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QUANTO À APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR: Não tem aplicação a militares estaduais no que
tange aos recursos e à execução de sentença;
QUANTO À APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR: Tem aplicação em tempo de paz EM TODO O
TERRITÓRIO NACIONAL, ASSIM COMO FORA DO TERRITÓRIO NACIONAL (E NÃO “exclusivamente no
território nacional”).
A JME obedece as mesmas normas do CPPM, salvo:
- Recursos
5-Pela analogia.
BONS ESTUDOS.
A lei de processo penal militar deve ser interpretada no sentido literal de suas expressões. Os têrmos técnicos
hão de ser entendidos em sua acepção especial, salvo se evidentemente empregados com outra significação.
Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva, quando fôr manifesto, no primeiro caso,
que a expressão da lei é mais estrita e, no segundo, que é mais ampla, do que sua intenção.
A lei de processo penal militar deve ser interpretada no sentido literal de suas expressões. Os têrmos técnicos
hão de ser entendidos em sua acepção especial, salvo se evidentemente empregados com outra
significação.
Aplica-se o CPPM em tempo de Paz ou em tempo de Guerra. Porém, a legislação especial é aplicada nos casos
em que for estritamente aplicável;
Em se tratando de delegação para instauração de IPM, deverá aquela recair em oficial de pôsto superior ao do
indiciado, seja êste oficial da ativa, da reserva, remunerada ou não, ou reformado.
aplicação da lei processual penal militar brasileira no espaço encontra íntima relação com a aplicação no
espaço da lei penal militar.
Em outros termos, como o CPM consagrou como regra de aplicação da lei penal no espaço o princípio da
territorialidade e o princípio da
extraterritorialidade, por previsão do art. 7º, a lei processual penal militar também segue esses princípios.
Assim, parafraseando Jorge César de Assis, se o Código de Processo Penal Militar é o instrumento pelo qual se
aplica o Código Penal Militar e este diploma adota, como regra geral, a extraterritorialidade, inevitavelmente
o CPPM deve também ter sua aplicação além do território nacional.
§ 5º Se o pôsto e a antiguidade de oficial da ativa excluírem, de modo absoluto, a existência de outro oficial
da ativa nas condições do § 3º, caberá ao ministro competente a designação de oficial da reserva de pôsto
mais elevado para a instauração do inquérito policial militar; e, se êste estiver iniciado, avocá-lo, para tomar
essa providência.
“Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar delito decorrente de acidente de trânsito envolvendo
viatura de Polícia Militar, salvo se autor e vítima forem policiais militares em situação de atividade.”, deve ser
lida com cautela, na medida em que mesmo que o crime cometido seja previsto no Código de Trânsito
Brasileiro, se cometido por militar em serviço, deverá ser julgado pela Justiça Militar, conforme Art. 9º, II (com
a nova redação), "c" do CPM.
Acrescento que a lesão culposa de trânsito, salvo melhor juízo, não tem previsão no CPM, o que não impede
que, caso se comprove a responsabilidade do militar, ele venha a ser processado pelo crime previsto no Art.
303 do CTB, como crime militar extravagante/por extensão/assimilação.
Os crimes de trânsito do CTB são os seguintes (nesses casos seria aplicado o CPM, pelo princípio da
especialidade):
Embriaguez ao volante - correspondente ao art. 306 do CTB
Art. 279. Dirigir veículo motorizado, sob administração militar na via pública, encontrando-se em estado
de embriaguez, por bebida alcoólica, ou qualquer outro inebriante:
Art. 280. Violar regra de regulamento de trânsito, dirigindo veículo sob administração militar, expondo a
efetivo e grave perigo a incolumidade de outrem:
Art. 281. Causar, na direção de veículo motorizado, sob administração militar, ainda que sem culpa,
acidente de trânsito, de que resulte dano pessoal, e, em seguida, afastar-se do local, sem prestar socorro à
vítima que dêle necessite:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, sem prejuízo das cominadas nos arts. 206 e 210.
POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR: investiga os crimes militares, buscando subsídios para a persecução penal. A
função é exercida pelos Cmt de cada uma das forças armadas (não cabendo ao Ministro da Defesa nem ao
Ministro da Justiça). Desta forma, militares que exercem funções de Cmt ou chefia detêm poder investigativo
de Poder de Polícia Judiciária Militar.
Obs: no âmbito estadual é exercida pelo CMT Geral e Oficiais que exercem comando/chefia.
Obs: não poderão REQUISITAR a autoridade judiciária militar a prisão preventiva do indiciado (devem
requerer)
Hoje não há mais ministro para cada uma das forças armadas. Há apenas um Ministro da Defesa, que
congrega as três forças, e os comandantes de cada uma delas, que para várias finalidades gozam de status
ministerial. Inicialmente, portanto, a função de Polícia Judiciária Militar é exercida pelos comandantes de
cada uma das forças armadas. O Ministro da Defesa atualmente não exerce essa função, até porque
normalmente se trata de um civil."
A função Polícia Judiciária Militar é exercida pelos comandantes de cada uma das forças armadas. O Ministro
da Defesa atualmente não exerce essa função, até porque normalmente se trata de um civil.
Em se tratando de delegação para instauração de IPM, deverá aquela recair em oficial de pôsto superior ao do
indiciado, seja êste oficial da ativa, da reserva, remunerada ou não, ou reformado.
O IPM tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à
propositura da ação penal, sendo, porém, efetivamente instrutórios da ação penal exames, perícias e
avaliações realizados regularmente no curso do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às
formalidades previstas no CPPM. Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos
têrmos legais, configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade
precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal. Parágrafo único. São, porém,
efetivamente instrutórios da ação penal os exames, perícias e avaliações realizados regularmente no curso do
inquérito, por peritos idôneos e com obediência às formalidades previstas neste Código.
À polícia judiciária militar, que é exercida pelas autoridades militares, cabe auxiliar as polícias civil e federal
na apuração de infrações penais militares, dado que são estas que detêm a exclusividade na apuração de
quaisquer infrações penais.
a) De ofício, pela autoridade superior onde haja ocorrido a infração penal (comandante da unidade)
b) Por Delegação da autoridade militar superior (Urgência: via telégrafo, radio, telefone, devendo ser
confirmada depois);
c) Requisição do MPM – instaurado mediante portaria, sendo OBRIGADO a dar início;
Decisão do STM
e) Requerimento da Parte Ofendida – Notitia Criminis (Advogado com poderes específicos também poderá)
Obs: o juiz de Direito Militar não pode determinar a abertura de IPM, devendo encaminhar a notícia crime ao
MP.
Obs: o aguardo da delegação não obsta que o Oficial de dia tome imediatamente as providências cabíveis.
Obs: o Termo de Deserção substitui o IPM
Obs: verificado que não se trata de crime de natureza militar, comunicará o fato à autoridade policial
competente.
Obs: OFICIAIS-GENERAIS: comunicado a Chefe de Estado-Maior, não sendo as Auditorias Militares
competentes (STM)
Obs: caso apareça no curso do IPM oficial superior ao seu cargo, ele deverá suspender o curso do IPM e
informar para autoridade que delegou a atribuição para que essa determine novo encarregado, de posto
superior ao envolvido. No decorrer no IPM o encarregado poderá ouvir como testemunhas superiores ao seu
cargo (não fere a hierarquia). O prazo do IPM será INTERROMPIDO nesses casos, devolvendo-se o prazo.
Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos têrmos legais,
configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade
precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal.
Apuração sumária e instrução provisória
§ 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças
Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no contexto:
III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição
subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos
seguintes diplomas legais:
Art. 24. A autoridade militar não poderá mandar arquivar autos de inquérito, embora conclusivo da
inexistência de crime ou de inimputabilidade do indiciado.
