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Série Gênesis – Passos tortos pelo Caminho reto – Mensagem 38

Série Gênesis – Passos tortos pelo Caminho reto – Mensagem 381

A história de Tamar e a glória de Cristo.


(Texto: Gn 38:1~30)

1. Introdução.

Hoje é o domino do Advento. Comemoramos a vinda do Senhor Jesus ao mundo


preparando os nossos corações para o dia do natal, 25 de dezembro. Ainda que Jesus
não tenha nascido nessa data, a igreja, desde o seu começo, fixou essa data para que
todos os cristãos pudessem se alegrar e celebrar essa data tão importante.

Mas hoje, vamos compartilhar a história de uma mulher. Essa mulher tem lugar especial
na própria genealogia de Jesus descrita em Mateus 1. Foi uma história que aconteceu
séculos antes do nascimento de Cristo, mas que foi fundamental para que o caminho
para que Jesus viesse ao mundo fosse preparado. Vamos ver como a vida dessa mulher
glorificou a Cristo.

Esse é um daqueles textos que ou lemos rápido, ou até pulamos as páginas, por ser uma
história complicada e de difícil compreensão. Para sabermos exatamente o que está
acontecendo, é necessário que você saiba um pouco do costume da época. É isso que
faremos hoje. Você verá que a história dessa mulher, Tamar, é muito importante para a
celebração da vinda de Cristo ao mundo.

A história de José dá uma pausa. Moisés, escritor de Gênesis, abre um parêntesis para
contar a história de Judá. Mas por que Judá? Não foi ele que a alguns versículos
anteriores propôs a venda de seu irmão para os ismaelitas por 20 peças de prata?

A história de Judá contada aqui é proposital por duas razões: primeiramente porque ele
passaria a assumir muita importância no futuro. Ele seria a principal tribo de Israel,
seria a tribo de onde viria uma dinastia de reis, a saber, a linhagem de Davi, e por fim,
seria a tribo que daria ao mundo o seu Salvador, Jesus Cristo. Em segundo lugar, a
história de Judá é importante dentro do próprio enredo da história da família (toledoth)
de Jacó (Gn 37:2)2.

Mas, em minha opinião, a história de José e de Tamar é paralela uma a outra. Ambos
sofreram injustiças, com mesma pessoa: Judá. Porém ambos, com a superação de suas
injustiças glorificaram a Deus.

Deixe-me fazer uma pergunta: como você reage a uma injustiça cometida contra você?
Onde será que Deus está quando sou vitima de uma grande injustiça? Como a minha
história pode ser mudada por causa desse ato de injustiça? É isso mesmo: injustiça é a
palavra chave de hoje! Tamar, à semelhança de José, foi vítima da Judá. Mas como não
deixaria de ser, dentro dessa história de injustiça, emerge a salvação de Deus, cujo ápice
é a própria pessoa de Cristo. Tamar foi uma pessoa que refletiu nela a glória de Jesus, o
Filho de Deus!

A graça de Deus triunfa sobre a injustiça humana para a glória de Cristo!


1
Pregado no MEP dia 19 de dezembro de 2010, domingo do Advento.
2
Embora, Westermann diga que essa história é apenas uma inserção complementar à história geral da família de Jacó.

