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Artigo 7.º b) Por correio eletrónico ou telefax, ambos fornecidos pelo membro
Responsabilidade disciplinar dos profissionais à Ordem e constante dos respetivos registos administrativos da Região
em livre prestação de serviços a que respeita ou para outra previamente indicada para o efeito pelo
notificando.
Os profissionais que prestem serviços em território nacional em regime c) Por contacto pessoal do notificando, se este for encontrado nas
de livre prestação são equiparados aos membros da Ordem para efeitos instalações da Ordem;
disciplinares, nos termos do n.º 2 do artigo 4.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de
março, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto e 25/2014, de 2 — A notificação dos ausentes em parte incerta será efetuada edital-
2 de maio, com as especificidades constantes do n.º 6 do artigo 100.º mente, com prazos triplos das notificações pessoais.
do Estatuto e do presente Regulamento.
Artigo 12.º
Artigo 8.º
Prazos
Responsabilidade disciplinar das sociedades profissionais
1 — Na falta de disposição em contrário, é de dez dias o prazo para
As pessoas coletivas que sejam membros da Ordem estão sujeitas
a prática de qualquer ato de expediente no âmbito do processo disci-
ao poder disciplinar dos órgãos desta última nos termos do Estatuto,
plinar e para os interessados requererem ou praticarem quaisquer atos,
do presente Regulamento e da lei que estabelece o regime jurídico da
constituição e funcionamento das sociedades de profissionais que estejam promoverem diligências, responderem sobre o que devam pronunciar-se
sujeitas a associações públicas profissionais. ou exercerem outros poderes no processo.
2 — A contagem dos prazos previstos no presente Regulamento é feita
em dias úteis, nos termos do disposto nos artigos 87.º e 88.º do Código
Artigo 9.º do Procedimento Administrativo.
Prescrição do procedimento disciplinar
1 — O procedimento disciplinar extingue-se, por efeito de prescrição, Artigo 13.º
logo que sobre a prática da infração tiver decorrido o prazo de cinco
anos, salvo o disposto no número seguinte. Aplicação de sanções disciplinares
2 — Se a infração disciplinar constituir simultaneamente infração 1 — As sanções disciplinares são as seguintes:
criminal para a qual a lei estabeleça prescrição sujeita a prazo mais
a) Advertência;
longo, o procedimento disciplinar apenas prescreve após o decurso
b) Repreensão registada;
deste último prazo.
c) Suspensão do exercício profissional até ao máximo de 15 anos.
3 — O prazo de prescrição do procedimento disciplinar corre desde
o dia em que o facto se tiver consumado. 2 — A sanção de advertência é aplicada a infrações leves no exercício
4 — O prazo de prescrição só corre:
da profissão.
a) Nas infrações instantâneas, desde o momento da sua prática; 3 — A sanção de repreensão registada é aplicável a infrações graves.
b) Nas infrações continuadas, desde o dia da prática do último ato; 4 — A sanção de suspensão é aplicável quando, tendo em conta a
c) Nas infrações permanentes, desde o dia em que cessar a consu- natureza da profissão, a infração disciplinar seja grave e tenha posto em
mação. causa a vida, a integridade física das pessoas ou seja gravemente lesiva
da honra ou do património alheios ou de valores equivalentes.
5 — O procedimento disciplinar também prescreve se, desde o co- 5 — O incumprimento pelo membro do dever de pagar quotas pode
nhecimento ou a participação efetuada nos termos do artigo 24.º do dar lugar à aplicação de sanção disciplinar de suspensão, quando se
presente Regulamento, não se iniciar o processo disciplinar competente apure que aquele incumprimento é culposo e se prolongue por período
no prazo de um ano. superior a 12 meses.
6 — O prazo de prescrição do processo disciplinar interrompe-se com 6 — No caso de profissionais em regime de livre prestação de ser-
a notificação ao arguido: viços em território nacional, a sanção prevista no n.º 4 assume a forma
a) Da instauração do processo disciplinar; de interdição temporária do exercício da atividade profissional neste
b) Da acusação. território.
