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Brasil 2010
RELATÓRIO CIENTÍFICO
Desta forma, tal colocação, deve ser entendida como a obtenção, depois dos
impostos, da melhor taxa de lucro como remuneração do capital investido e que
seja conveniente para seus acionistas, taxa esta que no Brasil, (na data de
elaboração deste projeto) se situa, baseada em vários estudos e artigos
publicados em jornais e revistas, em no mínimo 12% ao ano, remuneração esta,
condizente com a expectativa que os sócios têm de investir seu capital com
rentabilidade acima da taxas que poderiam ser obtidas se aplicado no mercado
financeiro sem expô-lo a qualquer sacrifício ou risco em função da
operacionalidade dos negócios.
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7. Introdução: Este trabalho é resultante das pesquisas e leituras dos temas aqui
referenciados e da preocupação observada dos empresários que buscam a todo
instante, resultados condizentes com suas expectativas de investimento. Uma das
grandes preocupações de toda empresa, é até que ponto suas ferramentas
disponíveis para gerenciamento são suficientes para lhe proporcionarem respostas
aos seus problemas de gestão e se os recursos necessários para atingir tais
resultados estão disponíveis. Muitas empresas, diante de problemas, preferem
usar seus recursos focando a operacionalidade do negócio e nada aplicam na
busca de solução de seus problemas, mantendo assim, a dificuldade de
gerenciamento e baixo retorno.
O ponto de partida nos conduziu a enxergar que, após 1990 e até os dias atuais,
todo o comportamento decisorial das organizações acaba tendo cunho estratégico,
afim de “salvar” a organização dos rumos arriscados ao insucesso, em função da
competitividade observada desde aquele momento. Fazendo rapidamente uma
análise da atual competitividade de mercado, surgem algumas justificativas as
quais resumidas são:
• As empresas devem obter lucro ou simplesmente garantirem sua
sobrevivência com o lucro obtido até então e
• O lucro deve ser fruto de um modelo de gestão planejada, cujo objetivo das
decisões tomadas seria o de atingir as metas estabelecidas.
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qual deve ser entendido como a obtenção, depois da apuração dos impostos, da
melhor taxa de lucro como remuneração do capital investido e que seja
conveniente para seus acionistas; com este propósito de maximizar o patrimônio
líquido, muitas empresas usarão diversos modelos de gestão e b) Buscar a
otimização do resultado econômico das empresas, utilizando como objeto de
estudo, algumas definições de autores como Kotler, Kaplan, Porter, Martins, entre
outros, na busca da comparação entre o resultado contábil, resultado este obtido
através da sistemática entre comprar, transformar e vender e do lucro econômico,
que contem expectativas de seus gestores quanto aos resultados que o mercado
poderia lhe oferecerem com rendimento de seu patrimônio se nele estivessem
investido.
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Premissas básicas
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Custeio por absorção é o método exigido pela legislação Brasileira; sobre esse
método temos a seguinte definição:
É o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente
aceitos. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens
elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de
fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos (MARTINS, 2003, p. 37).
Tem esse nome porque ele absorve todos os custos de produção aos produtos
fabricados.
Quanto aos Gastos Gerais de fabricação, eles são distribuídos aos centros de
custos, geralmente, com base nas horas de mão-de-obra direta ou outro critério
baseado em volumes de produção. Algumas empresas sofisticam esta distribuição
(rateio) e adotam critérios específicos para cada grupo de custos, como por
exemplo, Depreciação das máquinas ou Energia consumida na área fabril que
podem ser alocadas em função da área ocupada.
A maior dificuldade reside na determinação da fronteira de término dos custos de
produção e a de início das despesas. Para Martins (2003, p. 41), “a regra é
simples, bastando definir-se o momento em que o produto está pronto para a
venda. Até aí, todos os gastos são custos. A partir desse momento, despesas”.
Como ilustração, pode ser elaborado um exemplo que, visando facilitar sua
interpretação, vai desprezar a parte dos custos diretos dos produtos por serem
eles facilmente tratados neste método.
Suponhamos que os seguintes custos indiretos tenham ocorrido na empresa num
determinado período e a empresa necessite distribuir estes custos aos produtos:
Descrição dos Custos Valor em R$
Aluguel Fabril 15.000
Energia Elétrica da fábrica 9.000
Materiais Indiretos consumidos 6.000
Mão-de-obra Indireta utilizada 35.000
Depreciação de Máquinas 7.000
Total dos Custos 72.000
Antes é necessário que sejam distribuídos aos diversos centros de custo, que
como exemplo, escolhemos 5 (cinco), a saber :
Controle de Qualidade
Almoxarifado
Usinagem
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Cromeação
Montagem
Os critérios adotados para a distribuição dos custos indiretos referentes ao aluguel
da fábrica, energia elétrica, materiais indiretos, mão de obra indireta e depreciação
de máquinas, foram definidos conforme apresentação a seguir:
Aluguel : Foi distribuído em função da área ocupada por cada centro de custo, a
saber:
Centro de Custo Área Ocupada % Valor
Contr. Qualidade 2.500 25 3.750
Almoxarifado 1.600 16 2.400
Usinagem 2.900 29 4.350
Cromeação 1.200 12 1.800
Montagem 1.800 18 2.700
Total 10.000 100 15.000
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A próxima etapa é a redistribuição dos custos indiretos dos centros de custo não-
produtivos aos centros de custo produtivos. Portanto, a empresa necessita
redistribuir os custos referentes ao Controle de Qualidade e Almoxarifado, cujo
critério adotado foi o exemplificado a seguir:
Controle de Qualidade: Considerou-se o número de testes por amostragem que o
Controle de Qualidade faz aos Centros de Produção, da seguinte forma:
Testes Quant. % Valor
Usinagem 200 50 5.550
Cromeação 100 25 2.775
Montagem 100 25 2.775
Total 400 100 11.100
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Para obter o custo total de produção basta adicionar esses custos indiretos aos
custos diretos dos produtos.
