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II

Índice

Introdução........................................................................................................................................3
Conceito de personalidade...............................................................................................................4
Teorias da Personalidade.................................................................................................................4
Behaviorismo...................................................................................................................................4
O Gestaltismo..................................................................................................................................5
A teoria da personalidade segundo Freud/Psicanalise.....................................................................5
As Teorias Disposicionais de ALLPORT, CATTEL e EYSENICK.............................................10
Psicologia humanista de Maslow e Carls Rogers..........................................................................10
A teoria fenomenológica orienta-se com base nos seguintes princípios.......................................13
Propriedades Individuais da Personalidade...................................................................................14
Conclusão......................................................................................................................................15
Referências bibliográficas.............................................................................................................16
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Introdução

No presente trabalho de Psicologia Geral iremos abordar sobre as Teorias da Personalidade e


Propriedades Individuais da Personalidade, onde iremos abordar as teorias seguintes teorias:
o Behaviorismo, o Gestaltismo, a Psicanálise, a Disposicional, a Humanista, a
Fenomenologia. A Psicologia da personalidade é o ramo da psicologia científica que estuda os
indivíduos e as diferenças entre eles. Existem duas formas de descrever a personalidade, uma
identifica-se os traços da personalidade comparando os indivíduos entre si ou estuda-se um único
indivíduo.

Importa referir que, o estudo da personalidade é muito importante, pois, ajuda-nos a melhorar o
nosso temperamento e a compreensão global da nossa personalidade e de outrem.

Objectivos

 Definir a personalidade
 Identificar as características das teorias da personalidade
 Conhecer as propriedades individuais da personalidade.
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1. Conceito de personalidade.

A personalidade exprime a totalidade de um ser, tal como aparece aos outros e a si próprio, na
sua continuidade. É o modo relativamente constante e peculiar de perceber, pensar, sentir, e de
agir do indivíduo. Inclui as atitudes, habilidades, crenças, emoções, desejos, o modo de se
comportar e, inclusive os aspectos físicos do indivíduo.

Em suma, a personalidade é o nosso ser global, inclui o consciente e o inconsciente na sua


relação com o mundo exterior.

2. Teorias da Personalidade.
A conduta humana é complexa. Assim o comportamento não é determinado por um único factor,
mas sim por muitos factores, de natureza diversa. Diante de tão complexo campo de
investigação, diferentes grupos de estudiosos enfatizam diferentes grupos de aspectos de
comportamento. Alguns concentram-se na hereditariedade e outros em influências ambientais.
Outros ainda favorecem a formação de um conjunto de leis gerais, entendendo o Homem como
ser social e ao mesmo tempo biológico. As teorias da personalidade que merecem distinção são:
o Behaviorismo, o Gestaltismo, a Psicanálise, a Disposicional, a Humanista, a
Fenomenologia.

2.1. Behaviorismo
O termo “Behaviorismo” que em Inglês “behavior” significa comportamento foi inaugurado pelo
americano John Watson.

Watson postulava o comportamento como objecto de estudo da psicologia e defendia que este
(comportamento) devia ser estudado em função de certas variáveis do meio.

Para entender a personalidade (comportamento) deve-se analisar as relações funcionais entre


acções visíveis. A essência de todo o behaviorismo é ser modificado pelo meio ambiente, de tal
forma que o controle das condutas é possível e os fenómenos psíquicos são previsíveis. A
influência do meio ambiente predetermina o comportamento. Não se interessa pelos fenómenos
como consciência, a hereditariedade, o prazer e a dor. O homem é considerado vítima do meio
ambiente. O ensino e a experiencia são blocos de construção da personalidade.
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2.2. O Gestaltismo
Os fundadores da escola da Gestalt foram WERTHEIMER (1880-1943), KURT KOFFKA
(1886-1941) e WOLFGANG KOHLER (1887-1967).Todos eles negam a fragmentação entre
acções e processos humanos, defendendo o princípio de determinação relacional, isto é, que as
propriedades das partes dependem do lugar, papel e função que têm no todo. Sustentam ainda
que a maior parte das configurações, o todo não é igual à soma das partes demonstrando-se que o
estímulo deve ser considerado como uma totalidade. A Gestalt orienta-se pelos seguintes
princípios:

 O todo é percebido antes das partes que o compõe;


 O todo é definido pelas interações e interdependências das partes;
 As partes de uma configuração não mantêm sua identidade quando estão separadas da sua
função e lugar no todo.
2.3. A teoria da personalidade segundo Freud/Psicanalise.
Segundo Freud, a personalidade se estrutura em instâncias, nomeadamente Id, Ego e Superego:

