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(Maa Scava)
RDÇ Ã O.
Tnsfoma idas cavs m extos ees
O artesaao do exo revela o estor 72
Medo de screver ma Por do qe isso é ão reagr 75
Imitação Isso todo mndo á ez (Ou quase odo mndo) 74
Escrevr sr escritor 7
Começar Isso já mo camiho adado 81
Rotia hábitos Para viaar, stradas 85
Tcca Descbra o modo de zer 88
Tma A ida que ssta o bom txto 92
Frs Sç Parágrao Tudo pa w1idad 94
Rascnho Sta-s à otad 94
AA Harmoia a coista do ior 9
Brieng de criação 103
Os sgrdos dos prossioais Basta aprdr usar l 3
Constrido um txto É mais áci do u parc l 58
Cocusão ara termiar a coersa 7
8
S
e você abriu este livro é
poque gosa ou pecisa es
ceve e fma cava.
Tvez quera cona uma hisória,
mas não sabe como começa Ou,
anda busca que seu exo ganhe
elegânci, caez e, em consequên
cia eoes Seja qua o motvo
você enconaá aqui ramenas
pecosas paa apimora a ma
como escreve Mas ana o qe é
esc ciava? De fma sucnta: é
a ate de expessa ieias de manei
r oignal sem o anço do uga
comum Mesmo emas apaene
mene banais ou árdos podem se
eaados de fma catva Po
ouo ado, sem dedicação e cu
dado emas que seiam aaenes
oam-se chaos
Um bom exempo, que cosu
ma se contado em sala de aula paa
adoescenes entediaos, é o de Ga
cano Raos Antes de se ona
um escito amiado naconamen
te, i prefeito de Palmeira dos Índios. Como tal, tinha de prestar contas
ao goveador de Alagoas, madado relatórios auais Pois bem, eses
relatórios eram verdadeiras peças literárias e de tão iteressate ram
lidos ão apeas pela autoridade a quem eram dirigidos mas também
reproduzidos em joais de Alagoas e até do Ro de Jaeiro.
Mas você ão precisa ser um Graciliano Ramos para escrever
criativamete Quer ver Na útima prova do meu curso de pós
graduação, na ES, optei por responder a úica perguta cotado
uma história, isto é, criado cção - eis a rma que escoi para
sair do lugarcomum Deu resultado? Pela ota obtida e por ver a
prova publicada em um dos maiores jorais do país, como artigo
percebese que sim.
O escritor criativo pesa sempre em como surpreeder o eitor,
premiadoo pelo trabaho de coversar com o autor por meio da escri
ta, parága po parágafo, págia por págia, até o nal da viagem, a
última paavra do texto como surpreender? Basta zer uma pergunta
miagrosa: "De que outro jeito eu posso er isso trabalar para
coseguir uma boa resposta.
Mas. será que mesmo aqueles que uca se dedicaram à escrita
coseguiriam alcaçar um resultado criativo? u só aqueles agracia
dos com um taleto fenomeal coseguem Tudo é uma questão de
começar mater a discipia e trabalar duro até chegar ao melhor
resultado Mia musa ispiradora é meu prao de etrega, disse
certa ve o escritor Luis Fernado Verissimo
Dei o primeiros passos a escrita ainda adolescente, quado
coquistei meu primeiro prêmio iterário Daí para cá, sempre co
tei com os resultados trazidos pea decisão de começar e seguir até
o m em milagres Hoje ão é diete. Apeas para citar um
exemplo, da primeira à útima págia deste livro i exatamete des
se jeito: muito trabao De um ado, a luta sem m com as ideias
e palavras, que ão aparecem ou gem antes de ser capturadas Do
outro o rigor e profissionalismo da ditora propodo ovas mu
danças nm, um longo trabalho para que o leitor receba o melor
Como se vê, persistêcia é o ome do jogo Isso ada tem a ver com
sorte ou predestiação
ESCRITA RATIVA
IO
Voltando a você, leitor: o objevo deste livo é evela o segredo da
ae scinante de cia e escever. Para isso apono o poencial escondi
do na associação de difeentes conhecimentos e técnicas a seviço da es
cria criaiva Desse modo essas páginas seão muo úteis paa quem já
é escitor ou qem qe começa a escreve - sea cção o não cção
Ao longo da nossa viagem você enará em conato com instumen
os de cação e persasão emprestados de dientes áeas Aém da ropa
ganda especiaisa na are de pesuadr com ciaividade al gmas técnicas
am emprestadas do Joalismo que sabe como niném inma e se
analíico Outas vieam da Liteaa geneosa em evela o tabalo dos
mestes na podção de obas qe vencem o tempo. E ainda da Filosoa
sábia consuoa de eexõ aempoas e de valo nivesa
RUBENS MACHIO
t1
Lendo este livro, você vai apender agumas estratégias e tuques
essenciais para ter ideias escrever e revisar/editar:
ESCRITA RATIVA
12
Você também vai saber:
RUBENS MACHIO
t3
Criatividade
PENSAR DE MANEIRA
DFERENTE PARA
ENCONTRAR
CAMIHOS INESPERADOS.
14
e riacividade é a arte de
pensar d maneira di
ren para nontrar a
minhos ines p rdos. A sutua da
deia está sondida dntro da pe
dra de nossas experiênias. Capri
osa, só s rvla s o anddao
a artsta arediar que a eiste e
avntuar-se roha adenro tirando
om ano os exessos e zendo a
obra enm paree O nono
se coa mais fái e natural para
qum tem uma mete uiosa é
meio bisbilhotiro.
Usei a mtora da esutua
Mas também s pode afirmar que o
proesso riaivo é omo pua um
muro Primiro voê orre em di
ção ao muro e tenta puar Se não
onsegue tenta de ouro jito. Mas
agora prourando a sgunda rs
posa era no oeniona para
a pergunta sobre omo aliar om
suesso aquela empreitda e hegar
do ouro ado lá onde s esonde o
que proura: a ideia.
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Em todas as ativiades, sempe exise o isco de você ca momen
aneamene sm ideias. Nesse caso, onde encontrá-las?
Embora esperada, a ieia oigina sempe apaece quando menos
maginamos a tem esse hábito de ser impevisíve. E mesmo sabn
do que ea vem, não a recebemos sem expementar o gosto de supesa
e espano Já qe é assim, meho pepaar-se
Oa, isso az peo menos uma conseqência Nosa mente, uma
vez ampada po uma ideia, não seá mais a mesma Ea nos tonaá
mais capacitados paa enenta os desaos que a via, sem ceimôna,
despeja em nossa poa Qando desenvovemos a ciaividade, poco a
pouco nos toamos pesoas dientes A mdança tende a se visível
Pensamenos, palavas ações, do evea que esamos votando da ex
periência de um momento pviegiado
Mas aq ca um aeta: se a mente não esiver pronta paa ecebe
os utos da ciaividade, não iá enxergáos, tampoco sabeá como
convive com ees O ecido velho se rompeá, devido à diculdade paa
spora o novo, eiminandoo como se z com as coisas que conside
ramos sem tuo
Em casa, na empesa, na escoa e em qaquer ambiente, gerar esu
tados pode depene somene de sabe usa a criaividae só por meo
dela somos capazes de enconta souçes que os meios convencionais não
conseguiam ofeee, ecebendo-as adeqadamene quando sgirem
Ohando paa o pasado, vemos na históa um esle de pessoas e em
psa notáveis que se dcuidaam isso A mopia lhe custo um boado
ca, pivandoas de boas expeiências de scso. Veja aguns exempos
Em 1878, Jean Boillaud da Academia Facesa de
Ciências, olhou com descaso paa o nóga de
Thomas Edison e disse: "É totalmente mpossível
que os nobes órgãos da a humana seam substitu
ídos po um nsensve e ignóbl mea
Deto da soene Univesiade de Oxd, pelos idos
de 879, Easms Wison e uma amação poco
bilhane: Quando a Exposição de Pais se encera,
ninguém mais ouviá la em luz elética
ESCRITA RATIVA
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Faando sobre o próprio invento, Auguste Lumire
mostrou quão imitada era sua visão d futuro: O ci
nema será encarado por agum tempo como uma curo
sidade cintíica mas não tem turo comercia.
Era março d 1956 quando ao dmonstrar sua ds
crença no rock a mosa revista V-ie previu Até
julho sai de moda"
Da rvista Amercan Cnematogphe vio esa prvi
são, em 900 O cnema sonor é uma novdade que
durará ma temporada"
O The New Yk es, m 939 arrscou e não acer
tou: A teevisão não dará cero. As pessoas erão de
car ohando sua tea e a mía americana média não
tem tempo para isso" E o presidente do estúdio de ci
nma 201 Cntury Fox m 1946 concordava t
,
RUBENS MACHIO
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ente, uma gande ideia silenciada jamais perderá sua rça trans
madora. E, queiramos ou não, as nuvens são passageias enqanto o
sol atravessa milênios
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efetvamene ao assuno. Isso se torna ainda mas mpoate qando
ema ã é scenemne cnhecid Pesqusa é uma aividade
que exge tempo.
Prao, invsa o abastcimen da sa mne e rene smpre
Não perma qe ela seja atacada pela rrugem. Nesse sentdo vae
cohecer as ecmedações de ma aoridade n assto: Whit N
Schulz moso homem de vendas e pblcdade, que enre ses mao
res empreendmeos ncu a cração da Unversidade de Buo ns
sados ids checda po ses cursos de criavdade. Em atgo
publcad Chicago Sunday Tribue, a propõe agns camihs
para ser mas catvo e orgnal.
Schltz adver paa de qu há um suo na cabeça de
cada um de nós ago cmo uma mina de oo prta para ser explo
rada Pan, se exse propósio d trnar-se prssial da escr
a escreva ao menos alguma cosa odos os das. Acompanhe agumas
dcas d uor
RUBENS MACHIO
t9
• Antes de julgar, compeenda o que i dito. E, sobretudo, man
tenha a mente sempre igada
• Uma adveência: crie uma otina iso é dena uma hora e
ugar para pensar e criar odos os dias
• Lembe-se de construir gandes deias zendo cominações
adaptações, modicações, amenando aqui e diminuindo ali
reoganizando, inveendo as ideias que você já em.
• Apenda a ze pergntas qe desenvolvam o cérebo as me
hoes são o que, quem, quando on, como por que.
embrese de que uma ideia razoável colocada em práica ten
de a produz esultados mas satistóros que ma deia bi
lhante que que muito bem guardada num coe.
ESCRITA RATIVA
Alguns utores considerm que a arte de escrever de maneira origi
nl consiste, em úim náise n cpcidde d repet um dei com
uma bodgem nov levndo o eitor a pensar e senir que quee con
eúdo é totlmente nédio. Em ou ras pavrs é como se armássemos
que se origin é ter a hbidade de esconder as ntes Todo o edício
da teatur incuindo os clásscos, é ito prir dessa técnic. A pá
ica vem de onge, portno
Em Pseo na ilha, Caros Drummond de Andrde dmite que o
desenvovimento d oiginlidde em etapas bem denidas Sem mui
poesi e com um bo prosa ee é caro o desba: "Pimer se
o poeta mit modeos célebres Úima se: o poet imita-se a si mes
mo Naque ind não conqustou a originidade; nesta já a pedeu
Não há mais iste elogio que 'Não é peciso ssinatur, so é de x!
Espêndido seria que só se descobisse que é X pe ssinta
Orginaidde é eatmente o oposo do cichê palvra epressão
ou constução que perdeu o sentido peo ecesso de uso Em vez de usar
cichês ntgos renoveos e cie armções orignis
Aproveitando o cim sugerido por Drummond psseie po es
lst de cichês e fórmus repetds um verddeiro atentado contr
quque coisa que poss ser considead oiginal Depos respond
você us isso com equência? Se é o cso, conroese
A boa caidade começ em cs• A pergun que
não quer caar• A união ç• Acender um
ve Deus e outr o dibo• Ago me diz que•
Ato e bom som • As vols que o mundo dá •
Atirr a primeira pedr • Bom dems • Brihr
pea ausência• Chovendo cnvete • Chover no
molhado• Com c e o queio n mão• Como
dii o outro• Conhecer como pma d mão•
Criança tem cada um• Custar os ohos da car•
Da boca pra r• Dç conrme a músc•
Dr mão à pamóri• D murro m ponta de
ca• Dr nome os bois• De cera rma• De
o pvio• De qulquer modo • De vo pr
RUBENS MACHIO
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o batente• Deixar como está para ver como é que
ca• Desnecessrio dizer• Dga o que tem a dizer
• Dormir no poto Ele é boa gente Em cheo
no a vo Então, como é que é?• Entrar peo cano
• Está brincando• Está na ponta da íngua• Está
no papo• Estou he fando como amigo• Estou
numa roda- viva• Eu ia mesmo te gar• Faei, está
ado Indo direto ao ponto• Isoa na madeira
• so deve dar para o gasto • Já se aode você
quer cegar• Jogar mas ea na gueira• Jogar
o verde para coher o maduro• Maar em erro
io • Maria vai com as outras • Misturar aos
r
ESCRITA RATIVA
ETAPS E BLOQUEIOS. CMNHOS E DESCMNHOS
RUBENS MACHIO
iteratura. Assm, compromete a qualdade dos resutados
obtidos Ea coloca sobre nossos ombros o peso do medo
Trata-se de um mcróbio capaz de nos afetar os sentdos e
quanto amplca o pergo e o torna ada mas assustador e
parasante. Quanto menor o medo que setimos de inovar
antoo menor o pergo real O grande probema está
ant est á em
em nossa
tendêca de acredtar mas no que tememos do que no que
desejamos
deseja mos vestmos de manea errada e cohemos pre
juízos
juíz os Sem cont
contar
ar que
que aí sm geramos de
deas
as que podem
bear o rdículo
• Intolerâcia para com o ovo acostumados com as mes
mas respostas de sempre nossos ouvdos soen dante de
uma abod
abodagem
agem d
dren
renee não s os nossos
nossos evdent
evdente
e
mete. Há casos em que pensar de manera drente de
ruba verdades cuja queda ea ão inimagnável quato a do
ecdo Muo de Berlm A ntoerânca maa ideas e tenta
justca genocídos
• Imedatsmo nos meus cursos e paestras sempre que ocamocamos
os
neste assunto, a grta é geral: numa úca voz os partcpantes
lamentam não dispor de tempo necessáro para a pesqusa e
o ama
amadur
durecm
ecment
entoo de uma dea Isso os impede
impede de cohecer
cohecer
mais e de r além do que sera apenas o pmeiro rascuno da
mensagem escrta
ESCRITA RATIVA
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Identificação. Saber a pegunta
pegunta é esta mais peo da resposta
Não eiste nenhum ema sobre o qual você não possa escrever.
Nenhum
Nenhu m campo da vida é iadequado.
iadequa do. Orie
Oriee-se
e-se por suas prerêcias
prerêcias
e seus valores e veja como sso z dirença o que diz respeio à quali
dade na do seu exo e aos resulados obdos.
Se este a necessidade de enconrar uma ideia é porque em a
gum lugar um problema precisa ser resolvido e as soluções coveco
nais não soucionam
Quando sabemos qual é a perguna a ser ia, meade da resposa
á está em nossas mãos. Não mpora se emos a impressão ou a certea
de que conhecemos muio do problema pela busca de resposa
Consideemos que algum aspeco sobre a aturea da resposa espe
rdaa anda ão i oalmee
rd oalme e compreendido. É o caso de irmos
irmos ainda mais
ndo não nos contenarmos com respostas genéricas. Convém nvesiga
iterrogar e saber com o máximo de obetividade aonde se deve chegar.
Assim economiamos empo rabalho dinheiro aborrecimento ec
Anes de econtrar qualquer solução para um desao devese desdes
cobrir por onde começar o trabalho. Compreender o cerne da quesão
é o camiho mais curo para resolvê-la mehor mneira de cocluir
um proeto é denir sua alidade essencial seu obeivo básico. Por
ano perguese: "Qual o moivo para iniciálo? Qual é o obetivo
a ser alcaçado É aqui que se esconde camuada a solução Esse será
o prme
prmeiro
iro erreo ode vamos raba
rabalhar
lhar..
Já que esse é o momeo em que se dee com maior precisão o
problema a ser resolvido
resolvido comece colocando seu obeivo
obeivo o papel Poi
Poiss
a la de meas claras impõe a aceiação de qualquer resultado. Diga
então para o seu subconsciente o que deverá acontecer depos que en
conrar a soução
Para aprender mais sobre a importância de um obeivo bem
defiido basta oharmos para a dimica da vida cheia de ensi
namentos. Vea o caso dos homens e mulheres mais bem-sucedidos
da hisória gene como Sephen King . K. Rowling denre ou
tros Não por acaso, odos tham a magem de seu obeivo prnci
pal firmemene impanada na mente
RUBENS MACHIO
O que é, anal, o objetivo? O exemplo a seguir ajuda-nos a
enconta a resposta. Imagine um bebê É madrgada e ele está cho
ando alvez com do de ouvido O objetivo da mãe não será aplica
o emédio mas er com que depois de medicada, a criança sinta
alívio e duma tanquiamente Donde se conclui que sentir alívio e
domi tanquilamente" são os objetivos não o ato de da emédio
O objeto do medicamento é a ciança não a mãe, tanto quanto o
objeto de um teto é o leito, e não o que o escrito deve e
Paa ilustrar de outa maneia o que acabamos de arma, o
memos agoa um exemplo etraído do seto de popaganda. Se a es
colhemos, é po tatarse essencialmente de uma atividade que vive
da ciatividade e da edação acomodadas nos eíguos espaços de que
dispõem nas páginas de joais no ádio, na teevisão nas mdias
sociais etc
Uma coisa é dier que devemos cria uma campana para vende
camnões Esta não uma ideia bem rmulada pois lembra uma
o amadoa e sem co denido no objeto E a ealidade mosta bem
caramente que ideias ótimas para poblemas que não eistem ou es
tão indenidos são ideias inúteis Outa mais inteligente é dier que
devemos criar uma campanha a se publicada em X veícuos de comu
nicação com o objetivo de vende camnões de a maca modelo
tonelagem os quais têm um mercado potencial Y e serão vendidos em
tal região geogáca.
A conqusta desse estágio está condicionada à posse de uma propo
sição clara e bem aliceçada, de pefeência epessa com muitos núme
os e substantivos e poucos adjetivos. Caso cotáio, coremos o risco
de trabala oas a o numa direção abotando boas ideias, at que
aguém nos dga que isso não pode ser eito porque ..".
Quanto mais pecisa a inrmação mais eato seá o objetivo e
estaremos menos epostos a eros
Em Ansiede d infação: como tar infrmação em com-
peesão, Ricard aul Wurman embra que quando não nos pergun
tamos qual é o objetivo de nosso poeto nossas escolas tonam-se a
bitráias Oa essa ansiedade gera uma sensação incômoda E ansiosos
ESCRITA RATIVA
amos imagnando se não havera uma soução meho paa aquele
obema. O auto ão meoa mas ecame sso ovoa uma
aasação gea o poesso iatvo, que empaa
Ada sgudo Wuma mos o péssimo osum d muio
dessa paa o "omo quando devíamos gasa mas empo dnn
do om psão o qu dsejamos z.
Paa desobi esse obetvo bnque um pouo, egute às osas
o qu as dsjam ser. Tlvz ssa omdação sugia ago omo sa
dade mea ompometda mas tudo bm, os atistas vvem psando
a da axa o qu s vzs hs gaat o ótuo d ouos. Assm
se voê va prpaa uma aua eseve uma palesa ou uma ôa,
mage-a omo s sse uma pessoa stada a sua et ça-h
a pgunta paa aede ao que se poõ, omo voê gostaa de se
dos d pota? ago omo pgua a uma aça o qu la qu
se quando se. E a, tão desuba que eação sso em om o
que voê dseja e ça os ajustes eessáos e sga em e . Pso
que o seu pojeo de vda dsvov a pa da muação dessas
gutas asta e1 e.
»
RUBENS MACHIO
os traz à mete a imagem de um personagem movido a uriosidade,
o explorador. Levado peo iteree ivetigacivo ee deeja aber mai
sobre o que exise de novo e o que pode ou deve zer de maeira di
feree. É quado oetamo o primeiro dado a repeito do ato,
aida om um pé a etapa anterior a idetiação
Sobretudo esse mometo, é importae mater a mete aberta.
Não obtante a a de oulta aos priipais ieresado, o mu
do eá edo virado de abeça para baixo. Noa reaidade vive em
ostate mtação E isso transrma em imprudêia a tetação de
se senir aboucamence eguro a respeito do que se apredeu em urto
epaço de tempo Ese é o priipa moivo peo qua o riador
pergua irma-se para obter ovo os, evita emitir opiiões
e não se feha a ovos potos de visa Em mete hada ão etra
moquio diria um oheido empreário do mudo eportivo Mas
também ão etra mas ada
Uma pergua é ieviáve: o que az om que esse prosso re
queira amaho evovimeo? A respota é impes O eotro de
uma ova ideia não aotee por aaso Ao orário é reutado de m
merguho prondo o probema É óbio que em udo o que ae
dessa bua em água prodas será dito ao eior Iso os transrma·
ria um poor hato, em didátia O que queremo é domiar de
ca rma o ato para que poamo o dar ao uxo, respoáve e
prosioa de eatar aquee que nos ê, por meio da aordagem e
pea rma iusitada de oar em asutos apareemee orriqueiros,
sempre dirçado om taeto o oo repertório
A preparação pode er direta ou ndire. No primeiro ao bus
amse a iormaçõe a área peía em que a qutão etá en
do rabahada Exempiado podemos pesquisar nova rmas de
veder um orvee evovedoos em um ojo de paavras e de
imagens de sorvete
A preparação hamada ndia aotee quado bamo i
rmações em ugares e situaçõe sem ehuma reação direta om o
auo pese por exempo, em qanta poibiidades de oução
para pequeos pobemas doméstio exitem esoddas um veho
depóito de rrage e suaa. Ou de voa para a queão do sorvete,
ESCRITA RATIVA
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podemos tentar encontrar respostas enre palavras e imagens igadas à
ecologia, por exempo. Apenas para "brncr de como seria se sse,
porque não dispomos de um breng de criação que ofereça parâmeros
imagine algo do ipo "O rão, ste ano, sá mais qun. Nosso corpo
sabe disso e reage Transpira muito mais. Perde e pede mais líquido A
soução perfeia é um sorvete de uas Sem aquelas adições que tano
prejudicam a saúde o sorete reesca enquanto nos dá os nutrientes
de que mas precisamos Bom para o nosso organsmo, que se maném
impo e saudáve Bom para a naure, que não so e com a reti1ada
r
RUBENS MACHIO
uilzaos. A nrção que consumos desenha a nossa perso
dde, contbu pr s des que rulmos e dá co à noss
vsão de undo
O esctor mecno Php Roth cosuv der que qundo
esava abaando a o epo todo Ro aava que essa ea uma
m de mnte os crcuos conado Tatv-se de um modo de
pesa em su na de rabao, enqunto descansav u pouco do que
esv endo "jud vsto que bsece obsessão gob dsse Não
po acaso Ee Leema aa: Sote é o que acontece quado
preprção encon opotundde eura é preprção pur e
smpes Os mehoes as suas especvas áeas de aução, pessoa ou
proissona sabem dsso Saem e prcam drmee udndo a
ente dos ócos à medd que ea em novo exo podudo num
gêneo ou eslo dferene Par cada obr uma atude um busca
dfeencd f de potencaar o efeo d er e qualdade
do resuldo na Saer um pouco mas sore o auor e o coneo
em que oba podud eva uma compeensão dsocda dos
seus propóos ao escever do uso que z d ngugem do seu to
de vo ec como se se, é o context que nece o prtext pr a
produção do tet. ambém nesse caso o deseo de prender crcuar
enre dferenes gêneros, ssocado ao eno dáro poduz óos
esuados Mas é precso começar
Nesse sendo, e udo o que pude ocue w bboec N
a desses verdadeos cenros de culura (que ao cotráro de agu
s pofecs as pessds ão desprecerm) che u v
ou u sebo Esses espaços são ótos escoderos de des e uos
permem que você pssee por suas paees se, necessramene
dqur go ms co se encon u boa promoção, não perca
oporudde de coeçr ou uer a u nbboteca Cerc
do de vos erguhe neles essa prátc pode eváo mpr seu
epetóo cuu, de um jeo dvetdo e compensdo. A você
pecisa e muto pa ser cpa de escever Há anda, a possbldade
de consuta obs em doíno púbco dspoves n nere
Segundo esse esmo racocno a eua é para ene o que
o eerco sco é p o corpo Não é por acso que lgumas pessos
ESCRITA RATIVA
30
dedcam um perodo do dia à letra do diconrio, ada que sso pa
reça oura. Pouo mporta o tamaho da obra: um gade livro o
uma fase em frma de san. Se dmostrar qalidade a trá sido
sempre o rstado d mtas oras de eura e trabaho Cota-se qe
um grad scritor raslro fi ovdado a scrvr o an para m
rstaurat rcémagrado Alguns mutos dpos l aprsto
a fase sotada Costado sobre o prço qu obrara plo srvço,
o clete ão aeto o valor. "Voê gasto apeas ags mtos pra
crar ma as vai obrar tudo sso?! Ao qu o scrtor rspodu
"Não, ão gaste apas algs mutos eu gaste mas de 40 aos
pra riar o s l g an" E flava d todo o su príodo d prparação
para chegar a ssa prfrma. Mntes om msulatra m trnada
poduzm mas mhor
Mas ão basta apeas er É precso dgerr as palavas. Faer com
qe las se tasfmem m qm as lê passem a itegar s pat
môo ltural. Ess é o camho natural d qualqer almto qe
germos. Por sso ão h ada melor do qu bber a ft A
possbldade de dspormos do orgnal dspensanos do constrang
mto d desflarmos ostetado ma smpls mtação o que são
comtros sobre obras terras seão algo semehate O que ota
é o "o não o "sobr.
