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MATERIAL TEÓRICO
UNIDADE 2
Políticas Públicas e
Programas Ambientais
Autoria:
Profa. Ms. Ana Claudia Aoki Santarosa
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade
na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas:
Não se esqueça
de se alimentar
Aproveite as e se manter
indicações hidratado.
de Material
Complementar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com Determine
as redes sociais. um horário fixo
para estudar.
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer
parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um
dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca
de ideias e aprendizagem.
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Introdução
De forma geral, um laudo pode ser definido como
um texto ou um documento em que consta um parecer
técnico ou uma análise e interpretação de um espe-
cialista. Normalmente, é emitido após um diagnósti-
co ou uma análise minuciosa e bem embasada, com
a finalidade de verificar ou esclarecer determinado
fato. Consiste em documento mais sucinto nas suas
descrições em relação a outros documentos técnicos,
fazendo bastante uso de imagens, fotos, desenhos ou
esquemas ilustrativos.
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Esses padrões técnicos são derivados do uso científico, acadêmico e literário,
que se tornaram exemplos e modelos formais de apresentação.
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Tipos e Modelos de
Documentos Técnicos
Laudos
Laudo Pericial
Nesse caso, o laudo preliminar foi elaborado por meio de dados secundários,
como relatórios e formulários emitidos pelo IBAMA durante o acompanhamento do
evento; documentos encaminhados pela própria empresa Samarco, informações
apresentadas em outros estudos de impacto ambiental já executados na região,
e pesquisa bibliográfica.
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Figura 1 – Consolidação dos Mapas
Fonte: Adaptado de IBAMA (2017)
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Tabela 1
• Pendências de Infrações;
• Recuperação de áreas degra-
• Multas e penalidades; dadas não efetuadas;
• Medidas de compensação, • Recomposição florestal
indenização ou minimação não atendida.
pendentes.
Como exemplo, nas Licenças de Operação (LO) de postos de gasolina, pode ser
exigido um Laudo de Passivos Ambientais, para verificar a presença prévia de
combustível ou óleo no solo ou na água subterrânea.
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Mesmo antes da implantação, o empreendedor pode ser surpreendido com a
existência desses contaminantes no solo e nas outras instalações existentes, que po-
dem colocar em risco a saúde dos próprios trabalhadores da construção do empre-
endimento (Figura 4). Portanto, além de analisar todos os aspectos socioeconômicos
envolvidos na implantação do empreendimento, deve ser verificada a existência de
contaminação prévia no local, que seria um passivo ambiental.
Os Tipos de Contaminação
Como resíduos orgânicos ou industriais podem afetar os terrenos e a saúde da população
GLOSSÁRIO
Laboratório acreditado é aquele reconhecido formalmente pelo INMETRO, or-
ganismo de credenciamento do Sistema Brasileiro de Certificação, com compe-
tência técnica para realizar serviços específicos. Por exemplo, uma determinada
análise química.
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EXPLORE
A Lei nº 11.428/2006, conhecida também como Lei da Mata Atlântica, dispõe sobre
sua utilização e proteção e dá outras providências. Aqui está a sugestão de uma
cartilha, que expõe de maneira objetiva e ilustrada os principais pontos:
https://goo.gl/yB5Gbw
ATENÇÃO!
As legislações de outros estados referentes à normatização do tipo e estágio de
desenvolvimento de vegetação nativa podem ser consultadas nos sites das suas
respectivas secretarias ambientais, como, por exemplo, FEPAM – RS; INEA – RJ, IAP
– PR; SEMARH – RN e IMA – AL, entre outras.
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Tabela 1 - Legislação que normatiza o tipo e estágio de desenvolvimento de vegetação nativa
Resolução Descrição
Define vegetação primária e secundária nos estágios pioneiro,
Resolução CONAMA n° 1, inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica, a
de 31/01/94 fim de orientar os procedimentos de licenciamento de explora-
ção da vegetação nativa em São Paulo.
