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Apocalipse 22:17
E o Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! E quem
tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
INTRODUÇÃO
Outros tantos, rebanhos inteiros, estão frios dentro das igrejas, desanimados,
perderam a paixão do primeiro amor, esfriaram a chama pelo Espírito Santo
dentro de seus corações. Queremos, nestes dias, confrontá-lo a renovar a
chama e a viver o amor conforme o padrão de Deus. Quero também estimulá-
lo a navegar pelo rio que nasce no trono de Deus. Oro para que nestes dias de
jejum e oração, você alcance revelação de Sua vontade para sua vida,
enquanto você usufrui da intimidade de Deus.
Mas de nada adianta termos odres vazios. Precisamos do vinho, o qual nos
fala do derramar do Espírito Santo. Tais derramamentos são usualmente
chamados de duas maneiras: avivamento e despertamento espiritual. Os dois
conceitos são diferentes. O despertamento é algo localizado, restrito a algumas
igrejas e menos profundo; enquanto o avivamento é sempre algo abrangente,
de repercussões muitas vezes nacionais e que atinge os muitos segmentos da
Igreja.
Para que você participe do mover de Deus em sua geração, assuma uma
postura de abertura para a multiforme maneira de Ele agir. Para alguns,
avivamento é sinônimo de curas, sinais e maravilhas, mas pode ser que Deus
se mova com arrependimento e santificação, sem milagres. O nosso
preconceito pode nos deixar de fora do mover.
Outra atitude bloqueadora de nossa percepção é o exclusivismo. Alguns
pensam que sua própria igreja local, sua comunidade, possuidora de uma
doutrina tão bíblica e correta, deveria ser o meio para Deus começar o Seu
mover. Todavia, se o Senhor resolve começar Sua obra em outro lugar, tais
pessoas se fecham e tornam-se amargas opositoras.
Por fim, há os mitos evangélicos. Chamo de mito tais afirmações do tipo: “Se
fosse de Deus, não causaria divisão”. Quando lembramos que Jesus não veio
trazer paz, mas espada, podemos ver que esse mito não se sustenta. O
Senhor causou divisão em todos os lugares onde foi e ainda hoje continua
sendo assim em Seu mover.
Outro mito: “Se fosse de Deus, não seria tão emocional”. As emoções estão
por toda a Bíblia: Davi dançou, chorou, lutou. Jesus chorou, se alegrou e se
irou. Nós fomos criados à imagem de Deus. Se somos seres emocionais, será
assim mesmo que Deus operará em nós. Às vezes penso que o padrão de
muitos pastores seja o Dr. Spock, de jornada nas estrelas: sem sentimento, frio
e muito racional.
Outro mito é este: “Se fosse de Deus, ele não faria isso publicamente”. Mas é
exatamente o contrário. Muitas vezes Deus fez com que seus profetas fossem
a própria mensagem. Isaías andou nu, Oséias se casou com uma prostituta e
Ezequiel encenava suas mensagens.
Há ainda outro mito muito comum: “Se fosse de Deus, não seria tão
bagunçado”. Infelizmente o nosso conceito de ordem não é o mesmo de Deus.
Basta comparar uma floresta com um parque reflorestado. A floresta parece
uma bagunça completa, mas é apenas aparência, pois existe ali uma ordem
perfeita e sutil. Mas veja um campo reflorestado, as árvores estão todas
enfileiradas. Tais lugares apenas mostram que a nossa ordem é obsessiva e
neurótica. Quando alguns olham para as estrelas talvez achem que tudo está
muito bagunçado. Se alguns pastores fossem organizar o céu, este, com
certeza, seria quadriculado.
3. SENSIBILIDADE AO PECADO
4. VIDA EM COMUNIDADE
5. FRUTIFICAÇÃO E TESTEMUNHO
6. PERSEGUIÇÃO
Que o Senhor nos capacite a ver o Seu mover e nos dê discernimento para
distinguir a embriaguez meramente humana daquela produzida pelo Espírito
Santo.
2º DIA
O EQUILÍBRIO ESPÍRITUAL
Como é bom sermos cheios de Deus, acordarmos cedinho e nos perceber tão
sensíveis a Ele. Como é precioso começar a orar e já sentir o Seu toque.
Quando temos um coração sedento, basta começar a orar e rapidamente
haverá aquela ignição espiritual, um ambiente de glória, uma formidável
sensibilidade ao fluir de Deus. Se nos voltarmos para a unção de Deus, nunca
mais seremos os mesmos, antes nos tornaremos incendiários celestiais na
seara deste mundo.
Mas há alguns que não recebem porque lhes não falta fome e sede de Deus.
Outros tantos não têm o coração para crer que Deus pode mudar suas vidas
em um instante. Alguns ainda não perceberam o poder de se ter uma
experiência com o Senhor. Todavia, nós cremos que alguém pode ser
completamente mudado depois de receber um toque do Senhor, depois de
receber da virtude do céu.
1. A PORTA E O CAMINHO
Entrai pela porta estreita; (larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à
perdição, e muitos são os que entram por ela); porque estreita é a porta, e
apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam
com ela (Mt 7.13,14).
A trajetória da vida cristã envolve dois grandes princípios: entrar por uma porta
e percorrer o caminho. Enfatizar um deles e excluir o outro resultará em
desequilíbrio e extremismo. Entrar por uma porta significa passar por uma
crise. A passagem por uma porta significa que abruptamente, depois de uma
experiência, nos vemos em uma nova posição, em um novo lugar. Entrar pela
porta significa que em um período muito pequeno surge uma diferença
tremenda.
Algumas pessoas marcam esses encontros com Deus. Elas esperam por isso e
anseiam receber, como foi o caso de Jacó. Este quis ser mudado, por isso
lutou com Deus. Ele sabia que bastava um toque, uma Palavra do Senhor e ele
seria um homem transformado. Deus de fato tocou na vida de Jacó e ele nunca
mais foi o mesmo. Daquele dia em diante não era mais Jacó, mas se tornou
Israel, Príncipe de Deus, alguém que teve um encontro com Deus e, em um
instante, foi mudado.
Jacó buscou este encontro, mas na Palavra de Deus há outros que nem
mesmo estavam esperando por Ele, como é o caso da mulher samaritana. Ela
ia buscar água no poço todos os dias, mas um dia não foi como os demais.
Jesus estava esperando por ela ao lado do poço. Naquele dia, ela bebeu de
uma água que mudou a sua vida. A Água da Vida veio para dentro dela. Foi
Jesus quem se ofereceu e veio a ela quando ela não esperava.
Talvez você nem estivesse buscando, mas, ao receber este livro, o Senhor
programou um encontro com você. Este livro está em suas mãos porque o
Espírito Santo o trouxe até você. Se você crer, poderá ter uma experiência de
porta hoje, uma mudança instantânea e completa em sua vida.
A Bíblia mostra que o povo de Israel, estava para entrar em Canaã e conquista-
la. Mas, antes disso, eles deviam atravessar o rio Jordão. Este rio é a porta,
mas a conquista da terra é o caminho. Os israelitas tiveram que atravessar o
rio, mas, depois disso, eles tiveram um longo processo de conquista. O rio
Jordão foi uma crise, mas a conquista era um progresso.
