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ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL


Licenciatura em Engenharia Rural: Agua e Saneamento

Projeto Técnico de Captação e Reuso da Água

Discente: Docente:
Nilton Joao Rafael dr. Fraydson Sebastião

Abril de 2020, Vilankulo


PROJECTO DE AGUA

Índice Paginação

I. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
Objectivos ...................................................................................................................................4
1.1.1. Objectivo Geral .................................................................................................................4
1.1.2. Objectivos Específicos ......................................................................................................4
II. METODOLOGIA...................................................................................................................5
III. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..............................................................................................6
3.1. Consumo de água .................................................................................................................6
3. 2. Captação da água.................................................................................................................7
3.3. Sistemas de captação de água da chuva.................................................................................8
3.4. Reuso da água ......................................................................................................................8
4. Formas de reuso da Água ........................................................................................................9
4.1. Reuso indireto não planejado da água ...................................................................................9
4.2. Reuso indireto planejado da água .........................................................................................9
4.3. Reuso direto planejado da água ............................................................................................9
4.4. Reciclagem de água ..............................................................................................................9
5. A visão do reuso no campus de Mucoque .............................................................................. 10
5.1. Modelo do reuso no campus de Mucoque ........................................................................... 11
6. Brainstorming Inicial ............................................................................................................. 12
7. Plano de ação ........................................................................................................................ 13
8. Stakeholders do projeto de uso e reuso de água no campus de Mucoque ................................ 15
9. Materiais necessários na implementação ................................................................................ 16
10. Execução de atividades ........................................................................................................ 17
XI. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 18
XII. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................19

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PROJECTO DE AGUA

I. INTRODUÇÃO
Depois de praticamente dois séculos de desenvolvimento industrial e urbano desenfreado a
humanidade tem a necessidade de recuar, pois esse desenvolvimento industrial, tecnológico,
econômico e demográfico trouxe como consequência um consumo desordenado e de certa maneira
irresponsável dos recursos ambientais entre eles está à água, elemento básico para condição de
vida na terra.
Trazendo a tratativa ao contexto moçambicano, percebemos que o Estado tem de certa forma
incentivado ou contribuído para conscientização da sociedade como um todo, por exemplo,
incentivos fiscais à empresas que adotem uma política de responsabilidade ambiental,
incentivando ou financiando projetos que promovam a conscientização de preservação e uso
racional dos recursos ambientais em geral e recursos hídricos em particular, desenvolvendo com
seus colaboradores métodos sustentáveis de consumo dentro da própria organização. O próprio
ministério do meio ambiente incentiva a adesão de instituições públicas a consumirem de forma
mais sustentável.

Dessa maneira o uso da água é um fator preponderante para qualquer comunidade. Além de suprir
as necessidades relativas à saúde e bem estar e para desenvolvimento das cidades é indispensável
que o fornecimento de água seja proporcionado em quantidade e qualidade adequadas. Também é
preciso aprimorar as atividades relativas ao manejo das águas utilizadas para o abastecimento,
todavia considerando a disponibilidade em volume deste recurso natural. Para tanto os sistemas
abastecimento de água são encontrados com configurações diferentes como, por exemplo, quanto
aos tipos e localização das partes do sistema, ao tipo manancial empregado, ao tipo de tratamento
da água utilizado, ao armazenamento e ainda a forma de distribuição da água potável aos
consumidores (GOLÇALVES, 2009).

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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral


 Elaboração de um projecto para captar água das chuvas para uso nas torneiras das pias dos
banheiros dos alojamentos de internato da Escola Secundaria de Mucoque(ESM),
Vilankulo e posteriormente captar e reusar as águas das pias dos alojamentos do internato
e reusar esta água nas bacias sanitárias.

1.1.2. Objectivos Específicos


 Instalação de calhas para captação e condução da água,
 Instalar telas de proteção para serem adequadas como filtro inicial de grandes resíduos,
 Instalar uma cisterna subterrânea para armazenar a água captada e desenvolver um sistema
de distribuição que melhor se adapte as condições estruturais dos alojamentos,
 Desenvolver também um sistema para captar e conduzir a água das pias até um reservatório
aplicando o tratamento necessário para posteriormente utiliza-la nas bacias sanitárias.

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II. METODOLOGIA

A realização deste trabalho foi baseada na consulta de manuais, trabalhos de pesquisas finais,
artigos e pesquisas bibliográficas.