Paulo Sung Ho Won – www.sunghojd.blogspot.com


Série Gênesis – Passos tortos pelo Caminho reto – Mensagem 38

2. Exposição do texto. (Gn 38:1~30)


1
Por essa época, Judá deixou seus irmãos e passou a viver na casa de um homem
de Adulão, chamado Hira. 2 Ali Judá encontrou a filha de um cananeu chamado Suá, e
casou-se com ela. Ele a possuiu, 3 ela engravidou e deu à luz um filho, ao qual ele deu o
nome de Er. 4 Tornou a engravidar, teve um filho e deu-lhe o nome de Onã. 5 Quando
estava em Quezibe, ela teve ainda outro filho e chamou-o Selá.
6
Judá escolheu uma mulher chamada Tamar para Er, seu filho mais velho. 7 Mas
o SENHOR reprovou a conduta perversa de Er, filho mais velho de Judá, e por isso o
matou.
8
Então Judá disse a Onã: “Case-se com a mulher do seu irmão, cumpra as suas
obrigações de cunhado para com ela e dê uma descendência a seu irmão”. 9 Mas Onã
sabia que a descendência não seria sua; assim, toda vez que possuía a mulher do seu
irmão, derramava o sêmen no chão para evitar que seu irmão tivesse descendência. 10 O
SENHOR reprovou o que ele fazia, e por isso o matou também.
11
Disse então Judá à sua nora Tamar: “More como viúva na casa de seu pai até
que o meu filho Selá cresça”, porque temia que ele viesse a morrer, como os seus
irmãos. Assim Tamar foi morar na casa do pai.
12
Tempos depois morreu a mulher de Judá, filha de Suá. Passado o luto, Judá foi
ver os tosquiadores do seu rebanho em Timna com o seu amigo Hira, o adulamita.
13
Quando foi dito a Tamar: “Seu sogro está a caminho de Timna para tosquiar
suas ovelhas”, 14 ela trocou suas roupas de viúva, cobriu-se com um véu para se
disfarçar e foi sentar-se à entrada de Enaim, que fica no caminho de Timna. Ela fez isso
porque viu que, embora Selá já fosse crescido, ela não lhe tinha sido dada em
casamento.
15
Quando a viu, Judá pensou que fosse uma prostituta, porque ela havia
encoberto o rosto.
16
Não sabendo que era a sua nora, dirigiu-se a ela, à beira da estrada, e disse:
“Venha cá, quero deitar-me com você”. Ela lhe perguntou: “O que você me dará para
deitar-se comigo?” 17 Disse ele: “Eu lhe mandarei um cabritinho do meu rebanho”. E ela
perguntou: “Você me deixará alguma coisa como garantia até que o mande?”
18
Disse Judá: “Que garantia devo dar-lhe?”. Respondeu ela: “O seu selo com o
cordão, e o cajado que você tem na mão”. Ele os entregou e a possuiu, e Tamar
engravidou dele. 19 Ela se foi, tirou o véu e tornou a vestir as roupas de viúva.
20
Judá mandou o cabritinho por meio de seu amigo adulamita, a fim de reaver da
mulher sua garantia, mas ele não a encontrou, 21 e perguntou aos homens do lugar:
“Onde está a prostituta cultual que costuma ficar à beira do caminho de Enaim?”. Eles
responderam: “Aqui não há nenhuma prostituta cultual”.
22
Assim ele voltou a Judá e disse: “Não a encontrei. Além disso, os homens do
lugar disseram que lá não há nenhuma prostituta cultual”.
23
Disse Judá: “Fique ela com o que lhe dei. Não quero que nos tornemos objeto
de zombaria. Afinal de contas, mandei a ela este cabritinho, mas você não a encontrou”.
24
Cerca de três meses mais tarde, disseram a Judá: “Sua nora Tamar prostituiu-
se, e na sua prostituição ficou grávida”. Disse Judá: “Tragam-na para fora e queimem-
na viva!”.
25
Quando ela estava sendo levada para fora, mandou o seguinte recado ao sogro:
“Estou grávida do homem que é dono destas coisas”. E acrescentou: “Veja se o senhor
reconhece a quem pertencem este selo, este cordão e este cajado”.
26
Judá os reconheceu e disse: “Ela é mais justa do que eu, pois eu devia tê-la
entregue a meu filho Selá”. E não voltou a ter relações com ela.

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27
Quando lhe chegou a época de dar à luz, havia gêmeos em seu ventre. 28
Enquanto ela dava à luz, um deles pôs a mão para fora; então a parteira pegou um fio
vermelho e amarrou o pulso do menino, dizendo: “Este saiu primeiro”. 29 Mas quando
ele recolheu a mão, seu irmão saiu e ela disse: “Então você conseguiu uma brecha para
sair!” E deu-lhe o nome de Perez. 30 Depois saiu seu irmão que estava com o fio
vermelho no pulso, e foi-lhe dado o nome de Zerá.

