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Unidade A Europa dos estados absolutos e a Europa dos parlamentos 3 poder politico nas sociedades de oder paltca Aprendizagens Exper os fundamentos da. orga ‘Antigo Regi gnhecer, nos comportament ar as vias de mobiidade caracteristics da poder ab mpenhado pela corte scares signicado da encenagho Fridencara prepanderea d nobreza ania er Portugal” al nara efdénla do aparlho burorstico coma cfetia cennalzacsn do pode tis joanino.* poder palit as Provincia Unidas anbecer parla da poder real” tia de Locke ao pa Europa de Estas absolutos,* * Aprendaagens estotrantes [ERE uma soctedade ordenada As trésordens ecid que catsonlern Baimiaval oe Pois nés nia poderiamas subsistir em igualdade de condi- cdo. Anecessidade obriga a que unsmandem ¢ outros: obedegam. Os que mandam dividem-se em varios ‘graus: as soberanos manclam em todos os que vivern ‘nos setls Estadase dio as suas ardens aos grandes; 08 _grandes ans médios; os médios aos pequenos e os dea eag atety oadoet e h a esté alnda subdividid em varias categorias |. (Os quecomandam e a povn, que obedece. [.. cd dase soul sents mals no nasciment> cdo que na siuer,perpetuande¢ por ve berets © admits urns mobile socal redura, Uma das orden de Ati Regime, ocr, fe, pe cbt Imps 25 5eu5 mombses 3 ansnso eesti smasrefete, wa suahieraaia interna, aver= side cial as use cuts des, Estratficagio social” = vk da soe fere aos seus membros determinadas honras, direitos e deveres, A cada ‘order corresponde um estatuto juridice proprio e os seus elementos dis- tinguem-se, de Imedisto, pelo traje e pela forma de tratamento. Sao trés as ordens ou estados em que basicamente se divide a socle ‘dade de Antigo Regime: o clero, a nobreza e o Terceiro Estado (ou pov). Herdada da idade Média, esta estratificacio social mantém vivos muitas dos privilégios e atributos que, nessa épora, se atribuiam &s ordens, No- lentanto, com 0 correr dos séculos, as orden foram-se fracionanda numa pluralidade de grupos diferenciados jw. 9, cada um com o seu estatute ded em grup biearqiamente cpenzad, prdptt.Porsso,Plerre Goubert define AntigoRegime como"o regimede SHINE psp parourqan diversidade juridica e administrative, da compliagge edo privilege 28 (BIEY Grondes senhores Ati geo ga es lan neces in lune inp do iu ilo su endian, Fi ode eEnlen tna en er thaw aes) adel 950 ema re) sah umes hrs ees Cigar aoc umsepe e tere ecco nm to eta 0 aed ty par a. ae 2 ss ig et sss ira ning > ep de qr rs eg en xb nde a easy 5c sesmoeennetsns Cased Bubs, lg de orn, asd Dg, Cede de We © de a sande Se Sst de Siedrand de sts lugs un cbs misma ecas (ened ue oor gre to, Anugina ae covey tem eae 1LCanieal Boul. reatadeportyacnte Rigaud 1907 2. Marguts de Dangeau, tambem retratado por ahi ps stares Questbes 11 fique as funghes de cada uma das ‘ondens referidas par Loyseau (00C. 1. 2 Selene, no mesmoterto, oercerto (que meher stra hierarquiacs0 da Sociedade, no Antigo Regie. lustig 3s ea. 3. Aprosente a fundsmentos que, Segundo os dls jurists, egitimam a ‘esigualdsd a (DOC. 1). 5 & Indiquea origem sail das dois retratados (D0C.2), 5 Apreseste dos elementos que evidencem a sua candigao de “grandes senhares"(D0C.2) acta Riga, 1702 lanomcome ea grip Oclero ou o primeira estado O clero mantém-se, em teoria, como o estado mais digno, porque ¢o mais préximo de Deus. Ele 60 primeiro estado da nagao, usuftuindo, por isso, de |numerosos privilégios: esta Isento de impostos @ Coroa, bem como da pres- tagao de servico militar, nao esté sujelto a lei comum mas sim aa “foro ecle sléstico’ isto é, os seus membros regem-se por um conjunta de leis eespecificas ~ 0 Direito Canénica ~ e s8o juigados, salvo algumas excecbes, em tribunals prépries. Passuem ainda outros privilégios como ode conce- der asilo 20s fugitivos ou o de no serem obrigados a franquear as suas casas aas soldados do rei am. Ordem prvlegiada, © cero também ums ordem Hea, Grande propriets- rhode todo otipa de bens, cujosrenclmentor arrecada na Integra; oclerorecebe ins, como outrora, es dzimes! (décima de Deus) e muitas outras "ofertas" dos cerentes que pastorea Sendo. aniea estado que ho se adquire por nascimente ras pel tonaura?, ‘cero aglutina stementos de todos o¢ grupos socials, desde principes de san- gue 3 humildes camponeses, Mis, vito que oF cleigos est80 sujeltos 3 uma rigid hierarquia, cada um seabs por ocupar um lugar compativel com a sua or: gem social. alto clero constitu-se com os flhos-segundos da nobreza e agrupa todo tum conjunto hierarquizado de cardeais, arcebispos,bispos e seus séquitos, bem, | bine nde cr Det um in eae neficnttdpeng pie a epee, 2 frei care ec oes fg coral erecta adnan dk | [IED 0 clero ou primeiro estado Privilégios (Os eclesidsticus nto podem sercitados ‘em matéria pessoal sendo par um juiz dla igreja.