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III. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


3.1. Consumo de água
Conforme a Portaria nº 2914, do Ministério da Saúde aprovada em 12/12/2011, a água para
consumo humano é definida como “[...] água potável destinada à ingestão, preparação e produção
de alimentos e a higiene pessoal [...]”.

De modo a conceder a provisão de água de maneira adequada no espaço urbano, a demanda é


obtida através da população a ser atingida, dados estes adquiridos partir de estudos demográficos
e em parâmetros de consumo por habitante que procedem de características socioeconômicas,
naturais e tecnológicas. (FERNANDEZ e GARRIDO, 2002).

O consumo de água é reflexo da própria comunidade abastecida, sendo distinta de uma


comunidade para outra, bem como dentro da comunidade também podem existir variações. Alguns
aspectos que interferem no consumo podem ser citados como o clima, hábitos da população, nível
socioeconômico da população, custo da tarifa, qualidade da água, pressão, dentre outros.
(AZEVEDO NETTO et al, 1998).

De acordo com Heller e Pádua (2006), o sistema de abastecimento deve ser projetado de maneira
a garantir o fornecimento de água a um grupo vasto e distinto de demandas, não apenas ao uso
doméstico, todavia sendo este o grupo é o prioritário, mas também ao consumo comercial, público,
industrial, ao próprio sistema e ainda deve considerar as perdas.

Com o passar dos anos ocorreram melhorias nas instalações sanitárias residenciais e avanço no
desenvolvimento das cidades, estes fatores requereram a implantação de novas formas de consumo
de água, da mesma maneira que maiores pressões. Por conseguinte, as perdas de água no sistema
também aumentaram e foi constatado que o consumo por indivíduo eleva-se anualmente, por causa
disso este aspecto deve estar incluso em concepções de longo alcance. (AZEVEDO NETTO, et al
1998).

Segundo Gonçalves (2009) a falta de estanqueidade nas tubulações faz com que o índice de perdas
do sistema seja considerável, dessa maneira as companhias de saneamento se preocupam em
melhorar suas instalações tanto na infraestrutura, como a idade do sistema e o tipo de material,

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para que os danos sejam minimizados como à energia gasta e o faturamento, porque este impacto
reflete diretamente nos consumidores. O desempenho com eficiência, os custos, as perdas e a
qualidade são analisados pelos indicadores. De acordo com Gomes (2004) para o consumo
doméstico é usualmente admitido uma variação do consumo de 100 a 200 l/ hab. x dia. Outro
aspecto importante segundo Fernandez e Garrido (2002, p.26) “[...] os consumos per capita de
água crescem com o tamanho da população e com o progresso da mesma ao longo do tempo.”

Azevedo Netto et al (1998) considera que a taxa de consumo pode variar conforme o padrão de
cidade abastecida, pois localidades com maiores recursos tendem a consumir mais água. Ainda
segundo com Azevedo Netto et al (1998), o consumo de água também pode apresentar oscilações
dependendo do tempo, pois como no verão o consumo de água é superior a outros períodos do ano
ou mesmo durante o dia em que os picos de maior consumo permanecem em torno do meio dia e
a noite os limites ficam abaixo da média. Tendo em vista isso, essas variações podem ser divididas
em diárias, horárias e instantâneas.

Como enfatiza Tsutiya (2005), a determinação do consumo de água é realizada com auxílio das
leituras de hidrômetros. Com os dados coletados destas medições, como o consumo no período
por tipo de economia e número de cada tipo de economia pode-se descobrir o consumo efetivo per
capita de água e o índice per capita de água, este considera as perdas.

3.2. Captação da água


A água é um fator limitante para o desenvolvimento urbano, industrial e agrícola. Gestores do
Estado e de Instituições privadas procuram novas fontes de recursos para complementar a pequena
disponibilidade de água ainda disponível, e também por questões financeiras. Devido a exagerada
demanda por água em algumas regiões, mesmo com abundantes recursos hídricos, a falta de água
atinge o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida da população. Por isso, a substituição
de fontes é a melhor alternativa para suprir à demandas mais flexíveis no que se refere ao uso sem
prejuízo de águas com menor qualidade. Assim, reservando águas com melhor qualidade para o
uso doméstico. (REVISTA BRASILEIRA DE RECURSOS HÍDRICOS, 2002).