Mesmo q além dvore motes mots d ifrmações, re
smos o rítas ada vai sbsttur a lera dreta de m ator. Para
amar a bagagm cultural e apred com quem serv de modelo,
ão devemos os ottar em lr obre Mahado d Asss por exem
plo Ao cotrro Apredrmos mto mas a rspeto do q é a art
d esrvr s degustarmos ada palavra do ator de Dom Cmuro
oras posdads q compõm sua obra lterára
Ada om relação a este assnto covém tratarmos de outro
dtalh qu pla impotâca de s sgfcado m mcra ss
ome. Não é dl notrar pssoas qu tratam dfents gêeros
d ttos como s todos fssm guas É a massfcação da ltra m
dstúrbo u ão s jstifa O motvo é o msmo qu nos va a com
pedr as azõs plas quas ão usamos ropas de vo m pleo
verão e vceversa
RUBENS MACHIO
31
Oeco Maria Carpaux ratou dss problma m Origens fn ao
dizr qu as pssoas não sabm lr. "Apliam a um poma o msmo
prosso rrado qu apliam a anúnios d jornal ou a noíias d pro
paganda poíia: ontnam-s om o sndo suprfial das palavras,
sm xplorar a innção daqul qu fa Confndm duas oisas qu
são unas m ada palavra ada ou sria: a xprssão a intnção.
Quando voê lê a nfrmação sgundo a qual o maao é um ai
mal qu pua d galho m galo, sá dian d um xo dnoaivo:
nl a paavra qur omuniar apnas o su snido ral rsringin
do-s à infrmação dsprovida d anális t É a isso qu s propõ
dalmn o oalsmo por xmpo El proura narrar ftos sm
s uizar d rursos róros paa nizar s ou aqul dado o
xo da objivdad, portao o ontráro disso, o txo onoaivo
m sndo fgurado, o maao puou ano qu aabou qubrando
a ara qu, a palavra aprsna um signifado mas onxua in
rpraivo. Traa-s d um rurso sisto, uma vz qu o rfrido
animal pod sar inato passar muo bm apsar das suas sripu
lias do norm suso qu lvou
Idnifar disinguir o qu é dnoaivo onoavo são provi
dnias intignts. Mas las não são nias Oura m a vr om a
prátia d traçar um guia ants d niar a liura
Para dsvndar lmnos imporans do xo, an-s aos
tns sguints
• Rlação ausaonsqunia
• Maniras omo o podr a idologa auam
• Ond s nonram os onios
• Esudosos qu traam do ma rspivas orias
• Exmplos
• naogias
• nlusão d fos
• Moivação dos aors
• Obivos prtndidos
• Fundo hisório
• Formas omo os fnômnos s manifstam
ESCRITA RATIVA
32
• Dados statsticos
• Problematizção
• O qu é sno crítico nso comum naqula mnagm
• Vlor dndido po utor
• Tndência.
Qundo tm uma chv d itura dnid, o txto s rva
com mas ciidd.
RUBENS MACHIO
• Faça pergunas.
• Vá ndo no trabalho de abastecer o computador que carrega
sobre pesç O mmen é de preparar o terreno
• Recuse-se a car parado, lhando para ugar nenhum como
quem espera por um mlagre que nã vem.
ESCRITA RATIVA
34
Se você costuma deixar ares para amanhã, eão deixe suas ideias
scrias m cadro. Apeas ja da asia, aoegaadora de qe
vai se lembra do que é importae sem qe isso esteja esrio em algum
ugar: você ão vai resgaar todo o maeral.
Por isso, aote sempre Na hora de escrever, oras deias virão.
Otros os entrarão em cena Tome ota de udo isso também para
que ada se perca Depois com odo esse coteúdo à disposição lre
o que reamee serve para o seu ovo rabaho decida sobre o que va
para o io e o qe aguarda ma ova oporidade
Goe Vda! diza que escrevia algumas págnas de oas para cada
romace Frases, omes descrições de persoagem Mas ele raramete
votava a olhar o que regisrava No al do dia sim Vda aotava o
que seria trabalhado o dia seguite
Eão aoe isso omar oa coua sedo a soção porqe
em sempe as deias chegam quado você quer Sobredo se é precso
respeiar m croogama qado o empo corre e o prao ge. Nessas
sações, a tesão aumea O camho que resa é egisrar uma deia,
anda que impeita incompea. Paavras às vees desconexas Tirar o
cosciee de cea e, o seu lugar colocar o imprevisíe sbcosciee
Acioado paa erar em processo de icubação ele deverá provde
car dentro do prazo algo sobre o qual valha a pea rabalhar Sem
rçar a aeza que em seu próprio rimo é caro
As aoações icorporam do o que você ecotra seja a rua
prdido em agma págia nos sohos, as covrsas em todos os
caos seja o reperório que já temos à disposição para cosrir um
texo Isso eriquece O corário impica perda Ser escrior como se
vê é rabalho em empo itegra
O recurso de tomar otas pode represear ma saa ajuda para o
escrior qe vive o drama às vezes omm do boqueio mtal. Assim
quado uma ideia emiir os ses ampejos, capre-a imediaamete
al ela é como o relâmpago qe não ca esperado.
Você pode criar um documeo virtua e, se preferr, reservar um
pequeo cadero para isso
Se r o caso, pese em separar um cadero (ou m documeto
elerôico) exclsivo para uma idea que em grade poecial Boas
RUBENS MACHIO
35
ases acabam de chegar à sua mente? Acolha uma a uma. Patricia
Highsmith roteirista e escritora, aconselhava a nunca jogr r uma
história com um bom eredo em mesmo em siopse. ouco importa
se pesou o que é apeas um agmeto de ideia Na hora cera, e com
mais equêcia do que se imagia ele levará a uma ase salvadoa. Ela
observava inda que as ideias "podem ser grades ou pequenas, simples
ou complexas ragmetárias ou completas, imóveis ou em movimeto.
O importae é recohecê-las quado chegam Aotou
ESCRITA RATIVA
de páginas de aotações sobre odo o conceito do pistoleiro". Ee se
refeia ao que modeamete chama1os baco de dados
Portato ome noa: econtrou uma ideia? Preda-a em algum u
gar, por meio de recursos aalógicos ou digitais porque nela pode estar
a salvção do seu trablho literáio Lembre-se de que nossa mente sabe
pouco sobe deidade, o que signica que ão é ada prudente coar
no que ea dee como rea e imagiáio Anotou?
RUBENS MACHIO
37
costuma er eitos
eitos colaerai
colaerai - uma senaçã
senaçãoo de riseza, angua
que beira o deepero. Tudo parec muio cono. Senimono de
oados, om aquele goo amago de inrioidade Experimenamos
enaçõe de fúia que vêm mirada com um ineno deejo de
mandar do para o inno de deisir (Muio aendem a ese im
pulso Param)
É norma E por mai que a armação paeça eanha o idea é
que ee eado inerior chegue ao pono máximo de de auração Decidi
damene, io é o que de melhor pode aconecer nesa e do trabaho
criativo. Sem ese evento a próima etapa não enconra espaço paa
oare realidade Lembree de que a gavide é a imagem do proces
so criaivo Ea não chegaá ao quato m ane que enha pasado peo
erceiro É a ei da naureza irrevogáve
Se r para lar em deisncia que ea eja produiva e intei
gee Deita im, de querer enconr as reposa uando recuro
ESCRITA RATIVA
38
balhe cão ranquiamene quano possível. Anal ee preisa desse
empo pr rmenr odos ddos preendidos durne pesquis
os
de ampo e bibiográ.
Henry Dvid Thoreu, esrior disse que é apens quando esque
emos udo o que aprendemos que omeçamos a saber saber Óimo esqeça
momenanemene o assnto Longe de soer m derroa voê esá
ançando mão de um aiude esra esraégi
égiaa - reur par
par vnçar om
mis eiên e mehor ponri em direção o alvo
Disaniese. Fça algo omo uma
uma exursão menal Imagine um l
gar muio gososo onde desejria esar Pense em imgens bem disanes
do ambiene de rbaho
rbaho - pelo menos do rabalho que esá reaiando.
reaiando.
Vá para a rua. Folheie revisas. Tome um banho. Faça qualquer
ois que não seja preouprse om o problema em quesão. Ande. E
enquano aminha prese aenção àqueles dealhes desperebidos aé o
momeno. A resposa pode vir do que esá esrio na hd de m
oja d músia que o no rádio, do peddo que rinça z pra a
mãe da seção de paoes do supermerado da ena d novela de ma
página dese livro niném sabe de onde. S6 há uma erea: ea he
gará pron pra ooarse serviço.
Depos de er umlado muia inrmção
inrmção dê insruções ars
par o seu érebro
érebro quno à hor em que preisrá d resposa. s
beleçaa um
beleç um pazo. Se em dois dias para edigir um exo el elee será feio
em dois dias. Ms se ao onrário, dispuser de penas dus horas
enha a ereza de que ee esará lá em duas horas. A práia e não a
eori em onrmdo isso lembrese pr pedir lgo voê pre
isa anes er muio laro o qe desja eeber. Objeivo om o
O o no obeivo
Agumas pessos
pessos nionm
nionm bem
b em sob pressão - ese é o meu so
so
Se, por exemplo disponho de 15 dis pr esrever um rigo sabe
quando ee será esrio
esrio e edado? xmene nos úlimos
úlim os dis. ressio
ndo pelo empo esasso, me subonsiene se rende e deide revelr
a aquieura
aquieura adeqda para o abalho mnida
mni da em segredo por ele aé
o úlimo prazo
prazo Por onheer bem maneir
maneir omo
omo niono onsigo
onsigo
pereber o momeno em que esou enrndo em "rbalho de pro
Enão omeço rabisr oiss sem ompromisso e om odo ompro
RUBENS MACHIO
39
misso do mundo quanto
quanto ao resulado
resulado a se atngido - nessas atuas,
atuas,
vnho d um ongo píodo d ppaação ia po mo d luas e
obsvação. (E você, como abalha? Pocu dscobi a sua dnâmca e
ça um acodo com la paa va poblmas d saúde)
Po m, deixe o pocesso de incubação conclu o tabalho. Com
a mene abea paa novas inmações e sensaçóes/iight, o unve
so no s ansmaá m maéapma à sua disposição paa a
ativdad cava. Quano ao subconscne el pojaá das paa
o consc
conscne
ne no
no momno ceo,
ceo, o que pode aconece em qualque
qualque
ocasião Basa que tenha do opotundad d podulas Afnal le
escve mais do u você magna E do lva a ce que a solução
apacá quando meguha novamente no su abaho. Enquano
doma dscansava, ciculava po ouos mundos, sua mne esava
bem acodada poduva e siencosa Tdo d qu pecsa é vven
ca o pocsso em oda a sua nnsdade e compltude paa coh
os uos, ue smpe chegam, quando seu conscente sçandose
paa escv, mas ncssa
O que mpoa é qu você conheça ss pocesso e dscuba como
a mas poveio de aé msmo zndo adaptaçes.
Po fm, convém lemba que nada é ão gdo e inlevel s
em dfenes maneas de da com o mesmo ecuso A sse popó
so, embamos que cea vez pegunaam ao escio John Cheeve
como abalhava O obeivo a nvsiga s colocava logo as
idas no pape ou se speava pelo pocesso de incubação Cheeve
spondu qu a as duas cosas acscnou qu gosava ms
mo de ve os apaen
apaenemen
emenee sem neo se junaem
junaem assocaçã
assocaçãoo
de deas Ilusando o depomeno Cheeve aou uma suação
em que "esava snado num café lendo uma caa da ma, que
conava qu uma dona d casa da viznhança stava encabçando um
espeáculo nudista. Dsse que, nquano lia, poda ouvi a voz de
umaa mulh nglsa epndn
um epndndodo os
o s fihos 'Se vocês não
nã o zm so
so
ou aqulo até eu conta aé ês ea o ão dela. Nese momeno,
r
ESCRITA RATIVA
40
Se preir vá para os jornais. Eles são ótimos rnecedores de his
órias, d boas araivas Uma nt muio ica, portao semp ao
alcace das mãos Sobretudo procur material m odos os ugares
ão apas os óbvios
RUBENS MACHIO
4t
um úmero de páginas por dia, isso sempre z muio bem. Lembre
se que um rio sem margens transfrma-se em pâano e não vê o
mar seu desino fna
Mas as ideias às vees tm o péssimo hábio de ser arredias Co
vidamnos para brincar de escondeescode quando menos estamos
disposos a isso Eão para enconrálas endo com que enreguem
udo o que podem, leve sua mente para passear como já disse. Vá para
a rua. eia. Converse sobre qualquer coisa. E se durante esse processo a
grande ideia chegar convidea a insaarse enre seu arquivo de noas.
Depois untese às suas anoações e rabalhem em parceria na busca
de um resultado satisfório. Surgiu uma ideia, mas ea he parece algo
metasico demais para ser raduida sem o auílio de um recurso adi
ciona? Tansfrmea em paábola e vea como tdo se oa mais claro.
Anal voc sabe exisem dias em que camos com a impressão de
que as ideias eraram em recesso por empo inderminado Isso aco
ece sobreudo com aqueles que se aimenam dessa maériaprima
para fzer o seu rabaho A produivdade fca reduzida a um resulado
pío depois de rina has escritas chegase à conclusão melacó
lica de que disso udo somente de por ceno será aproveiado Eão
aproveie. E aproveie ambém para descansar e reomar o rabalo em
circunsâncias mais fvoráveis alve mais relaxado Funciona
ESCRITA RATIVA
42
Esteja preparado, com o caderno ao alcace da mão. Sente-se em
ilêcio e pese Nuca perca uma oportuidad de pea Memo
vivedo o mdo louco de hoje, em que todos o sos ivadem ole
ivamete o oo cérebro ão e etege ao pâico em à presa É
bem pvável que você ão depeda desse trabalo para traze o pão de
cada dia Se r asim ão á prao portao Eime da caeça odas
as geeralizações. ão pese de modo abstrato. Apeas relaxe e deixe a
mete ivre para eguir o eu próprio camio
Realidade, o etao, ão pode derbar a ciatividade. Afal,
cia é voar odar iveo e volta reovado peo fesco daqea
ideia iesperada. Aqui e al, desejado a coragem de um gesto de irre
verêcia eise sempre um novo camiho pedido para er revelado
a âsia de coduzi o viajate para ovos horizotes Acee o desao
de iicia a viagem Diae de cada ova propota fete à decisão de
criar e redigir um ovo eo, pene que, não por acaso, os criativos se
mantêm às votas com a trigate perguta "E e?
E se ao oar para a cortia qe balaça à mia fete, esa
sala eu trase daí a primeira imagem para a primeira ase do meu teo
sobre a Educação em paíse da perifeia? Quatas posibilidades essa
imagem caa e coriqeira me oferece?
Cotias abrem. Cort evelam. Cora sgerem. Cortias es
codem os que deeam e maer protegido pela omisão Coria blo
queam a etrada do ol. Corta mostram em motar e ecodem sem
escoder. Corias impedem o olha de ve aém Cortias ciam uma
barreia qe impede a visão de quem está do lado de ra Corta .
Talve, a última ase do eu eo, apareça algo sugerdo que,
com ela você fcha as cortias da sua reeão Um trabalo o qual
cada palava procurou arir a jaea qe apotam paa a gravidade do
ea da Edcação ão ditae e ão próimo Qe epera er aeo
ovas perspectivas sobre um assuo ue precisa de ovos ares. Sempre
embrado ue esa reovação eá uo ão mai de impe cortias
ereabea, mas de poras escacarada paredes demoida. Porque
omee elas poderão receber o ovo e eprgar o que tem cheiro de
mofo, racafado arás de grdes curricuares que ma aprisiom do
que lieam o epío d ova geaçõe Etc etc
RUBENS MACHIO
D ond saiu ssa idia rpntina para mim? Inspiração Nada
disso. Tdo de que prcis i da coragm de usar ma simples cor
tina adqadamnt sm qalqr sto, do sndo d rgência
para dar os rtoqs nas ns ivro q m prazo para votar à Edi
tora (Obrigado cortina da minha sala plos bons srviços prsados
a ss scriba.)
ESCRITA RATIVA
44
o que também paa ós pode ser uma supesa. "Realmente é quase de
cfa um enigma ou quase espear uma surpresa Eu não sei que flme
vai passar, estou olhando paa a tela e ão sei qual é o flme pogama
do stetizou Frnando Sabo.
A eação ao mpevsto s vees, pode se tadui numa efexão a
espeito do pape do escito Equanto ee esceve muita cosa lá fa
acontece E então existem duas possibiidades Na pimeia o escito
se pergunta se diate de ftos decisivos paa a históia da sua comunida
de, exigido respostas imediaas, ugetes, escever ão é uma atividade
que pode se cassicada como apenas "impotane e não essencial. Na
segunda o impvisto apaece como potado de uma deia uma fma
de ve, pensar e senti a eaidade paa que a sua sensibidade a fto
gaf e tansfme em paavas De um jeito ou de outo, o impevisto
desempeha um papel impotate na vida de quem esceve A cortna
da sala, com seu movimeno de vai e vem, pode ser algo impeviso su
geido um tema para o póximo abaho E, ovamnt seá sempe
uma questão de oha e ve As espostas estão po a, espeando pea
peguta que as evee.
Mas nem todo escto se dexa ata peo impevisto em seu tra
baho cativo. Muitos esistem, assumindo uma posta quase buo
crática equato pesa e edige Apoiam-se numa estutua prévia que
ão compota ateações. Cada um em o seu eito na hoa de ciar e
esceve. Democacia é isso
Auan ourado ea um caso assim. Avesso à ideia de impevisto
que segudo diia desempenha pouco o escior matiha quase
do sob contoe Douado lembrava que a ideia de que o personagem
pesegue o auto, como a peça Seis persona g e em buca de um auto,
era apenas uma brincadeia do Piadeo. Nada disso acotece de fto
poque o pesoagem não pesegue o autor o pesoagem do ran
delo é muito bem estutuado. Romaces bem estutuados agumen
tava com uma composção e aqutetura consistentes não admitem
impevistos. Igualmente não comunga com Lygia agundes Telles, que
aclama "o mpevsto o acaso, a loucua
RUBENS MACHIO
45
INCIDENT. UMA RESPOSTA DSFARÇAA
Um inidece pode ser visto omo algo que inomoda, por nos
tirar da segurança de um scipt fehado. Mas pode ser viso também
omo ago que onrbui om o nsso trabalho Ele nos oree a opor
tunidade de entrar em ontato om outros oneúdos desongelar a
nossa mente e enriqueer o que ainda pode iar melhor m nidente
pode ser anotado inrporado. Isso no enano só depende da nossa
disposição de perseguir w ato padrão de quaidade
Do senido iniial "adente so é "oorrer aonteer air so
bre, evento algo que aoee o signiiado da palavra mudou paa
«a1 go que aontee por aaso,
Inidente é o arro uja buzna aaba de soar no momento em
que esrevemos Mas pode ser o avião Ou algum que nos inerrom
pe om a pergunta sobre o que zer para o jantar É tudo o que a
nossa riaividade onsegue apar para inluir no rabalho em se
de prdução e torná-o ainda melho É ao que nada dsso aonee
para enriqueer o seu trabalho Mas ninguém dsse que voê não pode
se apropriar desses pequenos aonteimentos e tornar aida mehor a
sua produção iterra
O inidene em um pape muito imporante omo se vê Ao on
trrio o exeso de uide sgni pergo para o riador que aos pou
cos se toa previsíve prnt para morrer O otidiano quer enonrar
o seu espaço no proesso de riação Tudo de que preisamos é nos
permir essa nterferênia sempre bemvnda, que por vees nvade o
texo e nos surpreende
Perguntado sobre quando os nidenes omeçam a tmar rma
Georges Simenon respondeu que na véspera do primeiro dia ele sabia o
que a aonteer no primeiro aptulo. Da dia após da aptulo após
aptulo desobria o que vinha em seguida Depois de niado um ro
mane esrevia um aptuo por dia sem nuna perder um dia Como
era um srço vioeno segundo ee omprometia-se a seguir o ritmo
d romane E oluiu airmand que se por exempl ava doente
durante 48 horas tinha que jogar ra os aptulos anerioes E nuna
reoava àquele rmane.
ESCRITA RATIVA
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O incdente tempera, coloca sal para reaçar o sabor de uma deia.
Ee é o inesperado que o universo envia para armaza o texto em se
de prepaação Nã pode ser desperdiçado
Prém ele nã sala sobre a mesa O incidente apenas acontece
Sem hra marcada nem ca previamente estaeecdo É nossa tare
mante as antenas funcionando Capa to nv A buina que per
fura o ar. O coro da crança que acorda A música que está apenas de
passagem Quaquer coisa Tud o que se pde ver ouvi sentr e chega
de repente. Como fez um diretr de V enquano gavava cmercial
estrelado por um gaoto que na ora da sua la pronuncou que não
esava no script- "geladêra Esse erro manido na versão nal como se
ivesse sido pevisto contrbuiu para atrair a atençã do teespectador
vende mas e de quera taer pêmios para a agência de prpaganda.
Resumind: hos e uvidos aentos bc de ntas u quaquer
ouro recuso pr per e na mene a pergunta que identca s cra
ivos Pr que não? Eis o mehor caminho para colocar o unveso a
serviço da criaçã.
ESTÍMULO E PRTXO.
RUBENS MACHIO
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meio rodo o tabalho, depois a jusicaiva. Que deliciosa loucua é o
ocio sagado de escee com ibedade!
Como quase sempe aconece, as soluções ciaivas ue pocu
amos uando apaecem chegam da maneia e nos momenos mais
inespeados às vezes inadeuados mesmo. É ue enuano zemos as
coisas coiueias que peenchem nossos dias o subconsciene coni
nua abalhando na busca po uma esposa paa a nossa peguna sobe
o ue e como esceve
Às vezes, um livo nasce de um peueno episódio. Mas o esúulo
ambém pode se enconado no pópio escio em sua viência diá
ia mais do ue em evenos exeioes.
