Texto de apresentação de um ensaio fotográfico de mesmo nome, Puxada de Rede, de autoria do fotógrafo antropólogo baiano Lucas Souza, este que vos fala, com breve resumo sobre pesquisa realizada para produção de mini-etnografia e ensaio fotoetnográfico, na praia de Tairu, Ilha de Itaparica, Bahia, entre 2013 e 2014.
Texto de apresentação de um ensaio fotográfico de mesmo nome, Puxada de Rede, de autoria do fotógrafo antropólogo baiano Lucas Souza, este que vos fala, com breve resumo sobre pesquisa realizada para produção de mini-etnografia e ensaio fotoetnográfico, na praia de Tairu, Ilha de Itaparica, Bahia, entre 2013 e 2014.
Texto de apresentação de um ensaio fotográfico de mesmo nome, Puxada de Rede, de autoria do fotógrafo antropólogo baiano Lucas Souza, este que vos fala, com breve resumo sobre pesquisa realizada para produção de mini-etnografia e ensaio fotoetnográfico, na praia de Tairu, Ilha de Itaparica, Bahia, entre 2013 e 2014.
A puxada de rede é uma forma de pesca artesanal e coletiva que
ocorre há séculos no Brasil. É possível que, no século XIX, tenha
representado para uma parcela dos escravos libertos, desassistidos pelo estado e deslocados do mercado de trabalho, uma alternativa de sobrevivência, quer fosse o peixe para comercialização ou consumo próprio. Entretanto, há indício imagético de que esse tipo de pesca era praticado no Quilombo do Palmares, Alagoas bem anteriormente, em meados do século XVII, conforme atesta a imagem produzida por Barleus, em 1647.
Atualmente, pode configurar uma das atividades de geração de
renda para pescadores e suas famílias, muitas das quais atuantes em outras atividades (comércio, construção civil), de acordo com observação e relatos de alguns pescadores; pelo menos no caso específico da praia de Tairú, ilha de Vera Cruz, Bahia, Brasil, ponto de partida da série e desta pesquisa.
Os peixes capturados com o auxílio da rede são divididos entre
os participantes da puxada: cada parte é chamada de “quinhão”. As maiores partes ficam com o dono do barco e o dono da rede, porém todos os que participam levam seu “quinhão”. Esses participantes não são contratados e os tais proprietários são também pescadores; é notável o caráter espontâneo da aproximação das pessoas que colaboram na puxada; em geral, elas já se conhecem, embora isso não seja requisito para participar.
A série fotográfica “Puxada de Rede”, do fotógrafo baiano Lucas
de Souza, na etapa em que está aqui parcialmente apresentada, foi realizada ao longo do ano de 2014.