A captação de água pode ser feita através das coletas de águas naturais como de nascentes,
represas, depósitos subterrâneos (mananciais) e água de chuva, essas variam conforme as
condições locais, hidrológicas, topográficas e, as águas de chuva, segundo condições

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pluviométricas. A captação é a primeira unidade do sistema de abastecimento de água, o seu


constante e bom funcionamento depende do desempenho de todas as unidades subsequentes. A
concepção de uma unidade de captação deve considerar que não são admissíveis interrupções em
seu funcionamento. A concepção e a escolha do local de captação da água devem assegurar
condições de fácil entrada da água em qualquer época do ano e favorecer a economia das
instalações. (ESCOLA DE ENGENHARIA DA UFMG, 1995).

3.3. Sistemas de captação de água da chuva


Algumas das tecnologias mais conhecidas de captação e armazenamento de água de chuva para o
uso com fins não potáveis são, o da Cisterna-calçadão que é uma tecnologia que capta a água de
chuva por meio de um calçadão de cimento construído sobre o solo; Cisterna-enxurrada, onde o
terreno é utilizado como área de captação, a água de chuva escorre pela terra antes de cair para a
cisterna; Por último, e o mais famoso, é a Captação de água de chuva pelo telhado em Cisternas,
este é essencial para captar a chuva precipitada e permitir seu escoamento para o tanque por meio
de calhas e tubos. (G1.GLOBO.COM, 2013).

É obrigatório o controle das primeiras águas de chuva coletada, pois são o resultado da lavagem
da poluição aérea e das sujeiras acumuladas nos telhados (PHD 2537 – ÁGUA EM AMBIENTES
URBANOS, 2007). O Conselho econômico e social das Nações Unidas propôs, em 1958, que “a
não ser que exista grande disponibilidade, nenhuma água de boa qualidade deve ser utilizada para
usos que toleram águas de qualidade inferior”. (REVISTA BRASILEIRA DE RECURSOS
HÍDRICOS, 2002).

3.4. Reuso da água


Com os atuais índices de agua presente no planeta não se pode pensar em desperdício, é fato
comprovado que a agua doce e limpa esta se esgotando em todas as regiões do mundo.Com os
atuais níveis de consumo de água, estima-se que metade da população mundial não terá acesso a
recursos hídricos de qualidade até 2050. Hoje já existem mais de dois bilhões de pessoas sem água
encanada; para reduzir esse número em 50% em dez anos, a ONU decretou a Década da Água para
os anos de 2005 a 2015. (VEJA, 2005).

Como forma de desenvolvimento sustentável o reuso é uma ótima solução hídrica para o problema
da agua. O reuso reduz a demanda sobre os mananciais de água devido à substituição da água

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potável por uma água de qualidade inferior. Essa prática, atualmente muito discutida, posta em
evidência e já utilizada em alguns países é baseada no conceito de substituição de mananciais. Tal
substituição é possível em função da qualidade requerida para um uso específico. Dessa forma,
grandes volumes de água potável podem ser poupados pelo reuso quando se utiliza água de
qualidade inferior (geralmente efluentes pós-tratados) para atendimento das finalidades que podem
prescindir desse recurso dentro dos padrões de potabilidade. (ESCOLA POLITECNICA DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO,2007)

4. Formas de reuso da Água


4.1. Reuso indireto não planejado da água
Ocorre quando a água, utilizada em alguma atividade humana, é descarregada no meio ambiente
e novamente utilizada a jusante, em sua forma diluída, de maneira não intencional e não controlada.
Caminhando até o ponto de captação para o novo usuário, a mesma está sujeita às ações naturais
do ciclo hidrológico (diluição, autodepuração).

4.2. Reuso indireto planejado da água


Ocorre quando os efluentes depois de tratados são descarregados de forma planejada nos corpos
de águas superficiais ou subterrâneas, para serem utilizadas à jusante, de maneira controlada, no
atendimento de algum uso benéfico. O reuso indireto planejado da água pressupõe que exista
também um controle sobre as eventuais novas descargas de efluentes no caminho, garantindo
assim que o efluente tratado estará sujeito apenas a misturas com outros efluentes que também
atendam aos requisitos de qualidade do reuso objetivado.

