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Roteiro

I. Plano de mensagem: 08/09/19


II. Tema: A prioridade de uma liderança é o serviço.
- o tema específico: A ambição de uma liderança pode ser corrigida pela
verdadeira prioridade.
- referência historiográfica que sustenta o tema: (Mateus 20.20-28)

III. Objetivo geral: Levar os discípulos de Cristo a servirem uns aos outros,
para a edificação mútua.
IV. Objetivos específicos: Redefinir as prioridades que levam ao serviço
no reino de Deus.
V. Conteúdo do texto:
A Ambição É Corrigida pela Verdadeira prioridade. vv. 20-28

I. Aqui temos, a princípio, o pedido dos dois discípulos a Cristo, e a


retificação do erro sobre o qual estava baseado (w. 20-23). Os filhos
de Zebedeu eram Tiago e João, dois dos três primeiros discípulos de
Cristo. Tanto Pedro como eles eram os seus discípulos mais
chegados; João era o discípulo que Jesus amava; no entanto,
ninguém foi tão freqüentemente reprovado quanto eles.

II. Cristo corrige mais àqueles que Ele mais ama (Ap 3.19).
III. Aqui está a palavra ambiciosa que eles falaram a Cristo - que
pudessem se sentar, um à sua direita e o outro à sua esquerda, em
seu reino (w. 20,21). Eles demonstraram um grande grau de fé, pois
estavam confiantes em seu reino.
IV. Mas eles também demonstraram um grande grau de ignorância, pois
ainda esperavam um reino temporal, com pompa e poder terrenos,
quando Cristo lhes havia falado tão freqüentemente sobre sofrimentos
e renúncia. Com isso, eles esperavam ser pessoas eminentes.
V. Portanto, estavam decididos a reservar logo os melhores lugares.
VI. Alguns não conseguem lidar com confortos, mas os revertem para
propósitos errados.
1. Havia um raciocínio político na elaboração desse pedido. Eles
providenciaram para que a mãe deles o apresentasse, para que
pudesse ser entendido como se fosse um pedido dela, e não deles.
2. Embora as pessoas orgulhosas pensem bem de si mesmas, elas não
querem que as outras pessoas as vejam desse modo, pois poderiam
aparentar um pretexto de humildade (Cl 2.18).
➢ No fundo, havia orgulho, um conceito orgulhoso de seu próprio mérito,
um desprezo orgulhoso aos seus irmãos, e um desejo orgulhoso de
honra e preferência. O orgulho é um pecado que mais facilmente nos
persegue, do qual é difícil nos livrarmos.
➢ Exercer liderança não é buscar grandeza ou destaque, e sim, serviço
e sofrimento, como disse Jeremias 45: 5 “E procuras tu grandezas?
Não as procures...”

Liderança é pra quem está apto para o reino de Deus.


Considere:
[1] Poderemos nos considerar aptos para o Reino de Deus quando a nossa
humildade nos levar a um comportamento ideal do reino.
[2] Não sabemos o que pedimos quando pedimos a glória de usar a coroa,
sem pedirmos a graça para levar a cruz em nosso caminho até ela.

A clareza Jesus lhes coloca a questão das dificuldades (v. 22): “Vocês
gostariam de se candidatar a ocupar o primeiro posto de honra no reino.
Será que vocês podem beber o cálice que eu hei de beber? Vocês falam
das coisas grandes que poderão receber quando tiverem feito o seu
trabalho. Mas vocês podem suportar até o fim?” Pensem nisso seriamente.

Esses mesmos discípulos, Tiago e João, certa vez não sabiam de que
espírito eram, quando ficaram perturbados e irados (Lc 9.55). E então não
estavam cientes do que lhes faltava, espiritualmente, quando foram
tomados de ambição.