Equivocadamente, muitos concluem que o pau que nasce torto não pode
endireitar-se de uma hora para outra: “A vida inteira o sujeito foi uma encrenca
e agora virou santo”, dizem ironicamente. É assim que o mundo diz, mas
precisamos sustentar o testemunho de que Deus tem poder, não apenas para
curar qualquer enfermidade, mas para endireitar qualquer caráter torto e
qualquer temperamento doente.
A Bíblia mostra que Saul se tornou rei de Israel. O pai de Saul se chamava
Quis e certo dia as suas jumentas haviam se extraviado. Quis pediu a Saul que
fosse procura-las. Saul saiu de casa para procurar as jumentas do rebanho de
seu pai, mas ele não imaginava que voltaria outro homem. Deus tinha algo
para fazer em sua vida. Como ele, muitos de nós, em um dia qualquer em que
apenas saímos para trabalhar, não estávamos esperando nada de especial,
Deus vem nos encontrar no caminho. Você não estava nem sonhando, mas
Deus tinha um ministério para você. Saul nem imaginava, mas Deus tinha um
trono para ele. A Bíblia diz que Saul encontrou com Samuel e veja o que o
profeta lhe disse:
Saul foi transformado em outro homem. Eu sei que você espera por um
processo, quem sabe mais outro tratamento, disciplina ou ainda mais um
tempo de discipulado. Estas coisas são boas e necessárias, mas hoje você
precisa ter uma expectativa santa de um milagre instantâneo em sua vida.
Chega de estar onde está, de ser apenas o que é, queira mais de Deus. Ele
tem mais para você.
2. A ÁGUA E O FOGO
E disse Eleazar, o sacerdote, aos homens da guerra, que foram à peleja: Este
é o estatuto da lei que o SENHOR ordenou a Moisés. 22 - Contudo o ouro, e a
prata, o cobre, o ferro, o estanho, e o chumbo, 23 - Toda a coisa que pode
resistir ao fogo, fareis passar pelo fogo, para que fique limpa, todavia se
purificará com a água da purificação; mas tudo que não pode resistir ao fogo,
fareis passar pela água. (Nm 31.21-23).
... para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra. (Ef
5.26).
A água da Palavra é uma maneira de sermos depurados por deus. Jesus disse:
“Vós já estais limpos pela Palavra que vos tenho falado” (Jo 15.3). É a Palavra
que nos separa para Deus, purifica e santifica das coisas do mundo. Cada vez
que você ouve e recebe a Palavra, você é lavado por Ele. Todavia, todos nós
precisamos reconhecer que existem áreas duras em nossas vidas, as quais,
mesmo depois de ouvirmos a Palavra, parecem inalteradas, difíceis de ser
trabalhadas e transformadas. A regra apresentada no livro de Números é clara:
“Aquilo que é macio é purificado pela água, mas as coisas duras devem ser
passadas pelo fogo”. Ou seja, para as áreas macias de nossa vida, a água é
suficiente; mas, as áreas mais duras, é necessário o fogo de Deus.
Você precisa buscar o fogo de Deus. Não basta termos a água da Palavra, nós
precisamos do fogo do Espírito Santo. Essa combinação santa da água e do
fogo é que de fato transforma todo o nosso ser.
O que é fogo de Deus? O fogo de Deus pode vir de duas maneiras em sua
vida. Como as línguas de fogo, as labaredas que vem sobre você para
incendiar o seu próprio espírito. Mas o fogo também pode se manifestar por
meio do tratamento e da disciplina. Quando Deus disciplina você, Ele está lhe
colocando na fornalha. É o que chamamos de fornalha da aflição, da dor e da
dificuldade. Deus permite que essas coisas venham para tratar com as áreas
duras de sua vida.
“Pastor, eu não quero esse fogo”, você pode dizer. Então busque o outro,
porque, se não tiver o fogo do Espírito, precisará do outro fogo. Mas uma coisa
é certa: as áreas de sua vida que tiverem que passar pelo fogo passarão de
uma forma de uma forma ou de outra: seja pelo fogo da unção, seja pelo fogo
das circunstâncias. É melhor, portanto, deixar o fogo do Espírito incendiar a
sua vida. Tudo o que vem de Deus é bom, mas nem tudo o que vem de Deus é
momentaneamente agradável.
Então Elias disse a todo o povo: chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a
ele. E Elias reparou o altar do Senhor, que havia sido derrubado; Elias
restaurou o altar do SENHOR, que estava em ruínas. Então caiu fogo do
Senhor, e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, e o pó, e ainda lambeu a
água que estava no rego. (1Rs 18.30;38).
Antes que Deus pudesse lhe responder com fogo, Elias teve que restaurar o
altar do Senhor que estava em ruínas. Para que o fogo caia, a primeira
condição é que o altar seja restaurado. O altar é um símbolo que nos fala de
consagração e entrega. Quando entregamos o nosso tudo diante do Senhor,
podemos esperar o Seu fogo, pois teremos tudo de Deus quando Ele tiver tudo
de nós.
Quanta gente faz planos arrogantes, querendo viver sua vida independente de
Deus. Tais pessoas ignoram, desconsideram importante conhecer a vontade
de Deus. Aquele que se consagra jamais se desvia do propósito ou se perde
no meio da jornada. Para este, não há tempo perdido dando voltas ao redor do
monte, andando em círculos sem chegar a lugar algum. Para aquele que anda
segundo o Seu propósito, a promessa de Deus é que todas as coisas sempre
cooperarão para o seu bem. Ainda que o inimigo se levante contra ele e, às
vezes, pareça haver uma perda, a verdade é que aquele que é consagrado ao
Senhor não pode ter perdas nem ser derrotado, porque Deus muda as
circunstâncias, fazendo todas as coisas cooperarem para o seu bem.
A glória do Senhor enche a sua casa quando o sacrifício está sobre o altar. O
fogo veio sobre o altar quando Salomão inaugurou o templo.
Tendo Salomão acabado de orar, desceu fogo do céu e consumiu o
holocausto e os sacrifícios; e a glória do SENHOR encheu a casa.
E os sacerdotes não podiam entrar na casa do SENHOR, porque a glória do
Senhor tinha enchido a sua casa. (2Cr 7.1,2).
Quando Isaías disse ao Senhor: “Eis-me aqui!”, o anjo lhe tocou com abrasa
do altar. Há um fogo que queima no altar de Deus e todos que se achegam
diante do altar serão tocados pelo fogo de Deus. Também no Tabernáculo o
fogo jamais poderia se apagar. Levítico nos diz: “O fogo arderá
continuamente sobre o altar; não se apagará” (Lv 6.13).
Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos
prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de
ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. (Ap 5.8).
E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro,
nem olhar para ele.
E eu chorava muito, porque não fora achado ninguém digno de abrir o livro
nem de olhar para ele.
Sendo Deus fogo consumidor, Ele deseja que seus ministros sejam labaredas
de fogo. A vontade de Deus é que haja fogo em nós. A primeira condição
para que o fogo venha é ter o altar e este restaurado. A segunda condição é
acumularmos muito incenso na presença do Senhor.
Algumas pessoas nos dizem: “Eu não entendo por que se ora tanto aqui”.
Alguém chegou a nos dizer: “Responda-me uma coisa, pastor. O que vocês
fizeram de tão errado para que tenham que pedir perdão a Deus por tanto
tempo?”. Você percebe o conceito das pessoas sobre a oração? Precisamos
jejuar e orar, até mesmo por 40 dias, para acumular incenso até que pessoas
assim sejam quebrantadas pelo fogo de Deus.