1. A nora injustiçada (vss. 1~11)

Judá, depois de vender José, passou a morar afastado de seus parentes. Foi morar junto
com um conhecido, onde encontrou a sua esposa. Eles casaram e tiveram três filhos: Er,
Onã e Selá. Passados alguns anos, chegara a hora de seu primogênito Er se casar. Judá
encontrou uma moça chamada Tamar e deu a seu filho em casamento. Mas o vr. 7 diz
que Er teve uma conduta reprovável diante de Deus, e o SENHOR o matou.
Provavelmente essa ação reprovável consistia no esforço de não ter filhos com Tamar.

Naquela época, eles tinham um costume chamado Levirato. O levirato (ou levirado) é o
costume que obrigava um homem a casar-se com a viúva de seu irmão quando este não
deixa descendência masculina, sendo que o filho deste casamento é considerado
descendente do morto. Aquele que se casa era chamado de "resgatador" (como no caso
de Rute3). Este costume é mencionado no Antigo Testamento como uma das leis de
Moisés. O vocábulo deriva da palavra levir, que em latim significa "cunhado".

Sendo assim, o irmão de Er, Onã, deveria assumir Tamar. Porém, Onã, sabendo que o
filho que nascesse dessa união não seria seu, ejaculava para fora (coito interrompido) a
cada vez que se relacionava sexualmente com Tamar. O vr. 10 diz que Deus também
não gostou daquilo e puniu Onã com a vida, uma vez que este não queria deixar
descendentes para o seu irmão mais velho. Deus não reprovou Onã por causa do método
contraceptivo que ele usou, mas sim, da recusa em dar ao seu irmão falecido uma
descendência.

O que podemos pensar até aqui é que a descendência é algo muito importante para
Deus. Salmo 127:3 diz: "Os filhos são herança do SENHOR". Ter filhos fazia parte do
grande mandamento de Deus de crescer e multiplicar, repetido diversas vezes em
Gênesis. Abster-se ou recusar-se a isso, e ainda de um filho cujo pai já era morto, era
inaceitável a Deus. Imagine o quão importante era essa descendência se pensarmos que
dessa família viriam Davi, Salomão, Ezequias e Jesus?

Claro, que hoje vivemos em tempos completamente diferentes daqueles em que os


nossos personagens viveram. Estamos no Novo Testamento onde essas leis tornaram-se
obsoletas. Porém, um princípio que podemos fixar aqui é que ter descendentes é muito
importante para Deus. Ter filhos significa dar a oportunidade a mais alguém de que este
conheça a Deus e que seja parte do seu Reino.

Com a morte de Onã, seguindo a lei do Levirato, caberia ao mais novo, Selá, tomar
Tamar a fim de dar descendência ao seu irmão mais velho morto. Mas havia um
problema: Selá era ainda uma criança. Como ficaria Tamar, nora de Judá? Judá tomou
uma decisão: "Disse então Judá à sua nora Tamar: “More como viúva na casa de seu
3
Cf. Westermann, a lei do Levirato aparece apenas e três ocasiões no AT: Gn 38, Rute e Dt 25:5~10. Genesis, Vl 3,
pág. 52.

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pai até que o meu filho Selá cresça”, porque temia que ele viesse a morrer, como os
seus irmãos. Assim Tamar foi morar na casa do pai." (vr. 11).

Frustrada de tudo, a nora de Judá, Tamar, foi mandada de volta para a casa dos seus
pais. Ser mandada assim para o seu lar paterno era um ato de extrema vergonha para a
mulher. Indicava que a mulher estava sendo rejeitada pela família de seu marido. Tamar
saiu como vítima da história, como vítima de Judá e até como "vítima de Deus". Tamar
saiu injustiçada pelo seu sogro. Mas a sua história ainda não chegaria a um fim. Não
dessa maneira.

2. A prostituta cultual (vss. 12~23)

"Tempos depois morreu a mulher de Judá, filha de Suá. Passado o luto, Judá foi ver os
tosquiadores do seu rebanho em Timna com o seu amigo Hira, o adulamita." (vr. 12).
Mais uma morte: agora a própria esposa de Judá morrera. Passado o tempo de luto, Judá
foi cuidar da sua vida. Junto com o seu companheiro, foi ver os seus negócios em
Timna.