Reflexão:
Cristo vê em nós esse orgulho que nós mesmos não somos capazes de
discernir. É bom estarmos frequentemente aplicando esta palavra a nós
mesmos: Será que somos capazes de beber este cálice, e ser batizados
com este batismo? Como liderança devemos esperar algum tipo de
sofrimento, sem considerá-lo uma coisa difícil de suportar.
Também não devemos questionar por que às vezes sofremos. Podemos
sofrer alegremente, e no pior dos momentos ainda mantermos firme a
nossa integridade? O que podemos fazer por Cristo?
➢ Será que eu poderia encontrar forças em meu coração para beber de
um cálice amargo, e ser batizado com um batismo de sangue, sem
abandonar o meu relacionamento com Cristo? A verdade é que se a
religião cristã for vivida da maneira correta, ela valerá muito. Mas se
não valer a pena sofrer por ela, é sinal de que ela não está sendo
vivida da maneira correta, e que ela vale pouco. Então, sentemo-nos e
calculemos o custo de morrer por Cristo em vez de negá-lo, e
perguntemos a nós mesmos: Podemos aceitá-lo nesses termos?

Cristo sofreu por nós, e espera que nós estejamos dispostos a sofrer por
Ele. Cristo nos fará saber o pior, para que possamos fazer o melhor para
alcançarmos o céu. “Bebereis”, isto é, sofrereis. Tiago bebeu o cálice de
sangue antes de todos os outros apóstolos (At 12.2).
João, embora no final tenha morrido em sua cama - assumindo que
podemos crer nos historiadores eclesiásticos -, bebeu freqüentemente esse
cálice amargo, como, por exemplo, quando foi exilado na ilha de Patmos
(Ap 1.9), e quando (como dizem), em Éfeso, foi colocado em um caldeirão
de óleo fervente, mas foi miraculosamente preservado. Ele esteve
freqüentemente, como os demais apóstolos, - em perigo de morte. Ele
tomou o cálice, ofereceu-se a si mesmo ao batismo, e foi aceito.
O assento mais baixo no céu é uma recompensa abundante pelos maiores
sofrimentos na terra. Mas quanto aos privilégios que há ali, não era
adequado que houvesse qualquer intimação sobre quem eles seriam;
porque a fraqueza de seu estado presente não poderia suportar tal
descoberta. “Mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não
me pertence dá-lo”, e, portanto, não deveis perguntar ou saber, “mas é para
aqueles para quem meu Pai o tem preparado.”
Considere:
[1] É muito provável que haja níveis de glória no céu; porque a nossa
salvação parece permitir que haja alguns que sentarão à sua direita e à sua
esquerda, nos lugares mais elevados.
[2] Como a própria glória futura, esses níveis estão propostos e preparados
pelo conselho eterno de Deus. Assim como a salvação comum, as honras
mais peculiares são concedidas mediante a eleição por parte de Deus. Essa
[3] Cristo, ao distribuir os frutos de sua própria conquista, orienta-se
exatamente pelas medidas do propósito de seu Pai:
Como se dissesse: “Não me pertence atender aqueles que buscam isso e
têm essa ambição, mas essa bênção está reservada para aqueles que, por
grande humildade e renúncia, estão preparados para ela.”
TROCANDO A AMBIÇÃO PELA PRIORIDADE:
Aqui estão a repreensão e a instrução que Cristo deu aos outros dez
discípulos, diante do desprazer que demonstraram pelo pedido de porque
queriam ter a honra para si mesmos, o que revelava descrédito em relação
aos dois irmãos.

Cristo os repreendeu de forma moderada.


“Então, Jesus, chamou-os para junto de si”, o que sugere um grande
carinho e familiaridade. Ele não lhes ordenou, com raiva, que saíssem de
sua presença, mas os chamou, com amor, para virem à sua presença. Ele
está sempre pronto a ensinar, e nós somos convidados a aprender dele,
porque ele é “manso e humilde de coração”. O que Ele tinha a ensinar dizia
respeito tanto aos dois discípulos como aos outros dez; portanto, ele reúne
todos. E lhes diz que enquanto estavam perguntando qual deles deveria ter
o domínio em um reino temporal, não havia realmente tal domínio reservado
para nenhum deles. Porque:

Eles não deveriam ser como os “príncipes dos gentios”. Os discípulos de


Cristo não deveriam ser como os gentios, nem como os príncipes dos
gentios.
Observe:
[1] Qual é a maneira dos príncipes dos gentios? (v. 25): exercer domínio e
autoridade sobre aqueles que lhes são sujeitos (mesmo que só possam
alcançar o domínio com mão forte), e uns sobre os outros também. O que
os sustenta nessa posição é que eles são grandes, e os homens grandes
acham que podem fazer qualquer coisa.
Domínio e autoridade são as grandes coisas que os príncipes dos gentios
procuram, e de que se orgulham; eles deteriam o poder, venceriam todas as
dificuldades, teriam todos sujeitos a si.

