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MOCAMBIQUE
1. INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE
1
Actividae economica é toda aquela que lutando contra a escassez de bens e serviços, visa a satisfação
da necessidade mediante um custo.
De acordo com a multiplicidade do entendimento dos autores que lidam com a matéria
contabilística, encontramos varias definições da Contabilidade, umas com maior
abrangência elementos e outras menos abrangentes.
Perreira (1980) apresenta uma definição mais consensual que inclui o objecto e
objectivo da contabilidade.
Segundo Perreira (1980:23) “a Contabilidade é uma ciência de natureza económica cujo
objecto é a realidade económica passada, presente e futura, de qualquer entidade pública
ou privada, analisada em termos quantitativos e por métodos específico com o fim de
obter informações económico-financeiras indispensáveis à gestão dessa entidade,
nomeadamente ao conhecimento da situação patrimonial e dos resultados obtidos e ao
planeamento e controle da sua actividade”.
Objectivos da Contabilidade
Produzir informações úteis a gestão para tomada de decisões, designadamente,
elaboração do Balanço e Demonstração dos resultados. Ou seja, produzir as
demonstrações financeiras que sirvam de suporte para a tomada de decisões pelos
gestores das organizações.
Finalidade da Contabilidade
Servir de suporte na tomada de decisões, isto é, a obtenção de informações úteis
para todos os interessados para ter uma visão racional na tomada de decisão.
Controlar o património das entidades (entidade é qualquer pessoa física ou
jurídica detentora de um património)
Ou seja, As finalidades fundamentais da contabilidade referem-se à orientação da
administração das empresas no exercício de suas funções. Portanto, a Contabilidade é o
Controle e o Planeamento de toda e qualquer entidade socioeconómica.
2Conjunto de valores (bens, direitos e obrigações) pertencentes a uma determinada unidade económica sob uma
gestão orientada para o alcance de certos objectivos.
Controle – administração através das informações contabilísticas, via relatórios para
certificar de que a organização esta agindo em conformidade com os planos e políticas
determinados.
TEORIA DA CONTABILIDADE
CONTABILIDADE GERAL
TECNICA CONTABILISTICA GERAL
Contabilidade da empresa
Na contabilidade da empresa podemos distinguir :
A contabilidade das relações com o exterior( contabilidade financeira);
A contabilidade do movimento interno ou da produção (contabilidade de custo
ou analítica);
Contabilidade de controlo e planeamento (contabilidade orçamental
etc.
Divisões da contabilidade
Contabilidade
Financeira
Contabilidade De
Custos Ou Analítica
TEORIA DE EMPRESA De Produção
CONTABILIDADE
CONTABILIDADE APLICADA
CONTABILIDADE Contabilidade
CONTABILIDADE GERAL
PRIVADA
GERAL Bancária
CONTABILIDADE
Contabilidade
Orçamenta
FAMILIA Contabilidade
Agrícola
CONTABILIDADE PESSOAS
PÚBLICA COLECTIVAS
PÚBLICAS
Contabilidade
(Estado ,
Administrativa
TECNICA Autarquias,
CONTABILISTICA Organismos
Autónomos)
CONTABILIDADE Contabilidade da Nação+
NACIONAL Contabilidade Privada+Contabilidade
Pública
Fonte:PERREIRA(1980:25)
Isto é, quando não existe certeza acerca do valor dum bem ou evento
mercadorias, obrigação, receita, despesas etc.) deve ser aplicado este princípio, o
que significa que devem constar nas demonstrações financeiras pelos seus
valores aproximados, não devendo ser exagerados.
Bens, tudo aquilo que é capaz de satisfazer as necessidades. Os bens podem ser
económicos ou livres. Diz-se económicos aqueles que possuem valor económico
incorporado e são susceptíveis de avaliação económica, e diz-se bens livres aos que
apesar de satisfazer necessidades, isto é possuir valor de uso, não são susceptíveis de
avaliação económica. ex. O ar que respiramos.
Os bens económicos são os que tem relevância para o nosso estudo, e eles dividem –se
em bens matérias e bens imateriais ou seja corpóreos e incorpóreos.
4
Citando o Professor Gonçalves da Silva - Contabiliadae Geral, volume 1
São bens materiais, os tangíveis, os objectos que a empresa tem para o uso, troca ou
consumo, ex. armários, mercadorias ou material de limpeza.