No Getsêmani, Jesus fez uma pergunta inquietante a Seus discípulos: “Nem
uma hora pudestes vós vigiar comigo? (Mt 26.40). O Senhor nos mostra que
orar uma hora é o mínimo que podemos fazer para acumularmos incenso em
Sua presença. Já o Livro de Apocalipse nos diz: E da mão do anjo subiu
diante de Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos.
Essas orações, lançadas de volta a Terra, foram feitas sob forte pressão. São
muito específicas, tais como: “Venha o teu reino, Senhor!”. Por causa das
orações, Deus executa o Seu mover sobre a Terra. A oração é o canal por
meio do qual o Senhor age na Terra. Ele escolheu agir mediante a oração do
Seu povo. O mover de Deus é resultado da oração dos santos. Por isso, nós
precisamos orar. O Espírito Santo vem para produzir em nós o clamor e,
quando existe um clamor verdadeiro, Ele age. Seu mover é fruto de oração.
Observe que as orações são oferecidas no altar que está diante do trono de
Deus. É fascinante que, sem o altar, as orações não possuem uma base
adequada para serem oferecidas diante de Deus.
Mas, além disso, observe que o anjo misturou o fogo do altar com as nossas
orações. Quando ele envia de volta nossas orações, elas já não possuem a
mesma forma de quando subiram, elas retornam na forma de fogo. O fogo só
vem se houver oração para ser misturada com ele. Assim, sem oração não há
fogo e juntos eles constituem uma mistura explosiva.
Onde não há oração também não há fogo. Onde não há muita gente orando e
buscando a Deus, em unidade de propósito, não haverá fogo. Louvo a Deus
porque há muitos vencedores em nossa geração. Há muita gente trabalhando
com Deus. Talvez a taça ainda não tenha se enchido, mas ela vai se encher
uma hora dessas. Então o anjo do Senhor pegará esse fogo e irá misturá-lo
com as nossas orações. Nesse momento, Ele a despejará sobre a Terra e
então haverá vozes, trovoe e luzes.
Algo certamente vai acontecer. A Palavra do Senhor será liberada e os
fundamentos do inferno serão abalados. Tudo isso porque o incenso
misturado com fogo está caindo sobre a Terra. É isso o que nós queremos na
Igreja. Lembre-se mais uma vez que o fogo não vem sozinho, tem que haver
incenso subindo e também guardado na presença de Deus. O destino final de
nossas orações é voltar para a Terra, mas, quando voltam, elas vêm
misturadas com fogo. Se quisermos fogo, precisamos levantar incenso de
oração diante de Deus.
Houve um dia em que Davi cometeu um pecado grave diante do Senhor. Ele
ordenou o censo de Israel para saber quantos homens de guerra havia. Tudo
isso desagradou ao Senhor, pois naquela circunstância o censo era um sinal
de independência, uma postura de não depender da força de Deus. Como
conseqüência, Deus feriu a Israel, Davi, porém, se arrependeu diante do
Senhor.
Naquele dia Davi ofereceu no altar a sua oferta ao Senhor como prova de seu
arrependimento. E, como resultado, o Senhor respondeu com fogo. Deus
responde assim quando há arrependimento genuíno.
Você consegue imaginar a reação dos irmãos vendo o piso saltar diante de
seus olhos. Ninguém se conteve na presença do Espírito. Era o fogo de Deus
enchendo aquele lugar. Sei que houve muitas explicações científicas para o
fenômeno, como diferenças de temperatura, choque térmico e coisas assim.
O fato, porém, é que nunca vi cerâmicas saltarem em uma de nossas
reuniões, nem antes, nem depois daqueles dias. Espere por coisas
extraordinárias como selo do fogo de Deus sobre nós.
Nós estamos perante a face do Senhor clamando nestes dias para que Ele
nos mande fogo. Mas este só virá se o altar da consagração for restaurado,
se nós levantarmos o incenso das orações na presença de Deus e houver em
nós arrependimento genuíno. Vamos fazer uma oração bem simples: Deus,
mande o Teu fogo sobre mim. Incendeia-me, Senhor. Mande o Teu fogo,
Senhor. Eu quero restaurar o altar da consagração, da entrega na minha vida.
Que não haja impedimento para que o Teu fogo caia. Seja eu uma labareda
viva do Senhor.
4º DIA
CARACTERÍSTICAS DO RIO DE DEUS
A árvore da vida aponta para o Senhor Jesus, pois Ele disse que é a vida (Jo
14.6), a própria vida que é a luz dos homens (Jo 1.4). Assim, a árvore da vida
simboliza o Senhor Jesus, mas a Bíblia diz que a árvore da vida está na
margem do rio, e esse rio aponta para o Espírito Santo. O conceito de rio é vital
em toda a Palavra de Deus.
Esse rio que saia do Édem se dividia em quatro braços, ou seja, possuía quatro
extensões. Nós sabemos que o rio aponta para a obra do Espírito de Deus que
flui como um rio do nosso interior. O rio é um só, mas ele tem quatro braços, e
esses braços nos falam da obra completa e maravilhosa do Espírito de Deus.
Eles são chamados de Pison, Gion, Tigre e Eufrates.
Isso nos fala do Espírito Santo de Deus, que nos foi dado gratuitamente. Isaías
nos diz:
Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes
dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem
preço, vinho e leite. (Is 55.1).
É sem dinheiro e sem preço porque ninguém pode pagar, é a graça de Deus
estendida a nós. Esse rio está correndo hoje no meio do povo de Deus, fluindo
do nosso interior pela graça.
Na margem do rio Pison havia ouro. O rio da vida tem poder de trazer o ouro. O
ouro simboliza a natureza e a glória de Deus. Isso significa que esse rio tem o
poder de colocar em nós a natureza divina. A primeira coisa que precisamos
receber é a vida de Deus no novo nascimento pelo Seu Espírito.
Também se diz que bdélio e ônix são encontrados ali. O bdélio também pode
ser traduzido como pérola segundo alguns intérpretes. Essas pedras apontam
para a transformação, pois a pérola é um grão de pó que foi transfigurado.
A pérola é uma mistura de mineral com animal. Ela nada mias é do que um
glóbulo branco, brilhante e nacarado que se forma na concha da ostra, quando
um grão de areia penetra em seu interior, no fundo do mar. A ostra o envolve
com uma secreção e aquele grão de areia se transforma em uma pérola.
Isso certamente é um símbolo da transformação do crente. Sabemos que o
mar simboliza a morte. O Senhor Jesus, então, é como essa ostra que veio
habitar nesse mar da morte. Nós somos os grãos de areia que foram
enxertados nEle. Uma vez nEle, fomos envolvidos em Sua vida e, com o
passar do tempo, fomos transformados em pérolas para a Sua edificação.
Antes disso, não tínhamos valor algum e era apenas pó da terra. Em Cristo, o
Senhor nos atribuiu valor. O Espírito Santo tomou esse pó e o injetou em
Cristo. A vida de Deus começou então a nos envolver e a fluir do nosso interior,
dia após dia, até que fomos transformados numa pérola preciosa. Mas, Jesus
não é apenas a grande ostra, Ele é também o comerciante rico que depois de
encontrar essa pérola de grande valor, vendeu tudo o que possuía e a adquiriu
(Mt 13.45,46).
Na Nova Jerusalém cada porta é uma grande pérola. As portas da cidade são
grandes pérolas para indicar que entramos nela pela transformação e
santificação. Ali não entra o pó da terra que se tornou comida para a serpente;
mas entrará o pó glorificado em forma de pérola.