Do lado de a eles podem vi das leiuas ue faemos. Não ao,
os omances hisóicos sugem a pai da leia de ios de hisóia,
e os de cção cieníica a pai da leiua de obas cienícas A mi
ologia i um campo de inspiação paa Rubén Daío e a eiua dos
cássicos da Aiguidade paa Anaole Fance
Ganha dinheio é bom ue se diga, não é, em deniivo um dos
mehoes esímuos paa esceve
Esímuos e peeos esão nossa ene e ao nosso edo o empo
odo. Basa e olhos e sensibüidade paa capá-os. Dosoievski po eem
po ceveu Cme cti g o a pai de uma peuena noícia de jonal, ue
dispaou sua imaginaão em cima do o e o levou a cia uma obapima.
Auan Douado lembase de uma ideia sbia: ele ia pelo Lago
da Caioca, no Rio de Janeio quando he veio uma ase ue ee inha
lido na An , de Sócles: "Pecisamos enea os nossos moos
A pai desa ase nasceu oda a ideia da Ó pra ds mrts.
Esímuo é maéiapima abundane. Tudo de ue oc pecisa é
esa igado: um diálogo uma imagem, uma paava uma co ualue
coisa pode dispaa uma ideia paa esceve.
ESCRITA RATIVA
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que nos mpediria de aiscar uma ova saída? E quanto à desaprovação e
ao acasso Como eta odos sses temors Paa reduzr esss di
s e gahar oaça, pea smp screvr sob assuos que sjam
do seu isse, que o procupa são coecidos por você.
Boa parte das grads descobtas m dres áras acote
cam po causa d um ro. Pna qu o medo d rra ta maado
atos aletos "A cosa mais mportae que o Coseo Nacioal das
Ats pode faz é da à me ciadoa o deo de ar. É apeas por
mo do acasso e da expemetação qu apdemos e cscemos,
diss o vioiista Isaac Stern, quado pestava depomeo a uma co
mssão da Câmaa dos Dputados
Assm para ncotar ovos caminos poduz algo evae,
esea prdsposto a aadoa agos peceos queba paradigmas,
pensa ivmete
Mesmo quado uma idea parecer eatate boa, ão se apaixo
e por a. A paixão ira a bdade impde a vsão apisoa Uma vez
apaxoado abadoá-a pac uma ta quas mpossvel E uma gra
de ideia, aquea que sov de to o pobma, pod s uo do abando
o d muias deias que ão sigicaam a gaatia d souções adequadas
A esse espito o escto ead MaJamud em um rcado spe
cial. Experee a ate d caça deas, ee ecomenda a at de esiar
a si própio a rabaa com a ictza
Maamud erse à asiedade que oma cota de mutos esci
oes quado vão começa ou teta ago ovo usca exempo m
Matsse cama a ateção para o to de que até mesmo um aisa
dssa staura piou quados com asiedade, quado do íco do
vismo movmto d vaguada do comço do sculo X.
Ess pobma acabou se rvelado soucioado Tudo idica que
isso pod o ajudado a simplca o tabalo. Só nos sta pguta:
por que ão apedr com qum já tou paa a stóia como um
grad taento, seguido suas pgadas
Portao Cora iscos 'Ouse r, emda a sctora roti
isa Eudora W c ao ama qu as pssoas aastam po a uma sacoa
d medos Es prcsam se descatados, atiados ao vto, s espam
decoa o pocesso de escvr
RUBENS MACHIO
49
AGORA VOCÊ É O ROTEIISTA
ESCRITA RATIVA
50
bem-humorado de lar sobre coisas sérias e não raro endonhas. Ape
sa de se rata
rata de uma bincadeira,
bincadeira, a póxima
póx ima seção levan
levanos
os mais api
damete à compreensão do poder da meára.
RUBENS MACHIO
51
nha e, o pior, não causa o impacto sucene para zer com c om que o leitor
se denha naquea págna.
Dane da pergunta "Qual é a metade de oito?, nossa tendência
natural é responder "uaro Matemaicamente correta, a concluso
nada ra de novo Logo não chama a anção nem se desaca na mul
idão de tanas
tana s infrmações
infrmações dsponíveis por odos os lados As respostas
seriam mais orignais se dsséssemos
ds séssemos coisas como "E "3 "O "m "w
"o to - o que mais
mais
Agora vamos ao truque Ele consse em primero mudar os ócu
los, aqueles cujas lentes nos desvam do convenconal e mostram o que
todos viram, mas ninguém enxergou Depois em frmular a pergunta
no plural Isso sempre cra o ambiene para o surgimeno da segunda
tercera, quarta
quarta resposas cetas com a maor natraidade Qua
a metade de oo
oo - perg
pergunt
untaa o cria
criativo
tivo
As resposas são por oda od a par e quer
querm
m vir à tona
tona Basa ape
ape
nas que aguém seja ousado e ineigene para zer as perguntas cer
as Por far nisso, recomendaríamos a taref que vem a seguir Você
aceita o desao
Aquecimento.
Aquecimento. Abra as
a s portas para a nova dea
ara far sobre o aquecimento vamos lançar mão da metáfra
Há sore nosso
nosso pescoço algo semelhane
sem elhane a um extraordinário com
putador Todo o avço da tecnologia anda não conseguiu produzir
nada parecido com o nosso cérebro ratase de um equipamento de
úlima geração, disposto a render muito mais se fr usado com maior
equênca e adquação
Nessa se do processo crativo, seu computador está muito bem
abastecdo com as mais difrenes inrmações. magine que eas esto
emplhadas em quantdade sufciente para as mais inustadas experi
ências udo de que precsamos agora
agora é criar condições fvoráveis para
que aconteça o cruamento dos dados acumulados pelo trabalo de
pesuisa É isso o que vai gerar combnações fra do comum e, con
sequentemente permitirá que enconremos respostas para o problema
que nos aormena
ESCRITA RATIVA
52
Na maioria das vezes,
vezes, uma grande ideia está escondida naquilo ue
muita gente pode er viso ms não enxego iso
i so é a segnda esposta
cera. Ea não pode icar escondida precisa ser evelada. Como?
Para ciitar o trabaho de encontrá-la pegue sua caixa de fera
mentas. Encontre á m instrumento chamado brainstormn também
conhecido como "tempestade de ideias Essa bincadeira séria consiste
em pensar com elementos disos e criar com elementos concretos.
Vamos trabalar com base no comenário de John Sculey expr expre
e
sidente da Apple Compuer paa quem não precisamos inventar nada
porque as coisas já estão á apenas esperando para seem descobertas
Tudo de que precisamos é sair e colher o que já existe.
RUBENS MACHIO
53
Mesmo aquelas que parecem mais mprováves e absurdas - mprováve,
absurdo novo nesperado, drente transrmador .. Como no slgan
crado por Fernando Pessoa para a CocaCola, "Prmero estranhas, de
pos entranhas. É só uma qestão de tempo e de olho para se dar coa
de que a proposta absurda pode razer consgo a resposta nelgene
No enanto se agmos apressadamene ou ntenscamos o natural teor
de censura, jogamos ra o que não se encaxa em nosso medatsmo
crônco. Mas uma vez sso será a morte.
Repetndo, a m de não comprometer a produtvdade, agente
o medo e o jugamento prévo que inbe e às vezes a mata. Mas do
que sso, não tenha receo de cometer erros Ao coráro, estmue e
encorae a combnação e o aprmoramento de deas incusve as que
parecem estúpdas É pouco provável que uma grande dea sobrevva
às ameaças da auocensura, uma das poes armas de destrução. Para
se munzar desses etos malgnos, relae e comece a brncar lteral
mente com as nrmações obtdas durante a sessão de brintormin.
O resultado va surpreender
Epermente pegar uma palavra ao acaso e pesar nas coisas mas
absurdas assocadas a ea. Force conexes nesperadas Relacone suas
deas Envovase nesse trabaho de fecundação e desute da beleza
do que vrá pea ene se você se dspuser a cudar elmnar os resquí
cos trazdos do útero na hoa do parto. É assm quando se dá à luz
uma dea
Retomando: para nduzr o parto soe o assunto sobre o qua
desea reetr. Depos ça uma batera de perguntas a cada etapa do
trabaho ou tema: o quê? quem? como? quando? onde? por
quê?- usar de manera nova? - adaptar? - amplar? - adcionar? - mul
tplcar? reduzr? dmnur? dvdr? emnar? substtur? re
arranjar? nverter? combnar? dexar como está? E tavez as duas
mas mportates e decsvas: e se? por que não? Por m epermen
te assocar duas perguntas. Ago como O que dvdr?. E então veja
quantas deas novas aparecerão
Depos de Alex Osborn autor do á ctado poder crdor d
mn, ouro gêno ensnounos um camnho mas curto Estou f-
lando do cneasta Ingmar Bergman que disse: Eu omo todas as
ESCRITA RATIVA
54
minhas decisões baseado em mia intuição. E jogo um dado na
escuidão - isso é itição Depois, mado um exécito recupea o
dado isso é itelecto"
Simples e dieo, paa qem pesta atenção o oeio vale po m
cso de ciatividade. Em meu tabao como cilitado teo viso
pessoas coms obteem exceetes esltados ciativos com a tcica
sgeida po Begma
Ifelimete ossa culta os esio e os z cultiva um pe
sameo altamee desivo paa a criatividade. Fomos acostmados
com a ideia de que se algo é simpes, ão merece respeito
Talve o compotamento sea to de ma mação eigiosa
distocida Apedemos qe só o que obtido pelo camio do so
imeto pode e algm vao. Paa compova a suspeita ete ma
igea e obseve o compotamento das pessoas Va como as images
alusivas a Jess cucicado, com ma cooa cuos espios atigem a
alma coqistam muito mais ateção do qe as de Jess essscitado e
glorioso Que gade cotadição!
Esse paadigma é vesgo padece de miopia cônica e tem sido o
picipal motivo paa qe uma lição como essa deixada peo cieasta
passe despecebida. Logo pecisa ser corigido.
aa avaliar o potecial cotido as palavas vamos imagia ma
situação como se ela sse ea Pesemos uma pessoa que em como
tae esceve m atigo o coisa paecida sem um ea pedenido
Nosso pesoagem está tomado o ca da maã Enquanto se
alimeta pesa e preocpase com o tabaho a se desevolvido Se
maio pobema a lta de ideias Ele ão sabe po ode começa m
texto que ão pode espera Deixar por cota da ispiação? Nem pe
sa Aal ele um escitor, ão m aveteio qualque
Apesa da aide ele sabe que seus oos estão equipados com
as letes da ciatividade Po acaso, vê passeado sobe a mesa ma
miga Com esço ela tenta carega ma casqiha de pão
A caga maio do que pode traspoa Mas o iseto ão desis
te ai evatase teta colocase novamente a camiho Repete
a opeação antas vees qatas em ecessáias O impotate
abastecer o migueio
RUBENS MACHIO
55
O to é corriqueiro, menos paa o nosso personagem, acos
umado ao jogo da ciatividad. El obsrva tudo d ong, n
um go d ie uma mordida no pão comça a reetir sobr o
problma do aimnto no mundo O nqu ainda abrngn
vago mas epresena uma pisa um pono d parida, o neessáro
para comçar.
Passa-h pla cabça o xrmo srço dspndido po rspon
sáve pla aimnação da míia Vê na rmig a magm do rabaa
dor, assumindo aes gramene acima de suas possiblidades
Ao mmo mpo h vm à mnt o problma do transpor d
alimenos Lemrase de como não estem meios sucientes para des
ocar tudo o q s produz e q na sua san s ncona uma rpo
agem sobre produors capazes de ncndir tonadas d amentos,
ainda qe endo a consciênci de qu mhares d pessoas no msmo
pas, comem o q somente os pocos aceiam como refeção
Amplia o pobma chga à ára nrnacional. Envovs com a
magem d pases supeaasecidos por tcnoogia, mas sem amentos,
e vicversa, ambos sem possibidads de mudar o cnário E connua
rexão ensiando possvis souções
Pnsa nisso imagna mas alguma coisa quando s dá cona, á
em na cabeça o projeo sucien pra produzr não um arigo mas
um ivro Bas apns organiar as ideias e eváas para o papl É cil
quando astamos o jui rpessor, ibermos o artista vcinado conra
auocnsura nos prmiimos ci não?
Apenas como execício num eo sem maiores prensões z a
msma xprência do nosso prsonagm dixando a cabça prco
r ouos cminos. O insto q srviu como m i o msmo do
exmpo E ea i reveadora
Sobre frmigas e moscas
A r , r N r
s r
, r v
, r v
r r r o
ESCRITA RATIVA
56
seu tamanho microscópico e da ausência completa de lvre arbítrio,
sene que em algo a reaizar. Est nã realizou. Teve sua rajetória
massacrada, assim cmo massacrados sã antos proetos no mun·
do dos viventes
Oio isso lembro que não tenho por que assumr a auoria desse
crme - em coisas que a gene não sa alardeando nem mesmo em
pape de rascunho, apenas cumpre a are de testemunha ocuar e
narra os os a quem neressar possa
Anal, tenho um nome e uma repuação a zear e devo ao mens,
sugerir que a minha ilibada nunca use caixa 2 nem z mal a
uma mosca seue
mém m diri m r rini: rir m l
léd m á qlq l q s s "
r d r mi r m s rs Di
m dnr sr al red ls dis q, r esrm sts
im s rl É ns m ml, ilsri d n
r nd s d iniir m d m r m lvr lz
E por flar em roupa.
Tenho em meu armrio um número considerve de roupas ama
cadas pelo tempo São peças que acohem muio bem corpo em
posiço de descansar u uando o rabalho prossonal ser
desenvovido em casa como de costLe depois da chegada do
cnceit de home ofce, usad por prossionas independenes
A ideia d executar no própro domiclo o que seria fe no escri
tóio depois de uma longa viagem atravs do trânsito enluquece
dor da maior cidade da Amrica do Sul realmene mas conr·
tvel econômica. Elógica Sensata. Uma prtica saudvel, que
bem poderia ser acessvel a odos
Para repor as energias um bom prato de roupa velha iguaria
Made in Mnas Geras e cm presença marcane em Sã au
lo sm senhor A receita esava escondda numa pgina qualquer
da minha antiga enciclopdia Dlta Larousse. Eu a encontrei por
acaso, num dos meus passeios notos e de insôna em busca e
ideias ureca!
Feio com sobras de cae seca ou similar desada regada com
cebola e temperos verdes ee servido com rinha de mandioa.
não dexa dvidas quan ao de que enrega o que prmete
RUBENS MACHIO
57
almena e á praer. Mas aina nesses as em qe o sol já á sinal
de que va sar em féas.
Roa saa e maca "Roua eh' Uma pa que á conro
à ama e regoa o orpo.
Com lena, ego a hora a mnha sesa Voto já, ua.
ESCRITA RATIVA
58
Paa escreve com criatividade, é pecso m inenso invesmento
no desenvolvmento da écnic po meio do tbalho duo qe inc
pesqsa e esceve. Esceve mio Reesceve muio mis E do isso
exige disciplna oque esceve é nes de do um ofcio qe não
pode depende da inspiação paa se ealiado. Senão ene imagina
m conist vincado a uma míd por um conato de bho n
fmando-a de qe nes semana não enegrá se exo poque fcou
sem inspição pr ciáo A popósio disso o escto Luis Fenando
Vessmo, counst consagado, afma: "Min musa inspiadoa é
meu pzo de entega
Enre os pofssionais da escta que evam o rabaho a sério a ido
laia da inspação em sido exocizada Em vez de fca esperando po
ea, o escior Wiiam akner não economiava pavas paa deixa
cao qe segia na contamão do qe costma se ma caactestica de
pincipianes De pincipianes, ee disse
Menos oeane qe Savnsky ane insisia acima de qa
quer cos no vaor da expeiência da obsevação e da maginação
Cegava mesmo a fca indignado com essa convesa moe e afmava
nda sabe a espeio de nspação: já ina ovido sobe ea mas
nnc a ina viso asseveo
Mas aue não é o único membo dess galeria que bomina
ais cendices e em ceeza de que só o abaho áduo prod esu
ados Coocndo a inspição em seu devido ga o auo Somese
Magham nos advete paa o fto de qe nenm escio pofssona
pode dse ao luxo de escrever só qando em vonde Segundo ee
espea aé esta disposo, aé esa inspiado, é sinônimo de espera
indefnidmene Maugham lembav qe o escito pofssion cri
a disposção Clao qe ambém em sa nspirção mas conoa-a e
domina. Dene oas eges de tbaho
O pensmento de Isac Bashevis Snger sege mesm dieção
Se pondo neesse por rtus e supesições ea visvel. Nem po
isso deixava de proesr cona o cosme de msifc a inspiação
Diza acedi sm em milges em ods s áes d vda Menos na
lieaua onde inh ceea de que a únic saída é o rabho dro
E compeva iônico Não é possível esceve m bo hisói
RUBENS MACHIO
59
carregando um pé de coelho no bolso". Um bloco de noas produz
lhor resulado
Por , Jean Coteau reage de maneira mais vigorosa e onun
dene arriscando um rocadilo com jeio de deboche Recusando-se a
se esender a respeio do ea sua resposa é axaiva: Não é inspira
çao; ep1raçao
, . ,
ESCRITA RATIVA
o bastae, treinar mas u pouco - essa empreiada só ermina com a
more. E é preciso esta muio inspirado para compra ea briga.
Bem se não é na nspiação que esá nossa segurança vamos
buscáa ns écncs Ese recurso nda em de mísico com a vana
gem de ser inniamene mais eca
A pimeira écnica simpes é ler teos cidos po prossionais
que auam no mesmo ramo que você ou escolheram m gênero ie
rário dênico ao seu: popagand cônic ensio etc. Vamos ima
ginar aguém que precise escrever um núncio de vrjo Um bom
começo seria a eiura do maior número de anúncios vareisas pu
blicados em onais Isso o levara a assimar o eião pouco discreto
dessas peças de comuncação Suponhamos que essa pessoa enha a
tare de eigr m anúnco classicado O caminho é o mesmo:
adoa como refeênca a nspração dos ouros; iso é er uma séie
de anúncios classcados e aprender a lngugem elegáca que eles
usm como ninguém.
Como se poe ver além e simpes a rega é democáica e ve
para oos os casos. sso nos eimua a dar uma sugesão práca co
ecione os exos que já provarm ar eslados Leaos qunas vees
pude. Depos transcrevaos aé paecer que ram escitos por você.
Pee o que este e melhor em caa um acrescene su personadde
e esio e produa algo inda supeio De quebra que com a auoga
ticação sempe bemvina de ter mehorao ago que á esava bom.
RUBENS MACHIO
Agora chegou a sua ve. Veja mais estes exemplos. Você se ideni
ca com algum dees? Descubra as circunstâncas que mas esmuam a
geação de deias, de acordo com cada pessoa:
ESCRITA RATIVA
Numa atitde provocativa, ca escrevendo bobagens de propósito,
é qe o ubcociete eov inevr como e eivee dizendo:
"Tudo bm, s idio, deixe-me arruma isso, ocli.
Comdo a ide de qe net proão ão extem verdde
asola, Gore Vida! vai a direção cotrára E gaa uca ter
ido um boquo como critor Ants de começr a coocr as idei o
pp, tomv m cfé. Aí ms vm me ecoo, diia
Não apontva lápi em nda pecido M que empr lia
durte uma ou das hors Vid! disse que a isso para lmpa a
mee Reutv em começr trablhr e adotav o mesmo com·
pormo qundo chegava a hora d paar. Cosderva q o mis
ineressant na tre de escrever era observa como o o apaga o
empo. Par o escrto, esa itações, ra como e três hora pae
cesem r miutos E havi ainda segudo ele o eemento supe
a. A ae qe o a mete mud qado parece n págia Então
Vid começv a cutucáa com a cnea, descobrindo novo signi·
cado. À vees ca na grgahada ao v o qe acoeci enquo
orcia e terv as etença. Negócio croso coniderado tudo
Nuca se chega ao m. É por so que cotio, ponho. Pa ve o
que serao as prox1mas entenças qe eu ecrevere.
, I • • )
RUBENS MACHIO
Miller aceditava que existe um trenamento especial que o escitor
pode busca. Mas pergutava, desolado "quem o pocura? Afmava
que de um jeito ou de ouro querendo ou ão odo atisa se prepaa
de alguma rma
Sem mecioar a palava incubação, cotava que a maor parte
de do o que é escrto acotece primeiro longe da máquina de escre
ve e da escrvaiha Esava covencido de que uma obra começa
a se escrever os momentos calmos e silenciosos, quando está cami
hado zedo a barba ou jogado uma partida ou seja o que r
Ou até mesmo conversando com alguém por quem ão se ameta
enhum inteesse via Enquato esamos trabalhado a mente está
rabahado o problema que está em nosso íntimo, acresceta "As
sim quado vamos para a máquia de escrever é apeas uma questão
de transferência coclu
O que você ai ver agora é uma das eramentas que podem am
pliar a eciência do bnstorming. A técica é nteressate e consiste
em relacoa uma embaixo da outra as palavas-chave que com
põem o problema Depos "costurase cada palavra, rmado ases
aeatóras Assim:
HOME
ÁRVORE
LOBO
ÁGUA
ESCRITA RATIVA
64
olharmos para os problemas que povoam a área de atvdade em
que nos ncontramos. Não importam as crcunstâncas dsd qu
assm o perm amos, m odos os casos a "costura de deas revelará
o surprndnt
Apov ess cma de experêca e tabahe com algum poble
ma ra, aqul qu dv sr rsovdo "aé otm.
Por meo da "costura de deas palavras descoexas gaham o
vos stdos, dsham staçõs ispradas trazm rspostas.
RUBENS MACHIO
G5
rato, que escreveu o clássico Roteiro: arte e técnica de escever pa
cinema e eleião. Segundo ele, "Exstem seis campos ond provavel
mente encontraremos uma idea, a saber: Idea seleconada - dea
verbalizada Ideia lda (r fee) dea ransrmada dea soici
tada Ideia pesqusada.
Ora se as deias são como aves camufadas entre as flhas do
problema alguns momentos são mas propícos para encontráas
Por exemplo
ESCRITA RATIVA
A receita vem povando su poencial até nas mos de prossionais
já conagrado. Veja sta xpincia d Robto Mnna Barto, publi
ctáio auo de váos livos soe o assuo dene les Cativdade
em propagan, do qua xtraímos st cho:
RUBENS MACHIO
Elaboração. A ideia toma corpo
Recém-nascida a resposta precisa omar corpo, concetizarse
num nível de detalhes mais laborado. Anal a melho ideia, quando
não ealiada não é mas qe um sonho É po isso que um grande pro·
jeto só ganha importância quado sai de nossa mente e vai para o pape
o em outros casos quando se tansrma em obra viaduto hospita
escola etc. mas isso á é outa históia
A ideia i encontada está a como matéria bruta Agora ela pre
cisa ser apidada, ganhar ma. Para ser consumida e proporcionar os
esultados a que se propõe deve adequarse a ma inguagem que sea
entendida pelas pessoas às quais se dirige. Isso signica escrever efetiva
mene e a elaboração nal daqee pensameno
Votemos ao ema do erço e da discplna - é peciso trabalhar
duro se deseamos um esultado consistente construdo a parti da ideia
enconrada. Para isso, vamos conversar com escriores experientes paa
saber como lidavam com essas palavrinhas capazes de causar arrepios até
em bocos de mármore
O pimei a ser ouvido é William Faukner Segundo ele o escior
não deve te piedade tendo olhos apenas para sua are Se r um bom
escrior, declara não terá benevolência, amais permiirá qe algo o desvie
do seu co: ciar e escever alkne acrescenta que o escritor em m
sonho. E isso o angusia de tl rma qe a única coisa que desea é ivra
se dele Enqao não az isso ão sabe o qe é ter paz Tudo o mais
ca em segundo plano "honra, orgulho, decncia segurança feicidade
tdo, para qe o livro sea escrito Se um escrito tiver de roubar sa mãe
não hesitará concli O perodo de eaboação tem apelos e exgências
Outro conseo aparentemente impopua é de Albert Colingnon
Em A lgão s let, ele assme uma postura que, pelo nesperado
pode casa repusa
Q vr v v .
a v v v v
, á r Q
al a v v
r sa vr
r .