4.3. Reuso direto planejado da água


Ocorre quando os efluentes, depois de tratados, são encaminhados diretamente de seu ponto de
descarga até o local do reuso, não sendo descarregados no meio ambiente. É o caso de maior
ocorrência na indústria e na irrigação.

4.4. Reciclagem de água

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É o reuso interno da água, antes de sua descarga em um sistema geral de tratamento ou outro local
de disposição. Essas tendem, assim, como fonte suplementar de abastecimento do uso original.
Este é um caso particular do reuso direto planejado. (ESCOLA POLITECNICA DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO,2007).

5. A visão do reuso no campus de Mucoque


As instalações do campus de Mucoque prevê a implementação do reuso para a área urbana, ou
seja, reutilizar a água da pia, vasos sanitários e da chuva conforme o fluxograma abaixo, onde toda
a água da chuva coletada será destinada há um processo de tratamento e esta direcionada as bicas
e chuveiros do alojamentos no campus, todo efluente gerado neste processo será utilizado nos
vasos sanitários e irrigação, o efluente dos vasos sanitários passara por um tratamento prévio e
será utilizado no próprio vaso sanitário e irrigação, logo buscando um ambiente sustentável
reduzindo o uso de um dos bens mais preciosos da humanidade, à agua.

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5.1. Modelo do reuso no campus de Mucoque

Fig. 1: Modelo do reuso no campus de Mucoque


Fonte: Autor

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6. Brainstorming Inicial
O campus de Mucoque possui um internato habitando universitários da ESUDER- UEM, alguns
alunos da própria escola secundaria e alojamento dos professores, é uma instituição Pública de
Ensino, é uma instituição formadora de opiniões da qual esperamos teoricamente que seja
preocupada com questões que envolvam a sociedade como um todo. Desta forma, esperamos que
as questões de cunho ambiental também sejam tratadas com tal importância, porém com uma
simples análise, tomando como exemplo o elemento mais importante para vida humana, nos
deparamos com o descaso e a falta de conscientização dado ao mau uso da mesma.

Não é difícil percebermos que campanhas que estimulem o uso consciente e racional da água não
são muito exploradas na recente proclamada Cidade de Vilankulo e muitos bairros sofrem com o
problema de abastecimento. Tendo em vista este problema pensamos no projeto de captação e
reuso da água, e com isso promover uma maior conscientização no que diz respeito ao consumo
racional e sustentável. A intenção é utilizar a água captada nos alojamentos para suprir algumas
necessidades como a irrigação dos jardins, limpeza geral das instalações, uso nas bacias sanitárias,
ou seja, uso para fim não potável. Assim, fazendo com que a água potável seja poupada para um
uso mais racional e específico. Esta primeira etapa visa inicialmente os alojamentos, onde
constatamos que o abastecimento de água é interrompido com mais frequência e por esta razão há
uma necessidade urgente de tornar este abastecimento regular. Como poucos empecilhos seriam
encontrados, por exemplo, à estrutura das instalações tem apenas dez anos de idade e ainda em um
bom estado pensamos em como seria a captação da água e chegamos a conclusão de que se daria
através de calhas e cisternas, pois este tipo de captação permite que sejam feitas apenas pequenas
adaptações na estrutura externa e interna das instalações.

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7. Plano de ação
Para executar o projecto de captação de água da chuva e pias para usá-la nas bacias sanitárias dos
alojamentos, desenvolveu-se um plano de ação considerando as etapas chave que implicam na
elaboração do projeto. As ações inicialmente identificadas podem ser observadas no quadro
abaixo.

Quadro 1.

Ação O que? Porque? Como? Quando? Quem? Onde Custo?


É necessária a
captação de
água de chuva, A água de chuva deve
pois é através escorrer diretamente do Nos telhados do
desse processo telhado para as calhas, alojamento
que será onde haverá um primeiro através de
possível o processo de filtragem de calhas e
estabelecimento detritos através de uma condutores, e
Captar água
1 de um projeto tela de proteção presente em um
da Chuva
sustentável, em nas calhas, após esta reservatório
vista de que o etapa, a água seguirá por para tratamento
aproveitamento condutores até um de água no
desta é uma reservatório. Todo o pátio do
alternativa projeto de captação de alojamento
viável em água de chuva deve
tempos de atender às Leis e normas
escassez do pais.
É necessário
O tratamento da água de
tratar a água de
chuva começa com a
chuva pois as
instalação de
Leis de agua
dispositivos para
que tratam de
remoção de detritos. A remoção de
questões
Após essa primeira detritos ocorre
diretamente
etapa, já dentro do especificamente
relacionas à
reservatório, "para nas calhas, em
Tratar água qualidade da
2 desinfecção, pode seguida, a
da chuva água de chuva,
utilizar-se derivado desinfecção da
apresentam
clorado, raios água de chuva
normas que
ultravioleta, ozônio e ocorre dentro
devem ser
outros. Em aplicações do reservatório
seguidas
onde é necessário um
visualizando a
residual desinfetante,
saúde e o bem-
deve ser usado derivado
estar do ser
clorado
humano.