Isso nos mostra que o rio da vida é um rio de correnteza violenta. Essa
correnteza quebra aquilo que esta oprimindo e prendendo. Esse rio tem poder
de quebrar cadeias, porque a unção quebrará o julgo que está sobre suas
costas. Jesus disse: “Quem crer em mim, como diz as escrituras, do seu
interior fluirão rios de água viva. Isso Ele disse com respeito ao Espírito Santo
que haviam de receber os que nEle cressem” (Jo 7.38,39). Esse rio de água
viva é uma correnteza forte.
Diz a Palavra de Deus que esse rio vai para Cuxe, que hoje é a Etiópia. O fato
de ir para Cuxe mostra o poder do rio para mudar aquilo que não podemos por
nós mesmos.
Embora não possamos mudar a cor de nossa pele, ou seja, mudar a nossa
natureza, a forte correnteza do rio de Deus nos transforma e até nos glorifica.
O rio de Deus tem o poder de nos transformar. Não importa o que você era,
nem quem você é, se esse rio fluir do seu interior, ele tem poder para
transformá-lo. Ninguém tem o poder de mudar alguém, você não se muda,
mulher não muda marido, marido não muda esposa, pai não muda filho e filho
não muda pai. Não conseguimos mudar nem a nós mesmos. Essa é obra
exclusiva do rio de Deus fluindo em nós. Se o rio vier, ele o transforma, o muda
sem você ver, ele tira o coração de pedra, e põe um coração de carne.
Esse braço do rio flui da Assíria. Assíria significa lugar plano onde o rio inunda.
Isso mostra que esse rio é forte porque inunda a terra, mostrando a fonte de
vida abundante do Senhor.
O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que
tenham vida, e a tenham com abundância. (Jo 10.10).
Jesus disse que o ladrão vem somente para roubar, matar e destruir, mas que
Ele vem para que todos tenham vida, e vida em abundancia, vida sobrando,
vida como uma inundação (Jo 10.10). Não apenas esse rio nos inunda, mas
nós mesmos nos tornamos uma fonte para inundar quem está ao nosso redor.
Deus quer dar a você uma vida de inundação, como diz o salmo 84: Quando
passar pelo vale árido, você fará desse vale um manancial de vida. Aquele que
é cheio do Espírito, aonde chega não tem sequidão e nem aridez. O ambiente
pode estar pesado, mas quando ele chega fica livre, ainda que tudo esteja
seco, por causa do fluir do rio de dentro dele, logo começa a aparecer os
brotinhos verdes de vida. É o jardim de Deus, é inundação do céu. Aquele que
é cheio de Deus tem vida para si e tem em abundancia para abençoar os que
estão ao derredor dele também.
O rio da vida tem fluido e tem sido assim desde o princípio. Em Gênesis, era o
rio com os quatro braços que banhavam o Éden e que possuía ouro em suas
margens (2.14-14). Em Êxodo esse rio flui da rocha ferida no meio do deserto e
a rocha era o próprio Senhor Jesus (Êx 17.6; 1Co 10.4; Nm 20.11). Nos salmos
é rio de água cristalina que alegra a cidade de Deus, o santuário das moradas
do Altíssimo (Sl 46.4). Em Ezequiel esse rio sai do templo e se torna profundo
levando vida aonde quer que chegue (Ez 47.5-9). Depois vemos em João que
na cruz, a água saiu do lado de Jesus indicando que Ele é a fonte do rio da
vida (Jo 19.34; Jo 4.10-14; Jo 7.37,38). Há um rio de vida que percorre toda a
Palavra de Deus. O verso 17 enfatiza que o rio é de graça. Precisamos
entender que, apesar de ser de graça, ele tem um preço a maneira de Deus. É
necessário nos arrepender e nos submeter à Sua autoridade (21.27).
5º DIA
Acontecerá, naquele dia, que o peso será tirado do teu ombro, e o seu jugo, do
teu pescoço, jugo que será despedaçado por causa da unção (Is 10.27).
A mesma coisa Deus fez em você; Ele lhe injetou uma dose que resolveu todas
as suas necessidades. Essa dose é o Espírito Santo. Precisamos entender que
tudo que necessitamos para uma vida vitoriosa já nos foi dado por meio do
Espírito Santo que em nós habita. Se precisamos de poder ou amor, Ele é o
poder e o amor que foi derramado em nossos corações. Se precisamos de
entendimento, todos os tesouros da sabedoria estão ocultos nEle. Portanto,
toda provisão já esta a sua disposição pela unção do Espírito.
A segunda função vital do azeite nos dias antigos era para fazer sabão. A
unção do azeite também tem a função de limpar e purificar as nossas vidas.
Quando digo purificar não me refiro propriamente a purificação do pecado, mas
a purificação da sujeira do mundo. A morte do mundo nos contamina e nos faz
ficar insensíveis a Deus. A unção então nos purifica dessa poeira da carne que
nos contamina.
A quarta finalidade do azeite era ser usado pelo sacerdote para ungir e
consagrar pessoas e coisas a Deus como também pelo medico como remédio.
A unção é para a cura e é também para consagração. O propósito de Deus
somente pode ser cumprido por meio da unção. O suprimento de Deus para as
nossas vidas vem somente através dela e todo jugo do pecado, só quebrado e
destruído pelo poder da unção.
Não tente fazer coisas para Deus no combustível humano, mas permita que a
unção mova você de forma sobrenatural a fazer a vontade dEle. Se estivermos
na unção, não haverá jugo, estresse, medo ou insegurança. A unção é o
alimento, o combustível que nos limpa e cumpre em nós a vontade do Pai. A
provisão completa de Deus é a unção.
Mas além do azeite o fogo também é uma ilustração do Espírito Santo, assim
como a água. Gostaria de compartilhar alguns princípios associados com o
símbolo da água. Na palavra de Deus água parada é morte, como lagos e
mares, mas a água que flui, ou o rio corrente, é símbolo do Espírito Santo.
Nós somos aqueles que creram e aceitaram o convite de Jesus, portanto temos
ido até ele e bebido dEle. E porque fazemos isso, essa água em nós se torna
uma fonte. E assim nos tornamos um canal pelo qual o rio flui para matar a
sede dos outros. Antes você era alguém apenas sedento, mas, depois que
bebeu da água de Deus, além de matar a sua sede, você virou uma fonte de
água viva.
Aonde essa água chega, uma fonte começa a jorrar, porque essa não é uma
mera água viva, mas é uma pessoa, a pessoa do Espírito Santo de Deus! Você
tem fome do mover de Deus e do toque do Espírito? Você tem fome da
presença dEle?
Esse é o mover de Deus. Quando muitos filhos se tornam essa fonte de água
viva, ao passarem pelo vale árido, este se transforma em um manancial. E por
que nós fazemos do deserto um manancial? Porque do nosso interior fluem
rios de águas vivas! Não há sequidão para aquele que tem o rio fluindo.
Mas, para que possamos ter esse rio fluindo, nós precisamos ter acesso a essa
fonte. Segundo a palavra de Deus, o rio só flui em certas circunstâncias. Nela
podemos encontrar pelo menos quatro situações ou lugares de onde o rio flui.
Esses lugares são símbolos da realidade espiritual que hoje temos acesso em
nosso espírito.