Fonte: CETESB
• Lista de espécies com nome científico e popular, que deverá ser baseada
em dados primários (de campo), indicando a forma de registro, habitat,
grau de sensibilidade a alterações antrópicas;
EXPLORE
Para ver um exemplo de Laudo Técnico Ambiental requisitado para conformidade
com a legislação municipal da cidade, acesse: https://goo.gl/Ka4jeC
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O conteúdo mínimo do RAS a ser abordado, segundo a Resolução Conama
nº 279/2001, está sumarizado na Tabela 3:
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Tanto o EIA quanto o RIMA, cada um nas suas devidas proporções, devem
conter, obrigatoriamente, os seguintes itens:
VI. Definição das medidas mitigadoras e seus respectivos efeitos sobre os po-
tenciais impactos ambientais;
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O seu objetivo é o de reunir as informações necessárias para a identificação
de não conformidades legais e de impactos ambientais, efetivos ou potenciais
decorrentes da implantação do projeto para o qual está sendo solicitada a licença.
I. Caracterização do empreendimento;
Vale ressaltar que o seu conteúdo específico será estabelecido caso a caso, de
acordo com a legislação local, quando couber, e, principalmente, o tipo de ativi-
dade para a qual está sendo requerida a licença.
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Planos
PRAD – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas
De acordo com a definição de Sanchez (1998), áreas degradadas são aquelas
nas quais se verificam alterações negativas em suas características por meio da
introdução de poluentes, erosão, alteração de propriedades químicas, processos
de salinização, lixiviação e deposição ácida, entre outros, diminuindo a capacidade
produtiva do recurso ambiental.
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A Instrução Normativa nº. 4 IBAMA, de 13 de abril de 2011, estabelece os pro-
cedimentos para elaboração do PRAD. As informações mínimas que o plano deve
conter, de acordo com o Termo de Referência que se encontra na referida Instru-
ção, são, de maneira geral:
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• Calor; • Poeiras;
• Frio; • Fumaças;
Físicos
Físicos
• Radiações Ionizadas; • Fumos Metálicos;
No PGR, devem constar todas as ações voltadas para a prevenção e para resposta
a acidentes e ocorrências ambientais. A apresentação de um documento como o PGR
é determinada e solicitada pelo órgão ambiental licenciador. A figura 7 apresenta um
esquema síntese dessas ações, segundo a Norma Técnica P4.261 (CETESB):
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VI. Capacitação de recursos humanos: treinamento dos colaboradores envol-
vidos em todas as etapas de atividades como operação, inspeções, realiza-
ção de testes e ações de emergência, entre outras.
Para maior segurança ainda, o PGR pode ser complementado por auditoria
sistemática de cada um dos seus itens componentes para verificação de confor-
midade e eficiência de suas ações e medidas.
Caracterizações do
empreendimento e
do entorno
Identificação
deperigos
Procedimentos
Plano de Gerenciamento operacionais
de Riscos
Gerenciamento
demodificações
Manutenção e garantia
de integridade
Capacitação de
recursos humanos
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VI. Acionamento: sequência das etapas de execução das medidas e ações, com
suas respectivas prioridades;
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
O Desastre de Bhopal (Documentário History Channel)
Documentário do History Chanel sobre uma das maiores catástrofes industriais do Planeta.
Um acidente com a empresa Union Carbide, fabricante de pesticida, que matou milhares de
pessoas na Índia, em Bhopal.
https://youtu.be/tgZwQ503uLo
Leitura
Roteiro de Apresentação para Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) Terrestre
ICMBIO – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Roteiro de Apresentação
para Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) Terrestre – Parque Nacional da Serra
da Bocaina (PNSB). MMA: ICMBio, 2013
https://goo.gl/qYJpfb
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Referências
BRASIL, Resolução CONAMA nº 279, de 27 de junho de 2001. Licenciamento
ambiental simplificado de empreendimentos elétricos. Publicada no DOU no 125-
E, de 29 de junho de 2001, Seção 1, p. 165-166.
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São Paulo
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