Bens imateriais são todos os intangíveis, correspondem a determinados gastos que pela
sua natureza fazem parte do património. Ex. O direito de uso de uma determinada
patente ou marca, com ou sem exclusividade.
Direitos
São direitos, todos os valores que a empresa tem de receber de terceiros.
Ex. Divida de um cliente
Dinheiro no banco (juros bancários),
Obrigações, refere a todos os valores que a empresa tem de pagar de terceiros.
Ex. uma divida a pagar a electricidade pelo consumo de energia, divida por aluguer ou
renda a pagar, salários a pagar aos trabalhadores.
Valor do Património
Sendo o activo um conjunto de valores positivos e o passivo um conjunto de valores
negativos, o valor do património corresponde à soma algébrica destas duas classes isto é
a soma algébrica de todos os valores Activos e Passivos. ״O valor do património
corresponde à diferença entre a quantia que representa a soma de todos os valores
activos e a que representa a soma de todos valores passivos"6.
Simbolizando o Activo por A e o Passivo por P, temos: Valor do património = A-P
A expressão numérica do valor do património designa-se por Situação Líquida, Capital
Próprio ou Património Líquido (SL) SL=A-P
5
Citando o Professor Gonçalves da Silva
6
Professor Gonçalves da Silva –Contabilidade Geral, Vol.1 citado por BORGES(2000:27)
O dos valores positivos, constituído pelos bens e direitos, correspondendo ao que se
possui e ao que se tem por receber, respectivamente. Este grupo é designado por
Activo7, e o grupo dos valores negativos, constituído pelas obrigações ou
responsabilidades a cumprir ou seja conjuntos de valores a pagar. Este grupo designa-se
Passivo8.
7 “Activo é todo recurso controlado pela entidade como resultado de acontecimentos passados do qual se
espera que fluam benefícios económicos futuros para a empresa”. Vide PGC –NIRF e DA COSTA ,
Carlos Baptista e Gabriel Correia Alves(2008), Contabilidade Financeira,Editora Rei dos Rei, 7ªediçao,
2008, Pag.142
8
“Passivo é uma obrigação presente com a origem em acontecimentos passados , cuja liquidação se
espera que resulte para a entidade num fluxo de saída de recursos que incorporam benefícios
económicos”. Vide , Fremework, PGC –NIRF e DA COSTA , Carlos Baptista e Gabriel Correia
Alves(2008), Contabilidade Financeira,Editora Rei dos Rei, 7ªediçao, 2008, Pag.145
Débitos a curto prazo Dívidas a pagar no prazo de 1 ano
Débitos a médio e longo prazos Dívidas a pagar em prazos superior de 1
ano
Conclusões:
{ Bens, direitos, obrigações } = conjunto dos elementos patrimoniais da empresa
{ Bens, direitos, obrigações } = Conjunto das massas patrimoniais gerais
{Disponibilidades, créditos a curto prazo, existências, créditos a médio e longo prazos }
= Massas parciais do activo
{ Débitos a curto prazo e Débitos a médio e longo prazos } = conjunto das massas
parciais do passivo
{ Situação liquida inicial, Situação líquida retida, situação líquida em exercício e
Situação líquida final } = conjunto das massas parciais da situação líquida
Tanto umas como outras constituem factos patrimoniais. Deste modo podemos aferir
que os factos patrimoniais estão associados a tudo aquilo que implica variações no
património.
O trabalho da contabilidade consiste na observação, classificação, registo e controlo
destes factos patrimoniais.
Classificação
Os factos patrimoniais classificam-se em: Factos Permutativos ou qualitativos e factos
Modificativos ou quantitativos.
Um facto diz-se permutativo quando provoca alterações na composição do património,
mas não no seu valor, e é modificativo quando implica além da variação patrimonial
uma alteração no seu valor.
Os primeiros são os mais frequentes podendo se apresentar, por exemplo como: compra
de mercadorias, pagamento de uma dívida, aquisição de um edifício, saque sobre um
cliente.
Os segundos implicam uma alteração na situação líquida, estarão neste caso todas as
operações que originam um lucro ou um prejuízo para a empresa. Ex. Venda de
mercadorias com lucro. Venda de um bem por um preço superior ou inferior ao
representado no património.
