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Responsabilidade Civil

INTRODUÇÃO
A palavra responsabilidade tem sua origem no latim
chamada ‘’ SPONDEO’’ que significa o Direito pelo qual
uma pessoa cause prejuízo a outra e fique
responsabilizada pelos reflexos quanto ao cumprimento
da obrigação. O Direito romano teve grande influencia no
surgimento da responsabilidade civil, pois já neste período
histórico já se percebe a necessidade de se apurar o dano
causado por alguém em fase de outrem, porém não se
observava a presença do Estado. Com a mudança da
sociedade houve a necessidade de uma maior
participação do ente público no sentido de afastar a
vingança privada que era uma forma primitiva de se
aplicar a justiça, porém havia o derramamento de sangue,
por meios cruéis como olho por olho, dente por dente.
Que ficou denominada como período de talião.
Mas adiante a função apenas fiscalizadora o Estado não
mais comportava o convívio e a tutela dos indivíduos
nessa sociedade, pois alguns direitos necessitava, de
maior atuação do ente público, embora centralizador,
porém ineficaz.
Com o advento (criação) o Direito Francês, houve uma
transição de algumas garantias do indivíduo que eram
tratadas no direito romano e que foram aperfeiçoadas no
direito francês.
Em 1789, período marcado pela revolução francesa,
obrigatoriamente com a criação do código de napoleão, a
figura do Estado era vista como obrigatoriamente ativa,
na medida que deixa de ser centralizador e passa a ser de
divisão de responsabilidade, criando a figura do Estado
juiz civilista e criminalista, bem como houve o nascimento
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da figura do contrato onde ficou registrado o direito do
cidadão de querer tanto na esfera pública ou privada. O
Direito a responsabilidade civil.
SURGMENTO NO BRASIL.
A responsabilidade civil no Brasil surgiu com a
Constituição com o império de 1830, atendendo a
determinações do próprio imperador que centralizava as
competências do Poder executivo quanto aos direitos
civis e criminais.
Sua intensificação e descentralização ficou evidente com
o projeto de lei, elaborado por Clovis Bevilaqua 1916
denominado Código Civil Brasileiro que previa a
responsabilidade civil na modalidade subjetiva, onde o
causador do dano poderia alegar que o dano
experimentado pelo seu acusado seja na esfera moral e
material, não foi causado por ele, ou seja poderá ser feita
qualquer prova em contrário das obrigações do
prejudicado.
Com o surgimento da constituinte de 1988, por conta da
mudança da sociedade e por influencia do Direito
Americano, novos Direitos sociais começaram a
despontar, o Direito a responsabilidade civil e por conta
disto se viu a necessidade de separar no art. 5° inciso 10
da Constituição Federal ,a tutela dos direitos dos
cidadãos com relação a responsabilidade civil.
Com o surgimento do Código Civil de 2002, o tema
responsabilidade Civil ganhou maior destaque, pois o
legislador infraconstitucional preside duas modalidades:
A regra do art. 186° e o capt. Do art. 297 que previam a
responsabilidade não só subjetiva como extracontratual e
também a responsabilidade objetiva prevista no art. 297
parag., único que prevê a teoria do risco, ou seja, o
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causador do dando responderá independentemente de
culpa.
FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE.
A) CULPA – (SUBJETIVA)
Art.186 C.C
B) RISCO – (OBJETIVA)
Art.927 parag. Único C.C
O Código Civil de 1916 adotou a responsabilidade civil
subjetiva, pois o agente causador do dano poderá
demonstrar por meio de provas que os fatos alegados
pelo ofendido são passíveis de comprovação. Já o Código
Civil de 2002 não teve a responsabilidade subjetiva com
o avanço de risco, onde o causador do dano não
conseguiria fazer provas, pois deveria saber que aquele
dano poderia ser evitado, conforme autorizam os arts.
186, 927 parágrafo único do C.C
Para se construir a responsabilidade Civil o ofendido terá
que demostrar a presença de três requisitos:
Primeiro a (Imprudência) do causador do dano não agiu
com as cautelas necessárias, bem como (Negligência),
pois o causador do dano não agiu com a devida atenção
e com os reflexos necessários e também terá o ofendido
se necessário demonstrar que o causador do dano não
tinha aptidão técnica sobre o que estava fazendo e que
contribuiu o evento danoso. (Imperícia)
CULPA E RESPONSABILIDADE
A) IMPRUDÊNCIA Subjetiva
B) NEGLIGÊNCIA Nexo de causalidade
C) IMPERÍCIA
Responsabilidade Civil
OBS: Quebrando essas três teses, temos aí o nexo
de causalidade.