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No pátio do
alojamento,
onde estará o
centro de
captação e
Conformando os
Para que seja distribuição,
materiais necessários
utilizada para nos telhados
como tubos, conexões,
Distribuir fins não onde será
válvulas, bomba e
3 água da potáveis nos instalado um
reservatórios hidráulicos
chuva banheiros dos reservatório
à estrutura existente
alojamentos do para água
atualmente nos
internato tratada e por
alojamentos.
fim nas pias e
bacias
sanitárias onde
a água será
utilizada

Levantar
Criar uma Realizar uma visita de
material
perspectiva da campo para Nos
necessário
4 relação custo x dimensionamento de alojamentos e
para
benefício do área. Pesquisar originais no refeitório.
aplicação do
projeto e alterações na planta.
projeto

Para que seja


utilizada para
Captar a Implantando um sistema
fins não Nas pias dos
água das de tubulações hidráulicas
5 potáveis Nas banheiros dos
pias dos que fluirão esta água até
bacias alojamentos
alojamentos um reservatório
sanitárias dos
alojamentos

Armazenar
Para
água
possibilitar o
captada das No pátio dos
6 tratamento Instalando uma cisterna
pias nos alojamentos
antes da
reservatórios
distribuição
específicos

Para que
Instalando tubos,
cheguem até as
Distribuir conexões, bombas, Nos sanitários
bacias
esta água compressores, dos banheiros
7 sanitárias,
para os reservatórios secundários dos
assim atingindo
sanitários na saída da cisterna de alojamentos.
o objetivo
armazenamento.
inicial.

Fonte: Autor.

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8. Stakeholders do projeto de uso e reuso de água no campus de Mucoque


Esta tarefa tem o intuito de avaliar os objetivos gerais do projeto e assim identificar os Stakeholders
(pessoas físicas ou jurídicas que são impactadas diretamente ou indiretamente por um projeto),
envolvidos nas etapas de formulação e implementação do Projeto.

Resumindo o que já foi exposto anteriormente o projeto consiste basicamente na implementação


de uma ETA (estação de tratamento de água), tendo como objetivo reduzir em parte o problema
de abastecimento de água dos alojamentos contribuindo com o desenvolvimento sustentável
interno do campus focando na satisfação dos estudantes com a prestação de um serviço de
utilidade, o reaproveitamento dos recursos ambientais em particular a água.

Após uma análise podemos constatar os seguintes Stakeholders: A equipe do projeto possui, a
equipe de viabilidade econômica, a alta administração da Escola Secundaria de Mucoque e
ESUDER-UEM, os estudantes, os moradores dos alojamentos, órgãos ambientais e sanitários, as
empresas envolvidas na execução técnica do projeto, a empresa de manutenção que será contratada
tão logo o projeto venha a ser implementado, A equipe de captação de parceiros de investimento
privado, Os parceiros privados e a cidade de Vilankulo. Abaixo, na tabela 1, estão apresentados os
Stakeholders e suas classificações, a seguir apresentaremos os cinco principais Stakeholders e os
motivos destas escolhas.

Tabela 1 – Apresentação dos Stakeholders do grupo de uso e reuso de água

Impacto
Grau de
Stakeholders Relação Contato(s) Representante(s) com a saída
importância
do projeto
Equipe do Projeto água Alta Direta - Anderson Silva Alto

Equipe de viabilidade Alta Direta - Silvia Duarte Alto

Alta administração de Escola Prof. Ana Maria D.