O Id

O ID ou inconsciente (infra eu) é o núcleo primitivo da personalidade. Não sofre as influências


das forças sociais e conscientes que forma o indivíduo. A sua preocupação é satisfazer as
necessidades instintivas de acordo com o princípio do prazer. O Id é a estrutura original básica e
mais central. As leis logicas do pensamento não se aplicam ao Id. O Id é a sede das pulsões e dos
desejos recalcados e representações recalcadas (recalcamento=processo mental pelo qual
pensamentos insuportáveis ao consciente são reprimidos agressivas e sexuais).

Não conhece juízos de valor, nem o bem do mal, nenhuma moralidade. Os conteúdos do id são
quase todos inconscientes, assim como material que foi considerado inaceitável pela consciência.
O Id não suporta energia de muita tensão e seu objectivo é reduzir a tensão dolorosa aos baixos
níveis possíveis. O Id é baseado no princípio do Prazer.

O Ego (eu)
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O ego é a consciência propriamente dita. É a personalidade enquanto actua no momento


presente. Caracteriza-se pela actividade consciente (percepções exteriores e elaboração o de
processos intelectuais) e a capacidade para estar em contacto com a realidade exterior. O Ego é
dominado pelo princípio da realidade (pensamentos objectivos, actos socializados, actividade
racional e verbal). Também caracteriza-se pelo estabelecimento de mecanismos de defesa contra
as invasões de pulsão. As funções básicas do ego são: percepção, memória, sentimento,
pensamento. Em suma, a função do ego é de ajustar o Homem ao meio da realidade física e
social em que vive. É um instrumento de adaptação do indivíduo ao meio. O ego é baseado no
princípio da Realidade, é a chave da adaptação que procura de mediar as pressões ditadas pelo
princípio do prazer, a busca do prazer e da gratificação imediata, com as exigências impostas
pelo princípio da realidade, provenientes do mundo externo.

O ego utiliza a angustia comi sinal de alarme do mundo interno e organiza mecanismos de defesa
que consentem de moderar as exigências do Id com aquelas do mundo externo.

O Super-Ego (super-eu).

É o resultado da interiorização de censuras que a criança faz suas (identificação) e que vêm dos
pais ou do meio ambiente. O conteúdo do super-ego refere-se a exigências sociais e culturais.
Representa o ideal do que é real. É defensor dos impulsos rumo a perfeição. Origina-se com o
complexo de Édipo das normas morais e modelos de conduta.

As funções são a consciência, auto-observação e a formação de ideias, é baseado no princípio da


Moralidade /socialidade.

A combinação das três camadas, segundo Freud constitui factor importante para a formação e
estruturação da Personalidade.

As investigações sobre os conteúdos do Id, conduziram Freud à reformulação duma doutrina


geral das pulsões a libido exprime-se percorrendo as zonas eróticas, cada uma das quais
representa uma determinada fase de evolução (estádios do desenvolvimento psicossexual). O
desenvolvimento da libido pode acontecer naturalmente ou enfrentar bloqueios por interferência
da fixação ou da regressão que bloqueiam o desenvolvimento psíquico e o reconduzem a fases
precedentes, com consequências na formação de sistemas nevróticos. Esta postulação chamou-se
de teoria das pulsões.
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2.3.1. O princípio do Prazer e o princípio da Realidade.

Segund o Freud, o bebe no nascimento é dominado duma estrutura de personalidade, o Id, fonte
originária de todas as motivações e energias. Ela procura de realizar esta descarga de energia sem
preocupar-se daquilo que é realizável socialmente aprovável. O seu modo de funcionamento e
regulado pelo princípio do prazer, que procura a gratificação imediata e completa das pulsões.
Mas desde o início dos primeiros meses de vida estas tentativas de obter uma gratificação
imediata são frustradas ou punidas. Estas experiencias contribuem para a formação do ego (eu), o
qual é governado pelo Princípio de Realidade.

2.3.2. A Psicologia Analítica de CARL JUNG.

Carl Jung (1875-1961) nasceu na Suíça formou-se como medico, psiquiatra, docente. Trabalhou
6 anos com Freud deste modo nasceu o interesse para o comportamento humano e separa-se de
Freud em 1913 e elabora a sua teoria denominada a Psicologia Analítica ou dos complexos.
Analítica porque não procura de isolar funções singulares mas de ocupar-se dos fenómenos que
caracterizam a personalidade na sua totalidade.