IMPUTABILIDADE E RESPONSABILIDADE.
A) DOLO = (Conduta), que leva a construção do nexo
de causalidade.
(Há a intenção).
Pressupõe o art. 186 C.C o elemento de imputabilidade,
ou seja, a existência no agente da livre determinação de
vontade. Portanto, para que alguém possa praticar um
ato ilícito e seja obrigado a reparar o dano seria
necessário que ele tivesse a capacidade de
discernimento de querer entender o evento de culpa, ou
seja, tentar a todo momento evitar o dano.
RESPONSABILIDADE DOS AMENTAIS
(inimputáveis).
A) RESPONSABILIDADE DOS RESPONSÁVEIS.
*Responsabilidade dos tutores
*O ECA que irá julgar
B) RESPONSABILIDADE DOS MENORES. (Art. 928.
C.C)
B.1) Impúbere (Absolutamente Incapaz)
B.2) Púbere (Relativamente Incapaz) (Art. 933 C.C)
RESPONSABILIDADE CIVIL DOS AMENTAIS.
Os amentais, também conhecidos como loucos de todo
gênero não serão responsáveis civilmente se houver
alguém que lhe assista ou represente por ocasião de
causar um dano a terceiros ou outro amental a exceção a
sua responsabilidade civil ocorrerá quando o seu
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responsável não tiver nenhuma condição de ressarcir o
prejuízo causado conforme determina o art. 928 C.C
Em outros países como a Inglaterra e o EUA preveem a
legislação responsabilidades diretas pelos danos
causados por estas pessoas. No C.C de 1916 se discutia a
possibilidade de condenação dessas pessoas, porem a
doutrina se dividia com o advento do C.C de 2002 se
prevê uma responsabilidade mitigada para esses casos
sendo uma exceção imputar aos menores amentais tal
responsabilidade.
MENORES PÚBERES
O C.C de 1916 tratava a figura dos menores púberes com
o limite de idade entre 16 e 21 anos, sendo considerados
relativamente incapazes, ao passo que o C.C de 2002
reduziu essa capacidade para o limite de 16 para 18 anos
também considerados relativamente incapazes, fora as
questões da emancipação previstas no art. 5° do C.C,
para os casos que houvessem autorização de seus pais
para a pratica de atos da vida civil, como por exemplo, o
casamento, a colação de grau no ensino superior, o pleno
exercício de emprego público efetivo e participação civil
em estabelecimento comercial.
MENORES IMPÚBERES.
Com relação os menos impúberes, que medeiam entre 0
e 16 anos de idade, também conhecidos como
absolutamente incapazes sempre serão representados,
sejam amentais ou não, pois pela lei civil não podem
praticar atos isoladamente sem a presença de seu
responsável, conforme determina o art. 933 C.C
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DISTINÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL E
RESPONSABILIDADE PENAL
Civil: Personalidade Solidária.
Penal: Personalíssimo (não tem como culpar outra
pessoa).
Com relação a distinção entre a responsabilidade civil e
penal, podemos afirmar que na responsabilidade civil,
o magistrado irá tentar a todo momento fundamentar em
sua decisão a possibilidade de recompor ou restituir a
obrigação, já na responsabilidade penal, o magistrado
em sua decisão irá procurar privar o agente de sua
liberdade, pois a ofensa foi direcionada a sociedade que
fora lesada num primeiro momento. A responsabilidade
penal é intransferível, pois o causador do dano é privado
de sua liberdade, ao passo, que a responsabilidade civil
em alguns casos poderá ser atribuída a mais de um réu,
por conta do contrato que prevê a responsabilidade
solidária.
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL
Inadimplemento da obrigação prevista no contrato
(violação de norma contratual fixada pelas partes.
Art. 389, 395 C.C
RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL
Aquiliana, violação direita de uma norma legal.
Art. 186. 927. 954 C.C
A responsabilidade contratual é aquela que deriva de um
consenso entre as partes, ou seja, tanto A com B
resolveram firmar um contrato de compra e vende de
imóvel onde o preço foi ajustado, bem como a data de
transferência do domínio e o registro junto do cartório,
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além disso foram fixadas multas para o caso de
inadimplemento no contrato. Está convenção se deu por
livre e espontânea vontade das partes em obediência ao
principio da autonomia da boa-fé- objetiva, ou seja, da
lealdade entre as partes. Na responsabilidade contratual,
o credor só estará obrigado a demonstrar que a
prestação foi descumprida, por outro lado o devedor só
não será condenado a reparar o dano se provar a
ocorrência de alguma das excludentes admitidas na lei,
como culpa exclusiva de terceiros ou um caso fortuito ou
de força maior, ausente qualquer excludente de
responsabilidade ficará o devedor obrigado a reparar o
dano.
Uma vez violada reciprocidade das cláusulas contratuais,
podemos afirmar que houve a quebra da boa fé objetiva
e ‘’ pacta sunt servanda’’ que significa dizer que o
contrato é lei entre as partes e essa quebra esta prevista
no art. 395 C.C
Na responsabilidade extracontratual seria aquela
que não apresenta nenhum vinculo entre a vitima e o
causador do dando quando estre pratica um ato ilícito,
neste caso a vítima deverá demonstrar todos os
requisitos do art. 186 C.C, qual seja a omissão, a
negligência, a imprudência ou a imperícia.