ESCRITA RATIVA
Emboa menos radicais, vale a pea le os próxmos depoimentos.
Maiane Moore consideada por alguns a muhe mais impor
tae da itatua norte-ameicana modea, advete para o o de qu
um escrito é injusto consigo msmo quado não consgue se rigoroso
om su tabalho.
Parece qu há um cosenso em reação ao caminho que eva à
podução de textos denitivos Vja o qu pesava Enest Hemngway
pêmio Nob de Liteatua sob o qu sria o mhor trio tc
tua para o aspiant a escrto:
RUBENS MACHIO
Nesa se, a idea é colocada numa psta de prova. O que deseja
mos é raá-a com o mesmo padrão de exgênca que serve de parâme
ro para esar um caro cujo prmero eemplar acaba de se monado.
Tlve enhamos esco dos exos diferenes ou város íuos paa
o mes eo. Sobre qua eaá a esola? em sempre é fcl omar
essa decsão mas este é o momeno em que alguém deverá decdir
O que cona é vercar a consisênca da mensagem e a capacdade
de transmir aqulo a que se propõe
• ao púbco cero
• da manera cera;
• no momento cero;
• no lugar cero;
• pelo movo cero
• ando com precsão sobre o ema proposo
ESCRITA RATIVA
70
Uma vez tendo econtrado a solução criativa, é preciso aplicá-la
ninguém recebe o Prêmio Nobe por er uma ideia nova, mas sim por
esála e provar que ela niona. Caso ontário, omee udo de novo
Reome a are de idenifcar o problema, prepararse, deiáo incubar e
assim por diante, aé chegar ao resuado satisfório.
Aprovação obida, inensifque o papel de guerreiro personagem
que enra logo após o juiz Traalhe para ue a ideia sea ambém ado
ada na práica
Voê oncuiu a primeira pare de odo o rabalho. udo o que
em a fzer é ransfrmar esse enconro em exo que prenda a aenção
do leior e leve a resulados, não impora o que isso signia para você:
vender, emocionar ensinar, mudar comportamentos, divertir e vai por
aí ara as possibiidades são ilimiadas e convém saber eaamene
aonde se pretende chegar com a mensagem a ser escrita
RUBENS MACHIO
71
Redação.
TRANSFORMAR IDEAS
CRIAIVAS EM
EXTOS EFICIENTES.
O ARESANATO DO TEXO
REVELA O ESCRITOR
72
ão existe uma fórmula
N mágica à disposição de
qum ptene toa
se escri o Basta esrç e disci
plina. A disciplina é undamnta.
Muitos que desstem estão apenas
sndo vítima da indiscipina, ainda
qe tenham todo taento do mun
d Maamud ecmenda: "Escreva
complete vise. Se não nciona
cmece outa cosa Tavez a disci
plina sja m tud mnt que
decide o ogo. Po isso cmece por
stabcer uma tina Dna um
oráio para esceve e uto para
r sudar - d preência man
tendo a mesma hora do dia para
cada atividad Acomodese num
ugar bem ilumnado e veniado
Cmo estudioso eia romances
p mp paa apnde a técni
ca mais do que para se emocionar
Cta vez aguém quis sa
qu técnica o escito Wiliam
Faulkne mpgava paa scrver
73
El rpodu:
Dexe que escit se eiqe à ciugia à aenaia, se a técn
ca inteessa. Nã há m jeit mecânic e esceve nenhm ata
h Um esci n seia m lc se segsse ma tea Dee
aene cm ses óis es; as essas só aenem ean
O bm atista aceita qe ningém é bm bastane aa lhe
cnshs Pssi sema aiae Nã imta qan amie
elh escit, ee qe seá-
Quado or lu pa T S El l tu
ud r o pro d rr o u mth r
mu du o plç:
ae a máqina ma ba ate e minha na a, velho es-
tadita, a a áis mui tscamente. Deis atigaeia e
mesm, aes qe minha mlhe cmeasse a tabaha nea A
atiga e mesm, ateaões mtas Mas seja a mã
a máqina quan cmnh a gma csa e fôeg ma ea
eem, iss signica aa mim m há egla igams
as ez à ma. Descbi qe ês has ia é mais mens
qe cnsig e em tems e ciaã Pss eisa qem sabe
mais ae Às es e sentia ntae e cntina mas qan
haa a cisa n ia segine, qe e escea es e tm
naas as tês has nnca ea satisói. É mit melh aa e
nsa m alma cisa cmtamen iente
Err d ur um mm p d o
púlo poondo nl do d dr um da S u
um d d p pro mp pr r d
dl u mp um o Ca oo orr o ro d lr
mu dr pu O puí o
Er d or p da u o
ol d u dm d o lum.
da m prtn do u apd om um o da maa
u hom pru d uldo u uldo!
Am m md d rd mpr horo omo
u d propd ord d ud u pudrm
ESCRITA RATIVA
74
para ransmiir aida melhor as nossas deias. Como vem sendo mosra
do, é isso que dá a ôni dese livro e o orna direne
A fórmula segue quao eapas a conquisa do eor:
• obr a Atenção;
• atrair o Iners,
• desperar o Do;
• levar à Ação.
RUBENS MACHIO
75
esto mina deerminação e me impediu e merglhar em ago om o
qua eu não esava suiencemne ompometido
Tmém nesse aso, ogem não signa no ter medo. Ela é a
deisão de possegui assim mesmo. Pense n eompensa que voê que
alança quando spea ses medos
Em Ofcna de escritoes, Stephen Ko nos oee m reao ine-
resse e enoaado:
À vz u v v ió
á [...] vv
i nv "N V vu
v v ó i z v v
i v v b i
vi v, i i.
i vi e r v i
i vi i vi iz v v
z
i já
ii a iv vi
i.
ESCRITA RATIVA
76
Escrevia como se sse cada um deles compondo um novo texto. Passou
muto empo zendo esse execcio, que segudo e i um empo
investdo com grande proveito Frequentando o ago gnáso sempre
lia muito Na hoa de escever imtava os autores que ia e de quem
gostava Até sugi a opotundade de pubicar alguma cosa
Vadimi Nabokov questionava a prática o enato Esbravejava
insiuando ue ais escritoes eram consderados de segunda categoria.
Para Nabokov ees dão a impressão de serem versáteis só porue imi·
am tatos ouos, desde os atgos até os contempoâneos. A origai
dade arstca segundo ee em somee a si mesma para imitar
Ter a coagem ecessáia para se expressa a seu modo e ao meo
empo procura orietação para zê-o parece um tato contaditóro
paradoxa Mas apenas outo eito de econrar o próprio estio.
Imtação como aavaca: sso tcica Imitação como ma de
descobr que pagiar mas fáci do que pesar, ciar escrever e editar
isso atitico pode razer cosequêcas pouco agradáveis
e
RUBENS MACHIO
O escrtor é alguém que domina uma écnica. Mas ela, em si mes
ma, se absoluizada, eva à eza Isso aconece quando, para o autor,
suas deias são mais impoanes do que ualque coisa. Inclusve, mais
do qu o eto, paa quem escreve
Porano, se para o escrtor a técnica se oou uma segunda naure
a, porque nada ria sem ela, não é menos verdade que o domínio pleno
desse recurso não o dispensa do compromisso de usar a alma, a m de
que a écnica não se orne ia Senimeno, si1, para não maar a obra
Senmenalismo rçado, isso nunc, para não car na peguice asera
E quanto ao eslo? Ficção de quaidade comove pelo que aconece,
jaais pea choradeira Isso equvale a dier que o que cona é o esilo,
quando ele é colocado a serviço do maerial apresenado, e não oura coi
sa. Tenha algo a die, es a primera regra para se chega a m bom esilo
Oua quesão se apresenta: escever é uo de uma suposa pre
desinação lierária Não ceio redesinação é algo muio re. Ao
conário sou mais propenso a acrediar que somos levados por c
cunsâncas acidenais, às vezes pelo prmeio êxto obdo no trabaho
de ece com as palavras
ambém não se raa de neuose O pocsso em mais a ver com cer
a abildade de enxega cosas e desear transrmá-as em paavras para
que ouros paricipem desses encontros nem sempre planeados aase do
exerco de deixr um pouco a normalidade, fgir dos paadigmas, enxer
ga o que antos viram, mas não eergam, e dizr o que ninguém dsse
Uma prova está em Carlos Heior Cony, ue começou a escrever
devido a um poblema na la ee rocava o g pelo d. Um dia, chaeado
com esa siuação, pegou um pape e começou a escever com g, mos
rando que sabia escrever Esava nascendo um novo escrio
A vocação é obsessiva. "Comecei disse Kaherine Ae Poe, "sem
nada no mudo a não ser a paxão, o deseo qe me movia esoas com
essa motivação admiem a ideia de adesrameno inelecua A práica é
adoada quando o assuno é prepararse muo bem para o rabalho es
crever com adequação e lo é uma tare das mais diceis E o bom
escrior senese de tal rma desaado uando descobe sua vocação que
se vola ineirmene à busc da melho rma de eaizar seu rabaho
Ana, ele desea mane lá em cima o nível de exignca consigo mesmo
ESCRITA RATIVA
78
O escritor é movido por uma vocação, parece que não emos como
gir disso. Ninguém começa a escrever por acaso Assi, ee tem uma
moivação que o leva a se epressar por escrito - pouco mporta se sso
e causa angústia ou um prazer nenso Estamos ando de algo que
em agum momeno o escritor viu ouviu ou sentu, e que agora deseja
tomar a rma das palavras para chegar a outras pessoas Esse escrior
é você que agora se envove na eitura dese exto porque deseja rans
rmar em algo concreto o taeno lerário que se esconde á denro e
pede para vir à luz É de você e de udo o que pode zer que famos da
primeira à lima página dese livro
Assm o ato de escrever não deve produzir no escror a sensação
de erse transrmado numa espécie de deus ou coisa parecida, mas de
cumprir uma are para a qual eria sido desnado Com essa cons
cncia ele aende a uma vocação que o coloca em movimeno para
trabalhar com as palavras Nsso age como os escriores sagrados. Em
troca pela resposta convocação, experimena uma sensação de bem
esar pela are cumprida
No entanto, e ainda que pareça haver consenso, Georges Simenon
é conundene em seu depoimento que desmisca a aividade ao lem
brar que muios considera o escever uma prossão mas ee não acha
que sea. menon acreda que quem não necessia ser escrtor e dspõe
de meios para zer oura coisa deveria zer outra coisa. E conclui:
"Escrever não é uma prossão mas uma vocação para a nelicidade.
Não creio que um artista possa jamais ser i'.
Iniciarse na carreira de escrior não acontece por acaso. Pouco
impora o momeno em que alguém decide escrever Enconrar ideias
e ransrmálas em eto requer sempre muo trabalho uma discipli
na quase monásica. Observar. Ler Tabahar. O primeiro rascunho O
segundo O vigésmo quino. O mundo á de ra sienciado para que
o de dentro possa dizr sua palavra. O ecolhimeno Aiude eia de
discplina Mara Alce Barroso revela "Realmente eu mpressione mi
1ha míia com a minha capacidade de car horas e horas com a cabeça
meida nas págnas de um ivro. A quase obstinação e o desassossego
aé que aquela maériaprima amor agora transrmada em exto seja
publicada, enregue às mãos do etor seu verdadero e egíimo dono
RUBENS MACHIO
79
Nesse caso o taento não resolve tudo "O taleo é insignican
te, diss Jams Baldwn. El lmbra qu conhc muios facassados
taenosos Aém do taeno ontam também a discipna o amor a
sot, mas acma d tudo, a prsstência - conclui. Todo tanto sá
desperdiçado se não fr preservado e frtaecdo pea quase obsessão
sso que também atende peo nome de vocação. O que conta não é tanto
a abidad de screvr mas a nsistência em fzêo Bons esciores
têm uma compulsão E a su modo você também pecisa tr a sua.
vez pareça um tanto nesperado mas o prazer da escita pode
não estar nela mesma Ele pode ser encontrado no processo mais preci
samente na senda etapa do trabao o momento da revisão Poque
é aí que o escrtor se coloca como artesão da paava entrando com ea
num corpo a corpo uma uta que sugere a prática do ao sxua, de
onde vai nascer a oba iteráia na sua meor frma.
Existe o prar, sm Mas tem o lado do trabao Em gral o
escrito começa porque em eito para escrever E temina porque não
tm eio de parar isso é equent O prar d scver stá mais no
trabalo de reescrever o materia não exste escitor mas reescror
Passou baido? Então ecomndo que volt atrás e reeia: não existe
escor, mas eesco.
O escritor tem praer em escever fancamente o que pensa sem
censura e, meor ainda sem auocensura o carrasco que inbe a criati
vidade Podr dxars nvolvr pea sdução do dsconcido ntão
escreve para fcar sabendo Isso é praeroso
Numa oura vsão do procsso, á qum diga qu só o prar pro
porconado pelo ao sexual é compaáve à atividade literára Ou seja
er e screve só vae por pazer embora a escita exia muito mais empe
no Para ter uma ideia da ntensidade com que aguns autores tratam
o ato de escrver eia o que disse Lêdo vo Prazer só comparáve ao
sexua Só ê só screve por praer Para Fernando Sabino escrever
é uma priência que não raro lva ao orgasmo ao praer fsico e o
estmuo que va a sso é um ato de amor nada compaado às dores
de um parto como desam aguns E ee continua afrmando que a
elaboração é um ato de amor é a concepção E essa concepção segundo
le é uma questão d discipina.
ESCRITA RATIVA
80
No mmeto em que ea atinge sa aturação, o ivo em, a coisa
cmeça e a gente se spõe bota-se no estao e eso e quem
i rabahar. Eão oê se transrma nm erái tem hras de
trabalho tem de arrma sua ida e maneira qe naa conlite e
tem de se organizar metocamente ara que seu tabah chege a
m estao; esse traaho passa a se tabaho d homem
RUBENS MACHIO
81
é uto de um serviço bem-ito, de enregar mais do que pensamos
pr que o leico sincse reompensdo po invesir seu empo dine
da noss produão ieára.
De onde pode sugir um grande hsóri? De uma simples se
nsisente nasida de um impulso orignado de alguma emoço cvez
v ou enusismo
Uma imgem mencal i o suiene para inia a oba de William
Fulker. "A imgem e dos ndilhos enlmedos d linh de um
menina pequen tepada numa peeira de onde ela podi ver por uma
jnel o lol onde esv se relizndo o nerl de su vó e desever
o que escav oneendo aos seus rmãos no hão emaixo. Faulkner
nos lemb que quando expliou quem eles erm o que esvm fen
do e omo as suas ças hviam se sudo de ma peebeu que ser
mpossíve olo tudo quilo num onto e que eri que ser um lvro
E eu me dei ona do simbolismo das ls suas de ea e ess
mgem i subsiud pe d menin sem pa nem mãe desendo pelo
ano da alha pra esapar do únio lar que possua no qul nun lhe
hvim dado amo o ou ompeensão ele ont.
Iniiar oninu sendo o gnde desao de quem se olo din
e d lha de papel em brano ou do bilho da ela do omputador.
Tudo pode omear por usa de um leiur do deseo de ntsir.
Faando soe a maneia omo omeou a eseve van Ângeo revela
que endo ele ha que i enado a onr mbém quelas hisórias
náss e omeçou a esrever
O exo pode surgir depois de um espéie de rmigmeno de
pressenimeno da história que vai ser esit omo nara sk inesen.
Ou de um pulsaão omo Nabokov desreveu
O omeço esá muico mais na denião de um cea. Mas heg
um momeno em tod pesquis em que é peiso omeç dese
nhar o eo. Não há omo adar. depois de iniir devese oninur
até que ods as possibiiddes esejam esgoadas Par sair d lergi
solução esá em dar os prmeios passos vagarosos emoa deididos.
Philip Roh dizi que equenemene inh de esreve em pági
nas ou mais nces de onseguir um prágr que ivesse vd. udo
bem dgo mim mesmo esse é o inio omee por ; esse é o primei
ESCRITA RATIVA
82
ro parágra do livro". Ao longo dos primeiros seis meses de trabaho,
Roh subliava em vermeo agumas ses parágras, às vees ap
as um agmeto de ase que tivesse aguma vida Depois trascrevia
tudo uma pága par
Um dos maiores, seão o maior iimigo do pricipiae, é a fta
de coaça Com o empo o probema dimiui Mas ão desaparece
toamete Os proessores d edação criativa dizem aos auos que
escrevam sobre o que cohecem Mas como saer o qe você cohece
aes de escrever? Escrever, porato, é saber Saber e coar
Para muitos o problema é a a de tempo Soução: arrae em
po Iso é essecia
esse cia Todo escrito,
escrito, mesmo os mais mosos e produivos,
lutam a vida ieira a m de coseguir e preservar o empo para escre
ver. Descoero o empo qu procura, ão se permia
permia mos do que er
o mais dici: a primeira versão, que ceramee será cheia de aresas
desegoçada, cheia de buracos ec Mas ea sempre represea a vitória
de er dado o pri
primei
meiroro passo e cotar com algo para reescrever
reescrever mi ves
se ecessário
Primeiro, é preciso er audácia e coragem para começar Quado
pesamos quaas coisas aerrorizaes as pessoas são chamadas a er
todos os dias ao combaer icdios deder seus direios realiar
ciurgias o cérebro, dar u, dirigir a via expressa e avar jaeas de
arraha-céus, parece ívoo comodisa e presuçoso ar sobre escre
ver como um ao que requer coragem", embra Fracie rose, em Par
ler como um scrit.
É preciso er o deseo de escrever. Caso corário, srá impossve
ideticar o poo de parida e começar Não há ada para escrever.
udo o que voc precisa er é se sear em ee de sua máquia de
escrever e sagrar, embrou Eres Hemigway Mae o medo de ão
escrever uma obraprima Comece Se everedar por um corsseso
ou digressão
digressão vá aé o m, e deie para
para dar o poimeo a versão a.
E só há um
u m eio
eio de começar começado Quado? Já Agora
Além do empo sabese qe a maioria dos escriores vive o pro
bema de idar com eraves como ansiedade, o cesor intero que
z süeciar, as icerezas e o desao de ideicar uma ideia Sephe
Koch recomeda ão deiar que a asiedade e os emores o deteham
RUBENS MACHIO
83
E acresena que a maioria dos escriores, ainda qe alentosos e bem
suedidos passa grande pare da vida idando om o drama inerior
da onança. Segndo ele, o jeio é "ransrmar a pala poerena da
nereza e do medo no ouo pro da lareza e da onvição É are
para uma vda oda
Dominar a ansedade, eis o primeiro passo Mas é ndispensáve
saber er narraivas e desenvolver m méodo para ê-o. bando
ne esa ideia de qe voê nna vai erminar Esqeça as 400 páginas
e escreva apenas uma por dia Quando você conlir o rabalho cará
prondamene srpreso sgere John einbeck Koch Koc h sgere qe
voê esreva do modo mais ivre e rápido possíve Que joge do no
papel. Não pare para orrigir não reescreva nada anes de erminar.
Segndo ele Reescrever drane o proesso osuma ser ma desclpa
para nao prossegu
_ . "
ESCRITA RATIVA
84
parar logo de início o verbete mas breve, ceramente a letra Z, a parte
qu xigss mnos trabalho mnos tmpo da quip. Ora cocluir
esse verbete lhes dara a sensação de que algo cou pronto e disposição
para prosseir Imagine se tessem iniciado pea etra A! ssim como
a equipe que laborou o compeete diconro
diconro encontre o seu mehor
recurso paa aançar Para isso não ecssário muito oge. Lmbre
se do número de ezes em que ao inicia uma proa escita oien
tado a responder prmeiro as questões que consideraa mais fáceis e em
relação às quais se sentia seguo
ROTNA
ROT NA E HÁBITOS. PARA VAJAR, NVENTE ESTRADAS
Routne, em acês é uma "trilha batda cuso cosmeiro d
ação E hábito que em origem o latm habts a pair do sculo XV
adquiiu o sentdo d pática costumeira.
gus escritoes produiam todos os das. No nanto essa pá
tica está cando cada e mais perdida no passado ivemos tempos
que não os prmitem essa disposição rgular do tempo Estabeecr
um horáio o paa todos os dias como Thomas Man que escreviescreviaa
dária religosamente, smpre no horário das 9h às 13h quem pode
e isso? s exigncias do osso sculo ditam outras egras Cabe-nos
buscar a adquação ao nosso cenáio
Por ees o escrtor estabelece sua rotina. Para gi do perigo
escree
escree todos os dias, a partr de um
u m mtodo que o ibete da dpndn
ca da boa vontade da spração sem qualqur snso de pontuaidade
Sentar manter uma disposção para o econto com a deia, eis o cami
ho. Isso te disponibilidade
disponibilidade nterna para escre
escreer.
er.
s possibilidades são muitas omar o ca da manhã e sentarse
diat do cado ou do computador m ovas ttativas que procu
ram outos camihos isita o própro iteior vascuhando o que o
subconsciente produiu no príodo que lhe i concedido para zer o
que sabe ão bem: revlar o que anda não havia sido perebido.
Es Hmngway rlatou que quando saa trabalhado m um
ivro ou
o u um conto escrevia diariamente dede manhã a partir da hora em
qu surgia a prmira luz quado ão tinha igm para pturbar
RUBENS MACHIO
85
interromper o processo. Ele começava a trabahar e a esquentando con
rm escreva La o que tinha feto no da antero e sempre parava
num trecho a partir do qual saba o que ia aconecer, prossegua desse
ponto Escreva até chegar a um momento em qu ainda não tndo
perdido o gás podia antecpar o que vnha em seguida Então ele parava
e tentava sobrevver até o dia segunte para voltar à carga
Gore Vda[ contou sobre a sua rotna: "Escrevo os romances à
mão em blocos de papel aarelo exatament como o crmnoso nú
mero , Non. Por agum motvo, escrevo peças e ensaos a máquna
A prmera versão surge muto depressa Vda nunca rea um texto
aé termnar a prmeira versão, trabaho que segundo ele, sera muto
desencorajador "Também porque quando você em a coisa da al na
ente pela prmeira vez já esqueceu a maor parte e vê do como se
sse novidade Reescrever no enano é um negóco vagaroso penoso
ara mm, o prncpa prazer.
Mas também é possíve não ter qualquer rotna apenas o deseo
de escrever com o mnmo de lturga, sem desejar o perfecconsmo
imedato que não vem Não ter horáro para escrever. rabalhar com
ou sem método
Onde? A escrvannha no quarto; a bbioteca; o caé tudo pode
ser o espaço dea para crar e escrever
E não importa quando De manhã à arde no nco da note ou
madugda adentro odo tempo é tempo quando exste o propósto de
começar para descobrr qual é afnal, o nal
Em tudo o que mas coa é escrever quando a vontade vem
dos os das para não perder o uo. Apenas alguns das da semana a
m de que as deas amadureçam Sentado Rabscando em qualquer
pedaço de joal, para evtar o apego ao materal e às deas.
E se a dea não vem Dexa-se para depois espeando que as pala
vras quem prontas para começar o dle. Chrsopher Isherwood re
latu que quando jovem era absolutament nátco Escreva à mão e
não supoava ver qualquer rasura no pape. Como sso aconteceu anes
da nvenção do corretvos costumava raspar as paavras com uma lâmna
de barbear asar o papel com a unha do poegar e escrever de novo "Era
tevel! Eu desperdçava tanta energa com esses exageros dse
ESCRITA RATIVA
86
Caro que é uma grnde coie pensar no esritor omo aquele ue
e levnv de mnhã e e en à u me, rii o go e reebe
a uz divina pr então esreve Esrever é uma tre omo ours.