 Pontos de divergência com Freud


1. Aceita a concepção da libido mas como energia psíquica neutra sem conotação sexual;
2. Usa elementos psicológicos, mitológicos, segundo o autor devem ser considerados
porque encontram representações a nível psíquico;
3. Considera que no comportamento existe uma meta a alcançar.
 Objecto de estudo da psicologia analítica.

O conjunto de todos os processos psíquicos: conscientes e inconscientes.Ideia fundamental:


Sublinha a autonomia no que diz respeito a realidade psíquica em relação ao fenómeno
fisiológico mesmo se não possível uma separação nítida entre as duas esferas. Jung acreditava
que somos moldados por nossas metas, esperanças, aspirações em relação ao futuro bem como
do nosso passado. A personalidade integral (psique), segundo Jung, compõe-se de três
sistemas:
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1. Consciência: é a actividade que mantem relação entre os conteúdos psíquicos, nela Jung
focaliza o eu porque este é o sujeito da consciência. Ele entende o eu como um conjunto
de representações que constituem o centro do campo da consciência. São funções do eu:
o pensamento, sensação e intuição;
2. O inconsciente pessoal: consiste em todas as lembranças, desejos e outras experiencias
da vida da pessoa que foram reprimidas ou esquecidas;
3. Inconsciente colectivo: compreende conteúdos que segundo Jung constituem o depósito
de modos reagir típicos da humanidade, por exemplo, medo do mal, relação entre os
sexos, entre pais e filhos, situações típicas que o indivíduo enfrenta ao longo da sua
existência. Jung afirma que o inconsciente pode-se alcançar directamente mas através de
manifestações: símbolos ou arquétipos.

Arquétipos: são determinantes inatos da vida mental que dispõe a pessoa a se comportar de
modo semelhante ao dos ancestrais que se viram diante da situação análoga. Referem-se a
símbolos que tem características semelhantes independentemente das diferenças culturais: mãe
terra, herói, luta contra o bem e o mal. São formas universais de pensamento dotadas de
conteúdo afectivo que cria determinada imagem de cada indivíduo.

Persona: é a mascara da personalidade que usamos em contacto com os outros, representando-


nos tal como queremos aparecer na realidade.

Sombra: é a parte da personalidade que se ignora, geralmente contem material desagradável, ela
contem todos os desejos e actividades imorais e inaceitáveis.

Anima/animus: reflectem a ideia de que cada pessoa de um sexo exibe algumas características
do outro. Anima refere-se as características femininas presentes no homem e animus as
características masculinas presentes na mulher.

Self: é o arquétipo responsável pela integridade ou estabilidade da personalidade. O Self é o


processo central, um impulso para a individuação ou aspiração a auto-realização.

Individuação/integração: segundo Jung todo o individuo possui a libido, ou seja, esta energia
fundamentalmente biológica, mas é neutra, ela tende à integração dos elementos consciente e
inconsciente. Neste caso emerge aqui a concepção finalística da libido em vez da função causal.
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Auto-realização: segundo Jung a vida psíquica é racional que irracional. A energia libidica da
aquele estímulo para procurar sintetizar os elementos que são em contradição.

Individuação: a meta ideal para tornar-se “humano” é alcançar a conciliação entre o consciente
e o inconsciente mesmo se, obviamente, um desequilíbrio pode criar dinamismo no próprio
crescimento. Jung desenvolveu um trabalho sobre atitudes que constituem o modo como a pessoa
reage aos estímulos que chegam, são modalidades de acçãoe existem dois modos fundamentais:
introversão e extroversão. Na primeira atitude o sujeito dirige a sua energia para seu próprio
interior, tende a ser introspectivo, é guiado por referências de tipo interior enquanto o
extrovertido dirige a sua energia para o fora do eu, para eventos e pessoas do mundo exterior.

2.3.3. A psicologia Individual de ALFRED ADLER.

Nascido (1870-1937) em Viena, em família hebreia. A obra fundamental escrita por Adler foi
intitulada “o temperamento nervoso”. Nesta obra evidência o mal-estarou distúrbio psíquico
como sendo consequência de uma atitude errada que o individuo adopta diante da logica no
enfrentar a vivencia social. Segundo o autor, existe oposição entre o individuo e a sociedade.

Pontos de divergência com Freud

Adler entrou em contacto com Freud em 1911, mas diverge com Freud porque não concorda que
com a ideia de que a libido seja única fonte do distúrbio psíquico é resultado da afirmação
exagerada de si.