E o que era o Éden? O Éden era o lugar onde estavam o homem e a mulher
antes de comerem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, antes
de pecarem contra o senhor. Certamente o Éden é caracterizado por muitas
coisas, mas quero enfatizar apenas uma característica. Antes do pecado o
homem e a sua mulher viviam nus e não se envergonhavam.
Depois do pecado não há mais transparência absoluta. Você não pode mostrar
tudo o que está dentro de você aos outros, e na verdade nem os outros querem
ver. Nudez é algo que incomoda. Como você se sentiria se alguém
completamente nu se sentasse ao seu lado? A sensação é de desconforto.
Entenda, porém, que não estou falando de nudez física, mas de transparência
da alma.
Você só pode estar nu diante daquele com quem você tem aliança. A nudez só
acontece no casamento, porque no casamento existe a aliança. Você só pode
se mostrar completamente para aquele com quem você tem uma aliança.
Mas mesmo assim há limites. Os filhos não deveriam ver a nudez de seus pais,
assim como o discípulo não está preparado para ver a alma de seu líder diante
dele. Ver a nudez é atentar para o defeito do outro. Irmãos de aliança não
expõem a nudez um do outro, antes a encobre.
Aos homens não precisamos mostrar tudo. Já observou como é chato aquele
irmão que abre toda sua vida com cada pessoa que encontra? Talvez isso não
seja verdadeira transparência, porque algumas vezes o melhor lugar para se
esconder é na frente do holofote. Diante de uma luz muito intensa nossos olhos
se ofuscam e não enxergamos nada. Diante de homens precisamos de nossas
roupas. Roupas simbolizam atitude. A bíblia nos fala de vestes de louvor, mas,
também nos fala de vestes de espírito angustiado, fala para tirar roupas
pesadas e colocar vestes de alegria.
Eu escolho com que roupa vou me apresentar diante dos irmãos. Eu posso
estar passando por uma grande luta, eu chego diante da igreja com vestes de
louvor. Não seria apropriado se eu, como pastor, chegasse diante dos irmãos
mostrando todas as minhas lutas. Ninguém quer ver a nudez do pastor!
Isso não é hipocrisia. Para aqueles com quem tenho a aliança da intimidade eu
vou mostrar e me abrir. Use roupas diante dos homens, mas seja
completamente transparente diante de Deus.
O rio não flui se a sua vida e o seu pecado está encoberto diante dEle. Abra
completamente o coração para Deus, diga tudo a Ele. Não seja pretensioso
diante dos olhos que tudo vê. Não tente parecer ser coisa alguma, mas retire
as folhas secas de figueira e mostre o seu coração.
Enquanto tentarmos parecer para Deus o que não somos não teremos
avivamento. É melhor reconhecer diante do Senhor: “Estou com uma vontade
de pegar aquela pessoa e fazer dela picadinho! Mas não quero isso não
combina comigo, eu tenho a Sua natureza, eu sou Seu filho! Jesus ajude-me!”.
Mas há irmãos achando que é pecado mostrar tudo para Deus. O rio só flui
onde há uma completa nudez na presença de Deus. Diante dEle você pode se
despir completamente e mostrar a sua alma, sua dor, seu pecado e equívocos.
Não pense que Deus lhe ama porque você é bonzinho. Ele já lhe amava muito
antes de sua conversão. Antes de se tornar ovelha, Ele já amava a cobra que
você era. E Ele morreu por você! Muito mais agora que você se tornou filho,
não vai ele transformá-LO com o amor? O amor de Deus não se altera!
Não há nada que você conte a ele, que ele já não saiba!Mas, Deus quer que
você se desnude diante dEle. Ele quer que você mostre que tem uma aliança
com Ele:”Senhor, é isso que eu sou, é isso que eu tenho sido e feito, essa é a
minha realidade! Mas, o senhor tem o poder de me mudar, mude-me! Mude a
minha história!” Aí então o rio começa a fluir do seu interior.
Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do
trono de Deus e do Cordeiro. (Ap 22.1).
O rio só sai de onde o trono está estabelecido. O trono de Deus é um símbolo
espiritual. Ele nos fala do Seu governo, soberania e senhorio. O trono, portanto,
não é uma cadeira onde Deus se assenta. O Senhor não se cansa, Ele não
precisa de uma cadeira para sentar.
Essa é apenas uma linguagem humana para dizer que Ele é o rei. E o trono
simboliza sua majestade e realeza. Sendo rei, ele é soberano e a vontade dEle
é que deve ser feita. Assim, o rio sai do trono. O trono de Deus está no seu
coração? Se o trono de Deus está aí, daí sairão rios de água viva. O trono de
Deus está no seu trabalho ou na sua casa? Se ele estiver nesses lugares, de lá
fluirão rios de águas vivas!
Já observou uma pessoa que você sabe ser um convertido, mas você não
percebe água alguma fluindo dele? Sabe por que a água não é percebida? É
porque não tem trono. São pessoas que fazem o que bem entendem e depois
pedem para que Deus abençoe o que fizeram de forma independente. São
pessoas que dizem a Deus: “Se o senhor não quer que eu vá, coloque um anjo
no meu caminho ou mande o jumento falar comigo”. Simplesmente não são
submissos.
Onde não tem trono não tem água. Onde não tem governo não tem rio. Há
governo em sua vida? Quem lhe governa, você mesmo? Será que ainda
precisamos de cabresto – como precisam os jumentos – para obedecer a
Deus? (SL 32.9), ou há em nosso coração uma submissão espontânea? Essa
deve ser a nossa oração: “Senhor Jesus, faça a tua vontade em minha vida
como ela é feita no céu. Venha o teu governo, o Teu reino, faça a tua vontade
em minha vida! Eu vou até o fim com o Senhor!”. Quando isso acontece o trono
é estabelecido e naturalmente haverá um rio de vida fluindo, pois ele flui de
onde está o trono de Deus.
Depois disto, o homem me fez voltar a entrada do templo, e eis que saíam
águas de debaixo do limiar do templo, para o oriente;porque a face da casa
dava para o oriente, e as águas vinham de baixo, do lado direito da casa, do
lado sul do altar.(Ez 47.1)
O templo é lugar da habitação de Deus. No novo testamento o templo não se
refere ao prédio da igreja, como alguns imaginam. Deus não habita em lugares
feitos por mãos humanas, mas ele fez da igreja a sua habitação eterna. Nós
somos o templo de Deus.
Dessa forma o templo nos fala de comunhão. Ezequiel diz que rio sai de onde
o templo está. O rio sai de onde a igreja é edificada, onde há comunhão com
Deus. Não espere rio de água viva se você não estiver investindo tempo em
comunhão com Deus.
Quantas vezes oro, até não ter mais nada para dizer. Mas, depois disso ainda
posso perceber uma voz suave dizendo: “Você acabou de falar, mas eu ainda
tenho mais para compartilhar contigo”. Somos indevidamente apressados com
Deus. Ele não tem pressa conosco. Não pense que você deve orar apenas
quando tiver algo a dizer. É preciso aprender a ficar apenas quieto diante dEle
como quem diz: “Eu estou aqui de joelho diante do Senhor apenas para te ouvir
e ter comunhão com o Senhor”.
Eis que estarei ali diante de ti sobre a rocha em Horebe; ferirás a rocha, e dela
sairá água, e o povo beberá. Moisés assim o fez na presença dos anciões de
Israel. (Êx 17.6).