[...] Nao podem serexecuta- ‘dos nos seus bens, tanto nos necessi- rios aoservico divinocomo nosque se destinam As suas necessidades pes- soais.Nem mesmo noses dinheieo |.) ‘Em mairia criminal, 0s eclestastt- +0 téme privlégiode serjulgadaspelo ‘Parlamento de Paris, mais alta juris- «diggin do Reino, st 0 requererem. ‘Ascasas dos eclestésticos, tanto na cidade como no.campo, esto Isentas em seu favor de alojar exéreitos. [..] E permitidaos vigirios eaoscuras reeeberem testamentos, desde que nao sojama seu favor (pessoal) ou dos seus parentes. £ permitido aoseclesidsticos colo- carem as armasdo rei porta das suas casas, [..]comomarca desalvaguarda, isengio.e protecio, Joan apa Penola Fsceeseritr ances (ISPEITS3}, iuzeucton La Descrpion de La France Dri Publique de Ream, 1719 ‘0 comportamento do balxo clero || Tados os paéracose ecleslisticos estio proibidos, sob pena de sus- pensio(... de ofciaro santo sacrificiada missa sem estarem vestidos ‘com asorai 2 Estéthes proibida [| frequéncia da taberna em todaa extensé ‘da pardquia. [| Proibimos que bebar em qualquer taberna que se enconitre.a menos de uma légua de distancla da sua habitagie 3. Proibimo-los de beber leite,vinho, aguardente au outros licores dentro da igreja ¢ de comer ou beber nos cemitérios. [1 6.A vida €-08 costumes dos curas devem servir de madela ao pov [ou] Somos obrigados a proibir-thes as dangas, tanto em locals ‘piblicos come privados, €05 jogos, nos locals © jogos pabicos, aos paulitos, as eartase aos dados. 7, Proibimes-thes 0 porte de armas camo o fuzil a pistola pada, © puna. [..] 11, Como etrabalho servi desonrae avlta o padre quea ele se dedica ‘nds proibimo-los [... de trabalhara terra, mesmo nas suas pro- priedades, decortarlenha, mesmoque para seu uso, de conduzis animais de carga|,..|-de irs feiraseomprar animals para depois (8 vender, de tricotar meias fora das suas casas. [6 13, Ordenarmas [..] a todos os curas encarregadlos da instrugie dos seus paroquianos que fagam, eles préprios ou of seus vigdrlos ‘uma explicagdo do Evangelho na prédies da missa parogulal [| “patra da bsp de Comming (Pea) acs coco da relic (de opto de 1724), Bangais Cab (dc) as comocsabades dos mosteirosmaisicos xm Vivefolgadamente, muitas vezes roluxo , Ja que 0 seus memibrosrecebem uma educacio esmerada, desem- ppenha cargos na administracaoe na corte. J8 0 baixo clero, geralmente oriundo das gentes rurals, partithava da vida simples des mais desfavorecicos. Competia-the oficiar os servigos religiosos, orienta explrtuaimente os parequianos e, muitas vezes,orlentar também a ‘escola local, © que alguns faziam com grandes dificuldades, uma vez que @ _aprendizagem no seminario pouco mais thes ensinava do que a dizer a missa tem latim, Muito ou pouco instruldo, 0 certo & que © péroco representava, & mais baixa inst&nca, 2 disciplina e a jurisdicio eclesiésticas € a lgreja cont rnuava asero centro daaldela, mesmo que em competicéo com a taberna ou a residéncia senhoriat ama. Quarts 20 elere regular, hd muito que perdera o importante papel de agente de desenvolvimento econémico que tivers na Idade Média. No entanto,o seu numero nem por isso deixou de aumentar, particularmente nna Peninsula Ibérica. No nosso pais, @ nlmero de conventos mals da que sduplicou nas trés séculos de Antigo Regime. | rks hegre ge tb es en igo ae Soka, ca ebro a a » [ERY Anobreza.ou segundoestado Dois tipos denobreza Os nobres, cujosantepassados sem- pre foram cansiderados nobres ‘cua arigem nao se pode determina, ‘to *hobres ce sangue' Os outros saoaqueles que foram enobrecidos, pois oto de enobrecimento prova que foram vilaos. |. Sua Majestade enobrece por eartasde nobrezague concedea pessoas distinguidas por servigos ou talentos extraordinarios, ‘ouconcedencio um cargo que eno brece:tais S80 0s cargos da Coroa, 1 de secretériodorei, os deconse- Ihelto do Parlamento de Paris eou tras instiaulgGes superiores la mes. macidade. Mas para quea nobreza de servicos seja transmitida aos descendenies Enecessirio possuir © cargo durante vinte anos e estar nessas fungdes quando da sua morte. 1A. Pile Force ners la Deception eda France . Questées 1 lim qu domino enquadiam os privilégos enuncadosno primeira Parbraf do D037 2 Que objetivosestio subjacentes& ‘pastaal do isp de Comminges? sti que (000.3), 3 Das probigaes feta pelo mesma bsp, quala que documenta melhor ‘andi superior deo? Parqué? 4 Ditinga os dois tipos de nabieza referidos no BOC. 4. 