§ú. Se entender necessário, o encarregado do inquérito solicitará, dentro do mesmo prazo ou sua
prorrogação, justificando-a, a decretação da prisão preventiva, ou de menagem, do indiciado.
1.1 Fumus Boni Delicti: há provas da existência do crime militar e indícios suficientes de autoria.
1.2 Periculum Libertatis: para garantia da ordem pública; garantia e segurança da instrução e aplicação da lei
penal; pela periculosidade do indiciado e para a exigência da manutenção das normas ou princípio de
hierarquia e disciplina militares (dica: estas duas últimas hipóteses não estão previstas no Código de Processo
Penal comum).
2. Momento da decretação: em qualquer fase da persecutória criminal (inquérito policial militar ou processo
criminal), diante de IPM, APF, IPI (instrução provisória de insubordinação) e IPD (instrução provisória de
deserção). A decretação é livremente revogável pelo juiz.
3. Liberdade provisória: se decidido por não aplicar prisão preventiva. Há hipóteses obrigatórias e
facultativas:
3.1 Obrigatória: se o crime militar cometido não tem prevista pena privativa de liberdade.
3.2 Facultativa: aos crimes culposos (salvo se contra seguranã externa do país) e aos crimes com pena de
detenção não superior a 2 anos, exceto crimes previstos em rol taxativo (crimes dos arts. 157, 160, 161, 162,
163, 164, 166, 173, 176, 177, 178, 187, 192, 235, 299 e 302, do Código Penal Militar).
CPPM : Art 7 § 3º Não sendo possível a designação de oficial de posto superior ao do indiciado, poderá ser
feita a de oficial do mesmo posto, desde que mais antigo.
Lembrando que o militar na atividade sempre é mais antigo...EX: caso UM Major reformado E INDICIADO,
qualquer outro Major DA ATIVA serÁ mais antigo.
Em regra, as atribuições de polícia judiciária militar são delegáveis a oficiais da ATIVA de posto superior ao
do indiciado.
Se o MP pede arquivamento não pode o ofendido propor Ação Penal Militar de iniciativa privada subsidiária
da pública. Pedido de arquivamento do MP não pode ser considerado INÉRCIA do MP para efeitos de
oferecimento de ação privada subsidiária da pública.
PEDIR ARQUIVAMENTO NÃO CONFIGURA INERCIA.
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública cabe apenas em caso de INÉRCIA do Ministério Público Militar.
É autoridade policial judiciária militar, tanto que a questão dá a dica: (Um general, ao ser informado da
prática de crime militar em uma organização militar a ele subordinada...)
Pode ser por via telefônica, pois o processo penal militar é célere e tem artigo dispondo que se confirma por
ofício após.
b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior, que, em caso de urgência, poderá ser feita
por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício;
a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição ou comando haja ocorrido a infração
penal, atendida a hierarquia do infrator;
b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior, que, em caso de urgência, poderá ser
feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício;
f) quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição militar, resulte indício da existência de infração
penal militar.
ARQUIVAMENTO: o encarregado não pode arquivar o IPM, mesmo que não haja crime ou inimputabilidade
do indiciado, devendo ser remetido para a Auditoria Militar (Princípio da Indisponibilidade). O arquivamento
não obsta a instauração de outro, se NOVAS PROVAS surgirem, salvo os casos de extinção da punibilidade e já
julgados (poderá abrir IPM para apurar os mesmos fatos de IPM já arquivado).
DEVOLUÇÃO: como regra não poderão ser devolvidos, salvo quando por requisição do MPM e por
determinação do Juiz (atualmente somente o MPM poderá devolver o IPM). Nas duas situações, o juiz
marcará prazo não excedente a 20 DIAS PARA RESTITUIR OS AUTOS (mesmo prazo para a prorrogação do
IPM)
a) o Inquérito Policial Militar deverá terminar dentro de 20 dias se o indiciado estiver preso, se solto, 40 dias.
b) a autoridade militar não poderá mandar arquivar atos de inquérito mesmo que haja inexistência de crime
ou inimputabilidade do indiciado.
c) o inquérito poderá ser dispensado:
I- quando o fato de sua autoria já estiverem esclarecidos por documentos ou outras provas materiais;
II- nos crimes contra a honra, quando decorrem de escrito ou publicação, cujo autor esteja identificado;
Essa é uma sistemática que difere totalmente do processo penal comum. Por
isso, merece a nossa atenção. Vejamos:
Art 25. O arquivamento de inquérito não obsta a instauração de outro, se novas provas aparecerem em
relação ao fato, ao indiciado ou a terceira pessoa, ressalvados o caso julgado e os casos de extinção da
punibilidade.
Ou seja, processo castrense, somente o Caso Julgado e as causas de extinção da punibilidade devem ser tidos
como motivos para que o arquivamento tenha força de coisa julgada material. Apesar de superficial, esse é o
entendimento que deve ser memorizado para os certames.
IV - pela prescrição;
V - pela reabilitação;
a) O Inquérito Policial Militar deverá terminar dentro de vinte dias, quando o indiciado estiver solto, contados
a partir da data em que se instaurar o inquérito.
b) A autoridade militar só poderá mandar arquivar autos de inquérito, se conclusivo pela inexistência de
crime ou de inimputabilidade do indiciado.
c) Nos crimes contra a honra, ainda que decorrerem de escrito ou publicação, cujo autor esteja identificado,
o Inquérito Policial Militar não poderá ser dispensado.
d)O arquivamento de inquérito não obsta a instauração de outro, se novas provas aparecerem em relação ao
fato, ao indiciado ou a terceira pessoa, ressalvados o caso julgado e os casos de extinção da punibilidade.
e) Quando concluído os autos do Inquérito Policial Militar deverão ser remetidos ao auditor da Circunscrição
Judiciária Militar onde ocorreu a infração penal, contudo os instrumentos desta, assim como todos os objetos
apreendidos deverão permanecer em poder do Encarregado que será responsável pela custódia até o
término do processo.
PRAZO DO IPM: deverá terminar o IPM no prazo de 20 dias (preso), contado da data que o
indiciado foi preso OU de 40 dias (solto), contado da data da instauração do inquérito, devendo
prevalecer o prazo menor. O prazo de indiciado solto (40 dias), pode ser prorrogado por mais 20
dias (poderá ser estendido esse prazo no caso de Dificuldade Insuperável, desde que ouvido o
MP). O prazo do réu preso é improrrogável. Os prazos de interrupção/suspensão são deduzidos.
ENCARREGADO (DELEGADO): será um oficial de posto não inferior (sempre que possível) ao de CAPITÃO
ou CAPITÃO-TENENTE (Oficial Intermediário). Se for uma infração contra a segurança nacional, será um
OFICIAL SUPERIOR (Coronel, Tenente-Coronel ou Major). Os crimes de segurança nacional hoje possuem
competência específica.
Obs: caso encontre um oficial superior o prazo irá ser interrompido, devolvendo o prazo ao novo
encarregado.
Obs: é possível que haja encarregado que não seja capitão, desde que de posto superior ao indiciado.
Gente, segundo os regulamentos miltares, o militar da reserva que tenha ao mesmo posto/graduação ao da
ativa, O DO RESERVA SERÁ MAIS MODERNO.
§3º Se a infração penal não for, evidentemente, de natureza militar, comunicará o fato à autoridade policial
competente, a quem fará apresentar o infrator. Em se tratando de civil, menor de dezoito anos, a
apresentação será feita ao Juiz de Menores.
Parágrafo único: Reconstituição dos fatos, poderá proceder à reprodução dos fatos, desde que esta não
contrarie a;
Moralidade
Ordem pública
Hierarquia
Disciplina militar
- é sigiloso
- deve ser escrito
- é dispensável
No Auto de Prisão em Flagrante Delito, a designação para escrivão do feito poderá recair sobre qualquer
pessoa idônea, caso não existam ou estejam impedidos os militares com posto ou graduação previstos no
Código de Processo Penal Militar.
Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar não sujeito à administração militar, a lavratura do Auto
de Prisão em Flagrante pode ser feita por Autoridade Civil.
Em se tratando de delegação para instauração de IPM, deverá aquela recair em oficial de pôsto superior ao do
indiciado, seja êste oficial da ativa, da reserva, remunerada ou não, ou reformado.
NÍCIO DO IPM: terá início mediante PORTARIA (sempre instaurado mediante portaria)
a) De ofício, pela autoridade superior onde haja ocorrido a infração penal (comandante da unidade)
b) Por Delegação da autoridade militar superior (Urgência: via telégrafo, radio, telefone, devendo ser
confirmada depois);
e) Requerimento da Parte Ofendida – Notitia Criminis (Advogado com poderes específicos também poderá)
f) Sindicância, quando verificada a ocorrência de um crime; [sindicâncias poderão resultar na abertura de
um IPM]
Obs: o juiz de Direito Militar não pode determinar a abertura de IPM, devendo encaminhar a notícia crime ao
MP.
Obs: o aguardo da delegação não obsta que o Oficial de dia tome imediatamente as providências cabíveis.
O militar da ativa das forças armadas não pode ser sujeito ativo do crime de insubmissão.
DICA: os E.P.A. são instrutórios da ação Penal
Exames
Perícias
Avaliações
Quando leio em uma questão "conforme dispõe o CPPM" entendo que A BANCA CRS quer o
que está expresso na lei e não entendimento doutrinário.
Se há inércia, não cabe Ação Penal Privada Subsidiária da Pública, pois incube
tão somente ao Ministério Público (29, CPPM).
NEM POR INÉRCIA, PORÉM DEVE-SE TER ATENÇÃO AO ENUNCIADO DA QUESTÃO. POIS SE
PERGUNTAR CONFORME O CPPM, NÃO HÁ SUBSIDIÁRIA, ENTRETANTO, SE FOR
CONFORME A CF88 HÁ A POSSIBILIDADE EM CASO DE INÉRCIA DO MP.
Art. 29. A ação penal é pública e sòmente pode ser promovida por denúncia do Ministério Público Militar.
Art. 397. Se o procurador, sem prejuízo da diligência a que se refere o art. 26, n° I, entender que os autos do
inquérito ou as peças de informação não ministram os elementos indispensáveis ao oferecimento da
denúncia, requererá ao auditor que os mande arquivar. Se êste concordar com o pedido, determinará o
arquivamento; se dêle discordar, remeterá os autos ao procurador-geral.
Situação hipotética: Em determinada unidade, o comandante instaurou inquérito policial militar para apurar
possível crime de prevaricação cometido por um oficial que lá servia. Ao receber os autos do inquérito, o
Ministério Público Militar promoveu o seu arquivamento, sob o fundamento de que a materialidade do
delito não foi comprovada. Assertiva: Nessa situação, será incabível a propositura de ação penal privada
subsidiária da pública.
Questão correta. Diante desse contexto, não houve inércia do MPM, pois o MP requereu arquivamento por
falta de materialidade do crime. A ação subsidiária só é cabível quando o MP não faz nada durante o prazo
que tem para a denúncia (5 dias réu preso e 15 dias réu solto). Terminado esse prazo sem nada ser feito ou
requerido, abre o prazo para o ofendido oferecer a ação subsidiária.
Resumindo a natureza jurídica dos delitos no CPPM:
- Regra: pública incondicionada
- Crimes dos arts. 136 a 141 do CPM: requisição do Comando Militar ou do Ministro da Justiça
- Representação do ofendido: NÃO existe no CPPM
Art. 81. A extinção da punibilidade poderá ser reconhecida e declarada em qualquer fase do processo, de
ofício ou a requerimento de qualquer das partes, ouvido o Ministério Público, se dêste não fôr o pedido.
§ú. Se entender necessário, o encarregado do inquérito solicitará, dentro do mesmo prazo ou sua
prorrogação, justificando-a, a decretação da prisão preventiva, ou de menagem, do indiciado.
Art. 263. A menagem poderá ser concedida pelo juiz, nos crimes cujo máximo da pena privativa da
liberdade não exceda a quatro anos, tendo-se, porém, em atenção a natureza do crime e os antecedentes
do acusado.
O inquérito será encerrado com minucioso relatório, em que o seu encarregado mencionará as diligências
feitas, as pessoas ouvidas e os resultados obtidos, com indicação do dia, hora e lugar onde ocorreu o fato
delituoso. Em conclusão, dirá se há infração disciplinar a punir ou indício de crime, pronunciando-se, neste
último caso, justificadamente,sobre a conveniência da prisão preventiva do indiciado, nos têrmos legais.
Art 254. A prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho de Justiça, de ofício, a
requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade encarregada do inquérito
policial-militar, em qualquer fase dêste ou do processo, concorrendo os requisitos seguintes:
PRAZO DA DENÚNCIA: deverá ser oferecida em 5 DIAS (réu preso - IMPRORROGÁVEL) e em 15 DIAS (réu
solto - prorrogável). O auditor/Juiz manifesta-se sobre a denúncia dentro do prazo de 15 DIAS.
Obs: se o réu estiver SOLTO, poderá o juiz prorrogar o dobro ou triplo. (não se aplica caso esteja preso). O
próprio MPM que se manifesta a respeito da manifestação do prazo.
Obs: caso o MPM não ofereça a denúncia no prazo assinalado, o juiz comunicará o fato ao Procurador-Geral,
no qual irá designar outro Promotor e promoverá a responsabilização do Procurador (disciplinar e penal)
Obs: seja o réu preso, seja o réu solto, o juiz/auditor terá 15 dias para o julgamento do FEITO
As regras de conexão e continência são as mesmas do processo penal comum, e têm como objetivo evitar
decisões contraditórias e promover a duração razoável do processo.
Art 104, CPPM - Verificada a reunião dos processos, em virtude de conexão ou continência ainda que no
processo de sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que
desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará ele competente em
relação as demais.
Regras para Determinação
Art 101 - Na determinação de competência por conexão ou continência, serão obsevadas as seguintes regras:
I - No concurso entre a jurisdição especializada e a cumulativa, preponderá aquela; (Prevalece a jurisdição
especializada)
II - No concurso de Jurisdicões cumulativas:
a) prevalecerá a do lugar da infração, para a qual é cominada pena mais grave (Jurisdição no caso hipotético
seria SP - crime mais grave)
JURISDIÇÕES CUMULATIVAS -
1º lugar da infração onde será aplicada pena mais grave;
2º lugar onde foi praticado maior número de infrações se as respectivas penas forem de gravidade
semelhante.
Prorrogação de competência
Art. 103. Em caso de conexão ou continência, o juízo prevalente, na conformidade do art. 101, terá a sua
competência prorrogada para processar as infrações cujo conhecimento, de outro modo, não lhe
competiria.
COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO (ratio loci): será a regra, no caso de tentativa será do lugar do
último ato de execução.
→ NAVIO: se for embarcação sob comando militar ou militarmente ocupada será competente a Auditoria
Militar do local onde o navio está. No caso de Navio em Aguas Territoriais Brasileiras (mar territorial) será
competente a 1ª Auditoria da Marinha (Guanabara)
→ AERONAVE: crimes cometidos dentro do espaço aereo nacional será processado pela Auditoria da
circunscrição onde houver o pouso após o crime. Se o pouso for em lugar remoto ou de difícil diligência, a
competência será da Auditoria da Circunscrição onde houver partido a aeronave.
Obs: CPM adota a Teoria da Territorialidade e Extraterritorialidade Incondicionada – Crime no Haiti será
julgado aqui
Conforme dispõe o Código de Processo Penal Militar (CPPM), a ação penal militar pública pode ser
condicionada à representação, também chamada de requisição, que, uma vez recebida pelo Ministério
Público, nos casos de crimes contra país estrangeiro, é irretratável.
