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Índice

1.Introdução.......................................................................................................................2
1.1 Objectivo Geral........................................................................................................2
1.2.Objectivos especificos.............................................................................................2
2.Desenvolvimento............................................................................................................3
2.1.Componentes de um alternador...............................................................................4
2.2.Alternador automotivo.............................................................................................5
2.3.Designação e dimensionamento dos Alternadores automotivos..............................9
3.Conclusão.....................................................................................................................11
4.Bibliografia...................................................................................................................12

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1.Introdução
Alternador é uma máquina que transforma energia mecânica em energia eléctrica. Estes
equipamentos têm as mais variadas aplicações. Dentre as mais conhecidas estão o uso
em automóveis (que é o que irei abordar mais adiante) e os geradores portáteis de
energia elétrica, muito comum em grandes estabelecimentos comerciais, para evitar que
uma possível queda de energia se prolongue por muito tempo. O funcionamento de um
alternador se dá por indução eletromagnética. Os princípios que permitiram o
desenvolvimento destes equipamentos começaram a ser desenvolvidos no século XIX.
Dentre diversos experimentos da época, destacam-se o disco de Faraday e o gerador de
Van de Graaff. O princípio da indução eletromagnética, utilizado em alternadores,
aproveita-se da repulsão e atração naturais das cargas elétricas, funcionando como em
ímãs.

1.1 Objectivo Geral


 Dar a entender o funcionamento do alternador alternativo;

1.2.Objectivos especificos
 Apresentar os aspectos construtivos do alternador automotivo;
 Explicar por meio de figuras o seu funcionamento
 Dar a entender a sua importância do seu uso

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2.Desenvolvimento

O alternador é uma máquina eléctrica girante de corrente alternada que tem como
função transformar energia mecânica (giro) em eléctrica (tensão). Seu princípio de
operação está relacionado ao princípio da indução electromagnética, onde a corrente
eléctrica flui através de um rotor, criando um campo magnético que induz a
movimentação dos electrões nas bobinas do estator, resultando em uma corrente
alternada.

Seu princípio de operação está relacionado ao princípio da indução electromagnética,


onde a corrente eléctrica flui através de um rotor, criando um campo magnético que
induz a movimentação dos electrões nas bobinas do estator, resultando em uma corrente
alternada.

O princípio de funcionamento do mais simples alternador ocorre desta maneira: diante


de uma bobina fixa (o induzido) põe-se a girar um imã (indutor), que nos alternadores
dos automóveis é geralmente accionado por uma polia. De qualquer modo, o indutor
deve receber um impulso mecânico que o faça iniciar a operação. O imã mantém um
campo do qual o fluxo combinado com a bobina varia periodicamente, com a mesma
frequência de revolução do imã. No alternador, é a variação de fluxo que induz corrente.
O fluxo varia enquanto a corrente aumenta ou diminui. Quando o fluxo é máximo, ele
não varia, a força electromagnética induzida é nula, a corrente é nula e muda de sentido.
O campo magnético produzido pela corrente induzida exerce no imã forças contrárias à
sua rotação.

Fig.1e 2 – Alternador

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2.1.Componentes de um alternador

Escovas

A bobina indutora recebe a corrente através de um par de escovas, ver figura, que fazem
a sua ligação eléctrica à bateria, através dos anéis colectores . As escovas são
“empurradas” contra os anéis colectores através de uns suportes com molas. A baixa
corrente (indutora) que têm de conduzir (2 a 5 A) permite-lhes um tempo de vida
elevado.

Fig. 3.(1-escovas, 2- molas, 3-suporte)

Polia: A polia tem a função mecânica de transmitir o torque do motor do veículo para o
eixo do rotor por meio da correia.

Mancais: Os mancais são responsáveis pela sustentação do eixo do rotor. Além disso,
funcionam como um escudo que protege o sistema interno do alternador contra a
entrada de resíduos e objectos estranhos que poderiam danificá-lo.

Rolamentos: Os rolamentos possibilitam ao alternador atingir altas rotações sem que


haja ruídos, aquecimento ou desgaste prematuro de seus componentes. Os rolamentos
são indispensáveis para o bom funcionamento do alternador.