Ereve-se um pouo po di, po emn por mê e, ao nl de um
período de práia da disipina, emse um livro
Não há um úni mneir O jeio omo rbl desde que ç
isso om disipin não impor Não há mági que possa udr O
truque é arrumr empo não pen gun miuo e produir Um
esrior é nuso onsigo memo qundo não onsegue ser rigoroso
om seu rbo
Porano esreva em qulquer luga egue ouro adeo e oura
aneta e simpesmente esrev Tome uma aude deniiva Se quier
esrever em que er iso esrever Não exise mosfer aderno
anet, mea ou ompuador idea Nesse enido, aprend a ser lex
ve xperimene esrever em irunsâias e em lugare diferente: no
trem no ônibu, na mes d oina, n vaand, no degu d enrada
de um loja no bano raeiro do arro, na bblioe no blão de
um retaurne na al de espera, n mea do ba, no aeroporto . m
qualque lugr ibere o eritor e deixe que ele rbale Depois voê
edi e pubia epoi
Willim Fulkner embr: "Voê á deve er ouvdo lar sobre uma
veh órmula egundo qual oda ração é uo de 5% de leno, e
ouro 95% de disipin, abalho É iso mesmo Nd, ese repeio
i mudado. Segundo ee esrever é algo deiioso Mas lembr que
não há nd de mágio em udo io Nenhum esuldo ióio
vi sugr sem rabaho sério deerminação Porno esa é um boa
opoundde pr emr o peigo de eperr que u genda, ua
mi, seus migos, professores ees e o liberem pra esrever
utorindoo pr essa re Como vo be ele não o rão Ou
voê inven o empo ou não podu É vid
Iso no ev nturlmene um pono indipenáve diipin
Ter dsiplin oedeer ao menos às pópris regrs neessáris
pr ingi um obetivo, udo iso pode ser prendido desenvolvido
dependendo apens da vonde pessoa l é indispensável qudo se
preende ter liberdde pr i
RUBENS MACHIO
A paavra derva de disci pulus, "auno, aquee que aprende. Trata
se de obediência ao conjunto de regras normas esabelecidos por de
termnado gupo ou por nós mesmos Refere-se ao cumprmeno de
responsabdades especcas de cada pessoa
Para zer um bom exto, sobreudo quando ee deve ser eve
rene, ndiscipinado, é precso ter. discipna Elaboração aresanao
dscpna, empenho udo sso anda de mãos dadas.
ESCRITA RATIVA
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É conrado saber que odos os que consruram uma obra relevan
t pss pel msm sad. Assim, mos a cza d qu mann
do sa dirção chgarmos o desino que nos movu a inicar a viagm
O planjamno em como pincipal fnção d o scito liv,
inclusve pa em deeminado momeno se desliga dele e seguir um
umo nespedo.
Mas um bom planjamno pde uma boa écnica A palavra vem
do ggo téchne, qu s duz por ae" ou ciênc. É um procdi
mento que em como objeivo a oenção de demnado esulado
seja n ciênca na ecnologia na ate ou em qulque ou áea. Em
outas paavas uma técnica é um conjuno de egas nomas uiadas
como meio para chegr a ceo resulado El supõe que em siuções
semehantes uma msma condua ou um mesmo pocdimeno pro
duzrão o mesmo eio Como a traa-se do ordenamento de uma
rma de auar ou d um conjunto de açõs A écnc requ o uso
de ramns e conhecmenos asane varados os quais podem ser
ano scos como intectuais
Aguns escriores êm horor a palavas como plnejamento pequi-
a, método. Vivem as coisas os os nes de escrevêlos A pincípio
planejam pouco Grand pae do qu acontece no exto aconece du
rae o ao mesmo da escia
O lvo pode esar organzado em sua cabeça anes de começa. Ou
l s dsnvolv à mdda qu scrv Dune o caminho você dá
de caa com supsas com aquela as que surge do nda Tudo isso
mpu o xo paa ent lvndoo pa o nal
Às vees o método a écnica nada disso impota Se chegou o
momeno a cianç vai nsce, qulque que seja m escolhida:
paro normal d cócoas ou cesaina O impuso ou emoção podem
sar po tás, a cn pode s o bisu num tblho qu s desn
vove no erreno do racion
Às ves, a técnic assum o comando do sonho ns qu o pr
pio scritor possa er domíno sobe o aalho Po isso a ibrdade é
sempe emvind A quesão como se vê é conoveida
No planejmento em a possbidade de esablecer peviamen
t as egas do jogo se ogado Msmo qu las sejam aleadas durn
RUBENS MACHIO
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te o tabalho. Isso é mais equente quando se pensa no plajamento
como instumno qu ofc insuçôs mínims sob a sd s
peoia Se aguém og u1 jogo, pisa de gs, aso onáio
não hv gç nnum
Enetano, o panejamento naa tem de absouo Nem sempre as
coiss constuds mis de acodo om os pnos são as mais bem-sucedi
das Ans citoes seque aceditam nsse ecuso Pem da vazão
às idis ivmnt deix qu o xo s esev po si msmo O que
não podemos é nega a impoânia de se eaboa um pano antes de
começ a abh An qu s o pno d não te pano agum
A eaboação pode aconee po meio da oganização de maneia
sistêmic d um onjunto de icas paa quem pefe o sistema ma
nua, ou d dados amazenados num aquivo do omputdo. Tudo
povoando o sbconscinte do escito ançndo novas ues sobe
odo esse matial. Ciando ondiçõs paa qu dvidmnte manipu
ado, apuado, tudo esute num exto om sentido e sbo Ago apa
de atai a atenção do eio mais desinteessado e pn1iihe a cteza
de que valeu a pena gasa tempo naquea eitua. Seja poque ela he
nsinou aguma ois, seja poque i ap de aanca dee um soiso
impevisto sso, naualmene, implica esceve uma pimei ve mais
uma umas antas ouas e d um tabaho pesisten de evisão que
m gea nos z pens que não te m. Não existe escio o que
xise é escito mb?
Paa Geoge Simenon, a meo maneia d inii o omane
po caminho o mistéio Semp hvi m su cabeça guns
temas giando, que ss a hegada da pimver, a embança de um
uga um catãopos um simpes io e so, quaque cois signi
fva um ssunto passível de s tnsmado em texo O póximo
psso pocua po gum pesongm qu he seviss de potgo
nis m um enveope, nov noms paa suas tus psonagns
extídos glmnte d ista teefnia pouava po um mp da
idade onde sua histói seia ambienada De posse desse mteial
tncavase p esceve po extos ias sem quaque onato
humano, pesenia ou distânia o nome disso é disciplina. Jamais
soube o qu ii acon no oman Apns se olocava na pe do
ESCRITA RATIVA
90
protagonista, tornando-se, ele mesmo o protagonista e enentava
situações levadas ao imite, o que resulava em pelo menos duas coisas:
exaustão e um novo romane. Algo de sobrenatura nessa metodolo
gia? Certament não Apenas disiplina e trabalho O que o impede
de zer o mesmo caminho?
A técnica mais omum no seu passo a passo começa om a práti
a de er anotações sem ompromisso, num ado ou em pedaços
soos de pape em todo tempo e lugar um dia, a ideia aparece e, com
ela o texto. Quano o esritor em uma visão inical, procura reunir
o maior número de inrmações om que va tecer a sua teia literária
O uso do cadeo é habitual. Há quem, diante do projeto de escrever
um novo lvro ompra aguns deles Ene o primero o segundo até
sentir o momento em que pode enm, dar o próximo passo. Nesse
sentdo fca sempre com o binômio anaógioügital. Primeiro ano
tações feitas manualmente Depois a organiação e redação por meio
do edtor de texto
Durante muto empo Simenon ca pensando no assunto. Pensa
no próxmo trabalo ainda desorganiadamente. Fala sobre ele como
algo que está em pleno andamento (não está?) Em geral, maném vá
rios projetos na abeça em se de amadurecmento, enquano prosse
gue na pesquisa in loco, e nos mais diferenes ambientes
Pouo a pouo, organiza om muita paciênia, todo o onunto
de elementos coetado aqu e ai, como quem mona um compexo que
braabeça. Em gera são apenas aponamentos matéria bruta sobre a
qual vai trabaar até que cegue a um texto
Enquano esreve, lá ra o mundo ontinua em sua loua joada
Tudo isso nterfere no seu trabaho, nem sempre de manera positiva
Talve isso sea um bom motvo para a elaboração de um plano prévio
um squema do texto ser construído Isso ainda que se disponha da
obra esquematiada O plao garante que não averá dispersão evita
inseguranças e surpesas indesejáveis, como disse Até mesmo para mu
dar, é preiso er de onde partir
Penúltima etapa talve a mais desaante de todas esrever a pri
meira versão do texto om o ompromisso de utar contra a tentação de
votar atrás a ada nova ase redigida para corrigir sso é peado Ea
RUBENS MACHIO
é feita a partir da consulta de odo o matera coletado e obedecendo a
um plno prévio. Primeiro o rasunho, dpois as oreções. Os grandes
escritores m esse camnho
Por m, só agora, omça o posso d dição, fito a pai do
prmiro xo É hoa d mudar nvrter orar sem dó nem pdade
Quas smpr liminando, raamnt aresntando. r obsssão por
limpar o texto eliminar os excessos é uma prática saudável Trminada
ssa s, omça-s o sgundo txto, nm smp uma rprodução
da pimera vrsão Com muios cores ele ca mais sucino enxuo
Essa tapa fia ainda mho quando s dispõ d mpo nessáro
para ue o texto passe pelo procsso natural de amadurecimento É óti
mo uando o srito pod s disania tmpo suint para enxrgar
o u no calor da hoa passou batido Só enão rtoma o trabalho
agora não mais na ondição d arisa, riador mas d juz. Primio o
ascunho depos o pomento Se o resutado nal não agrada, o mehor
a er é parar mudar para algo dfeene. E então uando o txto está
pronto chegou a hora d uma nova revsão um trabalho de vocabuláro
pinçar subsituir palavras om sntido mramnt aproxmado paa
ue dem ugar às paavras exaas Invesir no substantivo
A laboração sse ao de amor, reuer dsiplina. Chega um mo
mnto em u o ivo apace Hora de colocars em cma d trabalho
Hora d viar opeáio da ideia da palavra. em hora pra udo. Até
mesmo para as fições por u não? "Meu texto às vees é muito
aborado svo srvo. A busa da palavra ida é diil é um
ocio difícil É dicil escrever: é o ue eu posso dier É dicil escrever
omo é dil viv, embra Lygia Fagunds lls.
ESCRITA RATIVA
92
Ação aveura, suspese drama, comédia, udo requer um ema
para s oa viávl omo oba de ção. Livros, pças lms, maial
publicitário quaquer ipo de hisória odos êm um ema
Não impoa s a ideia é zr algo om o propósio d vdr d
ser diverido ou emocioae Qualquer que seja a ieção é preciso
oar om uma iha máica que igu os lemeos dispesos da
hisória rasrmando-a um odo com uidad, coeso
A ausêia d u1 ema prévio ria uma quação que o eio d
verá resolver Ele eá de descobrir a ideia sobre a qual se apoia o exo
esrço do qua dev sr poupado. Não é elege agir assim com quem
desia uma pae do seu empo a prcore o osso rabaho
Esrevr sobre uma piua sem aes deir por exemplo que
o ea da mesagem será "cor, dicua o rabalho de quem rdige
falh uma idia E ão ilia m da a ar do leior sem um
ea que o apoie a compesão do oeúdo
Felizmee, udo pode ser rasmado em ema basa que se au
oriz o ioameo da riaividade E ão xis ma qu o público
rjia, o que exise é f de cuidado o raaeo do ema escolhido
No eao há diudades o caiho Por xmplo esriores
muio jovs, que ão ohm a si pópios equem ão
sabem o qu dier e qua ema esoher para passar su rado Nsse
sido e osiêcia da causa pla qual juga que vale a pea luar
cilia a dição do ema Ora ssa causa ão é algo passagiro oisa
de momeo Em gral, ela permae por oda a vida do escrior assu
mido ouras rmas
Imgie um esrior que eha a pomoção da pa a sua oso
maior. Sem dúvida o ema da pa estaá presee desse ou daquele jei
o, em udo o qu escrever so é o ea ecorado um dia sabese há
quao mpo por qu moivos o ompahará aé a úima palavra
que cooca o pape sea uma caa ou uma ese acadêmica E isso
va para odo qualqur ma Nas obas d odo esrior m qu o
íve de compromisso se revele om mais clareza, eoaremos eas
que se repeem.
A deição do ema passa pela quesão dos vaores da maeira
omo o esrio ara a vida s pssoas do plo qual aredia qu
RUBENS MACHIO
vae a pea lutar. O esritor se utlza do texto e da magem para de
monsrar omo pensa, sete, nterpreca essas questões São ees que o
determna em úima análse
Para Jorge Luís Borges, por eempo, a éta é um ema da
menta E cudo nda que essa preoupação era parte da sua atureza
o qu o dspnsava do trabaho de zr quaqur esrço para eonrar
a dea que sea cea de seu prómo rabaho Com esse rtéro em
mente, ee seeionava e organzava os eementos da sóra, transr
mado-a uma arrava
Como vmos por susetar a ostrução o tema a o trabaho
do esror e o etedmeto da mesagem por pare do tor ooa
do dane do que é o seu unverso ngusto e suas eperênas
Que dea o esrtor usará para trasmitr suas emoções sua rava
sua dgação seu sno?
Mas o tema ambm se moda, e sso aotee à medda que o
texo va sedo ostrudo O deal é que ee seja aro desde o o e
assm permaneça ao ongo de todo o trabalho de rar e esrever.
O maor desao está em esoher um ema que seja mente
ompreeddo peo pbloavo e ao mesmo empo de l mauseo
peo esrtor. Ora sso não é fá sobretudo quando a vvêa
esrever é er ago eevante a der ou se exste a rejeção por detem
ados assunos. Um eempo dsso é o que aonea om Hemgway
que a maora das vees se esquvava de ar sobre sua mla.
Nem sempre o enontro do ema aotee sem um bom raba
o de garmpagem. nontrálo sgna eorar a dea, e sso pode
exgr mas tabaho do que se maga Sem dea ão exse exto om
quadade Ana é ea que dsgu um bom e um mau xo.
Para os estores oves em gera essa care se mosra um tanto
dl Uma ve que ão dspõem de um repertóro suente de ausas
as quas aredtam e de outras em que não vae a pena vestr tempo
e energa não eontram om dade uma dea sobre a qua raba
a Falcahes uma ausa uma ndgação cavez De ovo a soução
para este probema pode estar em esrever sobre ago vvdo a nfâa
ou adoesêa tos ada presetes esqunhos a memóra om
odas as suas oes e sabores. Quem sabe não estará esondda a a pe
ESCRITA RATIVA
94
quena grande causa a ser dendida, disrçada em acontecimentos apa
renemene sem maior importância.
Alguns esritores se saem bem ao ar da própia inncia que
conhecem o suciente para que tomem como matéria-prima ou de a
guma nasia quem sabe Pena que na maioia das vees ees abando
nam o rabaho iterário depois desa experiência sem conseir repeti
la com sucesso.
Quando ana bater o marteo denindo que um tema pode ser
aproveitado? Quem procura um critério único uma regra xa não os
encontrará. O que existe é a maéria a respeito da qua se vai screer
Um ema inicialmente inadequado pode se revear com grande poen
cia para raduzir a mensagem que deseamos eniar ao leitor Tudo é
uma questão de exercer a criatiidade iso é deixar que as idias as
conexões às vezes inesperadas aconteçam e nos surpreendam.
ara identica o ema comece pea anáise da estrutura da hst
ria Depois erique se as escolhas feias ajudam a comunicáo Muitos
escritores e produtores buscam maeia para lmes em livros e peças de
eato justamente por se tatarem de nes que possuem emas mais
proündos compexos sinlaes do que em muios roeiros
e
RUBENS MACHIO
FRASE. SENTENÇA. PARÁGRAFO. TUDO PELA UNIDADE
O texto é o resultado de m conjnto de sentenç, também co
nhecidas peo nome defae unidade qe epessa, de maneira sucnta,
uma opinião, pensamento percepção. Ea tem um sentido competo
epresso numa unidade mínima de comunicação Pode ser composta
de ma ou de várias paavras. Jntas as ases compõem o parága. E
jnos, por sa ve resulam na consução na do eto
Se o texto sse ma casa os parágras seriam cada m dos seus
cômodos, direnes espaços paa o convvo de deas, separados por
meio de poras qe unem m e otro sem no entanto conndi-los. A
orgem da paava está no gego pho "marca à margem de m
eto para macar uma mdança de sentido. É um onuno de ases
qe expressam um só pensamento ou uma deia centa
O parágra é composto de rs partes: na Inrodução ou tópico
asa! está esmida toda a ideia do texto O Deenvolvimeno cuida
de expicar o tópico inicia Por m a Concuão encerra esta deia e
prepara o eitor para a continuação do texto São ssas tês partes que
garantem a sa coerncia
Usando o recurso da inguagem cinematográca, pods dizr qu
o parágra é o equivaente à mudança de ânguos de câmera. Frequen
temente cada mdança de parágra representa ma igeira mudança
de ponto de vista.
ma das taes do parága é avançar para agum tipo de clmax,
a peqena tomada de fôego qe nos leva ao parágra segunte.
Detalhe nal do poo de vista de ayo da página um enorme bo
co de paavs mpressas ende a asssr o leitor provocando cea sensação
de asia Lembra ago trabaoso de ser enentado Por isso para que o
teto qe arejado, recomendase quebra os parágas longos em dois.
ESCRITA RATIVA
96
A palavra vem do espanhol rascuio, "aranhar, isca - este ea
o seu signado 1ia Depois passou a efeise a esboça, os
taços iicais de uma oba. É o deieameto de quaque escto, o
esboço, ou miuta
Pimeio eseva o ascuho paa conhece o assunto Depois ça
a evisão paa desevove ou meoa a deia eontada Não quei
ma etapas, es o segedo
Na edação, omo em udo o mais é sempe uma questão de o
meça De posse do mateal pouco impota ual seja ele e o ível de
oganação em que se eota, o esito omeça a tabalha, da o
po ao seu texto. Se no meio do camiho surgirem novos elementos, eles
podem se inopoados É a pat da que se omeça a a a ma
uma história.
Paa gaati o suesso dessa nova se eseva omo se tivesse de
tiar o pai da ca ápido, paa ão pede o uo das ideias Imagi
e que voe. esta om amgos, o estauate, e omeça a ota uma
. .
RUBENS MACHIO
Ela usa técnicas modernas de comunicação. Ao longo da histó
ria, mostraram-se ecientes pea capacidade de construr marcas res
como a de um refigerante chamado CocaCola Isso se nos imitarmos
a um exemplo muito cohecdo no âmbio restrito do paneta Terra
onde fgura ere as marcas mais valiosas. Saiba um pouco mais cada
um dos quatro elementos da D
ESCRITA RATIVA
98
• Faar de coisa que mexam com seus desejos mas prondos -
am, você o maném prso ao teto zendoo chegr até a
últma paavra esria
Em tudo fça com que o eitor snta que stá caminhndo o seu
lado, movdo pea mais livre opção de seguir seu racocíno ão con
vincente e nteresante. Como dissemos não outra a tcnca utizada
pela propaganda e todos sabemos o quanto ea funciona
Ma tome cuidado: o meio não devem atrapaar os ns. Não
a mensagem elaborada de ta maneira que a atenção acabe deviada
para a rma Ana o que deeamos que o eitor ea atingido pelo
conteúdo Os recursos para camar a aenção devem conduilo para a
próima tapa atrair o interese.
RUBENS MACHIO
Atraia o interesse. E povoque o desejo
O interesse la odas as ínguas. Mas a ae de araí-lo é mais
dici do que parece No enano, é possvel resolver o problema
Aqi esá uma chave. Usamos a paavra mágica: problema É isso
mesmo as pessoas êm problemas. E o que é mais imporane é que
nossa vda consise no movimeno de olver problemas.
As pessoas êm necessidades e desejos que devem ser saisios,
esolvidos. E se o nosso obeivo é arair o ineresse, a linguagem deve
esar em sinonia na com as experiências e aiudes do leioravo bem
como de seus grupos d eferência. Paa que o eo que pesuasivo
rneça evidências que convençam o leior Contar com o endosso de
celebridades pode se uma grande ideia
Se puder ecorra a esemunhos mosando ao leior que ou
ras pessoas com necessidades similares às dele aprovam sa pro
posa. Ou ça comparações que evidenciem a imporância do que
esá amando
Se aniquiarmos o desejo, matamos a vonade de agi isto é de viver.
Comparados ao número de necessidades nossos deseos são incon
áveis. Sem paião não eise ação Resulado a more.
Quem comprova ese pensamento é Jonahan Swi, quando a
ma que " osoa esoica, que consise em supimi a necessidade su
primindo o desejo e aconelhaia a corar os pés para não precisar de
sapaos. Pergunase isso z sendo?
Olhe em paa a palavra desejo. Obsee que ela em duas leras
e. O primeiro dees remee à ideia de emoção As pessoas não enam a
mão no b por quesões inelecuais mas principamene por razões
emocionais. Quer azão mais re do que a emoção
O segundo e a de entuiasmo Pin imagens enquao avança
levando o eior a acompanháo. Isso é posicionar sua idea da maneia
como deseja que ela seja percebida Como já armamos udo se resolve
na mene do leior não em outra área.
ndo do conceio para a páica percebemos que o que aé aqui
era apenas o ao de esar em sinonia com uma mensagem agora deve
ransmarse em movimeno inerior de desejo de posse
ESCRITA RATIVA
IOO
Convença o leitor. Mosre que você oferece exaamene o que pren
he as neessidades que ele tem aquela área espea Ana de ons
sempre esperamos contar com além que nos ajude a zer o melhor e a
desmpehar nossos papéis da maeira mais adquada possívl
Como dizem McCah e Peraul em Marketing esenal, "alguns
espeiaisas acham que uma mensagem publiitária deve aiar uma
propoção únca de venda que vise a uma necessidade insatisfeia impor
nte Isso pod audar a dstar uma mar - e a posiionál como
especiamee ecaz em atender às neessidades do mercadoavo Ci
ando um exemplo, ele lmbra qu a Wrigly desnvolveu uma série d
anúncios destinados a fumantes sugerido que sua goma de mascar é
boa substitut qudo não é permiido mr
Esse é um exemplo irado da propaganda e que pode ser traduzido
ou seja eido e apicado ao esrço d vdr por srio uma ideia ou
poeto Se preende oencer lguém a respeito de alguma cos le do
difecial que ea oferece e que a oa melhor do que as demais
RUBENS MACHIO
IOI
to ou serviço oferecido. Despertar o desejo interre no processo de
vlição, e vez desenvova preferência do púbico-alvo. Por m
a tare de evar à ação incui conseguir a experimentação uma etapa
que pode evr à decisão de copr
Independentemente do que se diga o escrever você espera que o
ior núero de pessos se disponha coprr sus ideias sso nos
ev acreditar na viabiidade de apicarmos as regras do mrketing
um delas trnscrit há pouco
esquise e desubr as neessidades insatisitas do púbico, sej ee
rdo por pessos sics ou jurídicas Apee pr esss necessidades
Dê as descups de que o leitor precisa para aderir à proposta embutida
no reatório núncio pedido de emprego, propost de prestação de
serviço, ensaio ou sej qul r o texto produzido.
Mostre que aceitar sus ideis é sinônimo de decisão certa in
teigente Tnquie o eitor Se ee se sentir seguro, essa eoção será
transitida às outras pessoas de seu crcuo de relacionento.
Estaos supondo que você se saiu bem at qui. or isso adverti
os: não perca todo o trabho justo agora que está próximo do mo
ento de romper a ixa da vitri. Aude o eitor a dr o passo nal:
não ai pensr apenas que pode ter sus necessiddes atendidas ms
gir para tor posse efetivmente. Nu pavra, experientar.