" O termo requisição - que é cogente, em face das garantias outorgadas ao Ministério Público deve ser
entendido como representação, já que nem o Ministro da Defesa e nem o Ministro da Justiça podem
determinar ao órgão do Parquet o oferecimento da denúncia. Oferecida a denúncia, o Ministro competente
não pode mais retratar-se da requisição (representação) ofertada, nos exatos termos do art 25 do CPP,
cumulado com o art 3º, a, do CPPM."
*************DENÚNCIA NO CPPM*************
DENÚNCIA: A rejeição da denúncia pelo juiz de direito do juízo militar é um ato vinculado às hipóteses
previstas no CPPM. Quando faltar requisitos o juiz mandará para o MP para que complete no prazo de 3 dias
(e não 5 dias igual no CPP). Deverá haver a justa causa penal militar. O processo militar inicia-se com o
RECEBIMENTO da denúncia.
TRÍDUO LEGAL: prazo concedido pelo Juiz para o MP sanear a falta de requisitos da denúncia.
Ø Denúncia Originária: peça penal interposta pelo MPM.
Ø Denúncia Substitutiva: trata-se da Queixa-Crime da Ação Penal Privada Subsidiária da Pública (MPM
inerte) TER ATENÇÃO AO ENUNCIADO DA QUESTÃO
Obs: É proibida a transação / Sursis Processual no Processo Penal Militar (não se aplica a Lei 9.099 à Justiça
Militar).
Obs: máximo de testemunhas será de 6 (SEIS), além das informantes – MP pode dispensar as testemunhas se
tiver PROVA DOCUMENTAL. Informar profissão e residência das testemunhas e informantes
Obs: não há necessidade de apresentação do IPM (APF poderá dispensar IPM, salvo produção de provas)
Obs: o erro na designação do juiz enseja o despacho para o juízo competente (e não a extinção do processo)
Obs: deve-se incluir o verbo nuclear do tipo (matar) além da classificação do crime (o acusado se defendo dos
fatos)
REJEIÇÃO DA DENÚNCIA
- Desde que falte requisitos expressos (antes de rejeita o juiz encaminhará ao MPM, que terá 3 dias para
preencher);
- Extinta a Punibilidade
- Ilegitimidade do acusador (MPM ou APPSP) – posteriormente o acusador legítimo poderá entrar com a
Ação.
PRAZO DA DENÚNCIA: deverá ser oferecida em 5 DIAS (réu preso - IMPRORROGÁVEL) e em 15 DIAS (réu
solto - prorrogável). Após isso, o JUIZ-AUDITOR manifesta-se sobre a denúncia dentro do prazo de 15 DIAS
(réu preso ou solto)
Obs: o prazo para o Juiz se manifestar (15 DIAS) não é previsto no CPP
Obs: RÉU SOLTO ou EXCEPCIONAL, poderá o juiz prorrogar o DOBRO ou TRIPLO o prazo da denúncia (15 dias)
Obs: caso o MPM não ofereça a denúncia no prazo assinalado, o juiz comunicará o fato ao Procurador-Geral,
no qual irá designar outro Promotor e promoverá a responsabilização do Procurador (disciplinar e penal)
5. Processo.
4 - Interrogatório (agora recentemente o STF entendeu que o relatório deve ser o ultimo ato);
5 - Oitiva das testemunhas arroladas pela acusação;
10 - Sentença.
REGRA: em regra, os crimes dolosos contra a vida praticados por militar contra civil continuam sendo julgados
pela Justiça comum (Tribunal do Júri). Isso com base no novo § 1o do art. 9o do CPM:
Art. 9o (...)
§ 1o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra civil,
serão da competência do Tribunal do Júri.
EXCEÇÕES
Os crimes dolosos contra a vida praticados por militar das Forças Armadas contra civil serão de competência
da Justiça Militar da União, se praticados no contexto:
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo Ministro
de Estado da Defesa;
II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não beligerante;
ou
III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem (GLO) ou de
atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da CF/88 e na forma dos
seguintes diplomas legais:
a) Código
Brasileiro de Aeronáutica;
b) LC 97/99;
- INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO: não é aplicável a qualquer crime. QUALQUER QUE FOR A PENA, nos
crimes de Estelionato, Traição, Espionagem, Chantagem, ou Cobardia, pederastia, desrespeito aos símbolos
nacionais (ñ uso indevido uniforme), Extorsão Mediante Sequestro, Extorsão, furto Simples (ñ furto coisa
comum), roubo, Abuso de Pessoa, Peculado, Peculato por Erro de Outrem, Concussão, Falsificação de
Documento, Falsidade Ideológica. (Lei Ficha Limpa= ficará inelegível por 8 anos).. (Estupro não enseja
indignidade para o Oficialato)
A perda do status de militar da ativa não impede o prosseguimento da Ação Penal Militar
Correição parcial serve pra apurar falhas e irregularidades administrativas no âmbito da Justiça Militar.
CPPM:
Casos de correição parcial
CPPM:
Art. 516. Caberá recurso em sentido estrito da decisão ou sentença que:
Correição Parcial:
É um instrumento de impugnação que se destina a impugnar erro ou abuso quanto a atos e fórmulas do
processo, desde que importem em inversão tumultuária, sempre quando não houver recurso específico
previsto em lei. Podem interpor correição parcial o acusado, o Ministério Público, o querelante e o assistente
de acusação. O “processo” de correição parcial segue o rito do agravo de instrumento.
Dica
Tanto o Termo de insubmissão quanto o termo de deserção tem força de mandado de prisão! Esse é o
motivo que autoriza a captura de qualquer dos indivíduos, uma vez que também, por parte relevante da
doutrina, encontram-se em flagrância de crime permanente.
TERMO DE INSUBMISSO: Deverá ser lavrado o Termo de Insubmissão, com a qualificação do insubmisso,
sendo o termo assinado pelo comandante ou autoridade correspondente e por 2 testemunhas idôneas. O
termo possui caráter de instrução provisória (e não probatória), destinado a oferecer elementos para propor
a Ação Penal e serve para autorizar a caputura do insubmisso (o termo e insubmissão serve como termo de
captura).
Obs: o MPM somente poderá oferecer a denúncia no caso de apresentação ou Captura do insubmisso, sendo
avaliado sua capacidade, caso seja incapaz não será incorporado ao serviço ativo e os autos serão arquivados.
Obs: O Termo de Insubmisso é indispensável para o oferecimento da denúncia.
Obs: o insubmisso terá o Quartel por Menagem (menagem legal) e será submetido a inspeção de saúde.
Obs: o insubmisso que não for julgado no prazo de 60 dias, será posto em liberdade (igual o desertor).
Obs: se o insubmisso for incapaz, ficará isento do processo e da inclusão nas fileiras militares.
Obs: os crimes de Deserção e Insubmissão estão previsto nos Procedimentos Especiais do CPPM
CUIDADO:
Art. 463. Consumado o crime de INSUBMISSÃO, o comandante, ou autoridade correspondente, da unidade
para que fora designado o insubmisso, fará lavrar o termo de,(...) (não é qualquer oficial)
Art. 451. Consumado o crime de DESERÇÃO, nos casos previsto na lei penal militar, o comandante da
unidade, ou autoridade correspondente, ou ainda autoridade superior, fará lavrar o respectivo termo... (...)
(não é qualquer oficial)
Lavratura do auto (flagrante)
Art. 245. Apresentado o PRESO (flagrante) ao comandante ou ao oficial de dia, de serviço ou de quarto,
ou autoridade correspondente, ou à autoridade judiciária, será, por qualquer deles (...)
Lembrando : se o insubmisso nao for julgado em até 60 dias , sera este posto em liberdade .