Método

Estudo de historias de indivíduos que vem reconstruídas gradualmente através da recordação da


própria infância, o conhecimento da situação social do individuo. Assume particular atenção o
conhecimento com a posição em que o individuo ocupa em termos de nascimento. Este método
tendia a ajudar o individuo a compreender porque reage num certo modo, as causas da sua
inferioridade e depois a procurar um equilíbrio a nível emotivo, por exemplo através do
amadurecimento duma coragem, confiança que ate pode conduzir o individuo a inserir-se na
sociedade.

Aspectos fundamentais da psicologia individual


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 Adler é autor da psicologia individual (porque quer sublinhar que o individuo é único,
irrepetível e que não é possível isolar um acto, ou acção da totalidade da personalidade)
ou Teoria da unidade do indivíduo indivisível e livre, consciente dos seus próprios
objectivos, responsável nas suas acções;
 Adler acredita que o comportamento humano é determinado por forcas sociais e não
biológicas e sugeria que só podemos empreender a personalidade investigando os
relacionamentos sociais e as atitudes que a pessoa tem com os outros.
 Adler considerava a motivação humana um esforço para atingir a sua superioridade, o
poder. Assim, um sentimento generalizado de inferioridade é a forca determinante do
comportamento.
 Adler também se concentrava na família como factor do desenvolvimento da
personalidade. Crianças com deficiência podem se considerar um fracasso, mas, por meio
da compesansão e com, a ajuda de pais compreensivos, podem transformar inferioridade
em forcas.
 Segundo Adler, o ser humano tende a realizar a própria personalidade, a própria unidade
e tudo aquilo que estimula a realizar como unidade é uma necessidade de conservação
(biológicas e psicológicas) e de realização de si.
 A auto realização e a necessidade fundamental e é vivida na criança como complexo de
inferioridade, neste caso a criança recolhe a sua energia para poder afirmar-se.
 O ambiente é um factor que condiciona a inserção adequada na sociedade, as
circunstâncias concretas onde o individuo actua o seu plano, o estilo de vida ou projecto
essencial.
 Para entender a pessoa, segundoAdler, é necessário entender o fim a que as próprias
actividades tendem.
2.4. As Teorias Disposicionais de ALLPORT, CATTEL e EYSENICK
A orientação dispocional na teoria da personalidade esta ligada a psicólogos anglo-
americanos; a sua base de orientação é o que o Homem possui conjuntos de predisposições
para reagir de modo determinado nas diferentes situações, isto e, a personalidade tem um
grupo de traços estáveis. Significa que o Homem demonstra estabilidade determinada nos
seus procedimentos, pensamentos emoções independentemente do tempo e da experiencia.

2.5. Psicologia humanista de Maslow e Carls Rogers.


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Liderados por Abraham Maslow e Carl Rogers, os psicólogos humanistas enfatizam o


potencial de crescimento de pessoas saudáveis. Nesta corrente confluem varias expressões da
psicologia que partilha a insatisfação dos pressupostos deterministas e reducionistas da
psicanalise e do comportamentalismo. A psicologia humanista constitui-se como terceira
força (como foi chamada por Maslow) em oposição as duas correntes (acima citadas) que
então dominavam. Da psicanalise foi rejeitada o determinismo biológico, enquanto o
comportamentalismo foi rejeitado o elementarismo e pelo objectivismo.

O humanismo é uma orientação teórica que enfatiza as qualidades únicas dos seres humanos,
especialmente sua liberdade e potencial de crescimento pessoal.

2.5.1. Pressupostos teóricos da psicologia humanista


 A teoria humanista é uma abordagem centrada no estudo de pessoas saudáveis e
criativas destacando o caracter único da personalidade humana, a busca de valores e
sentido de existência além da liberdade de que demonstra a auto-direcção e
autoaperfeiçoamento. O comportamento depende do meio social na interação com os
factores internos;
 Acentua o caracter da irrudicional e hunitário do Homem, onde as motivações da
acção não são as pulsões, mas são promovidas por tendências não quantificáveis
como a necessidade da exploração, a criatividade, a visão do mundo em que se
exprime a própria identidade’ a qualidade das relações comos outros e sobretudo a
auto-realização;
 Pela sua natureza o Homem tem capacidade para autoaperfeiçoamento ou auto-
actualização (uso e exploração plenos de talentos, capacidades, potencialidades) os
psicólogos humanistas:
 Consideram os seres humanos fundamentalmente bons e as psicopatologias sub-
entram quando ao Homem é impedido de seguir as inclinações naturais;
 Negam a teoria freudiana segundo a qual o comportamento adulto é inevitavelmente
o produto das experiencias passadas;
 Defendem que a personalidade pode modificar-se também, na idade adulta;
 Afirmam que as pessoas possuem a liberdade e a capacitação de modelar o próprio
futuro, sobretudo se aceitam as experiencias do aqui e agora.
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2.5.2. Maslow e a teoria da auto-realização.