Rotor: É no rotor que começa o processo de produção de energia eléctrica. Construído


sobre um eixo de aço, possui em seu interior uma bobina de cobre fixada em seu eixo.
No momento em que a chave de ignição é ligada, o rotor, por meio do colector, recebe
da bateria uma corrente eléctrica. Essa corrente, por sua vez, produz o campo magnético
que é potencializado pela construção das garras polares de aço. Este campo magnético é
que induzirá a produção de corrente eléctrica no estator.

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Estator: No estator é produzida a energia eléctrica necessária ao funcionamento do
veículo. As bobinas de fios de cobre são fixadas sobre um núcleo constituído de aço. A
corrente eléctrica nos fios do estator é induzida pelo campo magnético do rotor.

Fig.4 – Componentes do alternador

2.2.Alternador automotivo

Outra função muito conhecida dos alternadores é a sua utilização em automóveis.


Embora o princípio básico deste equipamento seja o mesmo de outros alternadores, há
duas diferenças essenciais: a presença de um retificador e de um regulador de tensão. O
primeiro tem como finalidade transformar a corrente alternada em contínua, enquanto o
regulador de tensão é utilizado para a manutenção da tensão dos circuitos. Desta forma,
é possível fazer com que a tensão gerada pelo alternador se mantenha nos limites
suportados pela bateria e por todo o sistema. Nos automóveis utiliza-se o alternador
trifásico. Tal como foi já referido na análise dos sistemas trifásicos, considerando dois
alternadores, um monofásico e outro trifásico, de igual volume e preço, o segundo tem
uma potência aproximadamente 50% superior ao primeiro.

Tal deve-se ao facto de haver um maior aproveitamento do perímetro do estator, isto é,


há mais bobinas que são sede de f.e.ms. induzidas. É de salientar que o alternador só
começou a substituir o dínamo na década de 60, pois só nessa altura começaram a
aparecer os primeiros dispositivos electrónicos rectificadores – os díodos.

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Importa referir que alternador automotivo é a designação dada ao conjunto: gerador de
corrente alternada, rectificador e regulador de tensão.

Regulador de tensão: Praticamente todos os instrumentos receptores que equipam o


automóvel funcionam correctamente desde que a tensão nominal da rede se mantenha
dentro de limites muito estreitos. Ora, a f.e.m. produzida por um dado alternador varia
com a velocidade de rotação do rotor e com a corrente de excitação do indutor.

No caso do automóvel, a velocidade de rotação do motor varia muito, desde as 600-900


rpm até às 6000-7000 rpm. No veio do motor existe uma desmultiplicação de cerca de
duas vezes o que faz com que o alternador gire entre as 1200-1800 e as 12000-14000
rpm. Nestas condições, a tensão obtida no alternador seria variável, podendo atingir
valores na ordem dos 250 V, o que não pode acontecer.

Para resolver este problema recorre-se ao regulador de tensão. O objectivo deste


aparelho é o de controlar a corrente de excitação da bobina indutora, mediante a
velocidade de rotação do motor, reduzido a excitação quando sobem as rotações e
aumentando a excitação quando a rotação é mais baixa. Para garantir uma boa carga da
bateria e o funcionamento correcto do restante sistema eléctrico, a tensão à saída do
regulador deverá situar-se entre os 13.5 e os 14.5 V.

Ponte rectificadora (Placa de Díodos)

A corrente alternada trifásica gerada pelo alternador terá de ser convertida em corrente
contínua, dado que os componentes eléctricos de um automóvel exigem corrente
contínua para funcionar. No caso particular da bateria, esta só se pode carregar se o
sistema de carga lhe fornecer uma tensão contínua.

O sistema de segmentos de colector que serviria para o dínamo não pode ser utilizado
no alternador, pois aqui o induzido não roda (está estacionário). A solução é utilizar um
dispositivo rectificador - uma ponte de díodos.

