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ra de Filésofos Catélicos | Digitalizado com CamScanner A ATUALIDADE DO PENSAMENTO DE S. TOMAS UM CONFRONTO ENTRE © SEU PENSAMENTO E O DE HEIDEGGER QUANTO AO PROBLEMA DO SER Prov. Dr. Jorrannzs Barr, Lorz S. I. Munchen, Alemanha (Tradugio para o port, a pedido do At J PA, Mac Dowell $3)’ | P's) 9? Autor, do Prof. Dr, © pensar filosdfico de Heidegaer, segundo seu proprio depoimento, surgiu “da experiencia fundamental do esquecimento do ser”. Neste esquecimento ele inclui também Tomas de Aquino. Gilson demons- trou, todavia, como o Aquinate, em sua reflexdo sobre o ser, sobre- ‘ Paira acima do tao difundido esquecimento do ser.! O mesmo ponto de vista ¢ defendido por mim na minha contribuigio & obra, que apareceu em homenagem ao 70. aniversdrio de Heidegger.’ ‘Nisto estou de acordo com varios outros, como p. ex. C. Fabro, A. Keller, M. Miiller, K. Rahner, G. Siewerth. # preciso conceder que tenhum outro pensador colocou a questéo do ser de modo tao temdtico no centro de seu filosofar como Heidegger. Suas sugestdes nos ajuda- ram mesmo a ver sob nova luz a concepco do ser de S. Tomas. Destarte, se Heidegger é superior ao Aquinate no que toca a temati-! zagGo explicita do ser, “este wltimo levou mais avante o desdobra- Z mento do ser, tanto que pode-se dizer que o pensador alemdo, em relagdo 4 profundidade mais intima do ser, néio superow 0 esque- 3 cimento do ser. ——_. + Uber den Humanismus, em Wegmarken, Frankfurt, 1907, 72. 2, Et, Gilson, L'gtre et l'Essence, Paris, 1948. . Das Sein und das subsistierende Sein nach ‘Thomas Coletdinea mais acessivel: J. Lotz, Der Mensch im Soin, Freit ssi Digitalizado com CamScanner 1, 0 SER EM HEIDEGGER niio § fHlosofin dn oxtstoncta, mag ‘© ponsamento Seana ate 6 n questio do ser ou’ g a fim ce fin do sors! OS Pio go vO da primatra A iltima piping = do sigaitiento Sry © hiomom como oxlsténcla J tomady ge conse “pada die “Sein ue “§ 0 tinleo onto no mundo, 2 ual acontece a Nf my somente POTa oH upasoin®, onquanto 60 (Da” ott a Dros tle glo do = wo ‘andliso existencial do homem prepara a. esto dg St? Bo mundo, Por 188 nen ae © homem reallzso como euldady esta anise eral nas trés dimensdes do. tempo.» om Pa cals ee ee manifesingio do ser. As tr6s dimensoe> do | mostra como orn, em diregfio 10 nada. Por conseguinte » omen a $e eng que 6 fuiidado no nade. Este aspecto da Andie existang ee Goro mateo" modo a interpretagdo nilistion do Pensamento de & ee aaa Yi oto ee carla interpreta eae, ‘alm ae enguanto parece que 0 ser desaparece m0 nada ros So do ser é substitufdo pelo problema do homem, oo is interpretagdes resulta da afirmagio de Wo, Ce oie fe os do ser”. Portanto, 0 nada coincide com o Pn + G0 proprio ser enguanto ainda velado, Em outras:palavras: 0 ser rey’ ple “" namente aquilo que se manifesta Inicialmente como nada. Devemos Belo neds, porque o ser se mostra, a partir dos entes, como o seu fusty : gue, como tal, nfo pode ser um ente, 3, ao invés, outro em relaghe quay. | quer ente, i. 6 0 nio-ente ou simplesmente o nada. Este, Portanto, nig ¢ pesto 80 ser, mas simplesmente ao ente © por isso néo nega o Ser, mas pre. 1) cisamente 0 afirma. | eine eterminar, em seguida, como o ser se refere aos entes e, em pri ‘metro iugar, ao homem. Heidegger estabelece Certamente uma correlatividade, Segundo & qual o ser nfo pode darse sem o ente, do mesmo mods que o ente nfo pode encontrarse sem o ser. Especialmente quanto ao homem devese dizer que 0 ser niio pode darse sem o homem, i. é consiste na sua comunica- Glo a0 homem. preciso, porém, acrescentar que ce trate aqui sempre da di ferenca ontologica, que nao é supressa pela Correlatividade. Esta diferenca dis. fingue o ser, como fundamento, do ente, como fundado. © ser é “ategrna | Ef Mauele fundamento, que como iltime nto ¢ fundado em nenhum outro comuan, St