Maslow descreveu a auto-realização como a necessidade de tornar-se sempre mais aquilo


que cada um é de tornar-se, tudo aquilo que se é capaz de ser.

Segundo o mesmo autor a pessoa é portadora de necessidades e desejos. Para compreender a


sua personalidade devem ser analisadas as necessidades que orientam a relação da pessoa no
seu ambiente. Maslow realizou uma organização hierárquica de cinco necessidades (a
pirâmide das necessidades segundo Maslow) que progressivamente tem sido satisfeitas para
favorecer o crescimento e a maturação da pessoa, começando pela satisfação das
necessidades fisiológicas ligadas a sobrevivência chegando a auto-realização e são estas
necessidades que constituem a base da motivação do Homem.

1. Necessidades fisiológicas: ligadas a sobrevivência tem um nível alto de intensidade


no nascimento: respirar,beber,comer, o sono, a higiene e o sexo;
2. Necessidades de segurança: emergem depois da satisfação das necessidades
fisiológicas e compreendem a necessidade das estabilidades, da dependência, da
proteção, da liberdade do medo, da ansia e do caos, a necessidade de ordem e de lei;
3. Necessidades de pertença e afeto: (afiliação e de amor): necessidades de amar e de
ser amado, de pertencer e ser aceite, necessidade de evitar a solidão e alienação;
4. Necessidades de autoestima: depois da satisfação da necessidade de afecto, nasce o
desejo de estima de si mesmo (autoestima) e da parte dos outros (desejo de prestigio
de fama, de gloria);
5. Necessidades de auto-realização: reflectem a tendência a realizar aquilo que se é,
tornar-se aquilo que se é capaz de ser, trata-se da tendência a realizar a própria
personalidade na totalidade.
2.5.3. Carl Rogers e a perspectiva centrada na pessoa.

Carl Rogersconcordava com muito do que Maslow pensava. Rogers considerava que as pessoas
são basicamente boas dotadas de tendências para a auto-realização.
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A contribuição teórica de Rogers tem sido denominada de fenomelógica. Este estudioso parte da
descrição do Homem considerando o quadro de referencia do individuo, descreve o individuo
partindo deste seu mundo fenoménico, daquilo que o individuo percebe.

2.6. A teoria fenomenológica orienta-se com base nos seguintes princípios


O comportamento duma pessoa pode ser visto:

 Do ponto de vista do observador, daquela pessoa que vê do externo o comportamento


de um determinado individuo;
 Do ponto de vista do sujeito que actua num determinado comportamento, sublinhado
deste modo o aspecto subjectivo (reacção do sujeito a percepção do sujeito duma
determinada situação assim como ele apercebe);

Este campo fenoménico dependendo dos autores, é exclusivamente consciente ou


compreende elementos conscientes e subconscientes; para todos é todavia muito importante
é a verdadeira realidade do sujeito. Rogers na base das suas observações clinicas refutou a
concepçãopsiconalítica do conflito de natureza sexual a favor duma concepção positiva do
indivíduo. O indivíduo, denominado por organismo por Rogers tende em maneira natural a
sua própria realização, de que o organismo é portador, representa o caracter motivacional
mas importante da teoria rogersiana, seja no que diz respeito ao desenvolvimento da
personalidade, seja pela importância no processo terapêutico.

O Rogers usa o conceito de “Self” para explicar a personalidade humana, o conceito “eu”
exprime um modelo interno que se vai formando a partir das interações que as pessoas tem
com os vários contextos onde se movem. É um padrão organizado de percepções,
sentimentos, atitudes que o individuo acredita ser exclusivamente seu.

O “eu” como objecto de consciência: inclui o conceito de si, o conceito do próprio esquema
corpóreo, o conceito das próprias qualidades, tudo aquilo que o individuo sente como seu.

