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2ª Lista de

FIS-45

*Capítulo 5*

Al.: Ademar Branco Bandeira Filho Turma: 4


Lucas Meira Vasconcelos
Marcelo Vasconcelos de Carvalho
Física 45
Problemas – Capítulo 5
1 – Uma corda uniforme, de 20 m de comprimento e massa de 2kg, está
esticada sob uma tensão de 10 N. Faz-se oscilar transversalmente uma
extremidade da corda, com amplitude de 2 cm e freqüência de 5 oscilações
por segundo. O deslocamento inicial da extremidade é de 1,5 cm para
cima.

(a) Ache a velocidade de propagação  e o comprimento de onda  da onda


progressiva gerada na corda.
(b) Escreva, como função do tempo, o deslocamento transversal y de um ponto
da corda situado à distância x da extremidade que se faz oscilar, após ser
atingido pela onda e antes que ela chegue à outra extremidade.
(c) Calcule a intensidade I da onda progressiva gerada.

Resolução:

(a)
T 10.20
      10m / s
 2
 10
   T          2m
f 5

(b) Como está fazendo-se a extremidade da corda oscilar em MHS, temos ondas
harmônicas. Logo, para o perfil da corda:

f ( x ')  A cos(kx '  )


f ( x )  A cos(kx  kvt   ); k v    f ( x)  A cos(kx  t   )


Porém, inicialmente a corda está 1,5cm para cima, ou seja   .
3
  
k  2  2   m
1

  2
  10m / s

Daí:


y  0, 03cos( x  10 t  )
3

(c)
1
I  2 A2
2
1 2
I  . .10.(kv )2 .32.104
2 20
1
I  .102. 2 .32.104
2
9 2
I 
200
I  0, 44W

2 – A mesma corda descrita no Probl. 1 está com uma extremidade


amarrada num poste. A outra, inicialmente em repouso na posição de
equilíbrio, é deslocada de 10 cm para cima, com velocidade uniforme,
entre t=0 e t=0,5s. A seguir, é deslocada para baixo, com a magnitude da
velocidade reduzida à metade da anterior, entre t=0,5s e t=1,5s, quando
retorna à posição de equilíbrio.

(a) Desenhe a forma da corda no instante t=1,7s.


(b) Desenhe a forma da corda no instante t=2,6s.

Resolução:

(a) Do problema anterior: =10m/s


Logo para t=1,7s:
(b) Para t=2,6s já há onda refletida. Logo devemos somar a onda original com a onda
refletida:

Original:

Refletida:

Logo:

3 – Mede-se a velocidade  de propagação de ondas transversais num fio


com uma extremidade presa a uma parede, que é mantido esticado pelo
peso de um bloco suspenso da outra extremidade através de uma polia.
Depois (fig.), mergulha-se o bloco na água até os 2/3 da altura e verifica-
se que a velocidade de propagação cai para 95,5% da anterior. Qual é a
densidade do bloco em relação à água?
Resolução:

Para a  velocidade das ondas, temos:


T


Logo, originalmente temos:
T1
1 

Após mergulhar o bloco na água, temos:
T2
2  , com:

2 T
 2  0,955
1 T1
Porém:

densidade do bloco
V=volume do bloco
a=densidade da água

T1=Vg
T2=V/3)g + (- a)2(V/3)g

T2 1 a 2
   (1  )  0,955
T1 3  3
2
 2a
   0,955 
2
  1 
 3
2a
1  (0,955) 2 
3
 2

a 3 1  (0,955) 2 

 7,58
a

4
(a) Mostre, diferenciando a expressão para a velocidade de propagaçãode
ondas numa corda, que a variação percentual de velocidade  produzida por
uma variação percentual T/T da tensão na corda é dada por  = ½ T/T.
(b) Um afinador de pianos faz soar a nota lá de um piano. Com ambas soando
simultaneamente, ele ouve batimentos cuja intensidade máxima se repete a
intervalos de 0,5s. Que ajuste percentual ele deve fazer na tensão da corda do
piano para afiná-la?