Até mesmo o apóstolo Paulo rejeita o domínio sobre a fé de qualquer


pessoa (2 Co 1.24). Então, se o poder e a honra não foram planejados para
estar na igreja, era uma insensatez deles estarem disputando quem deveria
tê-los. Eles não sabiam o que pediam.

Então qual será o relacionamento entre os discípulos de Cristo? O próprio


Cristo havia sugerido uma grandeza entre eles, e aqui Ele explica:
“Todo aquele que quiser, entre vós, fazer-se grande, que seja vosso
serviçal; e qualquer que, entre vós, quiser ser o primeiro, que seja vosso
servo” (w. 26,27).
Observe aqui:
1. É dever dos discípulos de Cristo servirem uns aos outros, para a
edificação mútua. Isto inclui tanto a humildade como a utilidade (1 Pe 5.5; Ef
5.21), para a edificação de uns para com os outros (Rm 14.19), agradar ao
seu próximo para o bem (Rm 15.2). O apóstolo se comportou como servo
de todos (veja 1 Co 9.19).
2. A dignidade dos servos de Cristo está relacionada ao fiel cumprimento
dessa obrigação. O modo de ser grande, e o primeiro, é ser humilde e
servil. Esses serão mais considerados e mais respeitados na igreja, e será
assim para todos aqueles que entenderem as coisas de forma correta.

PRIORIDADE DEFINIDA: l i d e r a r é s e r v i r .
Os mais honrados não são aqueles que são dignificados com nomes
elevados e poderosos, como os nomes dos grandes na terra, que aparecem
em DESTAQUE, e assumem para si mesmos um poder proporcional; os
mais honrados serão aqueles que forem mais humildes e que mais
renunciarem a si mesmos, aqueles que mais planejarem fazer o bem,
embora diminuam a si mesmos. Esses honram mais a Deus, e a esses Ele
honrará.

VI. Aplicações do tema: liderar é ser apto para o reino de Deus

Quais as Bases prioritárias de um líder cristão? segundo o ensino de Mt


20:20-28 são:
1ª atitude: DESPRENDIMENTO, v. 22
2ª atitude: IGUALDADE, v. 25-26. O chão está plano ao pé da cruz. Não
procure status. “Não será assim entre vocês.”
3ª atitude: SERVIÇO, v. 26-27

“Os problemas que podem ser identificados na estrutura visível de uma


construção são, com frequência, resultado de uma fundação defeituosa,
abaixo do alcance da visão” .
NOSSA LIDERANÇA EM CONFRONTO COM A PRIORIDADE DO REINO:
1. NÓS SOMOS DISCÍPULOS DE QUEM?
2. SIGAMOS O DISCIPULADO DA PRIORIDADE DO REINO?
3. O que você segue em primeiro plano?
4. Já ouviu essa frase? “Não trate com prioridade quem te trata como
OPÇÃO.”
5. Deus te trata como opção ou prioridade?
FINALIZANDO:
Quem não renuncia suas prioridades e opções não pode ser discípulo e
nem fazer parte do reino de Deus.
SERÁ QUE Eu permito que outros decidam o que farei ou sou eu que
resolutamente devo decidir por mim mesmo fazer a obra de Deus como
prioridade?
A sua prioridade determina o que você terá como resultado.
O fracasso ou sucesso são produtos do que foi prioridade e do que não foi.

Bibliografia: Matthew Henry’s Commentary on the whole Bible - Volume V


- Matthew to John. Domínio público.

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