mesmo. Correspondentemente, o ser nfo diz necessidade, mas se fois aao2 20 homem em um jogo (Spiel), que niio € arbitrério, ainda que suas leis nao ‘Sejam Acessiveis, ® Mi 80 Soci, aos ae chemem detinne (Geschick), uma delas abre uma época historica. Por_isso a histéria_ AS comunicacées S80 miltiplas, Cada ee Digitalizado com CamScanner Onlin (OK ONLOK THNATIORO He HINLOTI OnLO Lian do petro wer, AMIN Was vote fost & femporatidnda do Kor Oo Lanipo, cot hares de eomuniennhey A / aor, Win WILK Ania A MUTEIpHldada die wemninitenayeiy Sunline nen grtgaeier aor, que HOMMNTAHONTO A MoM. POrMEd Ler AK MN CAIHUnKeNAiOn 1 6 Hbne quiron AbROIUEN AINRUTATICRCA, Cont ike ne Angare thA c tn KrknieenAbnniN do proprlo OY eM YelNYtO fae HUME GoMMtMIANyboN, Hagin Heddeyyer, parte, + 6 alfioll compreondar Gono A PORK ciroUnAATANAE «lA Kar lem, ums preppPe monte ONoNpA A NOKKO PAnAAMENLO, Ald dino, Holdayyor raul ezplieitunnen to nquole fer, que RAJA Independente daw AUK GoMHntenghen 6 numien Oo hore, quo fej © Kor AUDHIAtONLO @ Por IKKO KuIprALAMpOrAL OH alaenD, ‘ Quanto fol Allo, vemelonos te queKiio, como Deus Koja Coneeiide por Hebe dogger. To dis expllollamente, qna oO HOU pensmanto 4 Kberly pure Dens 6 yor tanto cortamenta nfo Alofsllco, AO mesmo tempo, pordm, sublinkn que oss pensamento nfo & lofitleo, porque He Impoe uma praparngtio mute mule Jonge para resolvor oxto problema, Com afallo, estamos apanas nok primelrom tntetos da tomatizaghio do ser, Como este contribun para encontrar a resposle he perguats sobro Dour, mostram-no on pnavon Indicndos por Teldeyger: do wor wo sagrado, A dlvindade, no fondo da palovra “Doun", Nasi linha Neidegyer pensa talven estar mals proxtmo do Deus vordadelraments diving do que o# WOlagos wad « clonais, $0, portunto, Deus, por um Indo, manifestivss soments b tux do ser, por outro Indo, 6 considerado por Holdeguor como um snia (Helondes), que 6 7 nomondo entro outros ontos, Além disso, aste enie 6 dexcrito como “causisut, om uma formula multo amb{gua, Aqui io nol a falta do Ker Hubsislents, donds surge uma corta incoordnola na eolocagko do problema de Deus, rn wltima aniiliso, Holdoggor, ainda quo choguo ao sor diforente do ents, permanses no esquecimento do sor, quanto & sua profundidade mais intima, que supers o tem po e abro para a etornidade, j Il, O SER SEGUNDO TOMAS DIE AQUINO Scgundo ‘Tomis de Aquino, nés abrimos caminho para o ser, partindo do conhecimento do homom. Por causa do sua corporalidade, o homem ocupa o Ultimo lugar na escala dos entes ospiriiuals, Destarte, cle obtém o seu saber a partir das coisas do mundo por melo da apreensiio sensivel’ ¢, mesmo para emprogar do novo o saber antes adquirido, precisa de cada vex voltarse para as imagens sensfvels, projotadas por sua imaginagiio.* Por conseguinte, 0 conhe- cimento natural do homem nilo 86 comega pelos sentidos, mas também #6 con- segue estender-se até onde possa ser conduzido pelos dados sens{ivels,” Por- tanto, so, por um lado, o que 6 apreendido pelo sentido, 1, 6, 0 mundo, 6 para nés o primeiro objeto de conhecimento, por outro Jado, outros textos apontam Digitalizado com CamScanner mm primelro lugar @ mat inetd ot lo quo 6 concebido sac) ssa ety aaron ent iro no olhar do enptri 0 no manifonta primolro pirite apresenta © ente (Kor) como o qu fora prima no a 0 notin apreendide Intelectuatmenta, « © esta contido om tide quo o sani Hu a fun “manifestacho entium conteido pode, or apreanaiio, inelantunmen a ase eas BIR een tae ast erseree eae . Todavia, nn afirmag6os do Aquinate parecer tm. A manifestagho prévin do sor, Todavin, uer as cols do mundo quer plicar uma contradicdo, Ji quo ele presenta qu Cea ° ser, como aquilo que é conhecldo primoiramento pelo ome a A aparente contradigfo so destus, desdo quo, para omnis Cee io so encontr 0 conhectmenty, Ses] mal reaisclaca cea Pole aspectos que mutuamente se condicionarn, do