fase I e
refiná-la até encontrar uma solução dentro de uma precisão ε
prefixada

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Teorema do Valor Intermediário
Fase I: Isolamento das raı́zes
Análise de Mudanças de Sinal
Fase II: Refinamento

Fase I: Isolamento das raı́zes

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Teorema do Valor Intermediário
Fase I: Isolamento das raı́zes
Análise de Mudanças de Sinal
Fase II: Refinamento

Fase I: Isolamento das raı́zes

Análise teórica e gráfica da função f(x)

Para que a Fase II retorne um resultado coerente e preciso, é


necessário fazer a análise correta da Fase I

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Teorema do Valor Intermediário
Fase I: Isolamento das raı́zes
Análise de Mudanças de Sinal
Fase II: Refinamento

Teorema do Valor Intermediário

Seja f(x) uma função contı́nua em um intervalo [a,b], temos


que:

Se f(a)f(b) < 0 então existe pelo menos um ponto x = ξ


entre a e b, tal que f(ξ) = 0

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Teorema do Valor Intermediário
Fase I: Isolamento das raı́zes
Análise de Mudanças de Sinal
Fase II: Refinamento

Teorema do Valor Intermediário

Graficamente, teremos:

f (x) = x 2 − 16

Figure: Exemplo de gráfico com 2 raı́zes

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Teorema do Valor Intermediário
Fase I: Isolamento das raı́zes
Análise de Mudanças de Sinal
Fase II: Refinamento

Análise de Mudanças de Sinal

Para isolar as raı́zes, podemos tabelar para alguns valores de


f(x)

Analisar as mudanças de sinal.

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Teorema do Valor Intermediário
Fase I: Isolamento das raı́zes
Análise de Mudanças de Sinal
Fase II: Refinamento

Exemplo

Vamos analisar a função:


f(x) = x 3 − 9x + 3

Construindo a tabela de valores, teremos:


x -10 -5 -3 -1 0 1 2 3 4 5
f(x) - - + + + - - + + +

f(x) é contı́nua em todos os pontos x

Nos intervalos onde há mudança de sinal, existe pelo menos


uma raiz de f(x):
I[-5,-3], I[0,1], I[2,3]

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Teorema do Valor Intermediário
Fase I: Isolamento das raı́zes
Análise de Mudanças de Sinal
Fase II: Refinamento

Análise de Mudanças de Sinal


Além disso:
Se f(a)f(b) > 0 então existem várias situações no intervalo
[a,b]

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Teorema do Valor Intermediário
Fase I: Isolamento das raı́zes
Análise de Mudanças de Sinal
Fase II: Refinamento

Etapas para localização das raı́zes

Para obter aproximações muito precisas dos valores das raı́zes,


é necessário analisar de maneira correta o gráfico da função
f(x)
1 Desenhar o gráfico e localizar as abcissas dos pontos onde a
−→
curva da função intercepta o eixo Ox;

2 A partir de f(x) = 0, obter f(x) = g(x) - h(x), desenhar os


gráficos dessas duas novas funções no mesmo plano cartesiano
e observar onde as curvas se interceptam, pois f(ξ) ⇔ g(ξ) =
h(ξ);

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Teorema do Valor Intermediário
Fase I: Isolamento das raı́zes
Análise de Mudanças de Sinal
Fase II: Refinamento

Exemplo

Vamos analisar a função anterior e utilizar o processo 1 para


encontrar as raı́zes da função
f(x) = x 3 − 9x + 3

Fazendo a análise de sinal em alguns pontos x, teremos a


seguinte tabela:
√ √
x -4 -3 - 3 -1 0 1 3 2 3
f(x) -25 3 13.3923 11 3 -5 -7.3923 -7 3

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Teorema do Valor Intermediário
Fase I: Isolamento das raı́zes
Análise de Mudanças de Sinal
Fase II: Refinamento

Exemplo
Montaremos agora o gráfico da função, a partir da tabela
anterior:

Figure: Gráfico da função f(x) = x 3 − 9x + 3

As raı́zes se encontram nos intervalos:


ξ1 ∈ [−4, −3], ξ2 ∈ [0, 1], ξ3 ∈ [2, 3]
Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares
Introdução
Teorema do Valor Intermediário
Fase I: Isolamento das raı́zes
Análise de Mudanças de Sinal
Fase II: Refinamento

Exemplo

Vamos analisar a função anterior e utilizar o processo 2 para


encontrar as raı́zes da função

f(x) = x 3 − 9x + 3

Igualando à zero, obteremos


x 3 − 9x + 3 = 0
x 3 = 9x − 3
Logo,
g(x) = x 3
h(x) = 9x - 3

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Teorema do Valor Intermediário
Fase I: Isolamento das raı́zes
Análise de Mudanças de Sinal
Fase II: Refinamento

Exemplo
Construindo o gráfico das duas funções, teremos:

Figure: Gráficos das funções g(x) = x 3 e h(x) = 9x - 3


Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares
Introdução
Fase I: Isolamento das raı́zes Critério de Parada
Fase II: Refinamento

Fase II: Refinamento

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Fase I: Isolamento das raı́zes Critério de Parada
Fase II: Refinamento

Introdução

Existem vários métodos numéricos para se fazer o refinamento


de uma solução

A forma como é feito o refinamento, vai diferenciar um


método do outro

Entretanto, em se tratando de um refinamento, todos estão


contidos na classe dos métodos iterativos

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Fase I: Isolamento das raı́zes Critério de Parada
Fase II: Refinamento

Introdução

Relembrando...
Método iterativo é uma sequência de instruções, executadas
em vários passos até que se alcance um ponto de parada

Cada iteração utilizará o resultado da iteração anterior

A cada iteração, é feito um teste para verificar se a


aproximação máxima foi atingida

Aproximação da solução exata

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Fase I: Isolamento das raı́zes Critério de Parada
Fase II: Refinamento

Introdução

Podemos resumir o esquema de aproximação dos métodos


iterativos para aproximação de raı́zes, em um fluxograma

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Fase I: Isolamento das raı́zes Critério de Parada
Fase II: Refinamento

Introdução

Figure: Fluxograma de um método iterativo


Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares
Introdução
Fase I: Isolamento das raı́zes Critério de Parada
Fase II: Refinamento

Critério de Parada

Analisando o diagrama, observamos o teste de parada feito ao


longo de cada novo cálculo de aproximação das raı́zes

xk é uma solução suficientemente próxima da solução


exata da raiz?
1 |xk − xk−1 | < ε1
2 |f (xk )| < ε2
|xk −xk−1 |
3
|xk | < ε3

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares


Introdução
Fase I: Isolamento das raı́zes Critério de Parada
Fase II: Refinamento

Critério de Parada

Nem sempre é possı́vel garantir os dois critérios (1 e 2)


Utilizamos o cálculo do erro relativo

Método numéricos foram criados para satisfazer pelo menos


um dos critérios

Quando trabalhamos como programas de computador,


consideramos também o número de iterações, para evitar que
o programa entre em loop indevido

Rafaela Souza Alcântara Resolução de equações não-lineares

Você também pode gostar