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SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA

Rua Ambrosina de Macedo, 79 – Vila Mariana – São Paulo/SP CEP 04013-030


Tel. (11) 5571.5298 – Fax (11) 5572.5349 – e-mail: sbp@sbp.org.br

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Programa Mínimo da Residência Médica em Patologia

Atitudes e Competências Gerais em Patologia


1. Respeito ao paciente e/ou às partes do mesmo.
2. Conhecimento médico atualizado.
3. Profissionalismo.
4. Habilidade de intercomunicação com colegas de outras clínicas e da especialidade.
5. Postura ética.
6. Humanismo.

PRIMEIRO ANO: R1
A – Objetivos Gerais
Ao final do 1º ano do Programa de Residência Médica (PRM) em Patologia, o médico residente
deverá estar apto a:
1. Executar uma necropsia completa num período máximo de 3 horas (casos simples) a 4 horas
(casos complexos), sendo capaz de reconhecer as principais alterações morfológicas (macro
e microscópicas) e estabelecer a natureza do processo (congênita, inflamatória, neoplásica,
degenerativa, auto-imune, etc), realizando a correlação clínica.
2. Executar exame anatomopatológico completo, macroscopia e microscopia, dos casos mais
comuns de patologia cirúrgica e de redigir laudo completo de acordo com as normas
técnicas preconizadas.
3. Realizar escrutínio cérvico-vaginal de forma apropriada e de redigir laudo completo.
4. Ter conhecimento das doenças de notificação compulsória.
5. Ter noções dos procedimentos operacionais adotados no laboratório de Patologia.

B- Objetivos Específicos
bI. Necropsia
1. Conhecer a importância das necropsias e suas implicações legais, bem como a
utilidade científica da necropsia acadêmica e as doenças de notificação compulsória,
sendo capaz de abordar adequadamente as diversas situações advindas da prática.
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2. Conhecer as indicações das necropsias, da necessidade das permissões e da


importância das mesmas. Saber as indicações das necropsias médico-legais, bem
como os procedimentos de encaminhamento ao órgão competente.
3. Consultar os prontuários e registros dos necropsiados e obter história clínica concisa.
4. Saber fazer a correta identificação dos corpos.
5. Saber reconhecer as lesões de causas externas, dissecar o corpo humano ou partes do
mesmo com habilidade, conhecer as técnicas de retirada de órgãos, selecionar os
fragmentos necessários para a análise microscópica e realizar laudo provisório dos
dados macroscópicos.
6. Conhecer as medidas de proteção contra as doenças potencialmente transmissíveis.
7. Utilizar, obrigatoriamente, o equipamento de proteção individual (EPI), mantendo o
ambiente limpo e apresentável durante a execução das necropsias.
8. Reconhecer os aspectos macro e microscópicos das enfermidades mais comuns,
realizar adequada correlação clínico-patológica e comunicar estas informações aos
demais especialistas.
9. Realizar procedimentos de coleta de material para aplicação de tecnologia de
patologia clínica à necropsia, em especial, microbiologia e toxicologia.
10. Saber a indicação e os tipos de exames laboratoriais mais utilizados para auxílio
diagnóstico (hepatites, HIV, Chagas, sífilis, etc) e interpretar seus resultados no
cenário do caso em estudo.
11. Colher e acondicionar sangue e fluidos para o envio ao laboratório clínico.
12. Conhecer os procedimentos habitualmente utilizados para a coleta de cariótipo e dos
demais exames para investigação de alterações genéticas e moleculares.
Nota: O equipamento de proteção individual deve ser obrigatório, mantendo-se o ambiente
limpo e apresentável durante e após a execução das necropsias.
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bII. Patologia Cirúrgica
1. Ter noções do funcionamento de um laboratório de processamento histológico de patologia
cirúrgica.
2. Ter conhecimento das etapas do processamento tecidual
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3. Realizar o exame macroscópico de biópsias conforme protocolo apropriado e reconhecido.