5 Em que dreunstindas ode ser _ndquiia acon nobre (0.42 6 Indique dois aspets que ustifiuern desma de ‘den prilegiadas” atbuida &mobrera¢ ae era (ots. 2a). ‘Memos Cornel Municgal de Toulouse, 166. Eero amber de res erties ‘eresidespefesen tgs streaks kc, basi iia ea snbloa sua axes Privilégios Amanutengiodasisengies pessoalse das distingdes de ques nobreza desde ‘sempre gozoui si os atributos que distinguem asua natureza.e que s6 con. |fundindo as erdens poderiam ser atacadlos ou destruidos. Os males que dat Fesultariam sto t8o-eviderites que nem vale a pena menciand-los. A nobreza nao preseinde, de maficira nenhuma, dos direitos senborisis hhonarifieos. tei, tals como a alts ea baixa justiea. o direto de caga ede pesca |... acenso, asrendas [| aw autras, quaisquer que elas sejam. Cars le quinn da nba eno, 2 te 09 oes ‘Anobreza ou segundo estado ‘Anobreza, présima do rele pedra angulardo regime monarquico, & de facto, ‘ordem ce maior prestigia. ela que cede a6 clers.08 eu membros mals des- tacados e que ocupa, na administrazao e no exéreto, 05 cargos de pader. Des- fruta de-um regime juridico proprio que he garante a superioridade perante as dlasses populares c, embora senhora de grandes propriedsdes, «std também isenta do pagamento de contribuicdes a0 re, exretoem caso de guerra ‘As velhas familias cuja origem nobre merguiha no passado constituem a "obbreza de sangue au nabreza de espada itm. 208. Desde sempre dedicada 8 carrera das armas, aespada €0 seusimbolo, que usa orgulhosamente, Apesar de unidos pelo mesmo orgulhiona antiguidade das suas inhagens, of ‘membros da hobreza de sangue subdlivder-se em categoras diversas hierar- {itadas No topo, ficam os principes, duques e outros pares do reno que, na Corte, convivem de perto com 0 monarca. No polo oposta, stuarse a pequend "obreza rural, que sé .custo consegue vive com dignidade, dos rendimentos do ‘seu pequeno senhorio, A esta veha nobreza veio juntarse uma nobreza adm nistrativa (ou de toga), destinada a satisazer as necessiades burocrticas do Estade. A ocupagio de cargos pulblicas de destaque por juristas de origem bur ‘guesa forgou © rel a concederthes um titulo, compativel com a dignidade das fungdes que desempenhavarn he Esta nobreza de toga, de info olhada com desprezo pela velha arstocracia, nictardou a fundir-se com ela pelo casamenta [BEY oTerceiro Estado -A~ Categorias soi dentro do Tec Estado L*Homens de letras (doutores, licenciados © bacharéis). Advogados. 3 Financeiros ("todos os que se ocupam com o mo- ‘vimento das financas, quer dizer, dos dinheiros do ret) 4.9 Priticos ou homens de negocios (cscrivées, notdrins, procuradores, etc). 5° Negoelantes, boticirios,ourlves, joalhelros, gros ‘sistas... outros offclos que se liga maisa atividade mercantil que ao trabalho manual” ("tanto autilidade {[--]comoa opuléncia ordindriados mercadores que Ies trax respeito ¢ exédito [| Ihes air grande poder nas cidades: assim os mercadores so os ak hhonra, sendo classificados come honotivels homens ‘au pessoas honestas e hurgueses da cidade"). 6° Lavradores (com terra pidpris ou arrendada)- 7. Artesios ou gente dos offetos ("que exercem as artes ‘mecinicas, assim chamadas para se distinguirem das artes liberals. Chamamos comummente ‘meciinico Aquilo que é vile abjeto"). 8) Trabalhadores bragais (“carregadores, ajudantes de pedrelro, carretelros e outros trabalhadores de jormads, que s40 0s mais vis entre 0 povo-mitido”). ‘9. Menddigos vilidos, vagabundos ¢ indigentes (que -vivem ‘emociosidadee sem preocupacaaexpensss de outrem”). “Segundo Charles Lense, rates One Spies De. timos entre o povo que gozam de qualificagao de ll, 2610 . Questdes 1 detiqu abut oe segundo Lye, mai pest socal a0s mambrosdo ec stada( DOC 5). 2 Agresente uma raxba qs jtiquea sdespreza com que mesma ater a aga deta deste grupo socal (Docsn. 3 Queelements do qundro menor ‘idendam aproeninénce dobanquci ‘Lilie DOG. S6P | Compare» posi socal ati. 20 camponés na bierala de Leys (DOC sAlenotexnde Dee SC. 5 Erqueaspetesafarelia cmponesa evatada parole ain coesgonde is ‘auceotiazque he atu ohistador | Jug (O06 50? OTerceiro Estado © terceire lugar desta socledade tripartida ¢ ocupade pelo pova ou Terseire Estado. €, de todas, a ordem mais heterogénea, cujos membros tanto podem aspirar as dignidades mais elevedas como vegetar na miséria mais ‘extrema me sb. A eabeca do Terceiro Estado encontram-se os homens de letras, muite respeitados pelo saber que adquiriram nas universidades. Est8o divididos em diversos grupos hlerarquicamente ordenadios, conforme a importancia dda funco que exercem, Seguem-se 65 financeiras e os mercadares, profs- sionais de reconhecida utiidade a quem a riqueza granjeara estatuto e res- pita. Respelto mereciam também alguns oficios superiores, como 0 de boticério, joalhelro, chapeletro, “mais ligados a atividade mercantil do que ao trabalho manual’ Todos estes homens podem usar o titulo de burgués ¢, embora ¢m ‘escalées diferenciados, constituem a elite do Terceiro Estado te ‘Vem depois aqueles cujo trabalho ‘assenta no corpo’ Em primeiro lugar os lavradores que tém terra propria ow de rénda, Abaixo deles, os que desempenham ‘oficios mecdnicos, ou Se)a, 0 artesios, logo seguidos dos mais humildes de todos os trabslhadores, aqueles que executam trabalho assalariado e, rmuitas vezes, incerto, quer mas cidades quer nos campos me 5. Denols de hierarquizados todos 0s que produzem, restam ainda aqueles ‘que nio cumprem 3 fungio social do Terceiro Estado, isto &, que no traba- Thar: mendigas, vagabundos e indigentes 340 03 mals desprezivels mem- bros dasociedade de orcens. Ricos ou pobres, praticamente todos as elementos do povo pagam JImpostos e, com as poucas excecées dos que possuem rendimentos, vive do seu trabalho. A maior parte & constituida por camponeses, que, no Antigo Regime, excedem, em regra, 80% da populacso. 