Como observado, para executar esse rateio é necessário verificar quais são as
bases mais adequadas de distribuição que podem ser feitas com base nas horas-
máquina, na mão-de-obra direta ou outro critério a ser definido.
A formação do preço de venda
Para as organizações, o preço de venda deverá contemplar todos os custos
ocorridos no sistema produtivo: os custos administrativos, os custos de
comercialização e distribuição, os custos de financiamento das vendas e os dos
impostos governamentais e da taxa de expectativa de lucro de seus gestores.
Com referência ao mercado, pode-se afirmar que:
O mercado é o grande responsável pela fixação dos preços, e não os custos de
obtenção dos produtos. É muito mais provável que uma empresa analise os seus
custos e suas despesas para verificar se é viável trabalhar com um produto, cujo
preço o mercado influencia marcantemente ou mesmo fixa, do que ela determinar
o preço em função daqueles custos ou despesas (MARTINS, 2003, p. 220).
A dificuldade e a complexidade para se apurar o preço de venda não se resume à
fórmulas matemáticas, mas na interpretação das despesas e da taxa de lucro,
bem como apropriação ou não das mesmas ao preço a ser definido.
A esse respeito, Martins (2003, p. 220) refere que, "Bastaria lembrar que, para
fixação do preço, precisaríamos primeiramente não só fixar a base de distribuição
dos custos, despesas e lucro, como também prefixar o volume de cada produto,
caso contrário não seria possível o cálculo”.
Ademais, pode-se afirmar que:
Estas fórmulas são meros padrões que poderão ser adotados pelo empresários,
pois o que deve ser constantemente questionado, não é sua composição
matemática, mas sua composição a nível dos componentes que a forma, tendo
consciência que os percentuais variam para cada empresa e que descobrir seus
próprios percentuais é sua tarefa primária (SANTOS, 1991, p.138).
Para formar o preço de venda de um produto, um dos métodos muito utilizado é o
do “Mark-up”, que conforme Santos (1991, p. 138), “é um índice aplicado sobre o
custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda”.
O preço de venda na sua formulação poderá, a critério da empresa, incluir as
variáveis a seguir, que estão assim exemplificadas percentualmente:
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ICMS 18,00 %
Pis/COFINS (regime fiscal cumulativo) 3,65 %
Despesas Administrativas 4,00 %
Despesas de Vendas 3,00 %
Comissão de Vendedores 2,00 %
Frete 1,00 %
Lucro desejado 10,00 %
Financiamento da Venda ao mês 1,00 %
Prazo de Pagamento 30 dias
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Este ponto informa o momento exato em que a empresa alcançou, por intermédio
das vendas, o patamar da neutralidade, sem obter lucro ou prejuízo. Desse
momento em diante, a empresa sabe que as vendas com preço superior ao custo
total do produto, acrescido dos respectivos impostos, comissões etc., serão
sempre consideradas como resultado positivo.
Exemplo:
Se uma determinada empresa tiver as seguintes características:
Custos + Despesas Variáveis = R$ 600/ u
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Um caso real
Muitos autores, pertencentes a várias profissões, tem se preocupado com a falta
de relevância do lucro contábil para a tomada de decisões dentro das
organizações. Conforme elucidado por um de nossos alunos neste projeto, no
escritório contábil ao qual trabalha, um cliente os procurou alegando não estar
tendo fôlego financeiro, verificando que em seu balanço foi identificado um lucro
satisfatório, porém, que ele não tinha aquele dinheiro em caixa; através desse
caso podemos constatar que as organizações necessitam de outras formas de
avaliação do seu lucro; o lucro contábil anual não é o único indicador de sucesso
da organização, e nem sempre ele indica sucesso. É claro que não pode culpar os
Contadores por esse resultado no lucro; a falta de experiência e até mesmo de
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13. Referências:
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração. São Paulo: McGraw-
Hill,1987.
CAULKIN, Simon. Em busca da imortalidade. Revista HSM Management. Mar/abr,
1997. p.2.
CORREA, Cristiane. Mãos de tesoura. Exame, São Paulo, nº 789, 9 abr. 2003.
GOMES, Adriano. Painel da pequena empresa. Jornal Diário do Comércio. São
Paulo, 13.01.1998. p.6.
GUERREIRO, R. & CATELLI, A. (coords.). Controladoria – Uma Abordagem da
Gestão Econômica – GECON. FIPECAFI. São Paulo: Atlas, 1999.
HENDRIKSEN, Edson S. & VAN BREDA, Michael F. Teoria da contabilidade.,
São Paulo: Atlas, 1999, Tradução de Antonio Zoratto Sanvicente.
JOHNSON, H. Thomas e Kaplan, Robert S. Op. cit., p.204.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento,
implementação e controle. São Paulo: Atlas, 1994.
MARTINS, Eliseu, Contabilidade de custos. 9ed. São Paulo: Atlas, 2003.
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