Alta Direta - Alto
Secundaria de Mucoque Soares
Direta e/ou
Estudantes Alta e/ou Média - Jorge Saute Baixo
Indireta

Moradores do alojamento Média Indireta - - Baixo

Órgãos Ambientais e
Média Indireta - - Baixo
Sanitários (autorização legal)

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Equipe de captação de
Baixa ou Média Direta ou
parceiros privados para - Jover Mendes Baixo
ou Alta Indireta
investimento
Alto ou
Baixa ou Média Direta ou
Investidores Privados - - Medio ou
ou Alta Indireta
Baixo
Fonte: Autor

9. Materiais necessários na implementação


Para viabilizar um projeto como o nosso segundo as normas de Instalação residencial de água fria
e águas pluviais, fornecem os requisitos para o aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas
para fins não potáveis faz-se necessário o uso dos seguintes materiais listados abaixo:

 Calhas e condutores;
 Reservatórios;
 Bombas;
 Área de captação;
 Filtro grosseiro
 Acessórios de canalização (cotovelos, curvas, uniões, válvulas de segurança etc...)
 Separador de primeiras águas;

Fig. 2: Esquema de funcionamento de sistema de aproveitamento de agua da chuva


Fonte: BELLA CALHA (2008)

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10. Execução de atividades


As atividades foram realizadas a partir do mês de Abril aproveitando-se assim o clima frio e seco
para minimizar os empecilhos climatéricos. A instalação de calhas e condutas para transporte de
água foi uma das tarefas mais complicada e perigosa tendo em conta questões de segurança no
trabalho. Com uso de andaimes e tabuas a montagem de calhas e condutas foi realizado a tempo e
recorde como previsto no cronograma de atividades.

O trabalho foi realizado com 6 técnicos especialistas na área de canalização,1 supervisor e dois
ajudantes de instrumentos. Telas de proteção levaram mais tempo que previsto por questões de
defeitos de equipamento e manuseamento, a construção da cisterna e mini ETAR requereu mão de
obra altamente qualificada para garantir a vida útil da instalação prevista nos contratos e ocorreu
se sobre saltos, em geral o projecto cumpriu com o seu cronograma como se vê abaixo na tabela
3.

Tabela 2: Cronograma de actividades


Actividades Meses
Abril Maio Junho Julho

Instalação de calhas
para captação e
condução da água 30
Instalação de telas de
proteção 8
Instalação de uma
cisterna subterrânea
e adução de agua das
pias 4
Entrega do Projecto 11

Após a entrega da obra um técnico foi contratado pra fazer o monitoramento das instalações do
projecto visto que as obras não eram de grande dimensão e não havia necessidade de contratar uma
empresa para tal.

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XI. CONCLUSÃO
Este projecto foi realizado no campus de Mucoque em Vilankulo com intuito de conservar os
recursos ambientais no geral e recursos hídricos em particular reduzindo assim o dilema de
escassez de agua potável no campus por uso de agua da chuva para atividades como irrigação,
saneamento e outras múltiplas atividades todas por agua não potável.

Portanto, a implantação de instalações para captação de agua de chuva é uma opção interessante
visto que reduz custos de pagamento as empresas fornecedoras de agua e ainda conservando o
meio ambiente da extração de seus já limitados recursos na natureza.

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XII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 AZEVEDO NETTO, J.M. et al: Manual de Hidráulica. 8ª. ed. São Paulo: Editora Edgard
Blücher Ltda, 1998.

 BARROS, Raphael T. de V. et al. Saneamento. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da


UFMG, 1995. (Manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios).

 FERNANDEZ, J.C.; GARRIDO, R.J. Economia dos Recursos Hídricos. 1ª. ed.
Salvador:Edufba, 2003.

 GOLÇAVES, Ricardo Franci (Coord) et al: PROSAB: Uso racional da água e


energia:Conservação de água e energia em sistemas prediais e públicos de
abastecimento de água. 1ªed. Vitória: ABES, 2009.

 (PHD 2537 – Água em Ambientes Urbanos - Reuso da água - 5.1.Aproveitamento da


água de chuva. Pg 7 - http://200.144.189.97/phd/LeArq.aspx?id_arq=2151

 Revista Brasileira de Recursos Hídricos Volume 7 n.4 Out/Dez 2002, 75-95

 Tecnologias de captação e armazenamento de água (21/05/2013) -


http://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2013/05/confira-tecnologias-de-captacao-
e-armazenamento-de-agua.html

 TSUTIYA, Milton Tomoyuki. Abastecimento de Água. 2.ed. São Paulo: Departamento de


Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,
2005.

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