Consumado o crime
CMDT / Autoridade lavra o termo de insubmissão
Com informações pessoais e data que deveria se apresentar
CMDT / Autoridade assina com 2 testemunhas idôneas.
Pode ser datilografado / impresso
REVELIA NO CPPM: Se o acusado PRESO recusar-se a comparecer à instrução criminal, sem motivo
justificado, ser-lhe-á designado o advogado de ofício para defendê-lo, ou outro advogado se este estiver
impedido, e, independentemente da qualificação e interrogatório, o processo prosseguirá à sua revelia
(julgado à revelia). É possível a revelia de réu preso no CPPM.
Praça = militar que pertence à categoria inferior de hierarquia militar. Normalmente, incluem-se na categoria
das praças, os militares com graduações de soldado e de cão.
As praças adquirem estabilidade após 10 anos de efetivo serviço prestado, mesmo que em forças distintas.
As praças especiais são os aspirantes, cadetes, ou seja, os alunos de órgão de formação de Oficiais.
"O soldado que, após dois anos de serviço militar, desertar e for capturado no mesmo mês será submetido a
inspeção de saúde e, independentemente de o resultado o considerar apto ou inapto, será reincluído no
serviço ativo, por ser esta a condição para ele ser processado e julgado pelo crime de deserção."
Caso seja considerado INAPTO, o praça sem estabilidade ficará ISENTO do PROCESSO
2. Momento da decretação: em qualquer fase da persecutória criminal (inquérito policial militar ou processo
criminal), diante de IPM, APF, IPI (instrução provisória de insubordinação) e IPD (instrução provisória de
deserção). A decretação é livremente revogável pelo juiz.
3. Liberdade provisória: se decidido por não aplicar prisão preventiva. Há hipóteses obrigatórias e
facultativas:
3.1 Obrigatória: se o crime militar cometido não tem prevista pena privativa de liberdade.
3.2 Facultativa: aos crimes culposos (salvo se contra seguranã externa do país) e aos crimes com pena de
detenção não superior a 2 anos, exceto crimes previstos em rol taxativo (crimes dos arts. 157, 160, 161, 162,
163, 164, 166, 173, 176, 177, 178, 187, 192, 235, 299 e 302, do Código Penal Militar).
insubmissão
habeas corpus
correição parcial
[...]
§ 1º É de cinco dias o prazo para o requerimento ou a representação, devidamente fundamentados, contados
da data do ato que os motivar.
Em tempo de paz, os delitos de deserção e insubmissão, o habeas corpus, a restauração de autos, as ações de
competência originária do Superior Tribunal Militar e a correição parcial são processados mediante
procedimento especial.
Vamos esquematizar!
O processo Penal Militar adota o rito sumário nos crimes de deserção, rito adotado também para o crime de
insubmissão. Vamos aos procedimentos do crime de deserção:
Oficial Desertor:
*Termo de deserção feito pelo CTM - Geral e assinado por 2 (duas) testemunha
*Agrega o Oficial.
*Oficial apareceu, ele é REVERTIDO. O Juíz auditor cita o réu e intima o MPM.
Apelação – prazo para interposição: 5 dias; prazo para razões: 10 dias sucessivamente ao apelante e ao
apelado; assistente da acusação: 3 dias após o MP.
Art. 563, CPP. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para
a defesa.
Regra que vale para nulidade absoluta e relativa.
Art. 37 (...)
Inexistência de atos
Parágrafo único. Serão considerados INEXISTENTES os atos praticados por juiz impedido, nos termos deste
artigo.
Art. 134. Julgada procedente a arguição de suspeição ou impedimento, FICARÃO NULOS os atos do processo
principal.
Exceção de incompetência
Art. 145. Se aceita a alegação, os autos serão remetidos ao juízo competente. Se rejeitada, o juiz continuará
no feito. Mas, neste caso, caberá recurso, em autos apartados, para o Superior Tribunal Militar, que, se lhe
der provimento, tornará NULOS os atos praticados pelo juiz declarado incompetente, devendo os autos do
recurso ser anexados aos do processo principal.
Lembrando que quando a infração deixar vestígios, o encarregado do IPM determina a realização de perícia,
sendo para tanto necessários 2 peritos, já no processo penal comum, basta 1
Conforme CPPM, Art. 47 Os peritos e intérpretes serão de nomeação do juiz, sem intervenção das partes.
Nomeação de peritos
Art. 47 Os peritos e intérpretes serão de nomeação do juiz, sem intervenção das partes.
Preferência
Art. 48. Os peritos ou intérpretes serão nomeados de preferência dentre oficiais da ativa, atendida a
especialidade.
I-B - processar e julgar civis nos casos previstos nos , e militares, quando estes forem acusados juntamente
com aqueles no mesmo processo;
I-C - julgar os habeas corpus, habeas data e mandados de segurança contra ato de autoridade militar
praticado em razão da ocorrência de crime militar, exceto o praticado por oficial-general;
II - relaxar, quando ilegal, em despacho fundamentado, a prisão que lhe for comunicada;
III - manter ou relaxar prisão em flagrante e decretar, revogar ou restabelecer prisão preventiva de
indiciado ou acusado, em despacho fundamentado em qualquer caso, ressalvado o disposto no inciso I do
caput do art. 28 desta Lei;
- O Conselho Permanente, uma vez constituído, funcionará durante 3 meses consescutivos, coincindo com os
trimestres do ano civil.
- O Conselho Especial é constituído para cada processo e dissolvido após a conclusão de seus trabalhos,
reunindo-se, novamente, se sobrevier nulidade do processo ou do julgamento, ou diligência determinada
pela instância superior.
OBS:Os Conselhos Especial e Permanentede Justiça podem instalar-se e funcionar com a maioria de seus
membros, sendo obrigatória a presença do Juiz-Auditor e do Presidente. Na sessão de julgamento são
obrigatórios a presença e voto de todos os juízes.
- O Conselho Permanente, uma vez constituído, funcionará durante 3 meses consescutivos, coincindo com os
trimestres do ano civil.
- O Conselho Especial é constituído para cada processo e dissolvido após a conclusão de seus trabalhos,
reunindo-se, novamente, se sobrevier nulidade do processo ou do julgamento, ou diligência determinada
pela instância superior.
OBS:Os Conselhos Especial e Permanentede Justiça podem instalar-se e funcionar com a maioria de seus
membros, sendo obrigatória a presença do Juiz-Auditor e do Presidente. Na sessão de julgamento são
obrigatórios a presença e voto de todos os juízes.
Conselho Especial de Justiça: Constituído para julgamento de um processo específico, que tem como
acusado um ou mais oficial das forças armadas.
Composição: 1 Juiz Auditor
4 Oficiais de posto superior àquele de quem está sendo julgado (chamados de juízes
militares)
Conselho Permanente de Justiça: Constituído para funcionar durante um trimestre do ano, para julgar
praças e civis.
CONSELHO ESPECIAL DE JUSTIÇA = OFICIAL (Bizu para lembrar: Oficial é sempre especial)
-> Conselho Permanente de Justiça:
- Julga as praças e os civis;
- É composto por Juiz-Auditor, por 1 (um) oficial-superior, que será o presidente, e 3 (três) oficiais de
posto até capitão-tenente ou capitão;
- Uma vez formado, esse colegiado funcionará durante 3 (três) meses consecutivos, coincidindo com os
trimestres do ano civil, podendo o prazo de sua jurisdição ser prorrogado nos casos previstos em lei.