Com equência emos textos que desperta o interesse do letor.
Nisso ees são brianes. en que quando cegm ao sipes
ente orrem desaparecem. Não die o que deve ser ito em segui
da, isto , como trnsrmar aquee desejo e ção concreta
A propagnda, que ntas vezes nos serve de eempo de texto cri
tivo e convincente, tmb erra quando se trta de evr à ção Aqui
podemos nos embrar de alguns núncios veicuados peos bancos. Co
quênci omitem inrmações importntes pr o ciente sobre o que
er na prática. Agindo assi eva o eitor a perder um tempo do qua
não dispõem sentindo-se desrespeitdo peo nuncnte Já que estaos
no assunto não custa embrar o resutdo de tudo isso a comp adi
da A mensge deveria inrmar exatan1ene o que deve ser feito coo
quando, onde, e o quanto ci rLzar o que prope. Dr instuçõs
caras sobretudo presentndo otivos pr que ele ja depressa
ESCRITA RATIVA
Wurman adverte para o to de qe estar a comnicação incu o
nvio d uma mnsagm, fazr o cpor comprndê-la nrssar-s
por ela e recordar se conúdo. Para ele, nenhuma outra rma de ava
iar é imporant o váida.
Pensado nisso, sugeimos uma lista de paavras e xprssões q
podem serir como alaanca paa irálo da ércia. Uma dlas será exa
amente a qe mais bem epresenta o objtivo do texto que você va
escrever São eas:
O Analisa o Denr o rdenar
O Aprsnar o Desobrir o rgania
O Avaliar o Dscrver o Prvr
o Classica O Explicar o Provar
o Coltar o Fazr o Pula
o Compara o Idnica o Ronhe
o Comnicar o Imaginar o Rlaar
o Constri o Ierprta o Rememoa
o Conrasa O Jsicar o Rorganiar
o Crar o Listar o Resolver
o Crica O bsrva o Rsumr
BRIEFNG DE CRIAÇÃO
Novamnt stamos no sor pblcitáio para rmxê-o. D á
vamos mprestar novos concitos e buscar erramentas qe rabalharão
m fvor d m txto mais criativo ntrssant cin.
Msmo não stando a svço d ma agência d propaganda você
pod srvis de m instrmnto iliado por la na obtnção d re
stados. Tatase do briefng d ciação
Assm como a miga da hisória qu contamos agumas páginas
atrás não estava sobre a mesa com o propsto d axiar o scritor mas
o ajdo na prodção do trabalo podmos ançar mão d ramn
as ilizadas por oros seors quando as representam uma ajuda
etva É s ma qesão de "ter olos de ver, como ensina o atisa
plástico João Albrto ssaini
RUBENS MACHIO
I03
O bring representa um grade auxlio. Pode ser comparado à es
trd que se tende à noss fente p que não orrmos o riso de nos
perder na viagem. Também pode ser viso omo as mrgens do ro, que
mantm águ no seu urso e ontribuem p que ee hegue o des
tino, em ve de se tnsfrmar em mero alagamento Quanas gveas,
quntos rquivos onheemos agdos de infrmções desonexas, que
raramente serão trnsfrmadas em texto? Em gral, porque fta bring.
e permite que as ações de comunicação relizadas por meio de
cada exo, contribuam par que os objetivos sejam atingidos. Para que
sso aonteç, devemos estr de posse de um conjunto adequado de in
frmações. Siga o roeiro que proponho testado exaustão e apovado
sem somr de dúvida
ESCRITA RATIVA
IM
Quando lamos em problemas, a reação geralmnte não é das m
hos. Não tmos nnhuma sipatia m ação a ls A palava lva a
pensa m situações nsolúveis ustações poteniais que nos aguadam
paa nos oma d assalto supndndo-os a qualqu momnto
Mas, ao msmo tempo, um poblema aprece porque já estão pr
sns odas as odçõs paa qu l sa sovdo A dia é oma
da po outro pensado, Krishnamui, que nos tranquilza ao lembar
qu s almnt ntndmos o problma a sposta vá d á qu a
esposta ão esá spaada do probema
Convém lmba qu o problema que o texto deve resolver ns do
ft pinca, e esá dirtamnte reaionado om ee Portato, omee
por dnilo laramnt Todo poblma bm sovdo é uto d uma
boa dição d suas ausas do estágio m qu s nontra
Fato pinipa: do d dt oblma a s solvido: volta a
sentir alívio pemanente e ter vda norma Em sumo, é isso
RUBENS MACHIO
Para aingir o objetivo você precsa alerar aiudes e crenças do
leor, mudar o pono de visa dele em relação ao que você apresena.
Sem dúvda essa are não oberá êxito a menos que sejamos espe
ciaisas em gene essa categoria de seres qe se caracerza sobredo
pela imprevisbiidade.
É isso mesmo Precisamos saber como fnciona a cabeça e o co
ração do bcho homem e er ma visão muo clara dos vedadeiros
moivos qe o levam a agir A esse respeio veja o que disse a pubici
ária Chrisina Carvalho Pno em paestra reaiada no jornal Flha
de S.Pau, quando lava sobre o processo criaivo: "Faer criação
pbliciária nos orga a esudar a alma hmana. Isso é scinane. A
mehor coisa na publicidade é criar ponos de empaia etre marcs e
pessoas porque ambos êm vida própria A magia dessa pone é a es
sência de nossa prossão Tudo isso vae para o escritor não impora
sa área de auação
Ainda bem que nossa inteligêcia nos permte capar essas técnicas
vencedoras- como as da propagada- e adapálas a nosso conexo
pois aparenemene eas são resrias a ma área prossional disna da
nossa o isso que Guenerg gêno que permiiu arediar que
se
ESCRITA RATIVA
to
o o de que essas necessidads não são criadas pla sociedade ou por
homns d marketing, porqu simplsmnt zm par da bioogia
da condção umanas.
Conrm o spcialista dsjos são ncssidads mais prondas
E xmplica:
RUBENS MACHIO
I07
economa• ecênca• elogo• estima• excta
ção• ma• prtencimnto a um g upo• hospta
ldade• depndênca nstru ção• lberdade•
melhoria fsica e mental • morada• mudança•
partcipação • poder • popularidade • posses •
poupança• prestígo•progresso• promoção socia
1 prssional • poteçã • ralzção • rconc
mentojcomo autordade• relaxameto• rspeto•
romanc • satsção I da curiosdad • saúd •
segurança na velce• smpatia• socabdade•
solida dade s t atus- suprioridad• tu a•
abalo • Consevar os bns • Consumi •
Contolar a própa vida• Coordea os outros •
Dsabar • Disigu-s • Estar na moda •
Evadse pscologcamete• Evtar: aborecmento
• agrssão• constangimno • ctca • deprs
são • dsconrto• don ça• domnação• dor!
sca • dúvda• embaaço • esrço • dga•
frmnto • m • medo • ofnsa • perdas •
preocupação • pressão • problemas • responsa
blidade• rtaação • dculo• cos • sd•
sntmentos de ansiedad• tédo• tsteza• Ex
brs• Eprssar a prsonaldad• nluncar •
tegar-se • Pecincar • Preserar a mlia •
Proteger: mla• reputa ção.• Rssr à domna
ção • Sr: bom pa • bons pas cratvo •
gregáo• mtado• ndvdua• únco.• oca
blidad• Ter amb ção• apt• carrira pros
sional• curosdade• espaço• stlo• amla•
la ção• gee• dntdade la r• ldran ça•
luco• ordem• orgulo• perseveran ça• pazer•
propredade• sexo • tempo Ide a zer• vantagem
n cmpas• varedade• vsturo
ESCRITA RATIVA
Estratégia criativa.
A guerra para conqustar o seu espaço na mente do se leitor
Nasce da defnição dos seguintes elemenos:
RUBENS MACHIO
I09
nefcio de poder cuidar melhor do bebê e, com sso senr-se uma boa
mãe. Asm, não ser exgero amr que a compr do produto seá
ea muio mais com base nesta última rmação do que na primeira
O pocesso é inconscene Por isso não é sequer admitido pela
consumidora. O mecanismo interno alojado em nossa mente bloqueia
o surgimento de tal consciênca já que o comportamento é socialmente
epovado po ser consideado egoísmo. Isso não se apic apenas
produtos mas a ideias
De um jeito ou de ouo odo leitor é um consumidor... de ide.
A mda seja ela qua r, é o loca onde acontece o encontro do que
o escitor oerece e a dsposição do leitor para compr, isto é, aderir
quem lê um relatório decide se compra aquelas inrmações; quem lê
um romance abrese, ou não, a determinada emoção. Agumas ideias
o eito recus no ato não servem Ouras vão paa o seu carrnho
mena, emocional, paa consumo imediato. E tem aquelas que viverão
mesmo a eperiência do esquecimento. Assim quando ao apresentr
ua ideia ou convidar o etor a acredta no que está sendo relatado
s chnces de sucesso aumentm se o invés de rgumentar part de
meros atributos houve o apelo adeuado aos valoes mais importanes
para o leo. Escrever com ciaividade é lançar mão desses recursos
tamém Se alguém inventou um novo e eciente recurso de persuasão
por que não usá-lo? Anal, nenhum escritor que ser esquecido por
descuido às vezes na segunda página ou nem isso
ESCRITA RATIVA
IIO
ideias, quer çam parte de um projeto de uma disseração, d um
anúncio. Lembrando mais uma vez: você não está soziho tem mais
além interessado em ncar raízes no mesmo terreno, e é possível qu
o espaço esea pequeno para odos Eendeu?
Logo al atrás, ávamos que odo leitor é um consumdor d
ideias. Mas para quem escreve isso não é nada ranquilo Porque o
mesmo leitor qu "compra uma ideia é aqu que, diariamente, é
bombardeado por milhares d outras dias mehors pors ou iguais
às suas A umanidade quer que ele se convença disso ou daquo
rápido Todos querem um espaço na mente do etor brigam pelo seu
posicionameno Ingeudade ness caso é morta Fazer de cota qe
não existe ua guerra às vezes suti ravada por outros escritores é
queer nrar para a hisória da criação e veicuação de ideias como u
ano d Tal o Breve Daí a imporância de esar atento a uma questão
ndamntal com quem você está dispuando espaço Qum é o seu
concorrnt? O qu l scrior ou não faz para lvar o su litor a
comprar o ivro oal, revista etc, e, mas do qu isso, as ideias qu
essa mídia contém? Sobretudo em tempos de mídas sociais quando
odos se oaram comunicadores, no momento em que você decid
dizer o su parágra mihars já s antcparam com txtos iniros
muito bem ariculados para conqustar o sucesso no mundo editorial
ou apnas no contxo mprsarial - quando scrv no ambin cor
porativo, para o pblico inteo ou xteo você está sendo scritor.
RUBENS MACHIO
It1
Tcncamn, o dfrncal também é conhcido como USP. A
sgl rva o concto d Unique Seling Propostion ou m poru
guês oposção Únc d Venda. Há qum pra lar m roposição
Emocona Únca no sntdo d vr o lior crdt qu pod vvr
um xprênc úc ao consumr qu m
Fl d promssa não é lr d caacríscas ou d mros ribu
tos da id uma vz qu n hor d rsov probmas s pssoas bus
cam souçõs travstds d doogas ou objtos Mudam s rms
mas as smpr rspondm a propostas nduzds po dois motivos:
gnhar o qu não tm ou vr prdr o qu possu.
Rlcon os bnícos qu a ida rará ao tor a dos aspctos
postivos Dstaqu s vangns qu va otr o actar o qu você
propõ. a também dos spctos ngatvos. Com om gosto - vt
o populsco pnt um qdro draátco raçando os prjuízos
aborcmntos qu o tor rá cso s dcid po contráro
su di não possu um ccrísc qu poss sr ds
tacada l d algo qu as conconts possum mas sobr as qus
não tomrm a incatv d r. Em trcho ctado m A propagan
imprssa do século XI, May tow sug qu s você não tm ago
novo a dir dv rcorrr a um oqu d novdd, "ncontrr uma
nov mnir d ar sob o ssuo xporar um novo trtório
mocona. Assm você s dnca sa na n, so é, poscona
sua propost como ídr n cabç do to Isso sgu lnha sugr
da por spcasas sgundo os quas é mhor s o prmro do qu
o mlhor, ságio qu vm com o mpo
Qundo a concorênca acordar para o o omar dcsão d
dzr qu igua ou mlhor qu você dscobrá dsoada qu já é
tard. No máxmo, consgurá sr vs como mtadora do nmro 1
nqu suno. (Qu bom qu o nmo é você!)
É a aão mas mportan qu você pod dr ao or par qu
l crdi no qu sá ndo rts d um dcarção qu supo
ESCRITA RATIVA
I 12
ta diretamente a promessa ia. É ela que va ser a esposável pela
geração d redibildade, cão imporate quado se preede o
veer alguém a espeio do que que que seja. Não basa promeer,
é preiso provar
u d ii
dd d d ó d . E d "E
vi i d d
á dúid d u i. P r
i? r di O r
d i r d t
di u u d. di
r dz d i E d
i e d i
RUBENS MACHIO
It3
acoece, a jusça desva-se-á de se mo. Se a jsça desvase
d seu rumo ntão as pssoas carão pdidas denro d ma con
ão sm m" (Adapdo de Coco)
(Txro eiad n liv Bom ses m markein g dl"eto, scit p Day i)
ESCRITA RATIVA
114
Conscienes de que ele é a subsância, a essência da mensagem só nos
res onsrir o melhor reperório. Sem e vriedde e riqez omo
esoher a melhor pvr? Voltir lembra: "Uma pavr posa r do
ugar esrga o pesmeno mais bonio
Nosso dia a di é feio de um desle interminável de palavras sa
ds sem criério Apenas pr exemplir, omemos s plvrs chei
ro, "roma e "perme Um bom diionáro não hesiará em deixar
lro qe há m visível difereç de signido entre es ind qe
envo em era siea
Tomndo ouro exemplo, podemos pergunr o qe qer dizer
alguém qe discorre sobre ma chuva frte. O que é uma chuva re,
an? E o qe pensar qado lemos o ouvimos armções dando
ona de que deermindo gar pero ou lnge do Rio de Jneiro?
Deveramos spor qe se raa de Manaus? De Nierói?
Conclindo, observemos la de precisão dos boleins de me
eorologi Eles insisem em armar qe eremos m di com "empo
bom Nese caso pergn-se: bom pa quem ou para quê?
Se lguém arma que deerminado objeo de escria é uma anea,
o eior não em omo onesar a proposição A parir do momeno em
que defende a ideia de qe aqe é ma cne bonia, adjeivandoa
arese espaço para conesações legims Não seri de esranhar se o
eior regisse à armção dizendo go como: Bem, esa é sua opi
nião não a 1inha Par mim es ne é fei
or m ado é possível provar qe um objeto é ma canea, já
que se r de um inrmção espeí e onre Ao onrário
não emos como er o mesmo em relção à presença ou à ausênci
de bele por serem oneios purmene subeivos e ondiiondos
specos cu!uris
Como nos únios assidos s ideias e os rgmeos mis
res são consrdos prir de subsnivos Eles vão direo o pono,
imiandose dar inrmções plpáveis sobre o qe nim Isso s
oa campeões de obeividade
Redaores sbem que só ssim idei erá chane de ser cei
peo pbicoalvo e qe um esio bsrao peca pel a de con
sisni podendo ompromeer o resuldo do rblho. E Os
RUBENS MACHIO
II5
escritoes também cultuam o bezero de ouro do estilo e são mais
cilmnt sduzidos po tom litrário do qu pla scrta clara.
Irs Murdoch dsse cea vz que para srmos bons escitores mos
d 'matar nossos bbês: cortar algo que achamos brilhante, por não
estar no contexto ou não contrbuir para o assuno" diz Rchad
Wurman, no já citado Ansiedade de infrmação. Ele coniua: Ora,
dveamos parar e planear nossas nstruçõs com mas eexão.
Dvríamos prgunta Quais os damntos desta explcação?;
Como posso transmitir certeza paa que os que seguiem as oren
taçõs sabam que esão no caminho cero?; Qual a inguagem qu
lhs prmitira compreder?
Wurman z eferência ao to de que absurdos nos são imposos
sob o disrce d inrmação. Automatcament atribumos crto peso
aos dados dependendo d rm como eles nos são trasmtidos Sem
parar para quesionar acreditamos star rcebendo alguma inrma
ção Seu exemplo prerido para ilustrar o que diz esá nas recetas de
cuinária qu rcomndam tmprar a gosto ou cozinha at car
o ponto. Segundo ele, isso não diz muio. Por que se dar ao raba
lho de dizê-o? As imposturas de nmação são a mariaprima da
administivite", conclu.
ostre númeos eatos e apresente os especcos. Em ve d di
zer que uma lâmpada mais ecoômca do mundo ja desse exage
o El justica a prda de crdibildad da inmação possivlmnte
sua melhor part.
Prra diz qu segudo tests realizados no nstituto XO, da
Universidade X, ela i considerada 57% mais econômica que as lâm
padas de sua categoria Com isso, esará dzedo claramente de onde
vem tal irmação e que a lâmpada a mais econômca sim porm
se analisada dntro da própia categoria o qu deix clao qu você não
praicou a chutometria", nem pretende zer do produto mais do que
ralmnt . O rsulado um texo honesto
É claro que algm pode questionar se o ndice 5% não muito
baixo para servi como recurso argumntativo Quao a um aspecto,
estamos de acodo o mero em s não chega a ser algo expressivo.
Mas, se olharmos dieito, vrmos que xist ago ralmn pssivo
ESCRITA RATIVA
I 16
nssa nrmaão. Ela é xata, transparn mr rédto Assm a
mas ardtar s dxar prsuadr
Sando da ára das pótss tldas no xmpl vja o gra
d xatdã ontd nst aún assad pblad jal O
Etado de S Pau:
alvz por sso Gabl Garía Máruz prra sar trs jrna
ísts m ss txts ltrárs A ms é ss q ns lva a pnsar
ad xmpl " oê dz u á ts vad no é as
pssoas nã ã ardtar m o Mas s dssr u á uatrnts
vnt no lns n é as pssoas proalmnt ardtarã m
v Cem anos de solidão stá o dss tpo d osa
srr já s srv d rra m outras págas oa
ssa ra xatamnt a téna u a aó dl saa Máruz rorda
d mara partlar a stóra sbr o prsagm é rdad por
borboltas amarlas
Quando pqun um ltrsta a à sua asa Márz aa
mut rs m d a mm tr um nt m al s
tmaa pdurars nos posts d lz. Lmbra q sa aó dza ,
da z al mm gava dxaa a asa a d brbolas
Quando sava svndo sso, dsobru , s nã dssss as
borboltas ram amarlas as pssas não ram ardtar.
srtor n om oro to u lusra as duas armaõs
a rdgr o psódo d méds, a bla, ndo para o é dmoro
muto tmp para dar rdbdad Um da sau d ardm e
uma mulr stmaa r laar as rpas la staa stndd s
nós para sar vtaa bastant A mlr dsuta m o vto
RUBENS MACHIO
It7
para que não levasse os ençóis embora. Então Márquez descobru que,
se ussse os ençóis pr Remédios, a b, e iri crescer Foi o que fez
para dr credibilidade ao que relatv
Para Mrque o probema par odo escritor a credbilidade
Segundo ele, "qualquer pessoa pode escrever quaquer oisa, desde qe
sej possível acredtar nel
Resumindo: s palavras podem ser comparadas a pequenos pre
gos com os quais prendemos nossas ideas É por meo delas que di
rigimos as pessoas Quanto mehor as escohemos, mais satstórios
são o resultados
ESCRITA RATIVA
I 18
tabalho de comunicação visua é como edgi bem. Caeza no de
senho e complexidade a inrmação é o que cona - exaamete o
oposto do mundo modeno".
O joal U Tda y emba que Lee Iacocca, qando presidene da
Cysle Copoation tnha um mandameno paa a boa admistra
ção: Fale caro e seja beve Esceva do jeio que fla Se você ão fa
assm ao escreva assm
• , • .n
RUBENS MACHIO
II9
vilidade em suas relações pessoas. O assunto, sem elação dreta com o
ato de edigr, etra a área esoregadia das boas maeias e, por abea,
compromete a comunicação. Ou seja a melhor ideia escrita da manei
a mas prossona, ão poduziá o efeio desejado se ão repeitar
agus padrs de onvivência.
Por m, onvém lemba que pensa om aeza é tare de reda
to que leva a séio o póprio oício de escever e respeita o leitor Fases
construídas com aeza ão aonteem po aaso Não depedem da
soe. Nascem apenas como esultado de uma boa dose de trabalho,
muito empenho Ates duae e depois
ESCRITA RATIVA
12
Conei os adjeivos em Monaigne, Rea e Gori. Shaespeae
quando q pinta um cáio (um maavloo cnáio shak
piano!) diz co: "Uma uà' Tooi ó ua o adivo qando
incisvamene qaica o deemna o subsavo Tenho qe o
maio mal da oa iaua é o avanço do adivo. Mal sg
m pob ubtaivo na a vin adivo ançam- ob l
e fcam "encosados como o ncosados das eaições púbica
RUBENS MACHIO
I2I
é improváve. Adjetivo é aparência e aparência não é udo, mais anda
porque pode esconder a la grave de uma essência incapaz de se sus
enar Como quando se diz que um carro é indo. Ou muito úil. "Úi
em que stuações? o leior pode quesionar Ora um veículo anbio
em pouca uilidade se seu proprietário anda apenas por esradas ruas
e avenids numa cidade em que a chuva abundante é um fenômeno
aamene viso e o lago mais próximo ca a mutos quilômeros daí.
A comunicação s em razão de ser quando noada O brilho ir
relevante a ea nada acrescena. Ao contrário pode sugerir que a baixa
qualidade da ideia ou a la de aleno do criador eseja por rás daquele
exo a pono de paa se percebido ee precisar gria muito e o az
exatamente por não er algo imporane a dier
Anes de superloar um exo com adjeivos ou ênses dsne
cessárias embre-se da sábia adverência encontrada num para-coque
de caminão: Se grito resolvesse porco não morria
Use adjeivos com reserva apenas com o m de esclarecer in
mar entusiasma nunca para exagerar ou rçar uma siuação que de
oura maneira não se sustenaria m único to essência objeo
reaidade pode er o valor de uma dezena de adjeivos.
Melor do que o brilho rreevane é a perinência e a adequação.
O o adjeivo é a gordura do exo e ninguém se considera mais bo
nio ou mais valioso só porque em uns quilinos a mais. Ao contrário
o desejo da maioria das pessoas em sido deixáos em algum regime
aimenar ou livrar-se deles por meio de um bom programa de condi
cionamento sico
Um exto elegante e gososo de ser ido em apenas as inrmações
necssárias à boa compreensão da mensagem Em ouras palavras é um
exto enxuo em sua melor rma sica exibindo apenas o essencia
para inrmar com careza e posicionar a ideia com objeividade na
mene do leior.
ESCRITA RATIVA
12
algo novo, diference, sobre o que quer que seja. Ainda em
que onnu sendo seguro dr inrmções preiss onstruir
argumenos res a partir da matéria-prim do sustantivo
2 Pr um sustntivo eistem muitos djetivos e isso ger um
proem sério de esolha. A possiilidades de aerco am re
duzids A mrgem de erro é grnde Anal no meio de ntos
detivos, qual deles é o mis adequado? Um esoha equivo
d pode ter resultdos atstróos
3 Votando ao exemplo da anec, não remos que hja outs
rms de idntir sse ojeto de esrit ms tente relaio
nar os adjetivos que podemos enonrr para ele. O resulado
será um ist enorme de palvas um mr de tetivs no
qual é muito i se aogar
4 O adjetivo é impreiso, rngente e sujetivo Ele não trns
mite um inrmção em deimitada eata, e seu signifiado
gerlmente não é o mesmo pr tods s pessoas d um o
interpreta segundo suas eperiênias e esla de valores
5 Como se não ssse á ind o prolem d regionlizção
um imtção que não é exusividade do djetivo, emor
he pese um pouo mis O signido de um palvra pode
estar muito adequado ao púio de uma região, ms não ne
essrimente será proprido em our ode mesmo on
teer de a plavr signifr algo oposto ou até possuir um
sentdo negativo.