ESPÉCIE DE RESPONSABILIDADE
PENAL ESTADO
CIVIL
Responsabilidade Civil
Datiloscópica reparar o dano
Privativa
(Individuo Particular)
(Perdas e danos)
A) AÇÃO OU OMISSÃO.
B) NEXO DE CAUSALIDADE
C) DANO EXPERIMENTADO PELA VITÍMA (OFENDIDO)
NEXO DANO
AÇÃO OU DE
EXPERIMENTADO
OMISSÃO CAUSALIDADE
PELA VITÍMA

CAUSADOR DO DANO ARGUMENTAÇÃO


SOCORRIDA DEPOIS
PRESTAÇÃO DE SOCORRO JURÍDICA

Vai trazer provas,


julgados, lei, doutrinados
+
FATOS
PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Os pressupostos processuais da responsabilidade civil
decorrem da análise do art. 186° C.C que são de suma
importância para se apurar qualquer responsabilidade
civil. Na ausência de qualquer um desses pressupostos,
seja omissão ou ação, a culpa ou o dolo ou o dano
experimentado pela vítima do ofendido dificulta a
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construção do nexo de causalidade.
O requisito que denomina a ação ou omissão fica sob
responsabilidade de qualquer pessoa que venha causar
um dano a outra pessoa, sendo que a responsabilidade
poderá derivar de ato próprio, de ato de terceiro que
esteja sob tutela do agente ou ainda dos donos de
animais que lhe pertencem.
A) Ação ou Omissão: (Art 5°, X CF/88) – Art. 186 C.C
* Ação do agente do agente ou não (Ex: Greve dos
caminhoneiros).
B) Culpa e Dolo do Agente
* Consciência do agente
C) Culpa (* Falta de Diligência).
A culpa é considerada um dos pressupostos da
responsabilidade civil, pois ela ocorrerá na falta de
diligência do agente ou de quem fosse a responsável
evitar. Já o dolo consiste na vontade de cometer uma
violação do direito que em determinados momentos
independentemente da área do direito, a imputação da
responsabilidade civil leva o operador do direito a
classifica-lo como uma conduta dolosa ou culposa, ou
seja, o agente tinha a intenção ou não de querer o
resultado, nestes casos se levará em consideração a
qualidade da culpa.
MODALIDADES DE CULPA.
 In Elegenda (cuidado) – escolher seu
representante para representar sua firma.
 In Vigilando (fiscalização) – Vigiar para não
ocorrer o dano.
 In Cometendo (positivos) + prazos a cumprir
(evadir).
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 In Omittendo (negativas) não socorrer o
acidentado (pode afirmar a culpa).
 In Custodiendo (objetos e animais). Dever dos
cuidados (vigiar) (Ex: cachorro com focinheira. / vaso
caindo da sacada do prédio)
 D) DANOS (RESULTADO FINAL)
Prejuízos experimentados pela vítima (ofendido).
A modalidade de culpa In Elegenda decorre da má
escolha realizada pelo empregador do seu preposto que
se por ventura vier a causar dano a terceiros será
responsabilizado solidariamente e não por esta má
escolha. Se a culpa recair sobre o preposto, o seu
responsável e eximirá da obrigação, caso contrário por
participar indiretamente do evento danoso poderá
posteriormente ajuizar uma ação autônoma em face do
pressuposto.
A modalidade de culpa in vigilando decorre da ausência
de fiscalização. (Ex: empregador que contrata um
gerente e ele dá total autonomia sem qualquer
treinamento, que é pratica daquela empresa e este
funcionário vem a causar enormes prejuízos com ações
trabalhistas e prda de clientela), neste caso o empresário
agiu com desídia, ou seja, faltou fiscalização e
treinamento a esse colaborador.
A modalidade de culpa in cometendo significa dizer que
o agente causador do dano praticou um ato positivo
desde o primeiro momento em que se iniciou o evento
danoso. (EX: A instituição financeira notificou o devedor
por meio dos seus terceirizados de sua inadimplência e
depois percebeu que o debito neste intervalo foi quitado
antes mesmo que o devedor contra notifica – lo do
pagamento a instituição financeira, iniciou o processo de
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baixa no sistema praticando um ato positivo que o
eximira de uma eventual culpa.
A modalidade In Omittendo decorre da própria omissão
do agente que poderia perfeitamente evitar o dano, ou
seja, ele não deveria se abster do seu dever.
(EX: Em acidente de trânsito com atropelamento onde
não há possibilidade do ofendido ser transportado, o
agente deverá prestar toda a assistência para que no
mínimo o ofendido consiga ser levado a um hospital e
também o agente lhe ofereça toda a assistência quanto
aos medicamentos). Neste caso, poderá se alegar que
não houve a omissão do causador do dano.
Já com relação a modalidade de culpa In Custodiendo
decorrerá da falta de cuidado do agente na guarda de
um animal ou objeto, a fim de que se evite o risco e que
ele seja imputável a responsabilidade objetiva.
NEXO DE CAUSALIDADE
Argumentação jurídica.
- FATOS: Construir fatos, horas, pessoas que
presenciaram
- ARGUMENTAÇÃO JURIDICA: Causa de pedir
LEI (Art. 186. CC)
JULGADOS + DOCUMENTOS B.O
(ART.319 C.C)
DOUTRINDOR