2 8 Atvarguesia ‘Banquo Filles nagoei um emprésina & Corsa arse, patra ania da sul TI, Bhuseu Histrce de Nancy ‘Compranc fs, feapmente do um carts pa tapagaia, obra de (aane Jewrat (1689-1749), Maseu Camavaet, Pais ened dure em car ee Et» tga oat wm gh uel Emus uc pai pedis bt ues cnt eta banque camo tesa amprace ber api ‘As sociedades rurais revelam-se-nos muito mal apette- hadas perante os outros grupos socials, que, em mator ‘ou menor grau, as dominam eexploram. [..] ‘A maiorparte do campesinato europeu viviade uma ‘cultura purarente oral, rarsmitdla ce geracoem geracn, feita de weceitas, de técricas provadas pela experiéneia secullt dle traligdes ede crencas.[..] Transmitida pelos _antigas, sacraliza o pasado, as situag6es adquiridas, ¢ rejeita as “novidades”; aceita passivamente acordem social ‘existonte e nao imagina que esta possa ser diferente [J Exatada polos teéiricos,aestabilidade das hlerarquias estatelecidas 6 eforgada [no século XV] relativamente ‘a0 século anterior... Ora, em tora as construgdes 16 ricas. mastambém nasmentalidades pritcas, as massas ‘camponesas ocupam os niveisinferiores, apenas acima clos vagabundos edosmendigos. O camponéssente esabe ‘que se situa na fundo dalonga escala dos niveis. dos “es- tacos" e das ordens. Ainda que n esquecesse, toda s0- clediadecaligada lho recordariapelapalavrae, se neces, pela forga, Tanto na literatura como nas relagdes quot lianas esta verdade ¢ Ihe constantemente repetida, Jean fag. “As eis a Tra’ em Phere no i). bs Foo mio ecco Mund, vo, Lisboa, Sao, 18 esc. que sonata am deen, ees Que eta es 3 que 3 dma corms sts YET faa we asfias quest msinas dq so prs cmos em ee bnpernc, had pls a a ea eds equine nts de ua ase de capone, esttands ae He Louise Nan, 145 ea malo dé popula, pours oo amet que bint pig ies cen gi cnr A pe abe cm sare dimers de ura pequen ena aneotada como taba asad, = rs pgn 26 a. Sa oss oc mas mbar ade possbencrteom updo asec: ce ir dear, 3 (REY Formas de tratamento 1D. foi, por graca de Deus... Faco saber aosque esta minha lef viner, ‘queconstanlo-me a confusio que sucede nos Tratamentos [| Hel porbem ¢ oneno a sequinte: 1. Que aos Grandes Eclesiésticos e Seculares destes Reinos se fale € esereva por Exeelénela: eno alto de todos os papéis que se thes escreverem, como tatnim nos sobrescrtos, se ponha, sero para, Grande Eclesidstico,o trataumento de Excelentissimoe Reverend: simo Senhor; esendo para Grande Seculay, ode Istrissima ¢ Ex- celeniissime Senor [ 2. Que este mesmo tratamento de palavrae por escrita se passa dar ‘a0 Regedor dla Justiga da Casa da Suplieagia, ao Governador da Relagao do Porto, Vedores da Fazenda eaos Presidentes da Desem- ‘argo do Paco, da Mesa da Consciéneia ¢ Ordens, do Canselho ‘Uktramarino [...] 8, Que aos que forem ou fiverem sido enibaikadores meus a rels da Europa |... sefale eescreva da mesma sorte por Exceléncis. ‘5. Que.aos ispos |. se fale e escreva por Senhoria ilustrssim [..] ‘eas conegos ca Basilica patriarcal [| por Senhora, 6. Queaosvisoondes ebarbes[..sedé otratamentodeSenhorias [1] 114 E,afimqueas pessoas cima nomeadas procurem conserva nos ceasimentos adistingto que convém ao seu estado e qualidades, hoi porbem ¢mandoque senso continueradar osTratamentos cima deciarados a qualquer das pessoas referidas se easar ser licenga.e aprovacao minha por escrito [=] Ao i tad ce 9 eae de 123 om “Onda pase oe | A diversidade de comportamentas é de valores. A mobilidade social A diferenciagao social deveria refletirse, de forma Csi Spanhos na aqulsigso de mais teras ou. o que acontecla frequertemente, msds prise Ma PRES Sferbaratave- os em artigos de Wo, numa ostentachoexcessiva da sua con- 6” 5 Fu masa ceents rie reprecetne lg da rene ue Fp 1 eu AAC SPE Ore nee pa sua a. Aad ao ane pl esr ‘Deste modo, boa parte des lucros do.comércio maritima portugués NAO de Dexmirede 1toe WV ampsiis frutifcava nem contribula para o desenvalvimento de uma Durguesla enri- —_simasque napus fries do Ren © quecida e enérgica Plo comtriria, ne nesso pais a burguesia teve sérias Neneaam 9 watha beroitco do tah diffculdades em se afirmar, atrofiads pelo protagonismo excessivo da UBS coroa e da nobreza fe. Sé na segunda metade do século XVill ems grande parte devido & atuago do Marques