4. Realizar a coloração de hematoxilina e eosina (H&E).
5. Ter conhecimento aprofundado da histologia dos principais órgãos e sistemas e processos
patológicos gerais.
bIII. Citopatologia
1. Conhecer as técnicas de coloração mais comumente empregadas.
2. Realizar a coloração de Papanicolaou ou equivalente.
3. Conhecer as classificações para os exames cérvico-vaginais e aplicá-las conforme consenso
científico.
4. Realizar escrutínio cérvico-vaginal de forma apropriada.
5. Distinguir as amostras satisfatórias das insatisfatórias.
6. Discernir os processos reativos, neoplásicos, infecciosos, etc.
bIV. Noções de arquivo, codificação e informática
1. Conhecer os processos de arquivamento, numeração e técnicas de informática
necessários ao funcionamento de um laboratório, bem como conhecer a legislação
pertinente.
2. Conhecer as normas da ANVISA e demais órgãos reguladores para o funcionamento dos
laboratórios de patologia.
bV. Participação efetiva dos médicos residentes em Programas de Incentivo e Controle de
Qualidade externa (PICQ), Jornadas, Seminários e Programas de Educação Continuada.

C – Conteúdo Programático-Teórico
1. A carga horária entre 10% a 20% da carga horária total versará sobre os assuntos que
compõem o conteúdo programático-prático sob a forma de reuniões internas de
apresentação de casos, sessões de revisão de lâminas (histologia e de casos
patológicos), reuniões clinicopatológicas, seminários, discussão de artigos de revista
e/ou aulas teóricas.
Nota: As sessões de apresentação de casos deverão ser obrigatórias e o primeiro-anista tem a
obrigação de apresentar os seus casos, devendo-se ter o registro sistemático de presença e dos casos
apresentados.
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D – Conteúdo Programático-Prático
dI. Necropsia* (40% carga horária anual)
1. Deve corresponder à principal atividade deste período, abrangendo a realização um número
mínimo de necropsias, sob supervisão direta do corpo de assitentes, que proporcione o
entendimento dos principais eventos fisiopatológicos relacionados ao óbito, sempre
encerradas na microscopia e com correlação clínica.
Nota: Caso o número de necropsias seja insuficiente, estágios focalizados na realização de
necropsias em Serviços de Verificação de Óbitos ou mesmo em outros Serviços de
Residência Médica, desde que devidamente supervisionados e documentados, poderão ser
realizados, bem como a utilização auxiliar de coleções de lâminas de casos instrutivos de
necropsia.
*Obs: Relatório macroscópico preliminar deve ser liberado num período máximo de 2 dias
úteis; relatório definitivo, com correlação clínica da autopsia no período máximo de 60 dias
após a execução das mesmas.
dII. Patologia Cirúrgica (20% a 30% da carga horária anual)
1. Conhecimentos sobre a adequação das requisições de exames anatomopatológicos,
segundo os requisitos mínimos exigidos.
2. Treinamento supervisionado para realização de exame macroscópico das peças mais
simples (biopsias endoscópicas, punchs, apêndice, vesícula, clivagem de útero com
leiomioma, etc), bem como saber realizar fotografias macro e microscópicas e ter
noções de processamento de imagens digitais em programas de computador.
3. Representação adequada das amostras para análise histopatológica, com avaliação das
margens de ressecção.
4. Utilização do microscópio de luz (dar foco, centrar o feixe de luz, altura do
condensador, etc).
dIII. Citopatologia (20% carga horária anual)
• Significado das variadas técnicas de colheita das amostras citológicas e correlacionar
com as necessidades diagnósticas.

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• Conhecimento técnico das colorações habitualmente utilizadas em preparados


citológicos (Giemsa, Schorr, Papanicolau, etc.)
• Utilização dos critérios habitualmente empregados para distinguir as alterações
proliferativas benignas das alterações neoplásicas malignas.