Resolução:

(a)
T


Logo:

1 1 T 1
dv  . dT  . d
2 T 2 T

 

Como queremos apenas T variando => d=0

1 1 T
dv  . dT 
2 T T

1 T
dv  . dT
2 T
T

T

dv  dT
2T

T
Porém  

v
dv  dT
2T
dv 1 dT v 1 T
  
v 2 T v 2 T

(b) Como o período dos batimentos máximos é 0,5s, temos T=1s:


Logo,

 2
    4
2 2T

Temos

 4 k v T 1
   .
 2 .440 kv T 2
2
k  cte

T
 0,91%
T

5 - Desprezando efeitos de tensão superficial, pode-se mostrar que ondas


na superfície da água, com comprimento de onda λ muito menor que a
profundidade da água, propagam-se com velocidade de fase:
v   g   2 
onde g é a aceleração da gravidade. Mostre que a velocidade de grupo
correspondente é:
1
vg  v
2

Resolução:

Temos que:

w g g
 v   , pois
k 2 k
k  2 
dw
vg 
Porém, da definição sabemos que dk , logo:
wk g k 
dw g k ( g k 2 ) g g k
     
dk k 2 g k k 2
g k 1
 vg   vg  v
2 2

6 – Duas ondas transversais de mesma freqüência υ=100 Hz são


produzidas num fio de aço de 1mm de diâmetro e densidade 8g/cm 3,
submetido a uma tensão T=500N. As ondas são dadas por:
y1  A cos(kx  wt   6), y2  2 A sen( wt  kx) onde A=2mm.

(a) Escreva a expressão da onda harmônica progressiva resultante da


superposição dessas duas ondas.
(b) Calcule a intensidade da resultante.
(c) Se fizermos variar a diferença de fase entre as duas ondas, qual é a razão
entre os valores máximo e mínimo possíveis da intensidade da resultante?

Resolução:
 y1  A cos( kx  wt   6)
(a) 
 y 2  2 A cos( kx  wt   2)

Logo, a onda resultante é da forma:


y  A1 cos(kx  wt   )
Mas:
w  2f  2 100  628rad / s

v T   500 2 10 3  282,1m / s
kv  w  k  628 282,1  k  2,23m 1

A12  ( 2.10 3 ) 2  ( 4.10 3 ) 2  2( 2.10 3 )(4.10 3 ) cos( 6   2) 


 A12  28.10 6  A1  5,29.10 3

A1 cos( )  A cos( 6)  2 A cos( 2) 


A
 cos( )  0,866  cos( )  0,325 
A1
   1,25rad
Daí:
y  5, 29.103 cos(2, 23x  628t  1, 25)

(b) Para a intensidade da onda resultante:


1
I  .v.w2 . A12 
2
1
 I  2 .103.282,1.6282.(5, 29.103 ) 2 
2
 I  9,8W

(c) Sendo I1 e I2 as intensidades das ondas originais, temos:

I max   I1  I2  2

 2
I min I1  I2

Mas,
1
I1   .v.w 2 . A2
2
1
I 2   .v.4 w 2 . A 2  4 I1
2

Daí:
 
2
I max  I1  2 I 1  I1  4 I1  4 I1  9 I1

 I 
2
I min I1  2 1  I1  4 I1  4 I1  I1
I max 9 I1
  9
I min I1

7 – A corda mi de um violino tem uma densidade linear de 0,5 g/m e está


sujeita a uma tensão de 80 N, afinada para uma freqüência υ=660 Hz.

(a) Qual é o comprimento da corda?


(b) Para tocar a nota lá da escala seguinte, de freqüência 880 Hz, prende-se a
corda com um dedo, de forma a utilizar apenas uma fração f de seu
comprimento. Qual é o valor de f?