6 Por m, o djeivo está sujeito às mesmas onds que aançam
a mod o que to o teto etremmene pereível Um
aordgem pode ar destuaiad om muito mais rapide
do que se imgin nl vivemos n er d mudnç Evitr
modismos no teto é sempre uma atitude inteligente
RUBENS MACHIO
I23
O adjetvo tem seu papel no texto Ee serve paa qualiar o que
escá sendo pesencado Como t, deve ser usdo p esee e não
par xgrr. m so de dúvd elmne-o
ESCRITA RATIVA
124
O melante uso de objetos pontagudos e cortates para
daifkar a laara qu rvs o veíulo motorzado.
O elemeno no desntelgênca no leto arroçável
RUBENS MACHIO
I25
gundo ele, esceve bem quem "esistiu às nsistenes insinuações de
deermnado adjevo de uja aqueza ou voldade de mau goso
r
desconiou a empo.
O estlo poanto é o espelho da sensbldade do asta E ele
ona muito mais que o conteúdo de sua oba - segundo a Psiologia,
quando o de José emboa ee seja o obeo do meu omenáo flo
muio mais de mim. Com o esilo aconece o mesmo. Ele evela o auto,
mas do que o objeto do seu exo que é algo extero a quem eseve
Sempe lembrando que, de um jeto ou de ouro odos os escrioes
êm eslo emboa nem todos nvstam om ano na pesonaldade do
póprio exto, deixandoo aconece de maneia mais espontânea, sem
um rabalo assumdo de artesanao
Assim o que é o auor de esilo nonndível senão aquee que
em um jeio partular de onsru ases e usa palavas?
Todo escrio em um eso omo disse mas nem odos são esi
lsas ouo ato a sso Faulker por exempo advere que o asa
deveria dzer as coisas o mas depessa e om a maio simpicidade pos
sível Ceamente ele nega o gupo daqueles que quado erevem
esão ocupados demas paa nevi no signicado das paavas e na
onsrução das ases
Uma vez iniciado o rabalo sua are única e ndispensáve
omo esro é pem a luêa das deas para que elas se man
sem na sua ma oigina com todo o escor. Ora udo isso o eva
a den a manea omo va tabalha a nguagem Assm o ereno
esaá pepaado paa a denição do própio eso. É quando se pode
dze que a eapa nuva esá oluda é possível apla elemenos
voltados para a écnica É quando ee se empena na busca po paavas
exatas para expessa suas deas É quando en ee mpme o seu
esio pessoa
ESCRITA RATIVA
cisa, o joalista ou qualquer outra porção da hu1anidade ungida es
pecilmente par missão de escrever credim.
Não é bem assim Quem quer que se comunique com alguém uti
iando papel ou outro meio que empregue plavrs é um escritor não
imporando o eor do exo ue produziu Basta que ao menos uma vez
enha deido um bihete na mes da coiha ou redigido um memo
rando no escritório
Em qualquer um dos casos, estamos diane de um escrior repito
Pea posição ocupada ele enenta ainda que em pequena escala os
poblemas vividos pelos prossionais das etrs
Dentr as atividades básicas das quais podemos paricipar a dis
ciplin de empregar a palavra para comunicar ideias é uma das mais
importanes Basta lembrar que durante toda a nossa vida boa pae
das inrmções é rnsmitida por meio da inguagem escrita
Se redigir não é sua aribuição prossional mas na vida pessoal
você se vê como um escrior isso o toa mais bem preprado para en
ntr os desos de um mundo que descara o especiaista e privilegia
o generlista gente que além de produir ideias também s comunica
por meio da palavra Essa é uma boa razão para armar que poderíamos
odos nos benecir do aperfeiçomeno de nossa comunicação escrita
Apens pr iustrar ao tornar-se mehor como redator de memo
randos você aumena a probabilidade de suas ideias serem posas em
prática Trnsmitindo bem suas ordens seus subordinados irão reaizar
cad tare com mais precisão Isso tudo é um pouco do muio que
signica escrever bem
RUBENS MACHIO
I2
Ainda há qem gast tempo dscutndo a qualdade de um texto
a parr d sa xtnsão, como s o número d palavras smplsmnte
dtminasse o qano le é cne adqado à soção d detrmi
ado probma.
Para resolver a pendenga Drayton Bird especalista em maketng
drto, mx no vspro lvanando a sgt qstão: "D qanto
barbante você pecsa para amarrar se pacot? Essa pegunta é um je
to ntlgnt ápdo d acabar com ssa rga sm fto. Um txto,
seja e qal r deve ter o tmnho necessáro paa a fção a q s
propõe respeitadas as lmitaçõs naturas do vco não sndo maor
nem mnor do qe o necessáro para comncar com eciênca
As siuações q xgm a criação d m txo variam. Às vzs
saltam de um para otro exremo. ma cosa é dscreve a complex
dad d um novo comptador drnt dos dmais m dtrminados
aspectos inovadores e portanto desconhecdos. Oura é xaltar o sabor
de m regerane sobretdo quado s trata de uma marca mundal
mente conhcida.
Nada o mpede de redg um texto ogo s exste uma dmanda
para sso - po exempo qando s trata screvr contos, romances,
ensaos dsseraçõs etc Tdo é ma qestão de sabr de qanto ba
ban você prcsa para amarrar o su pacot.
Ates da pergna ntelgnemente ncômoda de Drayto Brd o
lóso Fredrch Nzsch não ev d pnsar muto paa dzr "M
ha ambção é der m d ass o q otro qualqur di m lvro
Algm tempo dpois, rrçando a msma tse, Jlo Danas uso a
obra A ate de digir paa arma qe dcl não é escever muto e
sm dzr do scrvndo poco. Sgndo , a cocsão a brvdad,
vudes grgas são meio camho andado paa a perção Não é o qu
acontc com prncpants sgundo org Ls Borgs:
níi rr, rtr n n
rv i, n. tv n
n tm n n inxrina C
rtr ta o iia r
vr n nt.
ESCRITA RATIVA
128
Ao contráio do que parece à primeir vista, "escrever é corr pa
lvrs. O recdo é do poet Cros Drummond de Adrde A idei é
ão simpes e óbva quao verdadeir Qundo cortmos uma pavr
vlorimos s demis - não há nenhu mistéro nisso.
O critério ão se apica apeas à redação Observe como os
gerentes das ojs de grfe utizm recurso semelhe pr montr
suas vries Germente expõem um úmero reduido de exempa
res dos produos vend A mensgem que está por trás é mis ou
meos es: "São produtos especiais e ecusivos ada que ustique
venda por bcid como n fer livre Um bom texo é um oj
de grie Tem paavras excusivas escohidas com rigor e ada ai é
barato ou grauito
Num primero mometo uma se pode parecer pereita ão
comportando qualquer ntervenção e ão é incomum esrmos en
gandos Como neste exempo: "Ee não em nenhum dinheiro A
ase ca bem melhor se r submetid a um plásica e gnhar es
aparêcia: "Está sem dieiro Ee é um omem muito rico cri
mehor como É muito rico Há muias pessoas que usam ese méo
do ganh mais eegâci a pee de "Mu gente us ese método Por
im Não demorou muito para ele acaçar popularidade desejda
em mais chrme assim: "Logo torouse popuar
O eitor de oje em pouco tempo Ee quer saber ogo que bee
co o texto que está edo he tra Pode ser um irmção imporn
e resposta p um ntg quesão existencial o esclaecimeto que
o cpcit pr omd de decisões ão import Este pobem pode
ser muito bem resovido já a pair do títuo do teo
Pr isso é importe deir com careza o posiciometo d
irmção Ee os permte sber etamente a mneir como quere
mos que noso púbco eend Etão podemos usr s pvrs mis
adequdas pr pntr esse quadro em su mente com o maior vigor e
no menor espço possvel
É um equvoco pesar que qudo se r de inrmação é mis
seguro ter demis do que de meos. Ou que é mehor encer o eitor de
irmação do que correr o risco de êlo se sentr udibrido por ão
er tido um motoado de ppéis pr ler.
RUBENS MACHIO
I29
Obsrv stas ass. Sinéicas, las ram scitas om poucas pa
lavras E êm um poder exraordináro de omuniação:
Beba-o com rspito É provável que l sja mais vho
y qu voê Cognac Mrte!
y
Faça agoa Amanã pode apareer a li proibindo
• Lawren F Pee.
y
Gnio é a habilidad d duzir o qu é ompiado a
algo simpes. W Cea
Manteha a América bonia. Traga um Jaguar da Euro
y pa Phe Bok
Nós srevemos Ge e paz uma ve po smaa Re-
�' visa Time.
y
Nós gostamo de rianças tanto quanto você av
mais Pesevavos Finesse
O mlhor amigo do scrito é a lata de io Isaa
y B. Sige
Sem proemas de radiador Sm radiado. Vlkswagen
\�
ESCRITA RATIVA
130
Apenas para lustrar, Pasquae acrescenta que é comum as pessoas
precsarm, dpois d t nvado um -ma, xplca o conúdo do
texto por telene.
or sua vz, Donald Weiss sugere: escreva como se flasse com um
ompanheiro. Se para conversa você tem a vvacdade de uma abeha
não prmta qu o oque da cana o dx com a mão ndurcda A
esse propósto Davd Oglvy uma recomendação que merece ser
remrada papa d propagand como é conhecdo, d que quando
va escreve o anco de um automóve magna estar sentado ao lado
de uma muher em um jatar estvo E a ee smpsment anota o ue
dra sobre o carro à sua compahera
Uma boa prátca nesse caso, é trabahar m duas tapas Na pr
meia trhando o camnho poposto por Donad Wess e Davd Og v
so é escrevendo nmamnte Em seguda, á num cima de edção,
dando cera rmadade ao texto como recomenda Cpro Neto
RUBENS MACHIO
I3I
compaações Ou, ainda, quando se acrescena uma nrmaço a ais
em uma ase moofásica.
No primeio caso, podemos dier: "Além de ecoômco o novo
caro X é corável. Como se vê passaos do coceo de economia
para o de conto o segudo, emos o seguine exemplo Minha
•
pme1ra secreaa era oa; e copesaçao, essa - aqu se co
• ' , I _ ))
ESCRITA RATIVA
132
três inrmações, iso é ernárias. Aém de se lembrar de que os bons
cxos são os que mancêm o equilíbrio enre as ass monofásias bi
nárias e ernárias.
É udo muio simple Val a pna intrrompr a liura por um
insan e pratiar um pouo. Faa d ona que o propóso é onar os
prinipais os em que voê seve envolvido em era manhã
Talve pudesse omeçar o exo om uma ase monofásia: "Ainda
estáfio. O dsperador par não ntnder nada sor o dsejo d ar
mais um pouquino ene as obertas"
Ma m qu voê podria iniiar om uma as binária Assim
Frio e ono Tudo se mistrava naquela manã de quarta-feira.
Ou ainda o omeo do xo pod ter uma ase ternária Como
esa o, oo e prguiça O dia esava apenas omeando
Caro qu a rdaão não dvrá er monótona Portan vit usar
um únio om que soa omo a mesmie de uma rajada d metrala
dora isso maa Esrvr om rimo nos protege dsse peado Ele dá
musiaidade aelera e reduz aalma e agia Dá ao exo uma adênia
que o oa mlódio armonioso Para isso basa usar om quilbrio
os ês tipos de fase independentemene daquelas que esolheu para
ser a primeira e a úlima do exo
A ase monofásia é a mais indiada para o enrrameno por ser
mais enfáia Seu esilo brve m exaamene o om onlusivo Tam
bém nsse aso val a pena experimenar
RUBENS MACHIO
I3
Mas uma osa é erta: a pontuação ontribu para o ritmo do
texo. a omo os redatores prossionas a uzam para tomar seus
esritos mas arejados sem perder a seriedade do que transmtem
ESCRITA RATIVA
13
evitado mas isso não deve, nunca representar uma camisa de rça.
Anal, sabemos que em aguns casos não teremos como gir desse
sial de pontuação comum nos texos acadêmicos por exempo. No
eanto uma ase cura não requer pono e vrgula Assim se ele i
necessário pode-se energar aí a possiilidade de enugála, quem sabe
ransrmandoa em duas ase. Ou opando pelo ravessão.
RUBENS MACHIO
I35
Pense numa conversa cujo iníco é "Você gostaria de dobar seu
salário sm zr nnhum srço? S não sivrmos nganados, a rs
posta será um sm. Agoa magin o ttuo de um anúncio qu com
çss com a sguint prgun: Você qur comprr o novo cminhão
x? Se respost r negativ o litor vraá a página sem lhe dar sequer
chnc d ntra n convs. Não cri ssa opoundde Não o
ajude despisá-lo com tana cidade Sja nstigane. Provoque o
diálogo scohndo caminhos mais abros pomissors
ESCRITA RATIVA
oiginal, mesmo quando o que se diz é apenas o óbvio. É assim, e não de
ouo jeio, que se provoca o inteesse e o paze pea eitua.
RUBENS MACHIO
I37
A fnção dos sinais de pontuação é orientar o leitor, que drige
sus ohos paa a pista d um txto qur vtar acdnts qu pod
iam se tais.
Assim, imagin um ngnhiro d trânso dcidndo-s po co
ocar um snal quaquer em cra squina No caso, só o z po
que tem prdieção peo símbolo que orienta o moorsta para que
nt à squda Acontcá com o txto ma ponado um acidnt
semelhante ao ocorrido naqua esquna. A, tudo podera ser ito
para qu o oca cass mas onito, mnos coocar um sina de trân
sito aritraiament
Traahando como escriors, mos a ngenharia das palavrs
dos pnsamentos, organizandoos dando a ls uma ógica Nossa
tae é orientar o leitor, não conndio ou ze com que se perca.
Como spa qu motoristas pdsts crcum com sgurança por
nosso texto, se e estiver ma sinaizado?
Essas são ases curtas com veros que motivam a ação Eas não
são inrtes Faz pate de nosso taaho a criação d txos que s mo
vimentem e, como ais, sejam incitados o basant para neutralizar a
nércia humana
ESCRITA RATIVA
138
Históra. Leve o letor para passear
Quem conta um conto aumenta um poto. Mas quem conta um
coto, uma boa história, aumnta potos o coceito do litor isso é
udo o que se quer.
Sntindo-s graticado plo xo qu lh i orcido, pr
maece por aí com a motivação que o levaá até a ltima página E
crtaen, à idicação da obra para pssoas do su círculo de rlaco
nameto. O que é bom é pa ser mostado
No ato uca é dmais lmbrar: o litor não é bobo. Ao co
tráro seu nível de eigência aumenta a cada dia E ele não perdoa a
entrega de um serviço com qualidade duvidosa
A nte de psquisa, o níl de criação o cuidado o aresaao
na carpitaria da história tudo isso cota muito. Essa jornada comça
na usca pa matériaprima a ser trabalhada Esse costuma ser, sobre
tudo para escritores principiantes, o maior desao. De depende odo
o começo Dee depende odo o rsto O cenário tende a se toar apa
vorante portanto.
Busca uma história cosiste num trabaho de merguho no seu
etoo e o mais podo d si msmo para que o escodido s rv
e Não xiste saída o único ito de contar uma história é contar uma
históra. Smples e desaador assim. Aal de contas a sua história,
aquela que se esconde em algum lugr do qual só você tem a chave
sta unca i contada Até qu isso aconteça, ela será o máximo, um
emrião peddo paa gahar corpo e espaço. E é de você que ela espea
as condições para se ralizr.
Mais do que isso convém ter conscência de que a primeira versão
da naativa não vai agradar em cheio. Em gera, nem a segunda Nem a
terceira Talvez nem a décima Mas ão vale gir da raia Contntarse
com uma descupa por não conhecer oda a hstória a ser narrada não o
evará muito loge o ofcio de scrtor.
Para iiciar esse voo, você não dispõe de muita coisa aém da dis
posção e da sperança esperança do verbo esperança- de que vai dar
certo. Anal a sua imagnação trouxe tona algum contedo que tem
potncial para toarse uma boa históia Assuma o pap de piloto
RUBENS MACHIO
I39
dessa nova ideia e alcance as alturas em termos de qualidade do texto e
de realização pesoa.
Stephen King lembra qe "o trabaho do scritor é consegir tirar
ada osso do solo sem daniá-lo. Para isso, é preiso omeçar, mesmo
qe o começo seja osco É preciso criar envovimento Chegar ao ponto
de sentir que ali eiste uma históia, e qe ela tem qualidade verda
de, consistência suciente para atrair, ativa o leior Um rabaho que
omeça pelo começo por meio de anotações e que ermina no fa
quando a narrativa já estiver impressa, pronta para circar e umprir
os seus propósitos
ESCRITA RATIVA
140
de Maupassan Dosoievsk e Vicor Hugo po exempo. É igual
mente nos cássicos qu ouo sco e oeiris, Wcy Csco,
gimpa seu ptóio
Ingn do msmo im lh Ngão diz qu vi o m
cdnho paa scua s comdes sobr o qe las gosm o qu não
gosm lém d se neir um pouco ds cs que cicul em seu
entono. Procur ouvir muio Por te sido jornalista especiizou-s n
ar d pgun, diz Pgun ouv Gos d conhcr gn
Quando va ee acescena sua paisgem pefeida é composa po
pssos, mis do qu pons cseos
Nd é agoa eveou o coneúdo da su uur narativa cao
leto? Que m exis nisso Um ds mehos nes, se não melho,
anda não i dvidmne vascuhd: você É denro de si msmo qu
s scondm, tlvz, s mhos históias ind não tds Ana,
ninguém o conhce mais do que você mesmo Tudo o que em z é
encona hisóris com um signido emocion consisente e depois
tnsfir tdo isso p o ppe lvz com o poio d um pesongem
RUBENS MACHIO
14
Isso nos eva a chamar a atenção para o hábito de observa. O
bom observado pecebe detalhes que, usados oam o exo mais
sabooso e surpreedete.
A oservação pode ser dieta sto é, feita o póprio oca Tat-se
de epor os pormeores mais reevates A técic icui utiiação
dos setidos humos: oto o, paadr udição visão Epore-os
da maeia mais ciativa evado o eitor a se ser em cotato com a
eidde d qua você a mesmo que ee esteja distante dea A rma
de cot um acoecimeo pode aumetr cosideravemete i
tesidade do teto.
A obsevação tamém pode ser indireta. Isso acotece quando usa
mos a imagiação ou a memóia. Nesse cso, buscase tsmiir a sen
sação de que tudo é verdadeiro. Uma nte inesgotáve de observação é
eitura como á dissemos ateriomete.
ESCRITA RATIVA
142
• Descrção de objeos: "Óulos: instrumeno om lees que
amplam os objetos discaes ou peto do obsevador e que hes
pemiem uma visão ítida dos mesmos." - Douglas To
• Descrção de fncionamento Para operar sua avadora distri
bua a roupa uiormemente no entro da máqua. Em segui
da gre o botão do seletor de íve de áa, seleoe o proga
ma d lavagem apee o boão.
• Descrção de ambiene Os ampos e as ávoes pareiam a
da mais boitos sob a luz do sol Os pássaros aavam alegre
mee equato atravessavam o éu au De epee quado
a famía Otis etrou a estrada que oduia à masão Ca
terville, uves esuras sugiram o éu e gralhas voaram sem
paar tão gotas de huva omeçaram a air - O tasma
de Catevile Osar Wide
NUMERAR DSCRVR
RUBENS MACHIO
I4
Dissertação. Trate de ser convincente
Dissertação é um processo em qe o emssor expõe deas, discorre
sobre determnado assunto, argmena bsca convencer o nerlocor.
É sada em extos crcos eses exposção explanação e argmeação
Denndo o assnto os já ctados Emía Amara, Severno Anôno e
Maro Ferrera do Parocnio lembram qe "Dsserar é epor opnões,
pontos de vsta, ndamentados em argumentos e racocnos baseados
em nossa vvênca, nossas eras, nossas postras, nossas conclsões a
respeto da vda, dos homens, de nós mesmos.
Faando do pono de vsta da organção e do coneúdo a dsser
tação buscar defender m prncpo, demonsrar correspondênca entre
ideas e parágras, apresenar argumenos prcsos xempar, nro
dzr e concr, docmentar as armações e ser rca em deas.
A nrodção pode ser ncada por ma consderação geral ma
ctação ma nterrogação. No desenvolvmento, evte o excesso de con
junções conclsvas: poi, Lgo portano. A concusão deve apresenar,
aém da recaplação dos argmenos, uma dedução própra - não se
raa de reper o que do anerormene m rabalo nú para o
leto, que não quer e não precsa ver do de novo.
Algmas regras báscas para a boa dsseração são analsar as deas,
er a aprecação de prós e contras, procrar as casas e as consequêncas.
A disseração envolve elemenos como to, opnão, hpóese e
argumentação
• Fao é a realdade
• Opinão é ma manera de pensar sobre deermnado assuno
• Hpóese é ma deia suea a conrmação
A dedção e a dção são nsrmenos para a busca da verdade.
O racocno dedvo é o pensameno que pare do gera para o
parcar como neste exemplo Todo omem é moral. ( 1) Robero é
omem (2) Logo, Roberto é mortal 3
As duas prmeras proposições - 1 e 2 - camamse premsa maor
e menor respecvamene A lma 3 é a conclusão
Já a ndção é o pensameno que va do partcular para o gera.
ESCRITA RATIVA
14
Veja este exemplo:
Na primeira noite eles se aproximam
e oubam m for
do nosso jrdim.
E não dizemos nd
Na segund noite, já não se escondem:
psm as ores
mtam nosso ão
não dizmos nd
Até qe m dia,
o mais fgi dees
entr sonho em noss s,
roba-nos z e
oneendo nosso medo
ananos vo d grgn
não podemos dizer nad
(Euardo Alv da Costa, "No caminho, om Maakosi, em Poema)
RUBENS MACHIO
I45
• Revise udo. Supondo-se que escreveu como composior, leia-o
em voz om os ouvidos exigenes de um mtro par pe
eber flhas que ane não erm aparenes Faça com que o exo
mantenha um ritmo ele deve ant Revise de novo Se puder
deixe o rabalho de moho Depois ça uma nova evisão
• Agor e só gora ele esá prono
ESCRITA RATIVA
Potencializando seu conhecimento. Para atingir os sentidos
Mais do que conhecmentos, as pessoas qerem obter certezs.
Assim perguntmos: o que deve contecer pr qe o texto inuencie
o comportmeno do leitor? N opinião de Phiip Kote professor de
Marketin nerncion na Keogg Schoo of Mgemen, mensgem
compsta por inrmações, tos etc. deve tingir os senidos da pessoa.
Como m dvogdo que defende o ciente e desej ganhr cusa
não se limite a emitir sas opiniões sobre o o É mais segro e pru
dente anexr provs qe conrmem cada ma de ss palvas em vor
do cliente e contr o réu. Par isso
• Faça anaogias e, se r o aso, incla ma anedota
• Cone ma históri pesso
Apoie ses argumentos na toridade de m especalist o
conte um cse.
• Cite m dado estatstico sobre a qestão presentada.
• Se o simpes o de efrir-se m valor como 5 mi dóaes
orn a inrmação vaga, use ma o mais reerências conhe
cidas peo eior Dig, por exemplo qnos aprmenos o
qntos caros poplares é possível comprar com esse dinheio.
tor mis crs s ideis presentads den termos qe
de otr mneir poderiam csr mentendidos.
