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 "A educação para a cidadania constitui um conjunto complexo

que abraça, ao mesmo tempo, a adesão a valores, a aquisição


de conhecimentos e a aprendizagem de práticas na vida pública.
Não pode, pois ser considerada como neutra do ponto de vista
ideológico". 
Ref:Mario Sergio Cortella
Percebe-se que o colapso da política nacional, a partir de
2016 com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e
da atuação inconsequente do governo Temer até então,
produziu uma atmosfera social muito preocupante
sobretudo porque se assiste o desmantelamento de
políticas públicas implementadas para buscar proteger
as classes sócio-econômica-cultural e educacional
historicamente fragilizadas ou excluídas da possibilidade
de também protagonizarem suas performances de
cidadania. A sensação que temos é que o sonho acabou e
que não só reina a incerteza, a certeza da injustiça
amarga a nossa realidade.
Há de ser tarefa de todo ser, imbuído do espírito de
ética, procurar entender a dicotomia dessa política e
contribuir a transformá-la, pela reflexão e prática, em um
gerador de justiça visto que o sistema em que vivemos
acentua distorções que comprometem o equilíbrio social
e com certeza tem atingido a saúde emocional,
intelectual, física e também espiritual se se entende o
ser humano em uma dimensão holística.
O fato é que viver socialmente faz parte de uma
engrenagem que provoca a necessidade de se encontrar
lugar para as subjetividades, individual e coletiva,
semelhante ao fenômeno físico acústico da série
harmônica no qual uma nota musical executada gera um
campo de ressonância, digamos assim: a existência de
várias outras notas. Um exemplo que tipifica esse
fenômeno é quando se toca uma tecla na região grave do
piano e a sustenta com o pedal mecânico responsável
pelo prolongamento de notas musicais. Pode se
aproveitar este exemplo para compor a seguinte alusão:
o meu existir e o do outro compreende um lugar que
legitima a vida em nós. Posto isto podemos dizer que a
política, em essência, guarda relação com o aludido
anteriormente, na medida em que, o princípio desta é
legitimar a vida a partir da intrínseca natureza do
coletivo como algo também que habita cada indivíduo.

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