SEGUNDO ANO: R2
A – Objetivos Gerais
Ao final do 2º ano de Residência Médica em Patologia o médico residente deverá estar apto a:
1. Executar exame anatomopatológico completo, macroscopia e microscopia, dos casos mais
elaborados de patologia cirúrgica e redigir laudo completo de acordo com as normas
técnicas preconizadas.
2. Examinar citologias de líquidos corporais, ter noções da realização de punções aspirativas
por agulha fina (PAAF) de órgãos superficiais, aplicar as classificações aceitas e realizar,
com destreza, os diagnósticos mais freqüentes em citologia cérvico-vaginal.
3. Realizar e concluir necropsias acadêmicas com exame microscópico e correlação clínica no
período máximo de 60 dias, além de proceder adequadamente nos casos suspeitos de morte
por causa externa e nas verificações de óbito.
B- Objetivos Específicos
bI. Patologia Cirúrgica
1. Conhecer as entidades patológicas mais freqüentes de um laboratório de patologia
cirúrgica e emitir laudos completos.
2. Realizar exame per-operatório dos casos mais simples, no período máximo de 30
minutos, após o recebimento do espécime.
3. Realizar o exame macroscópico das peças mais complexas.
4. Ter conhecimento dos reagentes e das principais técnicas histoquímicas utilizados no
laboratório de Patologia.
5. Conhecer as indicações dos exames auxiliares (microscopia eletrônica, biologia
molecular) e dos painéis de marcadores mais frequentemente utilizados na imuno-
histoquímica.
bII. Citopatologia
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1. Examinar preparados citológicos de líquidos corporais.


2. Conhecer e realizar PAAFs de órgãos superficiais (linfonodos, mama, tireóide) e ser
capaz de emitir diagnósticos apropriados.
3. Aplicar adequadamente a classificação em vigor e realizar, com destreza, os
diagnósticos mais freqüentes em citologia cérvico-vaginal.
4. Ter familiaridade com os conceitos de controle de qualidade, tempo de liberação dos
resultados (TAT), qualidade das lâminas e dos esfregaços.
b.III. Necropsia
Manter e consolidar as habilidades adquiridas no ano anterior.
bIV. Patologia Forense
1. Saber as indicações das necropsias médico-legais, bem como os procedimentos de
encaminhamento e legislação, jurisprudência, competências e obrigações
pertinentes à Patologia Forense.
Nota: Parte da carga horária de Patologia Forense poderá ser suprida através de cursos
devidamente reconhecidos, mediante apresentação de certificados comprobatórios
bV. Sessões Clínico-patológicas
1. Apresentar regularmente casos em sessões clínicas – preparar peças, fotografias, slides,
etc. – apresentando-os com desenvoltura e clareza.
Obs: As sessões internas de apresentações dos casos devem ser obrigatórias, devendo o
segundo-anista apresentá-las rotineiramente, com registro sistemático da participação e dos
casos apresentados.
bVI. Demais habilidades
1. Conhecer os aspectos gerenciais e de todas as etapas do processamento de material
biológico de um laboratório de Patologia Cirúrgica.
bVII. Participação efetiva dos médicos residentes em Programas de Incentivo e Controle de
Qualidade externa (PICQ), Jornadas, Seminários e Programas de Educação Continuada.

C – Conteúdo Programático Teórico


1. A carga horária entre 10% a 20% da carga horária total versará sobre os assuntos que
compõem o conteúdo programático prático na forma de reuniões internas de
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apresentação de casos, reuniões clinicopatológicas, seminários, discussão de artigos de


revista e/ou aulas teóricas.