7 — A aplicação de sanção mais grave do que a mera advertência
7 — Após cada período de interrupção começa a correr novo prazo a membro que exerça algum cargo nos órgãos da Ordem determina a
de prescrição. imediata destituição desse cargo, sem dependência de deliberação da
8 — O prazo de prescrição do processo disciplinar suspende-se du- assembleia de representantes nesse sentido.
rante o tempo em que: 8 — A tentativa é punível com a sanção aplicável à infração consu-
mada, especialmente atenuada.
a) O processo disciplinar estiver suspenso, a aguardar despacho de 9 — Sempre que a infração resulte da violação de um dever por
acusação ou de pronúncia em processo penal; omissão, o cumprimento das sanções aplicadas não dispensa o arguido
b) A decisão final do processo disciplinar não puder ser notificada ao do cumprimento daquele, se tal ainda for possível.
arguido, por motivo que lhe seja imputável. 10 — A prática de infração é considerada reincidente quando repita
o comportamento ilícito antes de decorrido o prazo de cinco anos após
9 — A suspensão não pode ultrapassar o prazo de dois anos. o dia em que se tornar definitiva a condenação por cometimento da
10 — O prazo de prescrição volta a correr a partir do dia em que infração anterior.
cessar a causa da suspensão.
11 — A prescrição tem sempre lugar quando, desde o seu início e Artigo 14.º
ressalvado o tempo de suspensão, tiver decorrido o prazo normal de Graduação
prescrição acrescido de metade.
1 — Na aplicação das sanções deve atender-se aos antecedentes pro-
fissionais e disciplinares do arguido, ao grau de culpa, à gravidade e às
Artigo 10.º
consequências da infração, à situação económica do arguido e a todas
Obrigatoriedade de processo disciplinar as demais circunstâncias agravantes ou atenuantes.
As sanções disciplinares são sempre aplicadas após o apuramento dos 2 — São circunstâncias atenuantes:
factos e da responsabilidade disciplinar em sede de processo disciplinar, a) O exercício efetivo da profissão de engenheiro por um período
nos termos do Estatuto e do presente Regulamento. superior a cinco anos, seguidos ou interpolados, sem qualquer sanção
disciplinar;
Artigo 11.º b) A confissão espontânea da infração ou das infrações;
c) A colaboração do arguido para a descoberta da verdade;
Forma das notificações
d) A reparação dos danos causados pela conduta lesiva.
1 — As notificações dos membros podem ser efetuadas:
3 — São circunstâncias agravantes:
a) Por carta registada com aviso de receção, dirigida para a morada
fornecida pelo membro à Ordem e constante dos respetivos registos a) A premeditação, na prática da infração e na preparação da mesma;
administrativos da Região a que respeita ou para outra previamente b) O conluio;
indicada para o efeito pelo notificando; c) A reincidência;
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Artigo 22.º
Artigo 16.º
Prescrição das sanções disciplinares
Unidade e acumulação de infrações
1 — As sanções disciplinares prescrevem nos seguintes prazos:
Sem prejuízo da aplicação das sanções acessórias referidas no artigo
anterior, não pode aplicar-se ao mesmo membro mais do que uma sanção a) A de advertência, em dois anos;
disciplinar por cada facto punível. b) A de repreensão registada, em quatro anos;
c) A de suspensão, em cinco anos.
Artigo 17.º
2 — O prazo de prescrição corre desde o dia seguinte àquele em que
Suspensão das sanções a decisão se torne definitiva.
1 — Tendo em consideração o grau de culpa, o comportamento do
arguido e as demais circunstâncias da prática da infração, as sanções Artigo 23.º
disciplinares podem ser suspensas por um período compreendido entre Princípio do cadastro na Ordem
um e cinco anos.
2 — Cessa a suspensão da sanção sempre que, relativamente ao 1 — O processo individual dos membros na Ordem inclui um cadastro,
membro punido, seja proferida decisão final de condenação em novo do qual constam as sanções disciplinares referidas nas alíneas b) e c)
processo disciplinar. do n.º 1 do artigo 13.º e as sanções acessórias que lhes tenham sido
aplicadas.
Artigo 18.º 2 — O cadastro é gerido pelo conselho diretivo nacional, com base
Aplicação das sanções de suspensão nos elementos comunicados pelos órgãos disciplinares da Ordem.
3 — A condenação de um membro em processo penal é comunicada
1 — A aplicação das sanções de suspensão superior a dois anos só pode à Ordem para efeito de averbamento ao respetivo cadastro.
ter lugar após audiência pública para a qual são convocados o participante 4 — A sanção referida na alínea b) do n.º 1 do artigo 13.º é eliminada
e o arguido, os quais podem requerer a renovação de qualquer prova do cadastro após o decurso do prazo de cinco anos a contar do seu
produzida e alegar, por essa ordem, o que tiverem por conveniente sobre cumprimento.
o período da suspensão, cada um por tempo não superior a meia hora. 5 — O membro pode solicitar um certificado do seu registo disciplinar
2 — As sanções de suspensão por período superior a dois anos só à respetiva região a que pertence.
podem ser aplicadas por deliberação que reúna a maioria qualificada de
dois terços dos membros do órgão disciplinarmente competente.