- Julga os oficiais, com exceção dos Oficiais-Generais (que serão julgados pelo STM);
- É composto pelo Juiz-Auditor e 4 (quatro) Juízes Militares, sob a presidência, dentre estes, de 1(um)
oficial-general ou oficial superior, de posto mais elevado que os dos demais juízes, ou de maior antiguidade,
no caso de igualdade;
- É formado para cada processo e dissolvido após a conclusão dos seus trabalhos, reunindo-se,
novamente, em momento posterior apenas em duas hipóteses:
SUSPEIÇÃO DO JUIZ (2° grau): poderá ser alegado pelo próprio juiz ou pelas partes. É uma obrigação do juiz
declarar-se suspeito. Não poderá alegar suspeição caso a parte Injuriar o juiz ou ela mesma criar a situação
de suspeição (Suspeição Provocada).
6 – Ser o Juiz ou Cônjuge herdeiro presuntivo, donatário, usufrutário ou empregador de uma das partes.
7 – Juiz ser presidente, diretor ou administrador de sociedade que esteja no processo.
SUSPEIÇÃO:
NEMO AUDITUR PROPRIAM TURPITUDINEM ALLEGANS (ninguém pode se beneficiar da própria torpeza)
O assistente PODE:
- Requerer diligências, desde que o pedido seja deferido pelo juiz, com audiência do MPM;
- Juntar documentos;
- Arrolar testemunhas;
Art. 71. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
Defesa própria do acusado
§ 3º A nomeação de defensor não obsta ao acusado o direito de a si mesmo defender-se, caso tenha
habilitação; mas o juiz manterá a nomeação, salvo recusa expressa do acusado, a qual constará dos autos.
No sistema processual castrense, não há previsão para o juiz requisitar a instauração de IPM, entendendo a
doutrina e a jurisprudência ser vedado ao juiz requisitar ou ordenar a instauração de procedimento
investigativo.
DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO: Cabe ao Juiz do processo aceitá-lo, desde que ouvido o Ministério Público,
conceder ou negar o assistente (caráter supletivo/complementar). Poderá ser o ofendido, seu representante,
seu Sucessor e o Advogado da Justiça Militar (DPU), desde que não funcione naquele processo. Não é
cabível o assiste em fase inquisitorial, sendo deferido ou não pelo Juiz auditor. O Assistente receberá a causa
no estado que se achar, podendo adentrar ao processo até o trânsito em julgado (e não da sentença) – Não
poderá pedir diligências se entrar no processo em memoriais (marcha para frente). Não pode a admissão do
assistente resultar no impedimento do Juiz, MP ou escrivão – nomeará outro
→ Recurso Inominado: utilizado da denegatória do pedido de assistência. NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO.
+
Advogado da JM (art. 63)
Art. 60. O ofendido, seu representante legal e seu sucessor podem habilitar-se a intervir no processo como
assistentes do Ministério Público.
Art. 63. Pode ser assistente o advogado da Justiça Militar (defensor público), desde que não funcione no
processo naquela qualidade ou como procurador de qualquer acusado.
Poderão ser assistentes de acusação do MP: O ofendido*, o seu sucessor, o seu representante legal (art. 60
do CPPM) e o Advogado da justiça militar, desde que não funcione no processo naquela qualidade ou como
procurador de qualquer acusado. (art. 63 CPPM).
*Obs: O ofendido que também for acusado não poderá ser assistente de acusação, salvo se for absolvido por
sentença transitada em julgado (art. 64).
No art. 65 temos um rol do que os assistentes de acusação podem fazer durante o processo, em destaque
temos que eles NÃO PODEM PROPOR RECURSOS, mas PODEM ARRAZOAR RECURSO INSTERPOSTOS PELO
MP.
Art. 65. Ao assistente será permitido, com aquiescência do juiz e ouvido o Ministério Público:
a) propor meios de prova;
b) requerer perguntas às testemunhas, fazendo-o depois do procurador; (Mas não pode arrolar
testemunhas)
c) apresentar quesitos em perícia determinada pelo juiz ou requerida pelo Ministério Público;
d) juntar documentos;
art. 32 do CPPM extrai-se esta conclusão: ANTES de apresentar a denúncia, o Ministério Público PODERÁ
desistir da ação penal.
Art. 54 do CPPM - O Ministério Público é o órgão de acusação no processo penal militar, cabendo ao
procurador-geral exercê-la nas ações de competência originária no Superior Tribunal Militar e aos
procuradores nas ações perante os órgãos judiciários de primeira instância.
Parágrafo único. A função de órgão de acusação não impede o Ministério Público de opinar pela absolvição
do acusado, quando entender que, para aquêle efeito, existem fundadas razões de fato ou de direito.
- funcionários
- serventuários
- Representante Legal
-Sucessor
- Advogado da Justiça Mil. -> desde que não funcione no processo naquela qualidade ou como procurador
de qualquer acusado.
Obs > Assistente não pode APELAR. Poderá ARROZOAR (expondo razões ou pontos de vista) no prazo de 3
dias.
Razões. Prazo
Art. 531. Recebida a apelação, será aberta vista dos autos, sucessivamente, ao apelante e ao apelado
pelo prazo de dez dias, a cada um, para oferecimento de razões.
§ 1º Se houver assistente, poderá êste arrazoar, no prazo de três dias, após o Ministério Público.
Art.42 CPPM Os funcionários ou serventuários da Justiça Militar são, nos processos em que funcionam,
auxiliares do juiz, a cujas determinações devem obedecer.
O erro acontece quando o examinador acrescenta as partes, sendo que o correto seria são auxiliares do juiz
APENAS OS FUNCIONÁRIOS OU SERVENTUÁRIOS DA JUSTIÇA MILITAR, conforme visto no artigo acima.
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares
cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça,
sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.
Art. 36. O juiz proverá a regularidade do processo e a execução da lei, e manterá a ordem no curso dos
respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a fôrça militar.
Sempre que êste Código se refere a juiz abrange, nesta denominação, quaisquer autoridades judiciárias,
singulares ou colegiadas, no exercício das respectivas competências atributivas ou processuais.
Explicação: temos que entender de modo amplo a palavra juiz, sendo assim vários individuos estão em
perfeita sintonia com esse cargo quando do processo penal militar.
1- Na justiça militar da união temos : juiz auditor( juiz togado), conselhos permanentes e especial, formado
por oficias, o presidente que nada mais é que um oficial e na 2 instância os ministro que compõe o STM que
são 15 - todos estão dentro da expressão Juíz.
2- Na justiça militar dos estados temos; juiz de direito da justiça estadual, conselhos ( compostos por oficiais
também) e o presidente aqui é o juiz togado. assim na 2 instância temos no âmbito do TJ às Auditoria de
Correição( juizes também).
Essa explicação das justiças estadual e da união em âmbito da justiça militar, apenas foi para lembrar o tanto
que o termo juiz abrange.
7. Denúncia.
Denúncia é a peça inaugural da ação penal pública, e consiste na exposição dos fatos que, em tese,
constituem o ilícito penal. Além da exposição dos fatos, deve conter na denúncia, exceto:
Requisitos da denúncia
Art. 77. A denúncia conterá:
h) o rol das testemunhas, em número não superior a seis, com a indicação da sua profissão e residência; e o
das informantes com a mesma indicação.
Dispensa de testemunhas
Parágrafo único. O rol de testemunhas poderá ser dispensado, se o Ministério Público dispuser de prova
documental suficiente para oferecer a denúncia.
Linha do tempo:
40 dias - solto
2º) PRAZO PARA O MP OFERECER A DENÚNCIA: contados da data do recebimento dos autos
5 dias - preso
15 dias - solto
90 dias - solto
05 DIAS - ACUSADO PRESO - CONTADOS DA DATA DDE RECEBIMENTO DOS AUTOS. (IMPRORROGÁVEIS)
15 DIAS - ACUSADO SOLTO
OBS: O PRAZO PARA O OFERECIMENTO DA DENÚNCIA PODERÁ, POR DESPACHO DO JUIZ, SER
PRORROGADO AO DOBRO OU AO TRIPLO, EM CASO EXCEPICIONAL E SE O ACUSADO NÃO ESTIVER PRESO.