D – Conteúdo Programático Prático


dI. Patologia Cirúrgica (50% da carga horária anual).
Deve o residente segundo anista realizar:
1. Exame macroscópico e microscópico, incluindo as peças mais complexas.
2. Classificação das neoplasias de acordo com o grau de malignidade e utilização de
sistema apropriado para estadiamento.
3. Exame per-operatório, sob supervisão, em tempo hábil, no que se refere aos aspectos
diagnósticos e avaliação de margens de ressecção, quando pertinentes.
4. Seleção para a pesquisa dos anticorpos mais apropriados para complementação
diagnóstica dos casos rotineiros de patologia cirúrgica (painel para mama, neoplasias
metastáticas de sítio primário desconhecido, neoplasias de células pequenas, redondas e
azuis, entre outros).
5. Processamento de imagens em programas de computador e utilização dos recursos de
processamento e apresentação de imagens em multimídia.

dII. Citopatologia (10% a 20% da carga horária anual)


1. Diagnósticos mais freqüentes em citologia cérvico-vaginal com destreza.
2. Realização de PAAF de órgãos superficiais (linfonodos, mama, tireóide), e ser capaz de
emitir diagnósticos apropriados.
3. Exame de preparados citológicos de líquidos corporais e emissão de laudos apropriados.

dIII. Necropsias Hospitalares (10% a 20% da carga horária anual)


1. Realização de necropsias pediátricas e de adultos com destreza e elaboração de laudo
provisório em até 2 dias e laudo definitivo com correlação clínica no período máximo de
60 dias após a execução das mesmas.
2. Realização das diferentes técnicas de necropsia com habilidade.

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Nota: Ao término do 2º ano, o residente deve ter realizado número de necropsias de cada grupo etário,
sempre com exame microscópico e correlação clínica, suficiente para promover a compreensão dos
processos fisiopatológicos dos casos de morte hospitalar nos diversos contextos clínicos

dIV. Necropsias Forenses (carga horária total de 60 horas)


1. Familiarização com o atestado de óbito que relate de maneira adequada óbitos de causas
não orgânicas.
2. Familiarização com as técnicas especializadas de uso corrente na patologia forense,
sendo exposto aos princípios de balística, odontologia forense, antropologia forense e
toxicologia.
Nota: Caso não sejam realizadas necropsias forenses no local da RM, estágios nos Institutos
Médico-Legais, desde que devidamente supervisionados e documentados poderão ser
realizados para suprir a carga horária necessária.

TERCEIRO ANO: R3
A – Objetivos Gerais
Ao final do 3º ano de Residência Médica em Patologia o médico residente deverá estar apto a:
1. Executar exame anatomopatológico completo, macroscopia e microscopia, dos casos
mais elaborados de patologia cirúrgica, com utilização de métodos auxiliares
apropriados e de redigir laudo completo de acordo com as normas técnicas
preconizadas.
2. Ter competência diagnóstica para a emissão de laudos citológicos dos exames de
líquidos corporais, punções aspirativas e citologia cérvico-vaginal, de acordo com as
normas técnicas preconizadas.
3. Realizar necropsias completas com encerramento das mesmas em tempo hábil, de casos
de morte natural e encaminhar adequadamente os casos de Patologia Forense.
4. Conhecer os procedimentos administrativos, gerenciais e técnicos de um laboratório de
Patologia, com amplo conhecimento da legislação pertinente.
5. Conhecer os fundamentos básicos de pesquisa em Anatomia Patológica, sabendo relatar
e apresentar casos em reuniões científicas e em periódicos da área.
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B- Objetivos Específicos
bI. Patologia Cirúrgica Geral e Citopatologia
1. Habilitar o residente para a prova de Título de Especialista da Sociedade Brasileira de
Patologia e de Citopatologia.
2. Manter e consolidar os conhecimentos e habilidades adquiridas nos anos anteriores.
3. Realizar exames per-operatórios com segurança e em tempo hábil.
4. Ser capaz de interpretar o significado das alterações moleculares mais comumente
encontradas.
5. Ter conhecimento da legislação sanitária e trabalhista pertinente ao trabalho do
patologista.
bII. Necropsias
1. Manter e consolidar as habilidades adquiridas nos anos anteriores, com ênfase em
patologia pediátrica e forense.
b.III. Habilidades Científicas
1. Participar de eventos científicos e na elaboração de trabalhos científicos.

bIII. Participação efetiva dos médicos residentes do terceiro ano em Programas de Incentivo e
Controle de Qualidade externa (PICQ), Jornadas, Seminários e Programas de Educação
Continuada.