CAPÍTULO II
Artigo 19.º
Do exercício da ação disciplinar
Execução das sanções
1 — Compete ao conselho diretivo nacional dar execução às decisões Artigo 24.º
proferidas em sede de processo disciplinar designadamente praticando os
Exercício da ação disciplinar
atos necessários à efetiva suspensão da inscrição dos membros a quem
sejam aplicadas as sanções de suspensão. 1 — Têm legitimidade para participar à Ordem factos suscetíveis de
2 — A aplicação de sanção de suspensão implica a proibição tem- constituir infração disciplinar:
porária da prática de qualquer ato profissional e a entrega da cédula
a) O bastonário;
profissional na sede da Ordem ou na região em que o arguido tenha o
b) Os conselhos diretivos regionais;
seu domicílio registado, nos casos aplicáveis.
c) O Ministério Público, nos termos do n.º 3;
d) Qualquer pessoa direta ou indiretamente afetada pelos factos par-
Artigo 20.º ticipados.
Início de produção de efeitos das sanções disciplinares 2 — Os tribunais e quaisquer outras autoridades devem dar conheci-
1 — As sanções disciplinares iniciam a produção dos seus efeitos no mento à Ordem da prática, por membros desta, de factos suscetíveis de
dia seguinte àquele em que a decisão se torne definitiva. constituir infração disciplinar.
2 — Se na data em que a decisão se torna definitiva estiver suspensa a 3 — Sem prejuízo do disposto na lei de processo penal acerca do
inscrição do arguido, o cumprimento da sanção disciplinar de suspensão segredo de justiça, o Ministério Público e os órgãos de polícia criminal
tem início no dia seguinte ao do levantamento da suspensão. remetem à Ordem certidão das denúncias, participações ou queixas
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apresentadas contra associados e que possam consubstanciar factos b) Implementação de um plano de reestruturação da sua atividade,
suscetíveis de constituir infração disciplinar. nos termos e prazo que forem definidos;
c) Frequência de ações de formação suplementares às ações de for-
Artigo 25.º mação obrigatórias, nos termos e prazo que forem definidos.
Desistência da participação
8 — O incumprimento das medidas determinadas a que se refere o
A desistência da participação disciplinar pelo participante extingue o número anterior implica a continuação do processo disciplinar suspenso
processo disciplinar, salvo se a infração imputada afetar a dignidade do provisoriamente nos termos dos números 6 e 7 anteriores.
membro visado, e neste caso se manifestar intenção de que o processo 9 — Se o arguido cumprir as medidas determinadas, o processo é
prossiga, ou o prestígio da Ordem ou da profissão. arquivado e são-lhe devolvidas as quantias pagas.
Artigo 26.º Artigo 29.º
Instauração do processo disciplinar Participação
1 — Qualquer órgão da Ordem, oficiosamente ou tendo por base 1 — A participação de factos suscetíveis de constituírem infração
queixa, denúncia ou participação apresentada por pessoa devidamente disciplinar pode ser feita pelas pessoas e entidades referidas no ar-
identificada, contendo factos suscetíveis de integrarem infração discipli-
tigo 24.º
nar do membro, comunica, de imediato, os factos ao órgão competente
para a instauração de processo disciplinar. 2 — A participação deve conter a identificação do participante e do
2 — Quando se conclua que a participação é infundada, dela se dá participado, a descrição dos factos participados, com indicação do tempo,
conhecimento ao membro visado e são emitidas as certidões que o lugar e modo da sua ocorrência e deve ser acompanhada dos elementos
mesmo entenda necessárias para a tutela dos seus direitos e interesses probatórios, incluindo a identificação de eventuais testemunhas.
legítimos. 3 — Se a participação não contiver os elementos referidos no n.º 2,
3 — O processo disciplinar contra o bastonário ou contra qualquer deve o participante ser notificado para suprir os elementos em falta, sob
membro do conselho jurisdicional em efetividade de funções só pode ser pena de indeferimento.
instaurado por deliberação da assembleia de representantes, aprovada 4 — As participações verbais são sempre reduzidas a escrito por
por maioria absoluta. quem as receber, identificando o participante e recolhendo, sempre que
possível, a sua assinatura no respetivo auto.
Artigo 27.º
Legitimidade processual Artigo 30.º