Esquematizando
Factos patrimoniais
Permutativos Modificativos
Alterações no património Só a composição Composição e valor
3. CONTA
3.1 Noção
O património de uma empresa é constituído por uma grande e complexo número de
elementos de natureza diferente. Contudo esses elementos podem ser mensuráveis, ou
seja, expressos numa unidade de valor comum. O que quer dizer que os diferentes
elementos (matérias, ou objectos), possibilitando a sua comensurabilidade ou seja, a
comparação entre si. Um televisor e um livro apresentam-se com características
diferentes mas graças a sua quantificação podem facilmente ser comparáveis.
Hugo(2003) afirma que os elementos das massas patrimoniais podem ser agrupadas em
diversos subconjuntos com determinadas características comuns e específicas, de acordo
com a sua natureza e/ou a função que desempenham na empresa.
9 Existências – bens que se destinam à venda ou consumo, sem ou com qualquer transformação de natureza
industrial.
finalidade identificar a conta e distingui-la de todas as outras, pelo que será fixo e
imutável.
O título é o nome da conta inclui além da palavra nominativa um código composto por
conjunto de números ou dígitos que a identificam.
Exemplo: uma empresa vocacionada a venda de equipamento informático e
acessórios possui Computadores portáteis e de mesa, impressoras, scanner,
monitores teclados, flashes como bens destinados a venda, portanto mercadorias.
Assim este grupo de bens destinados a venda chamaremos de mercadorias e a
conta será 2.2 Mercadorias.
O valor de uma conta é essencialmente variável, pois a sua extensão inicial aumenta ou
diminui em função das operações dos factos patrimoniais.
Em suma, a conta deve ser "homogénea " e "integral" dado que só poderá admitir
movimentos ligados com a respectiva classe de valores, não excluído qualquer deles.
Contas Subsidiárias – são do mesmo grau que a conta principal, onde são registados os
factos patrimoniais durante o período e no final, os saldos são transferidos para as
respectivas contas principais.
Segundo Perreira (1980:107), contas subsidiárias são todas aquelas contas cuja extensão
se transfere periodicamente para outra conta, dita principal.
Quanto ao grau
Contas do 1º grau – são contas de maior generalidade (singulares e colectivas) e
no geral, apresentam dois dígitos.
Exemplos: Conta 1.1 Caixa; Conta 1.2 Banco; 4.4 Estado
Contas do 2º grau – são decomposições das contas do 1º grau e usualmente,
apresentam três dígitos.
Exemplos: Conta 1.2.1 Depósitos à ordem; 4.4.1 Imposto Sobre o Rendimento
Em esquema, temos:
O lado esquerdo é designado de Débito ou Deve e o lado direito de Crédito ou Haver 10.
Os valores registados no débito denominam-se débitos e os registados no crédito
denominam-se créditos. Assim,
10Os termos Debito ou Deve e Crédito ou Haver provem de um processo onomatológico ligado à historia
da contabilidade, na fase em que as contas representavam exclusivamente as pessoas dos devedores e dos
credores. Sendo que as variaçoes aumentativas de uma pessoa devedora , constituiam o seu dédito(
aumentando o débito de um devedor, ele deve mais) e as diminutivas o seu crédito, tal como as variaçoes
aumentativas da conta de uma pessoa credora(aumentando o crédito de um credor, ele tem haver mais e
as diminutivas constituem o seu débito. Borges at all(2000:48)
Debitar uma conta – é inscrever qualquer importância na secção ou no lado do
débito ou do DEVE.
Creditar uma conta - é inscrever qualquer importância na secção do crédito ou
HAVER.
Saldo de uma conta – é a diferença entre o débito e o crédito da mesma, podendo
ser devedor, credor ou nulo.
Exemplo
D 1.2 Bancos C D 4.2 Fornecedores D 1.2 Bancos
C
25.000,00 18.000,00 10.000,00 15.000,00 15.000,00
15.000,00
Sd= 7.000,00 Sc=5.000,00 15.000,00
15.000,00
15.000,00 15.000,00 15.000,00 15.000,00
Esquematicamente teríamos:
D Classes I, II, III, IV e VI C D Classes IV, V e VII C D
Classe VIII C
valor inicial Diminuições Diminuições valor inicial Gastos e
Perdas Rendimentos e Ganhos
aumentos aumentos Prejuízos Lucros