Tamar escutou que seu sogro estava vindo. "Quando foi dito a Tamar: “Seu sogro está
a caminho de Timna para tosquiar suas ovelhas”, ela trocou suas roupas de viúva,
cobriu-se com um véu para se disfarçar e foi sentar-se à entrada de Enaim, que fica no
caminho de Timna. Ela fez isso porque viu que, embora Selá já fosse crescido, ela não
lhe tinha sido dada em casamento." (vss. 13,14).

Judá havia feito a maior injustiça com sua nora. Depois de tudo o que acontecera, Selá
cresceu e Judá não os uniu. Ela foi totalmente esquecida. Tamar deve ter se sentido
traída. Ela pensou consigo em uma maneira de reverter a situação, e ela achou a
solução. De nora, ela se transformaria numa prostituta: "Quando a viu, Judá pensou
que fosse uma prostituta, porque ela havia encoberto o rosto ." (vr. 15). Porém, não era
para se prostituir, mas sim, para sair de sua situação de vergonha e injustiça. Se ela não
pudesse se unir ao último irmão, ela se uniria ao seu próprio sogro. Aquele que
cometera a maior injustiça experimentaria a conseqüência do seu ato.

Judá deveria estar muito carente. Fragilizado depois da morte de sua mulher, ele
resolveu se consolar nos braços de uma mulher. Ele viu uma que estava com véu e
pensou que fosse uma prostituta cultual, ou seja, uma pessoa que se prostituía
religiosamente, segundo os costumes pagãos de fertilidade e idolatria. Na cabeça dele,
estava escolhendo qualquer uma para uma "transa" sem compromisso, mas, ele não
sabia que era a própria nora, a qual estava sendo injustiçada justamente por ele.

Segue a negociação, afinal, Judá imaginara que estava conversando com uma prostituta:
"Não sabendo que era a sua nora, dirigiu-se a ela, à beira da estrada, e disse: “Venha cá,
quero deitar-me com você”. Ela lhe perguntou: “O que você me dará para deitar-se
comigo?”. Disse ele: “Eu lhe mandarei um cabritinho do meu rebanho”. E ela
perguntou: “Você me deixará alguma coisa como garantia até que o mande?”. Disse
Judá: “Que garantia devo dar-lhe?”. Respondeu ela: “O seu selo com o cordão, e o
cajado que você tem na mão”. Ele os entregou e a possuiu, e Tamar engravidou dele"
(vss. 17,18).

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Parecia até uma brincadeira. Não sendo bastante Judá ter confundido sua nora com uma
prostituta, eles se relacionaram sexualmente, ele deu o seu selo, cordão e cajado como
garantias do pagamento (uma cabrita). Mas Tamar acabou ficando grávida. Aquilo que
ela não pôde ter com os dois irmãos Er e Onã e Selá, teve com o seu sogro!

Na nossa cabeça, essa história pode nos soar um tanto bizarro. Porém, o que fica até
aqui é que não existe coincidência, mas sim, providência divina. Deus é soberano apesar
dos nossos erros. Tudo estava no Seu controle. O próprio Judá pagaria por sua injustiça
por aquilo que Tamar estava planejando.

Tamar se fingiu de prostituta só daquela vez. Ela queria reverter a sua situação de
vergonha. Se ela não poderia ter um filho com o irmão mais novo de seu marido morto,
ela teria com o seu pai: "Ela se foi, tirou o véu e tornou a vestir as roupas de viúva." (vr.
19).

3. A justa (vss. 24~30)

"Cerca de três meses mais tarde, disseram a Judá: “Sua nora Tamar prostituiu-se, e na
sua prostituição ficou grávida”. Disse Judá: “Tragam-na para fora e queimem-na
viva!”." (vr. 24).