EX: 15+15+15=45
I - de modo geral:
a) pelo lugar da infração;
Regra: Lugar da infração militar (no caso de TENTATIVA, no lugar do último ato)
Exceção 1: Pelo local da RESIDÊNCIA do militar (quando ele não estiver em atividade e não souber o lugar da
infração)
Exceção 2: Quando o militar estiver em atividade e não souber local da infração - Competência será de onde o
militar serve
Regra Geral a competência na esfera processual penal militar será determinada pelo local da infração, não
sendo conhecido o lugar da infração, a competência será determinada pela residência ou domicílio do
acusado, salvo se militar em atividade, em que será o local que está servindo.
FUNDAMENTO: pessoal, só vai ser CRIME MILITAR de militar inativo OU civil contra militar ativo se este
estiver em FUNÇÃO ou EXERCÍCIO relacionado ao meio militar. Parece que é complicado, mas o que comentei
é parte do entendimento que pode ser extraído do inciso III do artigo 9º do CPM.
No caso, pouco importa aqui se a VÍTIMA militar ativo estava em lugar sujeito à Administração Militar. Só
importa se ele estava em FUNÇÃO/EXERCÍCIO ou não.
Justiça militar estadual NUNCA julga civil, logo a competência é do Tribunal do Júri
COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO (ratio loci): será a regra, no caso de tentativa será do lugar do
último ato de execução.
→ NAVIO: se for embarcação sob comando militar ou militarmente ocupada será competente a Auditoria
Militar do local onde o navio está. No caso de Navio em Aguas Territoriais Brasileiras (mar territorial) será
competente a 1ª Auditoria da Marinha (Guanabara)
→ AERONAVE: crimes cometidos dentro do espaço aereo nacional será processado pela Auditoria da
circunscrição onde houver o pouso após o crime. Se o pouso for em lugar remoto ou de difícil diligência, a
competência será da Auditoria da Circunscrição onde houver partido a aeronave.
Obs: CPM adota a Teoria da Territorialidade e Extraterritorialidade Incondicionada – Crime no Haiti será
julgado aqui
9. Questões prejudiciais.
COMPETÊNCIA PARARESOLVER:
Prejudiciais nãodevolutivas:são de matéria criminal, onde a apreciação se faz no próprio juízo criminal (éo
caso da exceção da verdade no crime de calúnia).
PrejudicialDevolutiva (suspensão obrigatória – art. 123): ESTADO CIVIL DA PESSOA (casado,idade,sexo
parentesco) – vai para o juízo cível, desde que séria e fundada. Para serséria e fundada a alegação tem que ter
fundamento jurídico e na prova.
2) aguarda que no juízo cível, a questão prejudicial seja dirimida em sentença transitada emjulgado.
Obs 1: trata-se de uma suspensão obrigatória do processo e, também, da prescrição da ação penal (art.123, §
4º, I,CPM);
Obs 2: muito embora, aletra “c” do art. 123 preveja que a suspensão ocorrerá sem prejuízo, dainquirição de
testemunhas e de outras provas que independam da solução no outrojuízo, Nucci (2013, p. 160) entende que
prevalece a suspensão, mesmo porque asprovas inadiáveis já terão sido produzidas, sob penal de ofender a
ampla defesa.
Obs 3: se entender que a alegação é irrelevante ou que não tem fundamento legal, prosseguirá no feito(ex: o
réu alega no processo que a vítima que ele agrediu é casada com umtraficante – no caso hipotético a vítima
ter ligaçãocom algum infrator nãoelide a culpabilidade da agressão injusta do policial);
Interessante registrar, que não cabe excecão de legitimidade da parte no rol do artigo 128 CPPM. Além disso,
no CPPM, com fulcro no artigo 129, poderá arguir a suspeição ou impedimento, porém no CPP "comum", não
a a arguição de impedimento, somente suspeição. Distinção importante a ser considerada na prova, pois as
bancas gostam muito de cobrar do candidato as diferenças entre os códigos.
Art. 215. O arresto de bens do acusado poderá ser decretado pela autoridade judiciária militar, para
satisfação do dano causado pela infração penal ao patrimônio sob a administração militar:
a) se imóveis, para evitar artifício fraudulento que os transfira ou grave, antes da inscrição e
especialização da hipoteca legal;
b) se móveis e representarem valor apreciável, tentar ocultá-los ou dêles tentar realizar tradição que
burle a possibilidade da satisfação do dano, referida no preâmbulo deste artigo.
Revogação do arresto
§ 1º Em se tratando de imóvel, o arresto será revogado, se, dentro em quinze dias, contados da sua
decretação, não fôr requerida a inscrição e especialização da hipoteca legal.
Na fase do inquérito
Art. 184. A busca domiciliar ou pessoal por mandado será, no curso do processo, executada por oficial de
justiça; e, no curso do inquérito, por oficial, designado pelo encarregado do inquérito, atendida a
hierarquia do pôsto ou graduação de quem a sofrer, se militar.
Art 161. Se a doença mental sobrevier ao crime, o inquérito ou o processo ficará suspenso, se já iniciados,
até que o indiciado ou acusado se restabeleça, sem prejuízo das diligências que possam ser prejudicadas com
o adiamento
Art. 156. Quando, em virtude de doença ou deficiência mental, houver dúvida a respeito da imputabilidade
penal do acusado, será êle submetido a perícia médica.
Ordenação de perícia
1º A perícia poderá ser ordenada pelo juiz, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do
defensor, do curador, ou do cônjuge, ascendente, descendente ou irmão do acusado, em qualquer fase do
processo.
Na fase do inquérito
2º A perícia poderá ser também ordenada na fase do inquérito policial militar, por iniciativa do seu
encarregado ou em atenção a requerimento de qualquer das pessoas referidas no parágrafo anterior.
Art. 142. Não se poderá opor suspeição ao encarregado do inquérito, mas deverá êste declarar-se
suspeito quando ocorrer motivo legal, que lhe seja aplicável.
a) art. 215, § 2º O arresto poderá ser pedido ainda na fase do inquérito.
b) Art. 184. A busca domiciliar ou pessoal por mandado será, no curso do processo, executada por oficial de
justiça; e, no curso do inquérito, por oficial, designado pelo encarregado do inquérito, atendida a hierarquia
do pôsto ou graduação de quem a sofrer, se militar.
c) Art 161. Se a doença mental sobrevier ao crime, o inquérito ou o processo ficará suspenso, se já iniciados,
até que o indiciado ou acusado se restabeleça, sem prejuízo das diligências que possam ser prejudicadas com
o adiamento.
d) art. 156, § 2º A perícia poderá ser também ordenada na fase do inquérito policial militar, por iniciativa do
seu encarregado ou em atenção a requerimento de qualquer das pessoas referidas no parágrafo anterior. (§
1º A perícia poderá ser ordenada pelo juiz, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do defensor,
do curador, ou do cônjuge, ascendente, descendente ou irmão do acusado, em qualquer fase do processo.)
e) Art. 142. Não se poderá opor suspeição ao encarregado do inquérito, mas deverá êste declarar-se
suspeito quando ocorrer motivo legal, que lhe seja aplicável.
10. Exceções.
a) suspeição ou impedimento;
b) incompetência de juízo;
c) litispendência;
d) coisa julgada.
b.1 - réu militar da ativa ou funcionário lotado na justiça militar: local em que serve.
b.2 - réu civil: local de sua residência.
Proibição de depor
Art. 355. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão,
devam guardar segrêdo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
Não se deferirá o compromisso aos doentes e deficientes mentais, aos menores de quatorze anos, nem às
pessoas a que se refere o art. 354.
Art. 162. A verificação de insanidade mental correrá em autos apartados, que serão apensos ao
processo principal sòmente após a apresentação do laudo.