• Algums pessoas não veem citções com bons olhos ms há
quem goste desse recuso comprovdamente váido. Flndo
sore o uso eqente de citções em sa obr escritor Ma
rinne Moore diz que pens procrva ser honest e não rou
ar coiss A pegnta qe sustent tese de Moore é qe se
ma coisa i di d meho maneir como se pode dzêo de
rm ind melhor? Se queri dizer lgo e l gém o havi
dito da maneira ideal, então ea utilizava as mesmas plavras,
sem esquecer de d o crédito à pesso Moore diz: "Se você está
encntdo com m ator creio que pecisri ter um imagina
ção muito estrh e doenti par não quere comprtil ess
sensção Algém mis deveia ler isso, não ch?
RUBENS MACHIO
I47
• Cite um evento, dê exemplos e apresente tos.
• Mostre ilustrações: tos desenhos etc
• Rera-se a nocias publcadas pela mídia.
• Vá buscar na istória um pano de no para sua defesa ou a
desa de um de seus aspectos.
• earme os conceitos apresentados
• Por m não eixe de ado a rça do testemnho de alguém
tavez um prossional, que goe de credibilidade junto a se
púbicoalvo mesmo que não pertença ao mundo acadêmico à
comunidade cienca etc
ESCRITA RATIVA
148
1 . Premissa maior robema Itrodução
2. Premissa menor Comprovção Desenvolvimnto
3. Concusão Convie à ação Concusão
RUBENS MACHIO
149
Na opinão de Chales Dickens, oveista ingês autor de Olver
Twist, "os os é que vaem. Só o tos é que são necessáios na vda
já que nossa atueza est no movimeto, e o epouso competo seia
equivaene à mote.
Podemos anda desevove e apoda o texto pocuado cau
sas que atecedem as causas apesentaas Aém disso, temos a possibi
idade de ivestiga as consequências das cosequências apesentadas.
Agido assim a discussão ca mais viva, mais conea, mais cooida
e gaa em emos de cosstêcia.
A concusão (cosequência) pode se iiciada com um dos segui
tes emos:
O poque O po motivo de
O uma vez que O po causa de
O a medida em que O tendo em vista que etc
ESCRITA RATIVA
150
Perguntas universais. Todo mndo quer saber
O planejameno para uma boa comnicação não perde de vista
qe ea consise em denir qem diz o que paa qem, mediante qe
meios o eícos com qa oeio. Se ma pergna em rmlada
traz em si a meade da resposa m caminho qe pode condzr a res
posas ineessanes é ese:
QUEM?
O QUÊ?
RUBENS MACHIO
I5I
• Quais são as principais vaagens e desvantagens competiivas
de oss poposa?
• Quis so as vages e desvatages de ossos pricipas o
cos?
• De qe modo é páco da essa ideia maio persolidade
ompeiiv?
ONDE?
COMO?
ESCRITA RATIVA
152
• Onde vai la?
• Se o aso, inlua uma úlci1a pegunta: quato desejo ga
nha om isso?
Já que eles são mais eazes do que as palavas, aqui vão dois bos
exemplos de desrição. Um deles empesado da liteata
QUADO?
RUBENS MACHIO
I53
POR QUÊ?
ESCRITA RATIVA
154
Título e subuo. Convide o eior para enra
As pessoas leem para se inrmar sobr o que há de novo. A rvista
Reader' Digest (Seleções), considrda a pubicação mis lid do mundo,
em três princípios básicos para seus títuos:
• most uma vanagm ao lito;
• torne essa vanagm bem evidnte
• most como é cil obtê-a
O títuo é o tlegram que dcid s o litor lrá o txto. Não
lemos o jorn intiro Nossa decisão sobre o qu r acontc a
parti das manchets. E epae não gosamos qu nos nganm.
Po isso, comc com um tíuo de abetura re e um parágra
em destaque Lea - que xponham os benecios imdiatos para o
litor, traiam sua atnção por algum motivo. S o ttuo dcd a
entrada no tto o lea é qum o conduz dnitivament paa o seu
intrior Um dos maiors dsaios na escita é como iniciáo. A ta
re do lea é sgar o leitor com uma ideia povocatva prndendo
o a cada págr, crscentndo inrmções pouco pouco. O
fea pode se cuto ou ter o tamano de um parágra. m nunca
dixa d ado sse aspecto dnitivo a as mais important d um
txto é a pimeira. É le que evanta o probema zndo com qu o
lior diga ogo d cara, "opa, isso m in ss.
O rdator pubictáio Jon Caps ensina que os títuos é que f
zm os núncios ncionrm ar e os mors títuos aplm par
o inteess pssoa dos itos ou hs dão notícias novas Os títuos
longos com ago a dizr são mis cins qu os títuos curtos qu
não dzem nada. E lembra que cada títuo em como pincipal tar
parisr o eito com um promssa em que l possa acditr
S consguir er um ttulo que dga muito e ao mesmo tempo
sj curto tlegráco não s imprssione você pens stará no cmi-
1ho d peição.
Para obter esse esutado rcorr o uxíio da técnic escrv uma
séri d paavras qu rpesentem vanagns ofercidas pa idia paa a
qu você busca a povação por part do su pbicoavo. Depois tent
RUBENS MACHIO
I55
ransmar essa sequência em ases que reraem o pincipa benefcio.
Uma delas será o íuo do rabalo. As outras poderão ser aproveiadas
como subulos Não é ão dici.
Deixe o texto "de molho por um empo Mais arde, eome-o
para olháo com olhos descansados Enão poderá opa por um dos
tulos ou pea são das duas abordagens que julgou mais neressantes.
Um bom ulo seleciona eiores potencias qualcados e os
conduz ao exto. Po isso ele deve ser rresstvel. Recomendamos que
aprenda com os onaistas o que á leu nese lvro Ao ciar uos eles
procuram responder às pergunas:
O Quem? O Quando?
O quê Por quê
Onde? Como?
Anal de conas, são essas as indagações que as pessoas querem ver
espondidas na maioia das siuaçes
O melho uo é aquele que, embora matenha uma reação de
dependência com a iusração e o eo consegue er vida própria e
maner o poder de comunicação Como você desea que o leior se mova
na dreção da ideia apresenada embrese de incluir verbos. Aborde o
argumeno de venda do pono de visa da ideia, do usuário dos bene
cios de uso da la que az ou ra da concorência ec
ESCRITA RATIVA
156
• Desafo ou interpelação: esse gênero provoca uma respos
ta metal, muda. Ele contém um emulo apreentado em
frma de perguta, de uma proposção que geralmente não
passa depecebida Mas seja cauteloo Não fça como aquee
publictáro que sugeru a seu cliente uma empsa ara, um
slogan que dzia ago amedrontado como "Acete o desafo de
voar coosco
RUBENS MACHIO
I57
Pergunado sobre o momento em que criaa o íulo, Ees He
mngvy disse que não o zia duane o poesso de ição d his
óia O escrio eaoaa uma reação de tíulos depois de erminar
o cono ou o io. Ess lisa segundo ele poda cheg a e é em
deias Então ele começaa a seeção, eliminando alguns e às ees,
odos. Cem ideias! Isso pee muio? Pa alguém ujo níe de
exgência o leou ao pêmio Nobel de Lieatu isso e pens
nomal. Uma coisa eplica a ou.
ESCRITA RATIVA
158
possíve ter vsões o meo desta louura enéca grara e em
puões. As vsões são obidas somee meo do slêni e a
mediação" Ê sso
• aã raraã;
aã - maã ma m
rmr rah brainstoming;
raã araã
rvã raã.
RUBENS MACHIO
I59
Quando se traa de adotar ma metodologia de trabalho, os roman
iscas peferem partir paa a viagem de expoação om os mais piiti
vos mapas. É o aso de Fançoise Sagan, qe arma preisar omeçar a
eseve para e ideias O poeso é semelhane ao que ooe om o
basileio ernando Sabino e já z hisóia dede Mahado de Ais Em
Htóri sem a, Mahado lemba: "Palava pua palava uma ideia
tra otra, e assim se a m livro, m governo ou ma revoução alns
dizem mesmo que assim é ue a nareza ompôs as suas espéies
Muitos romanistas são omo os hes de expedições ietías.
les onheem seus ompaheiros, sabem qe teióios irão ataves
sa, mas não sabem ao ero omo será o aminho, qe aventuras irão
enonar nem omo os ompanheios irão eagi quando rem pes
sionados até o limie. Seque sabem se o ontinene qe esão mapean
do existe no espaço ou somente em sua imaginação
ESCRITA RATIVA
to
Uma vz ness eságio de produção, relacione todas as nrmaçõs
qu dvm sr dadas a lit. Faça uma ista d udo qu diz rspt
à ideia principa.
Para qu su trabalho rnda ms, nã s procup cm a ordm
dos tópicos. Eles apenas devem sair de sua cabeça para o papel livre
mnt Sã cmo móvis rirados d caminhã clcados d manra
provisóra na nva casa durant uma mudança em dia de chuva quan
d udo dv sr fito com rapid sm qualqur prcupação cm
detahes, qu cam para depis Só assim você terá algo concreo sobre
o qu rabalhar, colcar m ordem dalhar
Senã como visualizr e tesar o mehor ugar para cada móve ou
paavra? m nossa comparação, é sua mene que precisa sr colocada à
vnad para auar quando vir a hora d scrvr
RUBENS MACHIO
IOI
precisa ser capaz de eprimir sua críica pelo menos por um miuto"
diz Wurma. Ele la sobre rasmar-se ieiramente em artista e
deixar de ado o juiz, com seu desejo icotido de julga o que ada
em acabou de ascer
Escev o texo rapidamente. Até oje não se inveou nada melhor
para esa eapa do trabao. Mais do que isso, esceva com o mximo
de velocidade e sem coreções que vião depois na oa de edia de
enm se juiz
A esse propósio Maupassan aconsela: Pona o peto o
braco Não se preocupe com o escio Esceva quaquer cois, mes
mo que seja um ixo, desde que a escia cubra o assuno. Depois você
começa a va Não se peocupe em mudar as paavrs ao mesmo
empo que escreve Po mais que se sina tenado disciplinese a zer
isso somen quando o pimeiro rascunho esive prono
O puo do go, nesa se consise em cir sem sínese escrever
udo o que e vier à cabeça sem a menor peocupação de ober o
melor resudo ogo de iício Bebês que ascem os cinco mess
de gavidez não sobevivem são ideis imoras Aguade aé que
chegue o momeo proposo pea naureza. E ainda assim não espere
que recémsaído do venre maeo ele diga umas palavas a título
de apreseação d s mesmo O mis imporne agoa é deixar as
ideis luírem na rma orgina sem interomperlhes o rimo que
deve ser celeado.
Não impora o que você escreverá no iício palavras sotas a
se sem seido, udo é lido esse momeo O que coa mesmo é
começar com iberdade e sem amrras de enuma naureza Deixar o
pensameto voa sabedo que o peço da pocrasiação é muito supe
ior ao cuso de fazer enavas.
Sobeudo, não se sita desecorajado po evenuai dicu
dades agumas são apenas aprentes Além disso elas acotecem
com todos os que um dia esolveam lar no papel
Pense em escritores como Wiliam Sakespeare T. S. Elio ou Ga
briel García Mrquez Nem mesmo ele poderiam criar uma ae imo
al após a ou como uma coreeza
ESCRITA RATIVA
Escreva a primeira paavra, a segunda a erceira e pegue go Faça
sair íscas da ponta ds deds e nã pare nunca. Não caprche na lera
se estive escrevend a mão nem revse enqua escreve, para eviar
que a nerpção enaqueça o lx das deias Aqu, vecdade é or
determinante Corra Um truque vaiosssmo: enquano escreve uma
palavra e anes que isso temine pense na oura nas uras e deixe-as
na pona do ápis Essa é a técnica bemsucedida, uiiada por repór
teres que dispõem po exempo de dois mins para de imprviso
narrar um o sem gaguejar ou rechear cada ase com né? t? e ouas
quinquiarias despezveis
Nossa cabeça só sabe rabaar em alta velcidade Ela é como um
cmpuadr de assima poência, capa de produzr muias ideias em
m mnu. Mas se nssa mão que z o papel de impessra, nã cor
responder a esse dinamismo, perdendo empo cm a are de desenhar
leras em vez de regisrar deias a quaidade do resuad na car
seriamene cmpomeida
Nã será esse o mhor argumeno cnra a idea de escrever
texos em grup? Clao que sim Redação, segund mostou aé ago
ra a experiência ds maiores especiaisas cnsutads é trabah
soliário, indivdua
A idea de abao coivo da maneira como acnece cm
requência, só é defendda po esudanes preguiçosos, que nem se
que êm coagem de enenar ma a de papel ou própio
medo de acassar Represena uma aiude pica de gene maura e
sem vonade própria coisa que no combina em nada com escrever
de maneira prssiona
Isso signica a more das possiidades oerecidas pea ciação em
grupo Não Apenas o deseo de eimina o extremo desgaste e o baix
resuado bido nessas expeiências Anal tods sabemos o quanto
eas pderiam ser bem mais rcas qand vvidas adequadamene
Se não queremos ou não podemos descara a produção grupa,
que ea ao menos seja prduiva Não há nenhm misério em udo
isso, mito meos razões paa resisências e proesos Basa dvidi o
temp disponve para a edaçã em três bocos
RUBENS MACHIO
1. Eleição do redator e binstormin com a participação integra
do grupo - nes se, o redaor apenas noa as ideias e o z
na ordem em que elas chegam (eja o que dssemos no em
"Rcone s nrmações)
2 . Trabho indiviual do redor, preimente escolhido.
3 Leu e reoques ns, nomene enolendo odo o gupo.
ESCRITA RATIVA
164
Partndo desse prncípo, magne um texto construído com e
quete nterupçõe da corrente de dea ora para reler o que e
crto até aquele mometo ora para ouvir o papte muto bem-te
coado do coega ao ado egudo o qual trabalhar em grupo gca
todo erem tudo ao mesmo tempo.
O txto cará trucado, podedo ugerr a magem de uma es
cadnha ou como acontece na maora da veze va car parecdo
com cosa ehuma com um gotnho acetuado de "ubtrato de
po, d e ad a.
Mas sabemos que ão é ese o meor resutado. Ate, o texto
devera sugerr um tobogã no qua o letor podera entar-e u to
é sem precsar de um maual de struções para compreender o que
era ldo Melhor ada: ao pear que ra car a letura ele já tera
termado tamanha a uêca do texto.
Uma vez encotrandose oado, corra voe obre o papel ou a
tela Não ça tervaos Isso mpca perda de rtmo. Nuca vote para
reer o que escrevu Iso ca para dpos, na hora da edção
Para aumetar a potênca do motor use a técca sobre a qua já
lamo: equato ecreve a paavra laranja, pene e a próxma paavra
a mas adequada para exprssar seu pensamento era a paavra doce,
aze, amare ou oura qualquer Só ão permta a nterpção ao r
necmento de eerga
Quato maor a cocentração e a veocdade mehor O papel de
racunho exste para rascuhar rabcar Ele não recama não se n
comoda de carrgar um texto que só você coegue er Dexe a letra
bonta por conta do computador mestre na artes gráca. Ee doma
muto mas o asuto do que todo ó uto.
O traaho de zer etra bonta deve ser reervado ao prosoas
que atuam em empresa especalzadas na confecção de paés pacas
xa etc. Não pratque esa concorrêca abomáve. Gate eu pre
coso tempo em atvdades como pensar, crar ter dea brlhantes e
tranmta da maera ma taetoa poíve.
Asm em os grades escrtore. E ão á por que não apren
der com quem abe er muto bem Ao meno até que dpona
RUBENS MACHIO
IG5
de conhecmentos, habildades e experênca sucentes para pro
var que estão equvocados. Só não é muto ntlgente insst em
permanece na contramão antes de ter ago melor a sugerir para a
comundade lteáa.
ESCRITA RATIVA
Depois de esceve o texto, pepae-se paa eescevê-lo. É isso o
que Albalar quis dize.
Enxge e edite o que esceveu A maioia dos ascnhos iniciais
pode se cotada pela meade sem pede nenuma nmação impo
ane o compomete a intenção do auto Po exemplo comece o ta
bao expeimetando descata a pimea ase qem sabe o pimeo
paága o efeito pode se speendente
Cote esta paava, sbstitua aqea mde a odem d uma as
se o caso Simpliqe Exugue ao extemo. Faça isso até sei qe
suas ases estão ealmente impas isso dstnge os escitoes pos
sionais Ees não senem mais a necessdade comum em algns pinci
pianes, de impessiona editoes e leitoes.
Descuba pontos em qe uma palava pode subsit uma ase E
idenie as ases sobecaegadas aquelas que devm cmpi mui
as nções ao memo tempo Cote ases ongas a pai da vígla
substitidoa po um potonal e iiciado ota com o que eso.
Test m paága Relia cada as E tnha a coagem de
pegnase se todas as paavas cmpem alguma nção Caso co
áio cote elmine os excessos. Depos veja se mesmo assim a ideia
cotia inaleada
Faça uma "opação peneno paa descobi se ão exstem
epetições iúteis ago que possa se sbstiuído po paavas mais
es e exíveis
Os adetivos e advébios ão alecem o texto? Coeos Os ve
bos são mais es do que os subsanivos Os vebos a vo ativa pe
íveis aos vebos a voz passiva Palavas e ases cutas são mas áceis
de le e entede do ue as longas Detalhes concetos são pocessados
ieamene com mais cilidade do que as abstações vagas. Não te
a medo de ze cotes sbsttuições
Revis signica se cieioso com elação ao cotedo que vai de
emia a qualdade nal da oba iteáa Isso sem estana se sgi
m estágio adicional qe costuma apaece após a evisão. Tatase do
implso paa ma ova oba necessáia paa discuti mais poda
mee detemiado aspecto do abalo atual
RUBENS MACHIO
Como você verá a partr de agora, alguns escrtoes são mosos
não só pela habldade, mas pea impedade com que cortavam paa
vras e ases.
Joyce ay dz: "Tabahe em cma de odo o seu lvro e corte tudo
o que não pertence ao desenvovmeno emocona, à tetua do sen·
meno E ames hurber conrma a tese: Uma hstóra que eu esava
escrevendo i reescria 15 vees por compleo.
Geoges Smenon cora adjevos advébios e todo po de paava
que segundo ee está á só para er eto da vez que enconta ago
assm em um dos seus romances, é para ser coado. ssa é a caracterís
tca marcante de suas revsões
Para Wuman uma ase cara não é acdenta. Pouqussimas
saem certas na prmera vez ou mesmo na tercea O sgncado é no·
avemente gdo. Sempre me surpreende o o de as pessoas acha
em que os escrores prossonas aceam na primea tenava Ao
contáo, nnguém rescreve mas do ue o verdadeo possonal
B Whte e T hurbe, que eram scrors reescreviam oto ou nove
vezes seus teos
Lembre-se: você está enenando dos adversáros muto po
derosos. Um é a tendênca que quase todas as ases êm de sar só
um pouco erradas. O outro a ixa de aenção do eior médio que
é mnma.
Portano, não heste em se coocar no ugar dele e perguntese
"stá perfetamente caro? Se num teto que está preparando, uma
ase não z sentido paa você, o mesmo rá ocore com os ue a
eem Se algo agum pedaço de nrmação de que o leor neces
ste está ltando, escrevao Quando se trata de obter careza não
heste em ser chato Afna, ela é um eemento ndispensáve na are
de gerar compreensão.
m seguda, ça como dse que Gore Vda! a termine a pr
mera versão e só depos dsso releia o teto dee paa reer amanhã
o que esceveu hoje relea em voz aa, do começo ao m tomando o
eto pea mão e evandoo paa a ente Nada mehor para a saúde de
um teto do que ca algumas horas de molho epousando sencosa
ESCRITA RATIVA
168
mene De volta ao que escreveu, sempre enconrará ago que pode ser
mehorado dio com mais ineresse e vigor.
Bead Maamud gaante ue os escitores que escrevem apenas
um ascunho esão enganndo a si mesmos. Ele acredia que os prmei
ros ascunhos são para sabe sobe o que será o romance ou o cono Já a
revisão é rabahar com esse conhecimeno paa aumenar e desenvover
uma idea; em outras paavas para ermá-a
Maamud z uesão de lembrar que D H Lawence po exem
po fe sete ou oito ascunhos de O arco-íis e acescea que o pimero
rascunho de um ivo é o mais incero E quando você precsa d co
ragem e da capacidade de acear o impereio aé consegui mehora.
A revsão para ee é um dos verdadeios pazeres de escever. "O
omens e as coisas de oje costumam ca mais níidos e verdadeios
na memóra de amanhã" disse Thoreau
John dos Passos ambém a um bocado de revisões Cega a revi
sar alguns capítuos ses see vees Sua expeiênca em mostrado ue
de vez m quando se consegue a cosa cera na primea ve Mais e
quenemen e não A esse propósito Passos embra George Mooe que
reescreveu omances ineiros Um pouco mais adiane voldo a ar
de s mesmo on acrescena que normamene escreve aé o ponto em
que o rabaho comça a pioar em ve de mehora Enão considera
que ese é o momeno de parar e pubicar
Crisopher Ishewood segue o mesmo camino: reescreve bas
ante escrior arma que não cosuma cismar com uma coisa mas
senar e reescreve o abaho ineiro Tano paa Um homem s6 como
para Encontro à be do ro, escreveu rês rascunhos completos Após
ze anotações em um ascunho senavase e reescrevia desde o iní
cio Achava esse méodo muo meor do que acrescenar remendos
e amputar pedaços É preciso repensar a coisa compeamene di
a om mais equncia do que se imagina um probema dici de
resover em uma ase pode ser solucionado por simples descae No
enanto muos nsisem em emendar e emenda a ase problemáti
ca E isso, com euência condu a uma situação ainda pior Diane
do pono probemáico ça a perguna Eu preciso mesmo disso?
RUBENS MACHIO
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Em geal, a esposta seá" Não. Remova-o e veja omo o eho ga
nh um nov vid.
Achony Bugess evisa à medida que eve ada pága, não a ada
apíulo o o livro rodo Revs o iv todo o deiaia entediado dela
Enest Hemigway sempe eesea na manhã seguinte o e
ho do d nteio. Qundo bv epaava tudo outa vez Dessa
maneia tinha mas uma hane de oigi e eeseve quando outa
pessoa datilogav A lma opotunidade onteia duante evi
são das povas. Hemngway destaav o o de que ea bom te antas
hanes diences
E quanas ezes ele eesevia um texto? O esito diz que isso
vaiava de so pa aso. Em Ades às armas, po eempo eeseveu a
última página nta e ove vezes até a sisfeito. Não que houvesse
agum pobema téio eoda Ea penas pa pô as palvas do
eito eco.
Heny Mille também dise que o meo de vezes que evsava
ou modiava um teo soia muitas vaições. Um oisa ea eca: ele
nuna zia qualque oeção ou evisão duate o poesso d esit.
Pmeio esevia algo de quaque jeito apenas paa dispo de mate
ial p abalh Deiv o teto de moho dunte agum tempo um
mês ou dois e depois que baava poei etomava o abalho só que
om ouos olhos. A dvetase vale Cmeçava tbalha nele om
mahdinha amou Ele embava que nem sempe e ssim poque
às vezes o teto j sía quase omo ee gostava.
Conui é ão impoante quanto iniia. Potano, dediquese ao
g nfna/. Invista na esolh d ase fnal. E p te etez de que
nada esapou poue e o seu texo em voz ata. É damena pes
ta ateção à sooidade das palvas. É ndamental pesa aenção à
sonoidade das palvas.
ESCRITA RATIVA
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Você só precisa acredtar que é capaz e começar a pratcar. Lem
brando o edador Paulo Frer, "A esprança qe não s z na ação
não é ma espeança espeançosa.
O enontro om o sesso é ago mto pessoal e deve spor o
pleno uso do live-arbítro. Em minhas palestras e cursos costmo
hamar a aenção para o papel do onte no proesso de aprendza
do. Lembo que exste em nossa mente e coração ma fecadra qe
só abe por dentro
Discreta
à
(Margaee Schiavinato)
RUBENS MACHIO
I7I
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172
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I73
O autor
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