de Pombal, a burguesia portuguesa adauiriu um peso significative na a¢ée politica e econémica do eina, Acriagao do aparelha burocratico do Estado absoluto ‘A concentragio de poderes obriga 4 sua organizagao. Por isso, 05 monar- cas absolutes sentiram a necessidade de_reestruturar. a) burocracia do Estado, redefinindo as fungoes dos draios jé existentes © a asstblela, cores ov cangrssa, das armas. A polémica desencadeada pelos escritas de Grotius ficou, porém, we como simbolo da decadéncia des impérias ibéricos, ultrapassados por um. . era cuts. Hs suas xgensrerortam 3 Maga See eee eee eee Ce Carta 1235), encrtando-sedesseo temp 2.2.2 A recusa do Absolutismo na sociedade inglesa de Eduard il (sca HV) dvd em dus lmaras, que evden am a distin entre ‘No nglatera o poder do re fo, desde cedo,imitedo pelos seus sUbaitos.Cor- ns tera Cmurn ds Cans qu, ia ainda a ldade Média quando orrei Jobo Sern Tera seviuforcado.a aceitara cog ll eet pr sai (Magne Carta (1215) diploma que protegia os Ingleses das arbitraiedades do gy censrig, © 3 Comat dt lode, ‘poder real e determinava a ilegalidade de qualquer impaste langada sem pment flo onsentimento do pove, represemtads por um conselho (futuro Parlameito), Deste modo, ndo é de estranhar que as tentativas para impor © Absolu- tismo tenham sempre fracasado, dando origem a revolugées violentas que, fem menos de meio século, conduairam & execuso de um rei (Carlos fem, 1649), 3 deposicso de outro (Jaime I, em 1689} ¢ 3 instauracio, ainda que breve, de um regime tepublicano (1649-1659) A primeira revolugdo e a instauragao da repdblica Quando, no século XVll,o Absolutismo se impds na Europa, os soberanos jJeses reivindicaram também uma autoridade total, Esta atitude gerou tenses e conflitos com os representantes parlamentares, que se viam asi PrOprias como os guardides dos direitos do pavo inglés. 8 (EB A condenacio de Carlos Considerand |... queoditoCarlos Stuart foi acelte comorei detngla ‘wera € como tal investido de um poder limitado, para gvernar de ‘corde coma lei do pais, endo de ura foray. eque,apesar disto, movidopelo designiomaléfica de ‘ctiareconcentrar em slum poder ilimitadoe tieinico quelhe permi- tisse govemar segundoa sua von- tad, cestespeitar os direitos efi- berdadesdo povaedestrur osseous fundamentas, bem como os meios de reparagio do mau governo, 0s ‘quais pelasleisfundamentaisdeste ‘ein, estdo reservados, para bem do povo, acs frequentese sucessi- vos parlamentos, ele, odito Carlos Stuart [.]levamtou de forrna ral oetra e malévala, uma guerra contra o presente Partamento ¢ contra o pow ai representado |. e-em consequéncia dela muitos inilhares de pessoas do pove livre desta nagio foram mortas | Portodasestastragdese crimes, este Tribunal determina quecle,0 dito Carlos Stuart, sea executado por decapitaco, camo tirano, ral dar assassinoe pablicoinimigado bom povo desia nagéo. Semen do Ato rua sito pelo Furano par ugar ot 2 deanery de 104, eon- Th Const evalu sekcande Same arate Gatien ute 1908, Mowda de 1 Lem sare chads em 1649, meses et deca oe az ass ea 5 cim-msara Comes aaah fg rls lem 39 de jancra de 164, segundo uma pinta coera enter desorbed. ‘Amane\mdga coma Cos enreteccataso coven arial tot ariel, Si Pip Ware (109.16), um ei avi eta deaf est “Cu de oes pts a aera sshreocga.. emo sepau dE um gdpe acaba Go ep dps lartande-an ag mas 3 po, nda: "Es wcabea eur tai: Ns moments em que decode, a pow fe un om jemi gai. mates he Bi a ing has. a ‘A malquerenca entre o rei e 0 Parlamento agudizou-se no reinado de Carles |. Face as legalidades cometidas pelo soberano em matésia fiseal ¢ de justica, multipicaram-se_os panfletos. discursos e petighes das parla mentares. En(628) 0 rei viu-seforgadoo assinaraetigho dos DireitoR, em que se comprometia a respelter as antigas leis, nBo procedendo 2 prisoes arbitrarias nem arrecadando impostos sem o consentimento dos ingleses Descontente, Caos! dissolve o Parlamento-einiis um governe de indole absolutista, A tenséo agravea-se e, em({642)eclode umafquerra civlem quea sorte das armas néo sor ao manarca fem aos seus apolintes Em((643)s0b a influéncia de Cromwell chefe da oposic3o ao rel, um Par lament hado de Wado 9 seus elementos mederadoscondena Cale 20 ‘adafalso 18 Pouco depois, Zabolida.amonarquiae instauradaa republics) Iniciada em nome da iberdade, a repablicainglesa (Commomeotth and Free:Stgte) acaba em ditadura. Cromwell incapaz de tolerar qualquer opos- ‘sto, encerra também ele Parlamenta e, sob otitulo de Lord Protector, nicia ‘um governo pessoal altamente repressive. Arestauragao da monarquia. A Revolugao Gloriosa Cromwell morre em/{o5H)e, pouco depots, & restaurada 3 monarquia na pessoa deCarlos ifitho do malagrado roi Carlos Durante 6 5eU reinado, as liberdades individuais dos ingleses so refor- sedas por varios documentos, entre os quals o(labeas Corpus (1679) lei. ue limita os abusos dos agentes judiciais, proibinda deten des prolonga, 85 sem que a acusacio tenha sido devidamente formalizada, A Carles l sucedeu seu iro Jaime Il. Abertamente catélico € autoritaro, 1 tense ae gg, sD tat eet 65 A Declaracao dos Direltos (1689) ‘ Os Lordes esprituais ‘€ temporais e os Comuns, hoje reunidos |...) ‘constituindo em conjunto a representacao plena e livre da nacao |...) teclaram [| para assegurar os seus antigos direitos eliberdades: 1. Que o pretenso direito da autoridade real de suspender as leis ou 8 suaexeeugio [4] € legal; (..] 