PROCESSO ADMINISTRATIVO

SEGUNDO JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO (PLT, p. 982 –

1011)

1. INTRODUÇÃO

Processo Administrativo – visa uma decisão final, um ato admin.

Processo Legislativo – produção de espécies legislativas (leis etc)

Processo Judicial – visa uma sentença

2. PROCESSO X PROCEDIMENTO - COEXISTÊNCIA

“[...] processo e procedimento – é importante acentuar – não são

figuras antagônicas, mas sim figuras intrinsicamente ligadas entre si: todo
processo demanda um procedimento – que é a tramitação dos atos -, da
mesma forma que todo procedimento só tem existência se houver o
respectivo processo –[...]” (Carvalho Filho, p. 984)

“Processo é o nome do conjunto de procedimentos” (Fausto)

Processo licitatório para contratação de serviços ou aquisição de bens

etc.

3. SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO ADM.

-> não há código processual administrativo, conforme temos no

processo judicial (processo civil, penal etc)

-> Entretanto, deve atentar aos princípios e normas gerais do direito

processual (ampla defesa, contraditório, publicidade, etc)

-> PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL – LEI 9.784/99 –

-> visa uniformizar expedientes administrativos em tramitação

nos órgãos federais;

-> Carvalho Filho sugere a adoção desta ideia nos Estados e

Municípios
4. CONCEITO

Segundo Carvalho Filho, processo administrativo se consubstancia

no “[...] instrumento que formaliza a sequência ordenada de atos e de
atividades do Estado e dos particulares a fim de ser produzida uma
vontade final da Administração.”

5. CLASSIFICAÇÃO

-> PROC. ADM. NÃO LITIGIOSO: SEM CONFLITO DE

INTERESSES:

- princípio da oficialidade – deve ser escrito;

- possibilita o controle administrativo devido aos registros;

- possui caráter inquisitivo, visando apurar fatos admin.

- Ex.: sindicância administrativa, inquérito policial*, inquérito

civil*;

-> PROC. ADM LITIOSO: OCORRE CONFLITO DE

INTERESSES

- Ex.: Processo Administrativo Tributário: inicialmente

apreciado por agentes do órgão de fiscalização e posteriormente por
conselhos de contribuintes.

- As decisões são mutáveis pelo Estado Juiz, o que se constitui

numa diferença do processo judicial, no qual as decisões transitam em
julgado e se tornam imutáveis*.