Legenda

1 – Bateria; 2 – Bobine de excitação (G); 3 – Bobina do Estator; 4 – Díodos da placa


positiva; 5 – Díodos da placa negativa; 6 – Díodos adicionais; 7 – Díodos de excitação

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Figura 5: Ponte rectificadora trifásica de onda completa

Aplicando as três fases são desfasadas em 120 graus, obtém-se a rectificação


apresentada abaixo

Analisando a figura 15, observa-se que em uma volta do rotor, 2π radianos, tem-se 6
pulsos de tensão, logo a tensão de saída é demasiadamente ondulada. Esse problema no
entanto é minimizado nos alternadores mais novos que possuem seis pares de polos e
seis bobinas por enrolamento, pois a cada rotação terão 36 picos de tensão, fazendo com
que a tensão rectificada torne-se estabilizada, tendo os pequenos picos de tensão
absorvidos pela bateria.

Os automóveis operam com tensão contínua de 12 a 14,9 volts. Comparado com o


motor de partida (motor de arranque), o alternador trabalha com o princípio inverso, já
que alternador alimenta (carrega) a bateria e todos os consumidores eléctricos com sua
corrente com o motor do veículo em funcionamento.

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Fig.6- Esquema representativo do sistema eléctrico de um veículo

Fig.7- Alternador com circuito regulador de tensão utilizando transístores de potência.

A rectificação (de onda completa) de um sistema trifásico exige dois díodos para cada
uma das fases, resultando num total de seis díodos. O truque é transformar a “corrente
negativa” em corrente positiva. Num dado instante de tempo, apenas dois díodos estão

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em condução - são aqueles que estão ligados às saídas do alternador que têm o maior
potencial (positivo e negativo), nesse mesmo instante de tempo.

2.3.Designação e dimensionamento dos Alternadores automotivos


Cada veículo, quando projectado, é equipado com um alternador dimensionado
especificamente para dar resposta às suas necessidades energéticas. Para a selecção de
um alternador para um veículo são determinantes os seguintes critérios:

− Tipo de veículo e condições de serviço;

− Margem de revoluções do motor de combustão correspondente;

− Tensão da bateria do sistema eléctrico do veículo;

− Demanda de corrente dos possíveis consumidores;

− Solicitação do alternador por influências do meio ambiente;

− Vida útil previsível, Condições de montagem, dimensões;

Para o cálculo da corrente do alternador utilizamos a somatória dos consumidores


instalados no veículo.

Exemplo: Cálculo de potência do alternador para um sistema de alimentação 12V.

A primeira coisa a ser realizada é somatória dos consumidores contínuos ou de longa


duração nesta utilizando o factor de multiplicação igual a 1.

Tabela 1. Somatório da Potência em Watts, consumidores contínuos ou de longa


duração Fonte (notas de aula de carga e partida)

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Tabela 2. Somatório da Potência em Watts, consumidores de curta duração Fonte (notas
de aula de carga e partida).

Na segunda os consumidores de curta duração são somados. Nesta etapa devesse ter
atenção para o factor de multiplicação que varia de acordo com o consumidor.

Por fim somasse as duas potências e com o auxílio de uma tabela escolher a corrente de
trabalho do alternador

Tabela 3. Corrente nominal de trabalho para potência determinada Fonte (notas de aula
de carga e partida)

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3.Conclusão

No presente trabalho pude concluir que o alternador ou gerador é uma máquina eléctrica
girante de corrente alternada que tem como função transformar energia mecânica (giro)
em eléctrica (tensão).Nos automóveis, accionado por uma correia directamente ligada
ao virabrequim, o alternador é o responsável pelo funcionamento de todos os
componentes electrónicos durante o funcionamento do veículo e também por recarregar
a bateria. Para que isso seja possível, conectam-se ao alternador uma placa rectificadora
e o regulador de tensão, dois componentes fundamentais para que a corrente alternada
seja rectificada em contínua, corrente a qual opera os componentes do veículo.

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4.Bibliografia

http://fatecsantoandre.edu.br/arquivos/TCC291.pdf

https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/2/21/Aula_7_Maquinas_Eletricas_II_-
H9_Alternadores_06-11.pdf

http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10005261.pdf

http://www.delleletrocar.com.br/artigos/como-funciona-um-alternador.pdf

http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/3204/1/CT_COEAU_2013_2_02.pdf

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