Resolução:
(a) Ao tocar, a corda do violino assume o seguinte perfil:

l  2, comprimento da corda

T 80
v   v  400m / s
 0,5.10 3
v   f ; f  660 Hz    0, 6m 
 l  0, 3m

(b) A velocidade não se altera (pois é função apenas de T e μ). Logo:

 400 200
 la   lla 
880 880

  400 200
 lmi 
 mi
660 660
l 660
f  la   f 3 4
lmi 880

8 – Uma corda de comprimento l está distendida, com uma extremidade


presa a um suporte e a outra extremidade livre.

(a) Ache as freqüências υn dos modos normais de vibração da corda.


(b) Desenhe a forma da corda associada aos três modos de vibração mais baixos
(em ordem de freqüência crescente). A velocidade de ondas na corda é v.

Resolução:

(a) Temos
y ( x, t )  A( x ) cos( wt   )

Daí:
1 2 y w2 2 y d 2 A
  A( x ) cos( wt   )   cos(wt   )
v 2 t 2 v2 x 2 dx 2
d2A
2
 k2A  0
dx

Solução geral:
A( x )  a cos(kx)  b sen(kx)

Das condições de contorno:


A(l )  0  a cos(kl )  b sen(kl )  0

E como não há força atuando na extremidade livre:


dA
(0)  0   ak sen(0)  bk cos(0)  0 
dx
b0

Logo:
A( x )  a cos(kx); a  0
A(l )  0  a cos(kl )
( 2n  1)
 Kn 
2l

Como:
kv  w  2 f 
kv (2n  1)v
 fn   ; n  0,1, 2,...
2 4l

1 4l
(b) n  0  f  vT 
4l v

3 4l
n 1 f  vT 
4l 3v

5 4l
n2 f  vT 
4l 5v
9 – Considere novamente a corda do problema 8, com um extremo fixo e
outro livre e de comprimento l. No instante t=0, um pequeno pulso de
forma triangular está se propagando para a direita na corda. Depois de
quanto tempo a corda voltará à configuração inicial?

Resolução:

Para pulsos de qualquer forma propagando-se na corda:

Y(x,t)=A(x)cos(t+)

O pulso deve percorrer a corda 4 vezes até voltar ao estado original, já que:
Logo:

t=4l/v

De outra forma:

v
y(x,t)=A(x)cos( t+)
2l
A(x)=cte(triangular)

v
y(x,t)=Acos( t+)
2l

que é uma função periódica de período:

 v 2

2l T
4l
T
v

Logo, o tempo para o qual a corda volta à configuração original é o período:

t=T

t=4l/v

10 – Uma corda vibrante de comprimento l presa em ambas as


extremidades está vibrando em seu n-ésimo modo normal, com
deslocamento transversal dado pela (5.7.10). Calcule a energia total de
oscilação da corda. Sugestão: Considere um instante em que a corda esteja
em forma puramente cinética. Calcule a densidade linear de energia
cinética e integre sobre toda a corda.

Resolução:

Seja Ec: energia cinética. Logo:

dEc = (1/2)dm(  y/  t)2


n n
onde y  bn sen( x) cos( vt   n )
l l

Se pegarmos a corda no instante de equilíbrio y(x,t 0)=0, toda energia da corda estará na
forma cinética, ou seja:

ET=Ec

Logo:

L L L 2
1  y 
ET   dET   dEc   dm  
0 0 0
2  t 

onde:

 dm   dx
 2
 y 
 t   n bn sen (nt0   n ) sen (kx )
2 2 2 2

 

Porém:

Amplitude=0  cos(nt0   n )  0  sen(nt0   n )  1

Logo:
L
1
ET   n2bn2 sen 2 (kx)dx
0
2

n
k
l

L
1
ET   4 2 n2bn2  sen 2 (kx)dx
2 0
ET  l  2 n2bn2

11 - Duas cordas muito longas, bem esticadas, de densidades lineares


diferentes μ1 e μ2, estão ligadas uma à outra. Toma-se a posição de
equilíbrio como eixo dos x e a origem O no ponto de junção, sendo y o
deslocamento transversal da corda. Uma onda harmônica progressiva:
y  A cos(k x  wt ) viajando na corda 1 (x<0), incide sobre o ponto de
i 1 1

junção, fazendo-o oscilar com freqüência angular w. Isto produz na corda


2 (x>0) uma onda progressiva de mesma freqüência: y  A cos(k x  wt )
t 2 2

(onda transmitida), e dá origem na corda 1, a uma onda que viaja em


sentido contrário: yr  B1 cos(k1 x  wt ) (onda refletida). Dada a onda incidente
y1 , de amplitude A1, desejam-se obter a amplitude de reflexão   B1 A1 e a
amplitude de transmissão   A2 A1 .

(a) Dada a tensão T da corda, calcule as velocidades de propagação v 1 e v2 nas


cordas 1 e 2, bem como os respectivos números de onda k 1 e k2. O
deslocamento total na corda 1 é yi + yr , e na corda 2 é yt.
(b) Mostre que, no ponto de junção x=0, deve-se ter yi+yr=yt.
(c) Aplicando a 3ª lei de Newton ao ponto de junção x=0, mostre que, nesse
   
ponto, deve-se ter também:  x  yi  yr    x yt .
(d) A partir de (b) e (c), calcule as amplitudes de reflexão e transmissão ρ e τ
em função das velocidades v1 e v2. Discuta o sinal de ρ.

Resolução:

(a) Para a corda i (i=1 ou 2), temos que:

T w
vi  ; k1 
i v1

(b) O deslocamento da corda 1 é yi+yr e o deslocamento da corda 2 é y t. Porém no ponto


x=0, temos ambos os deslocamentos iguais a D. Logo:
yi+yr=D= yt => yi+yr= yt
(c) O ponto x=0 sofre força por ambas as partes da corda, que devem ser iguais. Logo:
  x   y  y     x  y
i r t

(d)
yi  yt  yr 
 A1 cos( wt )  B1 cos(wt )  A2 cos(wt )  (I)
 A1  B1  A2

 
( yi  yt )  ( yr ) 
x x
 K1 A1 sen( wt )  K1 B1 sen( wt )  K 2 A2 sen( wt ) 
w w w (II)
 A1 sen( wt )  B1 sen(wt )   A2 sen(wt ) 
v1 v1 v2
B1 A A
  1 2
v1 v1 v2

Amplitude de reflexão:
B1
 , de (I) e (II) temos então que:
A1

v2  v1

v2  v1

Amplitude de transmissão:
A2
 , de (I) e (II) temos então que:
A1

2v2

v2  v1

12 - No problema 11, a refletividade r da junção é definida como a razão


da intensidade da onda refletida para a intensidade da onda incidente, e a
transmissividade t como a razão da intensidade transmitida para a
incidente.

(a) Calcule r e t.
(b) Mostre que r+t=1, e interprete esse resultado.

Resolução:
(a)
Ir
r
Ii
 r   i
I   .w 2 . A2 , pois  
wr  wi

Logo:
2 2
I  A   v v 
r  r  r   2 1
I i  Ai   v2  v1 

It
t
Ii
I   .w2 . A2 , pois  wr  wi

Logo:
2
I t  At   2
2
4v2 v  v
t    .  . 1 ; pois  2  1
I i  Ai  1  v2  v1  v2
2
1 v2
4v2 v1
t
 v2  v1 
2

(b)
r t 
 v2  v1   4v2 v1  v2  v1 
2

2
1
 v2  v1  2  v2  v1  2

 Interpretação:
O fluxo de energia incidente é igual ao fluxo de energia refletida mais o fluxo de
energia transmitida.

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