O “eu” como centro da motivação: a estrutura preceptiva do eu em determinados momentos


vem estimulada; o sujeito sente.
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Para além do “eu”, o sujeito organiza uma estrutura: o eu ideal (conjunto de características
que a pessoa gostaria de ser); Rogers acredita que os seres humanos tem uma tendência
natural para a realização esforço no sentido de congruência entre “eu” e experiencia.

As interações entre as pessoas são as que proporcionam o crescimento e o desenvolvimento


do Homem; a auto-realização é a principal força motivadora.

Para Maslow e mais ainda para Rogers, um aspecto central da personalidade é o


autoconceito, todos os pensamentos e sentimentos que temos em resposta a indagação
“quem sou eu?” se nosso autoconceito é positivo tendemos a agir e perceber o mundo de
maneira positiva. Se é negativo se a nossos próprios olhos ficamos aquém do “eu ideal”
sentimo-nos insatisfeitos e infelizes.

3. Propriedades Individuais da Personalidade.


Fazem parte das propriedades individuais da personalidade as seguintes:

1. Temperamento: isto não é apenas dinâmica do comportamento humano, é também um


sistema nervoso. Segundo Pavlov e Hipócrates existem pessoas sanguinárias, fleumáticas,
melancólicas e coléricas. Carl Jung também nos dividiu em quatro grupos, mas os
chamou de introvertidos e extrovertidos de alta e baixa ansiedade.

É o temperamento que predetermina as propriedades psicológicas da personalidade de uma


pessoa, porque ao compreender os limites de sua actividade nervosa, uma pessoa pode escolher
um emprego ideal. É importante não mudar de temperamento, mas encontrar o tipo de actividade
para a qual as qualidades deste temperamento serão mais apropriadas.

2. Personagem: é a segunda linha de propriedades moralmente psicológicas do indivíduo.


Carácter é atitude de uma pessoa para a realidade circundante. Carácter tetraédrico fala da
relação do indivíduo consigo mesmo, com as pessoas, com actividade e com os valores
morais.
3. Direcção ou motivação: o comportamento de uma pessoa pode ser avaliado sem saber
sobre a sua motivação. A orientação é composta de interesses, crença, ideais e, claro,
necessidades.
4. Habilidades: muitos acreditam que as habilidades são inatas. Não é assim. Uma pessoa
pode ter uma predisposição para um certo tipo de actividade, mas essa habilidade só se
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transformará em uma combinação de certas circunstancias-estudo, desenvolvimento,


educação.

Conclusão.
Após a abordagem do tema, isto é, o mais minuciosamente possível concluímos que a palavra
personalidade vem do latim “persona”, que se refere a mascara utilizada pelos actores de uma
peça e que a nossa personalidade é o nosso ser global, incluindo o consciente e o inconsciente na
relação com o mundo exterior, e que as principais componentes da personalidade são a estrutura
endopsíquica e exopsíquica.

No entanto, as teorias de personalidade que merecem distinção especial são: o Behaviorismo, o


Gestaltismo, Psicanálise, a Disposicional, a Humanista, a Fenomenologia, a cognitiva, a
Biológica, e a Evolucionista. As teorias da personalidade divergem quanto a natureza humana: 1)
livre arbítrio, estímulos externos e inconscientes. 2) Hereditariedade e ambiente. 3) Passado e
presente. 4) Singularidade, universalidade e peculiaridade dentro de padrões universais de
comportamento. 5) Equilíbrio e crescimento e finalmente versão pessimista e optimista da
personalidade.

No que concerne, as propriedades psicológicas individuais pudemos destacar quatro: sendo o


temperamento o congénito, e a segunda linha a personagem, seguindo a direcção ou motivação e
finalmente as habilidades.

Salientar ainda, que o trabalho está susceptível de receber criticas como forma de não só
enriquecê-lo, mas também, incentivar o grupo a pesquisar mais os conhecimentos.
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Referências bibliográficas

HALL, Calvin, LINDZEY, Gardner, CAMPBELL, John: Teorias da Personalidade. 4ᵃ Ed. São
Paulo, Artmed Editora, 2008.

DAVIDOFF, L.. Introdução à Psicologia. São Paulo, Brasil, Editora, McGraw-Hill Lda, 198

CHICOTE, Mária Lopes, ABACAR, Mussa, HUÓ Sérgio: Psicologia Geral.


Módulosparacursos de Bacharelatosemi-presencial, Up-Nampula, 2007.

https://actualidadypolitica.com/psicologia-e-relacionamentos/propriedades-psicologicas-da-
personalidade/

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