4.Que qualquer levantarento dedinheiro para aCoroaou para seu. Uso [,.] Sem o consentimento do Parlamento |. éilegal [m) 6. Que recrutamento ea manutencio de um exército no reino, em tempo de paz, sem o consentimento do Parlamento, é legal: 8, Que as eleigdes dos membros do Parlamento devern ser lives; 9. Que a libereade de palavra ou a das discussdes ou processes no Parlamento nao podem ser impedidas ou diseutidas em qualquer tribunal ou lugar que nda seja.o proprio Parlamente;[..] 13. Que, para remediar tados os agravos, epara a alteragao,ratficagio se leis, oFariamento deve ser requentemonterou- (untan® wegen m a marmansoriss s ditos Lordes espiritais e temporais.e os Comuns. reunidos em Westminster, decretam que Guilherme © Maria, principe e princesa de Orange, sio declarados rei e rainha de Inglaterra, de Franga' e de Ivanda e dos territérlos sets dependentes..” Em Gustavo de Frets a0 Tete Damon de Hirt. doce epi ictimamede a al ‘nine depres incorreune desay-sdoda] ingles axe apona'epre: «until tenses do seu gerroprotestme,oGtathoudea Noland, Gutherms M4 faguemsta esteem casadorcom Maria fiha pas velha doyel > 01621640 feara cbs Em novembro de (1688) Guilherme te Orange desembarcou triunfal- com onze anos tran 100.3177 ‘mente em Inglaterra, a frente de um exércita em cujos estandartes se vito- 2 (ue acusagéespesam sobre orel Fiavam a religiao protestante e 0 Parlamento, Jaime Il, sem apoiantes, coca Sbandonbilo balk - = 5 Selanne as expresses que michor ses de |arejeicio do Exa segundo waicto¢ orourReotuon) menos voletaques __‘eaentumarig op primeira, contrbyly bastante ma para ® consolidacso do regime para- 4 Campa aiformago sea Dee OS ae ee ee cexecugéo dorel deinada por Pilip ‘Orange, juraram solenemente respeitar os principios consagrades na Decla- Warwick eel intr do quad ago dos Direitos ime am, Este documento. que continua a ser o texto fun- reprodurid (00¢. 32. damental da monarquia inglesa, reitera os principios da liberdade ‘5 Usteospoderesresenadosa0 individual ea no intererénca dos monarcas nas decioes pavlament oceans ie Dicsncas Ay, Pouca depols. ests liberdades foram refargadas com a bolic da ce sume _foucas fo Cre GEREN) o dicta deve ans ee Deste modo, em Inglaterra, o rei partilhava o governo com o Parla- poder dos reis de Inglaterra (DOC. 33) mento, segundo regras claramente definidas. que protegiam os ingleses de Voss levies. Galion iii ui oder absolutoe disriciondrio. albert snes DX. HA? 'B Selerione a frase do texte de Locke e a justificagao do parlamentarismo ‘Montesquieu (DOC. 344) que methor A forma decidida coma os Inglesesreeitaram 0 Absolutisme no pode basso maa eroicarse apenas els ces delberadequererontamsapovaio, cg emt SMCS da Magna Corta, Na inglaterra do século XVII, as barreiras socials tinbam- por Hogarth (DOC 24) contra “se esbatldo e uma clisse média lergada e préspera, fala js ouvir a sua ce eeadae voz e 0s seus Ideols. Formada pela burguesia de negécios e por rcos © sistema pariamentar ‘A—is centras de poder A nglaterra 6, presentemente,o pais maislivee do mundo, e nde ex ‘cetue qualquer repuilice: live, porque a principe naotem podar de fazer qualquer mal a quem quer que seja, visto que 0 seu poder & controlado ¢ testringido pela li; mas se a Chmara alta? se tomasse pet Lowones ‘ainha,o seu poder seziailimitado, parqueefa teria, aomesmo tempo, _ ‘© poder executive; em vez disso, presentemente, o poder ilimitado distribui-se entre 0 Parlamento o rei, que detém o pader executive. E pois necessdrio que um bom inglés defenda a liberdade tanto Faldo Ge Westistr~Sede do Pafament> dos atentados da Coroa como dos da Camara [dos Comuns). Se um Seo et th ee ‘homem em Inglaterra tiver tantos inimigos como eabelos na cabeca, sada he acontecerd, mei sone. Nes ur agate gee 117, | a hpimansiapdatd “Vite man ts ome B-ACmara dos Comms emsessio ‘econstiuigbe de uma sesso da Cima es Couns, no fm do sul XV, mum plata WA, ‘D0 Spar reside assem ¢ ema, sees D0 ody, neste case © prime xii ‘mF digs dpa. Deanads 4s maiose paramesty, neste : ‘ ‘ecnstniins eputas do parti hy , {para ter depute da gsi onerads, Dots da Gm iow enn de gue tudo, indi w re, esto ober & rept (C=-As imperfeigies do sistema Wiliam Hogarth, A Cogs as Wot, 1785, cl VI, nee de ees ee 1, ps