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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS-SP


MARCELO, brasileiro, estado civil, profissã o, portador do CPF, Filho de, residente e
domiciliada na Rua, nº, Bairro, CEP, Campinas- SP, por meio de sua procuradora infra-
assinada, com escritó rio localizado na Rua, nº, Bairro, CEP, Cidade, Estado, vem propor
AÇÃO DE COBRANÇA
Em desfavor de SEGURADORA FORGET Ltda., com sede Localizada na Rua, nº, Bairro, CEP,
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Representada por Nome, brasileiro, estado civil, profissã o,
portador do CPF, Filho de, residente e domiciliado na rua, nº, Bairro, CEP, Cidade, Estado.
Pelas razõ es que se expõ e:
01. Em data, o requerente celebrou um contrato padrã o denominado ‘’Seguro Saú de” com a
Seguradora Forget Ltda., e foi acordado que o mesmo teria direito à cobertura médico-
hospitalar completa em caso de cirurgias de qualquer espécie. Lembrando que o mesmo
nã o omitiu nenhum dado sobre sua saú de ou agiu com fé, sendo que o contrato (em anexo,
fls.) apresenta modelo sem distinçã o para todos os contratantes.
02. Dois anos depois da assinatura desse contrato, o requerente teve diagnosticado grave
enfermidade renal, pelo qual o transplante era a ú nica soluçã o. Ao surgir um ó rgã o
compatível, Marcelo foi internado e submetido, imediatamente, ao transplante renal, cujo
resultado obteve êxito.
03. O requerente arcou com todos os custos da operaçã o, medicaçã o e tratamento
hospitalar, custando R$ 45.000,00, mas ao pedir o reembolso das despesas médico-
hospitalares, a seguradora se negou a pagar, alegando que a doença do requerente era
preexistente à assinatura do contrato e que o mesmo tinha omitido a informaçã o no
momento da contrataç
04. Ocorre que a seguradora nã o ofereceu ao paciente que se submetesse a nenhum exame
de verificaçã o da sua saú de para se valer dos motivos alegados no artigo 11 da Lei nº
9656/98 (É vedada a exclusã o de coberturas à s lesõ es e doenças preexistentes à data da
contrataçã o dos planos ou seguros de que trata esta lei, apó s vinte e quatro meses de
vigência do aludido instrumento contratual, cabendo à operadora o ô nus da prova e a
demonstraçã o do conhecimento prévio do consumidor). Sendo que o pedido negató rio da
operadora atentou moralmente contra o cliente, por se comportar totalmente contrá rio á
sua política e tratar o requerente como um enganador, sendo que o mesmo desconhecia da
doença e só veio a saber do seu problema com o lapso de dois anos apó s a assinatura do
contrato.
05. Conforme dados da pesquisa Datafolha, encomendada pela Associaçã o Paulista de
Medicina (APM), 8 (oito) em cada dez usuá rios de planos de saú de sofreram algum
problema com o atendimento dos ú ltimos dois anos. Percebe-se assim um total desrespeito
com nossa sociedade e com razã o de reclamar o requerido, pois diante da pretensã o de
segurança à vida pleiteada pelo seguro, sofreu transtorno e passou muita vergonha e
desespero pela atitude da seguradora, que deixou o seu cliente ao léu.
06. Trazemos aqui, alem do mais, a proteçã o dada ao consumidor, como parte insuficiente
diante de um contrato tã o complexo como o da Seguradora de Saú de, na qual o mesmo
confia na boa-fé presentes nas clá usulas contratuais, sendo por isso As clá usulas
contratuais serã o interpretadas de maneira mais favorá vel ao consumidor (art. 47). Da
mesma forma, os contratos que regulam as relaçõ es de consumo nã o obrigarã o os
consumidores, se nã o lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu
conteú do, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a
compreensã o de seu sentido e alcance (art. 48), sendo nulas de pleno direito, entre outras,
as clá usulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que estabeleçam
obrigaçõ es consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem
exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade;( art. 51, IV)
08. Em face do exposto, requer-se:
a) a procedência da açã o, condenando a Seguradora Forget Ltda. Ao pagamento do valor
desembolsado de R$ 45.000,00, cumulado com danos morais com as verbas sucumbenciais.
b) Que seja citada a Seguradora, em nome do seu Representante em endereço indicado nas
qualificaçõ es por carta precató ria, para contestar a açã o no prazo de 15 dias, sob penal de
revelia..
c) a aceitaçã o de todos os meios de prova em Direito admitidos, cabendo à operadora o
ô nus da prova e a demonstraçã o do conhecimento prévio do consumidor.
c) a aná lise, pelo Juiz, do pedido de dano moral e sua quantificaçã o justa, conforme o
tratamento dado ao Requerido.
Dá -se à causa, o valor de R$ 45.700,00, incluindo honorá rios advocatícios e custas
processuais.
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB/MG

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