De onde a água saiu? Da rocha. Em sua Primeira Carta aos Coríntios, Paulo
explica que a rocha é Cristo (1 Co 10.4). Mas nós também somos pedras vivas
de acordo com a Primeira Carta de Pedro (1Pe 2). Nós também fomos
transformados em pedras que vivem, e, à semelhança de Jesus que é rocha,
nós também somos pedras.
As pessoas podem olhar e pensar o que vai sair deles? Mas, pode ter certeza
que dessa rocha sairá água. Mas, como é que vai sair da rocha? Basta que a
rocha seja ferida pela vara de Deus, ou seja, a rocha precisa ser quebrada.
Aqui nós temos o quarto principio: a água só flui se a pedra estiver quebrada,
só flui se houver quebrantamento.
Há pessoas que virtualmente não são tocadas por coisa alguma! Nem a
palavra mais inspirada, a unção mais impactante, música, louvor ou
testemunho mais tocante. Nada toca seu coração. Isso acontece porque a sua
alma é um invólucro envolvendo o seu espírito. A vide de Deus em nosso
espírito é como o centro de uma semente, mas a alma é como a casca que
precisa ser rompida para que a semente possa germinar.
Para que a água possa fluir do interior o Senhor terá que quebrar a pedra. Por
isso, não estranhe se Deus permitir uma situação que lha faça abalar e
estremecer por dentro. Depois que você for quebrantado por Deus a
sensibilidade será uma marca no seu coração. Apenas a menção do nome do
Senhor o seu coração entrará em ebulição dentro de você.
Homens quebrantados são homens que fluem a água do Espírito de Deus, por
causa disso é bom ficar perto deles. A palavra do Senhor nos diz no Salmo
34.18, que perto está o Senhor dos quem tem o coração quebrantado. O Salmo
51.17 também diz: “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado;
coração compungido e contrito não o desprezará, ó Deus”. Só uma Igreja
quebrantada, que chora pelo que está no coração de Deus experimentará
avivamento. Da rocha sairá água.
Muitos não atribuem qualquer valor às lágrimas, sempre supondo que é mero
sentimentalismo. É verdade que há pessoas simplesmente choronas cujas
lágrimas não tem muito significado, mas existe o choro que é diferente. Há um
choro que toca o céu, que faz brotar água viva dentro de você.
Por isso, não tem como alguém dizer que é homem ou mulher de Deus e
simplesmente não chorar. Se você não chora é porque ainda está endurecido,
o seu coração é de pedra! Não tem água viva saindo de dentro de você.
Evidentemente não me refiro àquelas que choram por causa de novelas. Isso é
mero emocionalismo. Eu estou falando daquelas que choram na presença de
Deus, tocados por seu Espírito, e que percebem a sua presença em um lugar.
Eles possuem uma antena espiritual e percebem o Senhor onde Ele estiver
presente.
Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim.
Eu, a quem tem sede, darei de garça da fonte da água da vida.(Ap 21.6).
A água é de graça. Mas, ela será dada apenas para quem tem sede. Se você
não tem sede, então não está qualificado para recebê-la. É de graça, mas, só
para o sedento.
O Espírito e a Noiva dizem: Vem! Aquela que ouve, diga: Vem! Aquela que tem
sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida. (Ap 22.17).
Quem quiser venha! Tem que vir! Saia do lugar da sequidão. Você pode ser
uma fonte jorrando para a vida eterna.
6º DIA
A REVELAÇÃO DO TRONO DE DEUS.
João não ousou definir Deus. Ele se refere ao Senhor como alguém sentado no
trono. Se o trono de Deus é indefinível, muito mais indefinível é Deus.
João diz que há “alguém no trono”, o que nos fala de uma pessoa, diferente de
alguns que se referem a Deus como uma força espiritual, um ente, ou qualquer
coisa impessoal. João também diz que Ele é “semelhante”. Tal é o temor de
João que ele não ousa referir-se a Deus a não ser por comparações. Ele não
pode ser explicado ou definido, só pode ser conhecido na intimidade do
coração. Não tentamos definir Deus ou prová-lO aos homens. Nós desfrutamos
dEle. Pela fé, nós O tomamos como a nossa vida e desfrutamos dEle como
nossa satisfação e alegria.
Tal trono nunca pode estar vazio. A grande questão, porém, é: quem está
sentado ali? Se for o Senhor, as abas de Suas vestes encherão a sua vida e
glória dEle se manifestará (Is 6.1).
Porei nas nuvens o meu arco; Será por sinal da aliança entre mim e a terra (Gn
9.13).
Depois que Noé saiu da arca Deus fez uma aliança com ele sua descendência
dizendo que nunca mais destruiria a terra através de um dilúvio (Gn 9.13).
Deus estabeleceu o arco-íris como sinal dessa aliança. A primeira coisa que se
vê no trono, ao seu redor, é um grande arco-íris. Ele está ali para lembrá-lO
que Seu trono é um lugar de graça e de fidelidade.
Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de
recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.
(Hb 4.16).
Quando contemplamos o trono e vemos o arco-íris, nos lembramos da
saudação de Deus, pois Ele pactua com a redenção, não apenas do homem,
mas de toda criação. Aqueles que possuem a revelação do trono do Senhor
são também comprometidos com a salvação e redenção da humanidade.
Aqueles que conhecem o trono de Deus são comprometidos com a sua
salvação. Se alguém diz conhecê-lO, e ao Seu governo, ao Seu senhorio e
trono, e não se compromete com a salvação das nações, nada viu ainda.
Quem viu o Senhor, como Paulo, só pode dizer depois: “Ai de mim se não
prega o evangelho!” (1Co 9.16). Após ver o trono do Senhor, a primeira coisa a
acontecer é que um arco-íris fica impresso no nosso coração; começamos a ter
compromisso pela salvação das vidas.
Às vezes pensamos que a obra do senhor seja feita por “Grandes homens de
Deus”, mais a verdade é que o todo-poderoso está planejando e arquitetando
ações através das orações de milhões de fiéis que estão abalando a terra.
Quando oramos em linha com esse trono, coisas misteriosas acontecem:
relâmpagos trazem luz no meio das trevas, terremotos abalam os poderes do
inferno e vozes celestiais trazem a revelação do coração de Deus sobre a terra.
A oração tem o poder de trazer a autoridade do trono de Deus para a terra. Por
isso, ore!
Na verdade, o próprio Deus é fogo consumidor (Hb 12.29). Efésios nos diz que
há somente um Espírito, que é o Espírito Santo de Deus (Ef 4.4). Qual é o
sentido de mencionar sete espíritos de Deus? Sete é um número simbólico que
significa perfeição e plenitude. Os sete espírito significam a plenitude da ação
do Espírito de Deus. Existem vários símbolos do Espírito Santo na Palavra de
Deus: O azeite, a pomba, a água viva, mas aqui Ele é fogo que consome,
depura, purifica e nos transmite a natureza de Deus.
Aqueles que se colocam diante do trono são confrontados com as sete tochas
do Espírito. No capítulo cinco de Apocalipse, quando João tem a visão do
Cordeiro, ele vê também que o Cordeiro tem sete olhos, que são também o
sete espíritos de Deus. Ele sonda, conhece e vê. Ele é fogo.
Não tente esconder nada de Deus, porque Ele vê tudo: Vê o íntimo; o coração
e a motivação. Mesmo aquele pequeno sentimento lá no íntimo, Deus o
conhece! Os homens não veem nada, são cegos, nada enxergam além da
capa exterior. Deus, porém, vira a alma do avesso; por isso, tenha temor dEle.
Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade irão adiante do
teu rosto.(Sl 89:14)
Mas João diz que trono está sobre um mar de vidro. Isso significa que justiça e
verdade são manifestas pela transparência do mar de vidro. Nada traduz
melhor a transparência do que justiça e verdade. Diante do trono, não há lugar
para dissimulação e fingimento, porque estamos pisando sobre algo muito
limpo e transparente. Transparência é base do trono de Deus, justiça e verdade
os seus caminhos. Quem se vê na luz de Deus nunca mais pode ser o mesmo.
O grande sinal de quem contemplou o trono é o arrependimento e a contrição.
João diz que precisamos andar na luz: Mas, se andarmos na luz, como ele na
luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu
Filho, nos purifica de todo o pecado.(I Jo 1:7)
Em apocalipse o rio da água da vida sai do trono de Deus e ele é brilhante
como cristal (Ap 22.1). Não poderia ser diferente porque ele sai do mar de
vidro. O mar de vidro, porém, é mesclado como fogo (Ap 15.2) e Daniel diz que
o rio que sai do trono também é de fogo:
Mas Deus faz de seus ministros labaredas de fogo (Hb 1.7). Porque Deus, que
é fogo, faz de nós labaredas de fogo? Para que possamos ter comunhão com
Ele. É por isso que carne e sangue não podem herdar o reino dos céus! Todo
homem comparecerá diante de Deus um dia. O que será daqueles que não são
labaredas de fogo que não foram feitos fogo semelhantes ao Altíssimo? Eles
afundarão no mar de fogo, onde o próprio inferno será lançado.
E MOSTROU-ME o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia
do trono de Deus e do Cordeiro. (Ap 22:1)
O rio sempre sai do trono. Quando o trono está posto no nosso interior é dali
que o rio fluirá. E tal rio é de fogo: “Um rio de fogo manava e saia diante dele;
milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele”
(Dn 7.10). O rio da água da vida sai do trono de Deus. Ele só flui onde o trono
está estabelecido. Se o trono divino estiver estabelecido em seu coração, esse
rio fluirá do seu interior, justamente porque o trono está lá. O trono é só um
símbolo do senhorio e do governo de Deus. Se o governo está em seu
coração, o rio flui; entretanto, se você faz o que melhor lhe parece aos seus
próprios olhos, se é você quem decide e determina as suas próprias
circunstâncias, o fluir do rio cessa.
Sequidão é a condição de quem está longe do trono, não é uma questão de
orar muito ou de jejuar até morrer, é uma questão de submissão Àquele que
está no trono. O rio só flui para baixo se ficarmos debaixo do trono, nos
submetendo a Ele, o rio fluirá espontaneamente. Não fazemos mais o que
achamos melhor, fazemos apenas o que o Rei, o que está no trono,
determinou.
E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe
dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o
altar de ouro, que está diante do trono. (Ap 8:3)
No decorrer dos séculos o Espírito de Deus tem movido sobre a Terra para
trazer à luz o propósito do coração de Deus. Nunca houve uma época em que
o Senhor não movesse e, hoje mesmo, Ele está se movendo sobre a Terra.
Participar de Seu mover deve ser o anseio do coração de Deus. Participar
daquilo que o Senhor está fazendo e cooperar com Ele é a glória da nossa
vida.
Precisamos compreender o que Deus faz hoje, e estar inserido nesse mover.
Ninguém produz o mover de Deus. É como a chuva, não fazemos chover,
apenas entramos debaixo dela. É como a onda do mar, você não produz a
onda, você apenas surfa sobre ela. Assim é o mover de Deus, você mesmo
não produz esse mover, mas você se insere nele.
Mas o maior mover de toda a história aconteceu no dia em que Deus se fez
gente e veio habitar entre nós. Jamais algo foi ou será tão extraordinário e
espantoso, quanto o fato do Deus Altíssimo ter se humilhado e nascido de uma
virgem lá no interior da Judéia.
Houve um tempo em que Deus era apenas Deus, mas naqueles dias Ele se
tornou homem em Cristo Jesus. Há um Deus habitando em nós na Terra, e há
um homem assentado à destra de Deus no céu. Em Cristo a humanidade foi
divinizada e a divindade tornou-se homem.
1. OS MAGOS
Aqueles que perceberam que havia uma estrela diferente no firmamento não
foram os religiosos nem os sacerdotes. Isso nos assusta, mas também nos
deixa muito grato a Deus, porque Ele escolheu as coisas fracas e loucas para
Se revelar nelas. Deus começa a Sua obra por aqueles que são desprezados e
rejeitados.
Se você é alguém que está fora dos círculos teológicos, se não é um doutor em
divindade e nem conhece tudo da Palavra de Deus, não se preocupe. Você
ainda assim pode participar do mover de Deus, porque aqueles magos eram
exatamente assim e eles participaram.
Os magos foram guiados pela estrela. Vamos imaginar que estamos naquela
época e nós somos os escribas, os que conhecem a Bíblia. Agora imagine um
grupo de pessoas que não fazem parte da Igreja, como aqueles magos, vindo
até nós para falar a respeito de uma estrela no oriente. Dá para imaginar a
nossa reação: “Quem é este povo místico e ignorante? Coitados, não
conhecem a Palavra de Deus, por isso são guiados por estrelas”. Alguém diria
que eles eram seguidores da estrela. Quem sabe um grupo herege. O
problema é que do alto da nossa pretensão teológica estaríamos perdendo a
oportunidade de participar do mover de Deus.
O melhor é ter os dois. Deus quer que você tenha a Palavra e o Espírito.
A orientação da Palavra de Deus é sempre geral. Os escribas citaram
Miquéias:
Assim eles sabiam que Belém era o lugar onde o Senhor deveria nascer,
porque estava escrito na Palavra de Deus. O profeta Miquéias havia dito isso,
mas veja bem, ali não diz em qual rua ou casa, para saber isso você precisa da
estrela. A Palavra declara que é em Belém, mas a estrela veio e parou em cima
da casa. O Espírito jamais contraria a Palavra, Ele sempre a confirma, mas ela
é sempre geral. A Palavra não diz com quem você vai se casar, mas afirma
que não há comunhão entre luz e trevas, isso é geral. Quem dirá a você quem
será o seu cônjuge é o Espírito, simbolizado aqui pela estrela.
Eu creio que esses magos nos mostram que o mover atual de Deus vai se
revelar às pessoas fora do círculo religioso, onde estão os doutores em
divindade, aqueles que supostamente já sabem tudo, que não tem mais o que
aprender com ninguém. Aqueles a quem Deus levantará em Seu mover nesses
dias serão como os magos daqueles dias
Mas um ponto precisa ser salientado. Nesse processo de ser guiado pela
estrela, os magos cometeram um erro, eles foram distraídos pelo seu conceito
natural. Eles chegaram a um ponto da viagem em que talvez pensassem
assim: “Essa estrela que temos seguido é a estrela do Rei dos judeus. Sendo o
Rei, Ele certamente deve ter nascido em Jerusalém. Então vamos lá perguntar
onde está o Rei”. Não foi a estrela quem os guiou a Jerusalém, foi o conceito
natural deles.
