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O Transtorno do Espectro Autista é abordado na psicanalise embasada na

relação afetiva e simbiótica entre a mãe e o filho, a qual existe uma falha na
função materna, exemplificada no caso de L. com a difícil aceitação da mãe
sobre a gestação e o quadro depressivo da mesma após o nascimento da
criança acarretando dificuldades interacionais e consequentemente facilitando
o desenvolvimento de um quadro psicótico. Ademais, correlacionando queixas
de que o pai tem pouca aproximação com a filha pode-se pressupor que houve
também falhas na função paterna.
Posto essa informação, a intervenção envolverá o sujeito com o autismo e seus
pais. É importante primeiramente enfatizar a particularidade do sujeito L, pois
não se trata de “autismo” trata se de “autismos”, ou seja, cada sujeito irá
emergir em seu tempo, de forma única e singular nesse processo de
subjetivação. Ademais, o tratamento deve ser fundamentado principalmente no
desenvolvimento das habilidades sociais através da linguagem verbal e
corporal e de jogos simbólicos.
O terapeuta psicanalista tem como objetivo principal o investimento no laço
social, promovendo uma transferência entre a mãe e a criança além de
estabelecer também esse laço do terapeuta e o sujeito com o autismo. A
reestruturação psíquica através do desenvolvimento da capacidade simbólica é
outro fator significativo a ser trabalhado: o terapeuta ao se colocar no lugar da
criança facilita com que ela tenha para si representações simbólicas e
externas. Bem como, a aquisição da linguagem é um elemento de extrema
importância uma vez que no caso de L. há queixas de que ele apresenta uma
linguagem atrasada. Esta aquisição de linguagem pode ser aprimorada em
jogos simbólicos como a ludo terapia uma vez que “a criança é jogada na
língua pelo brincar.”, promovendo uma maior facilidade de interação.

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