Um dos pressupostos da responsabilidade civil de maior


importância para os operadores do direito e o
denominado Nexo de causalidade, ou seja, o que liga a
ação ou omissão, a culpa ou o dolo ao dano
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experimentado pela vítima.
No código Civil, o art° 186 e o cap. Do art. 927 C.C
trabalhavam os requisitos necessários para se construir o
nexo de causalidade que é a somatização dos fatos, da
causa de pedir, da doutrina e da jurisprudência. Em
outras palavras a constituição de qualquer argumentação
jurídica podemos afirmar que é o próprio nexo de
causalidade.
CONTRATO.
Autonomia da vontade.
Boa – fé – Objetiva PRINCÍPIOS
Igualdade
Confiança
Reciprocidade

SINALAGMÁTICO: Significa uma relação de obrigação


contraída entre duas partes de comum acordo de
vontade. Cada parte condiciona a sua prestação a
contraprestação da outra. Em direito o melhor exemplo
para a existência deste instituto é o contrato bilateral
(venda e compra) (Art. 476. C.C).
DANO EXPERIMENTADO PELA VITÍMA
Nexo de causalidade
Critério: Fato incriminado e o prejuízo.
TEORIAS QUE EXPLICAM:
A) TEORIA DA EQUIVALENCIA
* Toda e qualquer circunstância
B) CAUSALIDADE ADEQUADA.
* Apta a produzir o resultado
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C) DANOS DIREITOS E INDIRETOS
* Relação entre causa e efeito Direito e Indireto. (Art.403
C.C)
D) A NEGAÇÃO DO LIAME DE CAUSALIDADE
*Excludentes de responsabilidade. (NÃO TEVE O DOLO)
DANO EXPERIMENTADO PELA VITIMA
Somente haverá a condenação da parte contrária se
houver a prova do dano, pois caso contrario não haverá
responsabilidade quanto ao pedido material, moral entre
outros.
CRITÉRIOS
Com relação ao nexo de causalidade leva -se em
consideração s critérios do fato incriminador por questão
dos requisitos previstos no art. 186° e 927 C.C,
separando os assuntos como a responsabilidade civil
objetiva, subjetiva, contratual e extracontratual.
Portanto a que se levar em consideração a relação entre
o fato incriminado e o próprio prejuízo experimentado
pela vítima, sendo que a prova é fundamental para a
construção do nexo de causalidade.

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