No verso 10 lemos que quando eles viram a estrela novamente eles alegraram-
se com grande júbilo. Enquanto os escribas ficaram em Jerusalém indiferentes,
Herodes com o povo estavam alarmados, aqueles homens gritaram e fizeram
festa. Um coração correto é aporta para estarmos no mover de Deus.
Precisamos nos alegrar com aquilo que Deus está fazendo.
A segunda atitude dos magos foi uma busca obstinada. No verso sete lemos
que Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inqueriu deles com
precisão quanto ao tempo que a estrela aparecera. No verso dezesseis lemos
que, vendo-se iludido pelos magos, Herodes enfureceu-se grandemente e
mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores com
até dois anos. Porque Herodes quis matar os de dois anos para baixo? Porque
os magos disseram a ele que a estrela aparecera havia dois anos. Os magos
seguiram a estrela talvez por aproximadamente dois anos. Se você quer estar
no mover de Deus tenha uma atitude de busca e perseverança. Mesmo
caminhando por dois anos eles não desistiram, mas perseveraram até o dia em
que encontraram o Messias.
A terceira atitude dos magos foi adoração. No verso 11 lemos que entrando na
casa viram o menino com Maria, Sua mãe, e prostrando-se O adoraram. Preste
atenção! Não adoraram a Maria nem a José, eles adoraram a Jesus. Os magos
adoraram aquele menino, porque eles perceberam que Ele era Deus. Isaías 9.6
diz: “Porque um menino nos nasceu e o seu nome será Deus forte”. Que coisa
impressionante! Um menino nos nasceu, mas Ele será chamado de Deus forte.
Aquele menino que estava ali deitado no berço não era um menino qualquer,
era o Deus forte, o Deus conosco. Eles adoraram somente ao Senhor Jesus e
a mais ninguém.
Mas não fizeram apenas isso. Eles abriram os seus tesouros. Observe que não
eram algumas gramas de ouro, mas eles abriram os tesouros. Eu acredito que
José e Maria viveram muitos anos desse presente que eles receberam. Agente
tem uma idéia de que Maria e José viviam na miséria pelo fato de Jesus ter
nascido numa manjedoura. Mas isso aconteceu porque não havia vagas em
nenhuma hospedaria. José e Maria fugiram para o Egito ficando ali muitos anos
e certamente viveram dos tesouros que aqueles magos trouxeram.
Eles deram ouro, incenso e mirra. Esses elementos também são simbólicos. O
ouro aponta para a natureza de Deus. Isso nos mostra que aquele menino
tinha a natureza de Deus nEle, Ele era ouro. O segundo elemento foi o
incenso. Incenso nos fala de deleite, prazer, fragrância, o que nos mostra o
quanto Jesus é doce, agradável e desejável. O terceiro elemento é a mirra. A
mirra era usada para embalsamar mortos, então você pode pensar: mas
trouxeram mirra para uma criança que acabou de nascer? É assim porque
Jesus nasceu para morrer, e mesmo ali já era a ressurreição e a vida. Muito
antes de morrer Ele disse para Marta e Maria: “Eu sou a ressurreição e a vida,
quem crê e, mim ainda que morra viverá”. Ele disse isso antes de morrer e
ressuscitar. Creio que foi por isso que trouxeram a Ele ouro, mirra e incenso.
Você quer seguir o mover do Senhor nesses dias, então siga a estrela, siga o
Espírito.
2. OS ESCRIBAS E O POVO
Vamos considerar algo a respeito dos escribas. Podemos dizer que este
segundo grupo de pessoas deveria ter participado mover, mas,
lamentavelmente, o mover passou deles.
Em Mateus lemos:
Os escribas sabiam que Jesus iria nascer em Belém, mas nenhum deles foi lá
pra ver. Ninguém foi lá checar, e sabe por quê? Eles conheciam muito da
Bíblia, mas não tinham um coração para Deus.
Assim acontece hoje em dia. Há muitos querendo conhecer a Bíblia, mas não
querem a Deus e nem obedecer a Sua verdade. Eles buscam conhecimento,
erudição, coisas profundas, mas não querem comprometer-se com Deus e ter
um coração para Ele. Assim eram os escribas. Eu falo por mim, se eu vivesse
naquela época, creio que me mudaria para Belém, e cada mulher que ficasse
grávida eu perguntaria a ela após o parto se aquela criança não era o Messias.
O meu coração é para o mover de Deus.
Mas esse não era o caso dos escribas, pois eles não tinham o coração para
Deus, não queriam na verdade o mover de Deus.
Além deles, quais outros deixaram de participar desse mover? No verso três
lemos que Jerusalém inteira e o rei Herodes se alarmaram quando ouviram
falar a respeito do Messias. O rei Herodes ter ficado alarmado é
compreensível, porque os príncipes deste mundo são contra Deus, mas o povo
ficar alarmado é estranho. Era de supor que eles ansiassem pela vinda do
Messias. Mas eram como os escribas, indiferentes a Deus. Naquela época
Jerusalém era dominada pelos romanos e eles sabiam que falar de um rei era
falar de complicação com o império e eles não queriam complicação. Eles
ficaram alarmados porque tiveram medo. Não amavam a vinda do Senhor.
O arrebatamento da igreja será para aqueles que amam a vinda do Senhor
Jesus. Muitos falam de arrebatamento, mas será apenas para aqueles que
amam a vinda do Senhor, que anseiam por Sua presença. Nem todos anseiam,
antes ficam alarmados e assustados.
O maior mover da história foi o dia em que Deus se fez gente. O segundo
maior mover ainda não aconteceu, mas está para acontecer, e será o dia em
que esse Jesus que se fez homem voltar para reinar sobre a Terra. Ele está
voltando e você precisa participar deste mover.
3. SIMEÃO E ANA
Além dos magos, ficamos sabendo de mais duas pessoas que participaram do
mover de Deus; Simeão e Ana. O que os qualificou a participar do mover? A
Palavra do Senhor nos revela em Lucas:
Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era
justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo
estava sobre ele. E fora-lhe revelado, pelo Espírito Santo, que ele não morreria
antes de ter visto o Cristo do Senhor. E pelo Espírito foi ao templo e, quando os
pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da
lei, Ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora,
Senhor, despedes em paz o teu servo, Segundo a tua palavra; Pois já os meus
olhos viram a tua salvação, A qual tu preparaste perante a face de todos os
povos; Luz para iluminar as nações, E para glória de teu povo Israel.
E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já
avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua
virgindade; E era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do
templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia. E sobrevindo
na mesma hora, ela dava graças a Deus, e falava dele a todos os que
esperavam a redenção em Jerusalém. (Lc 2.25-32; 35-38).
Todo mover de Deus possui uma pedra de tropeço para que somente possam
participar desse mover aqueles que receberem a revelação de Deus. Como
disse Simeão a respeito de Jesus, todo o mover de Deus está destinado tanto
para ruína como para levantamento de muitos e para ser alvo de contradição
(Lc2.34).
O último item que qualificou Simeão e Ana foi a adoração com jejum e oração.
É exatamente por isso que estamos jejuando, para sermos parte do mover de
Deus em nossa geração. Outros jejuam por si mesmos, mas nós jejuamos pelo
propósito de Deus. Não é só uma questão de ficar sem comer, é uma questão
de ter mais fome pelas coisas do céu.
Apesar de ter sido algo tão assombroso, poucas pessoas participaram daquele
mover. Deus, ainda hoje, está se movendo sobre a Terra e, assim como
naqueles dias, nem todos estão aptos a perceberem e participarem dele.