eis um com ga de rans, voto nia ea seo, Asim, tema fl sxanpuler2s ese waa os ai ‘es. desdobratem em prem, sents cies em nb pra cosepiem os vets neces ead ne un Noga cio eta coruplo endtmia ie de ict te, ave Comps ma sas teas aga eo, sta os agers is dos parties (ay Wi) ion 5 Seno de uma eslagem, meen he dsc iment dine as mos, eng Ihe mes tam tlt ass ame dade, coger, sto as egos des vets: ge cba fas aes pean, gi an ‘ta sobranci cena sev eu ard cotes do Esado prt ser cruise ple toe Mion [EEE] Uma nove tearia sobre o poder politico Para compreender bem o que é o poder politica e recuar sua causa, tomma-se | necessario considerar oestado em que todos 0s homens se encontram natural- mente: é unx estado de perfeita liberdade, em que regulam as suas acdes ¢ dispem dos seusbens epessoas como muito bem entendem, noslimites dale! natural, sem pedir autorizacia nem depender de nenhuma outra vontade humana, £ também um estadade igualdade, no qual toda poder e toda jurisdigao ‘to rec{procas, ninguém dispondo mais deles do que outrom { Asuprema finalisdade para os homens formarem sociedade é de podterem Usuftuir dos seus bens em paze seguranca. Ora, estabelecer leis nessa sociedade cconstitul 0 melhor meio para realizar esse fm. Em consequténcia, em tados.os estadlos, a lel positiva primeira e fundamental ¢ a que estabeleceo poder logis- {ativo;|..|- Esse poder legislativa constitu ndo somente a poder supremo do Estado, mas permanece sarado e imutével nas maos daqueles.a quem a comunidade uma vee contiou. Desada vezque o corpolegisiativa transgride essa regra fundamental da sociedade, eosseus membrostentam, or ambigao, temor loucura ou corrupsae, apaderar-se, para eles prépries bu para outros, dum pader absolute sobte as vidas, as liberdaces-e os bens do povo, perdem, aa falhatem a sua missdo, 0 poder confado pelo pove ‘tom fins diretamente opostos. 0 poder regressa entdo aeste, que temo direite de retornat a liberdade original, e, ‘nstituiide um nove poder legislative (do modo que julgar preferivel), de garanti a sua propria seguranga, que & araziade ser da saciedade | Jon Locke (1632-70), Sot teks. se Soba Vlada Origen, Estes Fim Pde Ci (100) Questies roprietérios rurais, este grupo.canstitiu a ase social em que se apoiou a luta pelo regime parlamenta 1 enti o i atuts que, Oriundo deste estrato socal fo © filbsofe 4shn Locke a quem coube a ‘segunda Loc, si comunsatodo fundamentacso tecriea do parlamentarisma, sen kenien No seu Tratado do Governo Civil, publicado em 1680, Locke defendeu Ps pbicenscah te que os homens “nascem livres, Iguais e auténomas", pelo que sé do seu peseteeplpsrnd et den Consentmeno pad brotartum poder que obedecam, Ese poder result, 3 Denard meta tn legion pols. le uma especie de contrato entre os governados e os governantes, epasigt deur tran? estabetecido com fins deteerinades.O primeira desses fins ¢ ode garantie. 2 propriedade privada, que Locke cansidera indissociével da felicidade humana oma ‘Uma vez que todo o poder depende da vontade dos governados, estes ‘emo direte de se insurgirem contra osprincipes que. usando de um poder arbiraia prejudicam gravemente aber comum. Desta forma selegitima 3 Revolugio de 1688, em que Jaime Il assume 0 papel do rei iano, indigno 4 Fangio em que havia sido investido e, por isso. legitimamente deposte pelos seus sibditos, Hatmanizando a teoria e a prética poltcas, a obra de Locke eontribulu para @ prestigio do sistema parlamentar que, passada a instablidsde dos tempos revolucionétios, se consolidou, Numa Europa dominada pels ‘monarquias absolutas, este sltema, em que 0 poder real era claramente linvitado pela lei, aparecia, aos olhos ce muitos, como um madelo de liber: dade eum exemplo a seguir (tx. aun Unidade A Europa dos Estados absolutos e a Europa dos parlamentos Estratificagao social e poder politico nas saciedades de Antigo Regime 1s séculos Xi xvi so os mals caracteristicos da época que designamos por Antigo Regime. '= Emtermos socias, 0 Antigo Regime caracteriza-se pela sociedade de ordens, uma esru ‘ura sacial assente em citer de nascimento,forterente hiearquizada e que apresenta fraca iobilidade social 1H Sho trés as ordens (ou estados):0 clero ¢ a nobreza acupam 0 tope da hieraqula socia-¢ Terceiro Estado, que engloba # esmagadora maioria da populago, gaza de um estatute infe- Flor. Cada uma destas ordens é constituida por mips estratossocas. 