C – Conteúdo Programático Teórico


1. A carga horária do médico residente do terceiro ano será de 10% a 20% da carga horária
total e versará sobre os assuntos que compõem o conteúdo programático-prático, na forma
de reuniões internas de apresentação de casos, reuniões clínico-patológicas, seminários,
discussão de artigos de revista e/ou aulas teóricas de forma didática e com clareza.
Nota1: Neste período, deverá ser dada ênfase para publicação de artigo científico em periódico
da área ou monografia de Conclusão da Residência, conforme Resolução CNRM Nº 02
/2006, sob supervisão direta.

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D – Conteúdo Programático Prático (80 a 90% da carga horária anual)


1. Realização de estágios rotativos em especialidades, quando necessários, como
dermatopatologia, patologia pediátrica, hematopatologia, patologia óssea,
neuropatologia, entre outras, adquirindo destreza diagnóstica nos casos mais complexos
das principais doenças das áreas acima referidas, perfazendo cerca de 30% da carga
horária anual.
2. Familiarização com todas as atividades do laboratório, inclusive as administrativas.
3. Participação nas orientações dos residentes com menor experiência.
4. Estudo dos principais eventos moleculares envolvidos na gênese das neoplasias e
processos correlatos, bem como a utilidade diagnóstica dos mesmos.
5. Conhecimento das etapas envolvidas no processamento do material para exame ultra-
estrutural e biologia molecular.
6. Indicação de painéis imuno-histoquímicos apropriados à resolução dos casos mais
complexos de Patologia Cirúrgica.
7. Interpretação microscópica das reações imuno-histoquímicas, conhecendo as limitações,
falso-positivos, etc.
Nota1: É recomendável que o médico residente do terceiro ano
realize estágio em outro Serviço de Patologia, seja no país ou no exterior, por
um período não inferior a 2 meses.

Aspectos Educacionais pertinentes ao Programa Mínimo de Residência Médica


A RM em Patologia deve conter atividades teóricas, ou seja, sugerindo-se reuniões específicas
para:
1. O estudo teórico (aulas, palestras, seminários, etc.), de temas como: histologia,
processos patológicos gerais, avanços no conhecimento da patogênese, etc. (anotar e
comprovar o número de reuniões presenciadas – mínimo de 2 por mês).
2. Discussão sistemática de casos de patologia cirúrgica (anotar e comprovar o número de
reuniões presenciadas – mínimo de 1 por semana).

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3. Reuniões de encerramento de necropsias (anotar e comprovar o número de reuniões


presenciadas – mínimo de 3 reuniões por semestre).
4. O estudo de artigos (clube de revista) com o objetivo de ensinar a fazer busca
bibliográfica e aguçar o espírito crítico com relação aos artigos, (anotar e comprovar o
número de reuniões presenciadas – mínimo de 2 por mês).
Nota1: Ao término do PRM, o médico residente deverá ter participado ao menos a 2
congressos ou outros eventos científicos da especialidade com abrangência nacional,
envolvendo-se ativamente com a publicação de trabalhos. O residente deve, também,
participar regularmente das atividades científicas das sociedades.
Nota2: Dependendo das peculiaridades de cada PRM, pode ser alterada a seqüência dos
estágios e das habilidades desenvolvidas, contanto que os objetivos sejam alcançados ao
término dos 3 anos de formação.
Nota3: O médico residente deve cumprir integralmente a carga horária de 60 horas
semanais no Serviço ou em instituições conveniadas. Estágios em outros laboratórios de
patologia não conveniados podem ser realizados, desde que fora do horário de
funcionamento da Residência Médica.

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