§ 1º O exame de sanidade mental requerido pela defesa, de algum ou alguns dos
acusados, não obstará sejam julgados os demais, se o laudo correspondente não houver sido
remetido ao Conselho, até a data marcada para o julgamento. Neste caso, aquêles acusados
serão julgados oportunamente.
Procedimento no inquérito
§ 2º Da mesma forma se procederá no curso do inquérito, mas êste poderá ser encerrado
sem a apresentação do laudo, que será remetido pelo encarregado do inquérito ao juiz, nos
têrmos do § 2.° do art. 20.
Argüição de falsidade
Art. 163. Argüida a falsidade de documento constante dos autos, o juiz, se o reputar
necessário à decisão da causa:
Autuação em apartado
a) mandará autuar em apartado a impugnação e, em seguida, ouvirá a parte contrária,
que, no prazo de quarenta e oito horas, oferecerá a resposta;
Prazo para a prova
b) abrirá dilação probatória num tríduo, dentro do qual as partes aduzirão a prova de suas
alegações;
Diligências
c) conclusos os autos, poderá ordenar as diligências que entender necessárias, decidindo
a final;
Reconhecimento. Decisão irrecorrível. Desanexação do documento
d) reconhecida a falsidade, por decisão que é irrecorrível, mandará desentranhar o
documento e remetê-lo, com os autos do processo incidente, ao Ministério Público.
Argüição oral
Art. 164. Quando a argüição de falsidade se fizer oralmente, o juiz mandará tomá-la por
têrmo, que será autuado em processo incidente.
Por procurador
Art. 165. A argüição de falsidade, feita por procurador, exigirá poderes especiais.
Verificação de ofício
Art. 166. A verificação de falsidade poderá proceder-se de ofício.
Documento oriundo de outro juízo
Art. 167. Se o documento reputado falso fôr oriundo de repartição ou órgão com sede em
lugar sob jurisdição de outro juízo, nêle se procederá à verificação da falsidade, salvo se esta
fôr evidente, ou puder ser apurada por perícia no juízo do feito criminal.
Providências do juiz do feito
Parágrafo único. Caso a verificação deva ser feita em outro juízo, o juiz do feito criminal
dará, para aquêle fim, as providências necessárias.
Sustação do feito
Art. 168. O juiz poderá sustar o feito até a apuração da falsidade, se imprescindível para a
condenação ou absolvição do acusado, sem prejuízo, entretanto, de outras diligências que não
dependam daquela apuração.
Limite da decisão
Art 169 . Qualquer que seja a decisão, não fará coisa julgada em prejuízo de ulterior
processo penal.
Art. 215. O arresto de bens do acusado poderá ser decretado pela autoridade judiciária militar, para
satisfação do dano causado pela infração penal ao patrimônio sob a administração militar:
SEQUESTRO - retira a posse do bem do autor da infração, sendo que nesse caso o MP suspeita que o bem seja
ilícito;
ARRESTO - arresta qualquer bem que sirva para satisfazer o dano causado pela infração penal ao patrimônio
sob a administração militar. Não há suspeita da ilicitude do bem, sendo uma medida cautelar para assegurar o
ressarcimento.
VAMOS RELEMBRAR?!
REQUISITOS:
SEQUESTRO---> Existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos bens.
ARRESTO----> Certeza da infração e fundada suspeita da sua autoria ( pode aparecer como: "prova da
materialidade do delito e indícios de sua autoria")
A prisão provisória é a que ocorre durante o inquérito, ou no curso do processo, antes da condenação
definitiva, conforme art. 220 do CPPM, previsto na Seção I do Capi III, denominada "Prisão Provisória -
Disposição Gerais".
São espécies da prisão provisória:
-A Prisão prevista no art. 18 do CPPM, a qual é denominada pela doutrina de "Prisão para Averiguações" (art.
18 do CPPM), sendo que esta ocorre durante as investigações policiais e terá o prazo de até 30 dias. Esse
prazo poderá ser prorrogado por mais 20 dias mediante solicitação fundamentada do encarregado do IPM e
por via hierarquica.
Oportuno lembrar que não existe prisão temporária no processo penal militar.
Assim, conclui-se que é incorreto afirmar a "inexistência de prazo" nas prisões provisórias, uma vez que,
conforme o exposto acima, a "Menagem", bem como a prisão para averiguações tem prazo certo e
determinado.
Finalidade Art. 172. CPPM Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
a) prender criminosos;
d) apreender armas e munições e instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso;
e) descobrir objetos necessários à prova da infração ou à defesa do acusado;
f) apreender correspondência destinada ao acusado ou em seu poder, quando haja fundada suspeita de que
o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;
Art 176. A busca domiciliar poderá ordenada pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes,ou
determinada pela autoridade policial militar.
-Art. 179, II, “b” do CPPM: no caso de não ser encontrado o morador ou não comparecer com a necessária
presteza, convidará pessoa capaz, que identificará para que conste do respectivo auto, a fim de testemunhar
a diligência.
II — se o morador estiver ausente:
a) tentará localizá-lo para lhe dar ciência da diligência e aguardará a sua chegada, se puder ser imediata;
b) no caso de não ser encontrado o morador ou não comparecer com a necessária presteza, convidará pessoa
capaz, que identificará para que conste do respectivo auto, a fim de testemunhar a diligência;
c) entrará na casa, arrombando-a, se necessário;
Já art 179, III paragrafo 1º diz respeito a medida cabível em caso de casa desabitada.
a) hotel, hospedaria ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto abertas, salvo a restrição da alínea b do
artigo anterior;
Busca pessoal
Art. 180. A busca pessoal consistirá na procura material feita nas vestes, pastas, malas e outros objetos
que estejam com a pessoa revistada e, quando necessário, no próprio corpo.
Busca em mulher
Art. 183. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da
diligência.
Art. 184. A busca domiciliar ou pessoal por mandado será, no curso do processo, executada por oficial de
justiça; e, no curso do inquérito, por oficial, designado pelo encarregado do inquérito, atendida a hierarquia
do pôsto ou graduação de quem a sofrer, se militar.
CPPM, Art 223. A prisão de militar deverá ser feita por outro militar de pôsto ou graduação superior; ou, se
igual, mais antigo.
Art. 177. Deverá ser precedida de mandado a busca domiciliar que não fôr realizada pela própria
autoridade judiciária ou pela autoridade que presidir o inquérito.
Art. 180. A busca pessoal consistirá na procura material feita nas vestes, pastas, malas e outros objetos que
estejam com a pessoa revistada e, quando necessário, no próprio corpo (tal busca é chamada de revista
íntima)
FUNDADAS RAZÕES: busca domiciliar
Obs: quem julga o oficial será o Conselho Especial de Justiça (deverá ser sorteado).
Obs: a sustentação oral poderá ocorrer no prazo máximo de 30 minutos.
Obs: a convocação do Conselho Especial de Justiça somente pode ocorrer após apresentação/captura do
desertor, porém a denúncia poderá ser oferecida e recebida pelo Juiz-Auditor antes.
DESERÇÃO DA PRAÇA: o Cmt da subunidade deverá informar ao Comandante da organização 24h depois de
iniciada a contagem da ausência (após às 0h dia seguinte), devendo verificar se o ausente levou algum
material com ele. O termo de deserção pode ser lavrado por praça, especial ou graduada, e será assinado
pelo comandante e por 2 testemunhas idôneas (de preferências oficiais). A defesa poderá arrolar até 3
testemunhas, dentro de 3 dias e ouvidas no prazo de 5 dias, prorrogável até o dobro pelo Conselho, ouvidos o
MP. Haverá a sustentação oral pelo prazo máximo de 30 minutos (réplica e tréplica não excedente a 15
minutos).
Ø Excluído da Atividade: Praça Especial e Praça sem Estabilidade. (não é respeitado o devido processo legal)
19. Nulidades.