1 O periodo do Antigo Regime ¢ marcado pela lenta ascensio do Terceiro Estado, cujaclite,a burguesia, granjeiariqueza, prestigio influénia, | Em terros politicos, @ Antigo Regime corresponde & afirmagao das monarquias absolu- tas. A idela de que @ poder real tem origem na wontade de Deus impoe-se quase consensuak- ‘mente. Assim legitimadas, os res reivindicam uma autoridade suprema e uma total iberdade ‘de deci, Comprometemse, no entanta, a agir para bem dos subditos ea respeitaraordem ‘estabelecids Z 'm Como.que glorficando 8 esséncia divina do pode, que aereditam possui, os monarcas rodeiam-sede uma corte sumptuosa e deum protocole riido, que endeusa 8 figura régiae aacoloca na centro des atencoes. Franca ¢ 0 et rei Luis XIV, tommaram-se © modelo das cortes europeias, ‘Sociedade e poder em Portugal 1m Tanto em terres sociis como politicos, o1no350 pals integrase na modelo europeu. Apresenta, pordm, slgumas peculiaridades, 1 restiglada pela forma decicida como coloceu no tone re D, Joe FY, en 1640, a nobreza manteve, 20 longo da seculo XVIl, uma grande influéneia polities, stuande camo um ‘eirave ao poder absolute do rei que, deste modo, se-afirmou tardiamente. | Tirando partide dos altos cargos que detinham na administracdo do Impeiio, os nobres portu- ‘gueses complementavam os seus rendimentos com a partclpacio no comérco ultramarino, sta atvidade mercant gevalmenteestranha a ardem nobre criouafigurado cavaletro-mer- ador, fendmens social piesmente portugués. Prejudicada por esta excessiva preponderdncia da nobreza, quer no desempenha de cargos ppblicas, quer no-comércio maritima, a burguesia portuguesa nao se fortaleceu enquanto grupo social IDEIAS FUNDAMENTAIS 1m A fata de uma burguesta dindmiea, eapaz de tomar em mios os negdsios ede 0s fazer prospe. ‘a, refletu-se negativamente no comércio portugués, abrindo portas 8 participacao de ores estrangeiros. = A preponderincia politica da nobreza esbateu-se no século XVIll, coma chegada, ‘trono de D, Joao V. Com os olhos postos em Luis XIV, o tei distinguiu-se pela autoridade a reclamou e pela prética de um governa pessoal, Com vista a uma maior ficiéncia governative D. Joie V procedeu & reforma das secrotarias de Estade e outros orgios da administracse: central 1 Mas néo foi apenas na autoridade e no exercicio direto do poder que D. Jodo V imitow © Re? Sol francés. Fé-lo também no luxe € na etiqueta que imprimiu na corte, nas grande construgbes que empreendeu, no mecenato dasartes e das letras, nas embalxadas explendor= sas com que procurou engrandecey aimagem de Portugal no estrangelra, A Europa dos parlamentos: sociedade e poder politico © A Republica das Provincias Unidas e a Inglaterra constituiram excecGes & order soci € poitca que prevaleceu no Antigo Regime 1m Depois de uma fonga guerre contra a soberania espanhola, a regio dos Paises Baines do Norte tomou-se num pequeno Estado independente, 1 0 novo Estado tomo a forma de uma republic altamente descentralizada e condurids pela burguesia de negécios sobretudo pela holandess 2 prowinca maisrice da Unido, ram Dburgueses que assumiam as magistraturas nas cidade ¢eram também eles que desempenhavar= funcées aa mais alto nivel, como as de deputado aos Estodas Gerais, oPariamento da Replica com sede em Hala. As nabresficaram reservadas, quase unicamente 3s funces militares. Influenciads pela moral prtestante mas também pela conseinea do seu valore dos seus inte resses, a burguesia holandesa cultivou uma mentalidade propria que valorzava a vide sobria, sucesso nos negdcios © © bom desempenho dos cargos publicos. Fol desta “epublica de mercadores* que partiu, pelo mio de Hugo Gréci, a contestagie de exclusive ibérico de navegasao © comeércio transaceinica, Na Inglaterra, o apego a diritas antiges, exercidos por uma assembleia representative do povo inglés (Perlamento),inviabilzou »instaure¢i0 do Absoutismo, Ao tentar impor Carlos indo consequivevitara quera civ. encido,o monarcappereceuno cadafalso (1649) ef limplamtada uma replica, Restaura na pessoa d Carlos a monarquia britaniea fol obigad a reconhecer a: Uberdades fundamentals dos seus subltes. Decaracio dos Dreltos,asinada depols ds -Revolucso de 1688 (Revol\icaa Gloriosa), consagra, em definitivo, o regime parlamentar, ‘As revolugées inglesas inspiraram ao filésofo John Locke um Tratado do Governo Civil, no qual defende que as homens nascem livres e iguais ¢ 56a sua vontade 05 submete ao. governo de ‘outrem. Assim, segundo Locke, é do pove que emana a autoridade politica, o que contraria @ ‘dela da origem divina do poder, fundamento do absolutisme régio, Sintese esquematica 2a Achaea gh = Fundementagio no eto dina = Concetaio de pores —Pequers mabilisde saci, Cantal ds anda paginas “Ascenso de Tero fade progress desriegrapioda Ircrementodabyrecics sooedide deers eS Por ery Pose .e ijl pol Reus = Aiagio do bolts go com DJ Cultodpessna niga ~Conssids0 do pamtho rerio do Etats + Feder de Eads imac da Prin da Holoeat ‘lagi republican. paramenta: Idmametrgin do Esa cago dt agua —Delesado sido a cargo de noes Sa «Pods rel tad dee elo Mag Carta) = Reji0 do Absolut: ~ secugio de Cafes 1689) ~ Replica ~ Crore GAGS = hevluco Gonos (1688) Regenepatamentat = eparige dos pedo nize orsieoPatamenio Eee ols

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