Bastaram três meses para todos perceberem o que estava acontecendo. Tamar ficara
grávida. Todos sabiam que ela estava esperando ser chamada por Judá para se unir com
Selá. Um belo dia, ela aparece grávida! Na cabeça de todos, ela adulterou. Quando essa
notícia chegou aos ouvidos de Judá, ele se sentiu traído, mandando-a queimar, sendo
que foi ele que traiu e foi injusto com Tamar. Adultério um pecado muito sério naquela
época.

"Quando ela estava sendo levada para fora, mandou o seguinte recado ao sogro:
“Estou grávida do homem que é dono destas coisas”. E acrescentou: “Veja se o senhor
reconhece a quem pertencem este selo, este cordão e este cajado”. Judá os reconheceu
e disse: “Ela é mais justa do que eu, pois eu devia tê-la entregue a meu filho Selá”. E
não voltou a ter relações com ela." (vss. 25,26)

Judá foi desmascarado. Aquela que ele achava ser uma traidora se revelou mais justa do
que ele. Vendo o seu cajado, o cordão e o selo nas mãos de Tamar, Judá percebeu que o
pecador da história não ela Tamar, mas ele. Tamar era aquela que experimentara os
mais terríveis anos de sua vida a espera de um direito que era seu, casar-se e ter filhos.
Ela fora esquecida no tempo e na história. A atitude que ela tomou foi uma reação
contra a injustiça que havia sofrido durante todos aqueles anos. E é por isso que Judá a
chamou de "justa".

Meus irmãos, tudo o que fizermos, sejam atos de justiça, ou atos de injustiça, tudo será
avaliado e julgado por Deus. Todos os nossos atos têm conseqüências. O apóstolo Paulo
nos ensina: "Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem
semear, isso também colherá." (Gl 6:7). O profeta Oséias também nos ensina: "quem
planta vento colhe tempestade" (Os 8:7).

Mas o que, em fim, Jesus Cristo tem a ver com Tamar?

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Conclusão: Cristo é glorificado por meio de "Tamares".

"Quando lhe chegou a época de dar à luz, havia gêmeos em seu ventre. Enquanto ela
dava à luz, um deles pôs a mão para fora; então a parteira pegou um fio vermelho e
amarrou o pulso do menino, dizendo: “Este saiu primeiro”. Mas quando ele recolheu a
mão, seu irmão saiu e ela disse: “Então você conseguiu uma brecha para sair!”. E
deu-lhe o nome de Perez. Depois saiu seu irmão que estava com o fio vermelho no
pulso, e foi-lhe dado o nome de Zerá." (vss. 27~30)

O final da história é que Tamar ficou grávida de gêmeos. Esses gêmeos nasceram com o
nome de Peres e Zerá. Quem são eles? Encontramos a resposta em Mateus (ler Mt 1):
Perez se tornou o ancestral de Jesus Cristo!

Meus irmãos, Jesus não veio de uma família perfeita. Os ancestrais de Jesus tiveram um
problema mais cabeludo do que o outro. Vejam como Tamar sofreu injustiça. Porém,
por de trás de tudo o que aconteceu com Tamar, estava a mão de Deus, que controla
toda a história, para que tudo glorifique a Cristo. Deus sempre é glorificado. Mesmo até
em meio às injustiças, a glória de Cristo resplandece quando essas injustiças são
julgadas e a justiça divina é revelada!

Jesus é glorificado por "Tamares". Mesmo que a sua situação esteja totalmente sem
saída, a certeza que você pode ter é que Deus vai ser glorificado através de você. Em
meio a lutas, injustiças, traições, Deus nunca nos desampara, porque Ele nunca perde o
controle da história! Mesmo em meio às mais terríveis injustiças, o nosso Deus, que é
justo, não desampara o injustiçado. Jesus mesmo disse: "Bem-aventurados os que têm
fome e sede de justiça,pois serão satisfeitos." (Mt 5:6).

Nesse tempo de natal, quando meditamos e preparamos os nossos corações para a vinda
de Jesus ao mundo, podemos levantar as mãos e agradecer a Deus porque Cristo é a
nossa garantia máxima de que a justiça será estabelecida sobre a terra. Jesus é o Rei da
justiça. A justiça de Deus se tornou realidade em Tamar através de Jesus. Que Jesus seja
a sua justiça nesse natal!

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