Unico processo cognoscitivo do homem, As coisas do mundo, enauanto term da intuigio sensfvel, dio acesso ao sor e, sob este ponto de vista, precederm, como primeiro objeto de conhecimento, o ser. O ser, no entanto, 6 0 fundg. mento ou condigo de possibilidado, que nos capacita a conhecer o termo da intuic&o sensivel como ente e assim fornece & propria intuig&o seu caréter especiticamente humano. Sob este ponto de vista, o ser é primeiro © pre. cede © conhecimento das coisas do mundo. Estes dois aspectos nao s6 so contemporaneos mas também coincidem na realidade, de tal modo que as coisas do mundo siio o que 6 conhecido e o ser aquilo pelo qual elas Sao conhecidas. Assim, as coisas do mundo s&o direta ou explicitamente re-co- nhecidas, ao passo que o ser é conhecido de modo implicito e concomitante, i. é, meramente atingido, como se pode distinguir & maneira de Hegel. Destarte, © ser, em seu desocultamento, permanece oculto, de sorte que geralmente s6 so Presta atenciio as coisas do mundo, i. é, ao ente, ao passo que o influxo do ser Passa despercebido e, por conseguinte, ele cai facilmente no esquecimento, Em todo caso, faz-se mister um voltarse especial para o ser, a fim de re-conhecer tematicamente o que tinha sido apenas atematicamente conhecido. Em outras Palavras: as coisas do mundo, i. 6, 0 ente, sio 0 objeto do conhecimento: nele entretanto, 0 ser emerge como fundamento supra-objetivo de todos os objetos, de modo que, enquanto tal, nunca é objeto nem deve ser apreendido & ma- neira de um objeto, embora, justamente por causa da conexéo mencionada, Sempre sejamos tentados a fazélo. Os objetos sio muitos, eles surgem e Passam. Deles destaca-se 0 ser como o uno, que sempre persevera como o me’mo, com o qual o espirito humano na sua intimidade mais profunda esta indissoluvelmente relacionado. Pensar e sor correspondem-se reciprocamente numa correlacao tal que, em virtude dela, proximamente, o ser acontece através do pensar, em Ultima anélise, porém, 6 0 pensar que acontece através do ser. = Com & concepeaio fundamental, que vem de ser esbogada, concordam, com tmatizes diversos, Tomas de Aquino e Heidegger. ae 8. De Veritate ala, 9. S. th 1, 1, q. 94, a, 9, 10. Comm. Sent. 1, d. 8, a. 1, a. 3, 84 Como ‘se explica, no entanto, a diferenga entre 8, Tomés, que refere o pensar ao “ens”, 1. 6, no ente, © Heldegwer, que o refere a0 ser? O Aquinate parece ainda confundir o ser com 0 ente e por conseguinte néo superar o es- quecimento do ser. Mas, vendo bem, este temor mostrase infundado, Muito pelo contrarlo, a posigtio de S. ‘Tomés demonstra coro ele leva a sério o sernomundo do homem. Pols nés niio deparamon o ser numa intuteio ime. dinta, mas através da mediagio do mundo, na medida em que o interiorizamos até 0 nivel do ser. Pensamos o ser, conhecendo as coisas do mundo. Mas os coisas do mundo apresentam-se sempre como um ente ou como o que tem ser, For (S80 @ maneira de pensar o ser, propria do homem, é primelramente ¢ “ens”, embora este néo soja considerado em sua singularidade conereta, mas na universidade mais indeterminada. Porque o homem 6 “espfrito no mundo”, cle pensa © ser primetramente & maneira do ente, 1. 6, 0 “esse” come o “ens”, Ge modo que o ser que o ilumina implica primariamente a referéncia eo mandy, Daf surge © Perigo, a0 qual sucumbiu também o pensar filosdtico Posterior a Tomds de Aquino, de igualar o ser ao ente ou pelo menos no o destacar deci- chegase até a definir Deus como Gefinitivamente 0 esquecimento do ser. Tigo, que indicamos, enquanto viamente se manifesta no “ens”. Tratase, pols, de desenvolver mais precisa. mente as etapas desta sua reflexio sobre 0 cardter proprio do ser Comecamos pelo Coment Grio as Sentencas, com um texto que distingue um duplo “esse”, a saber, ser como “ens” Ro sentido de esséncia e ser como “est” _ no juizo." A partir deste tltimo aparece um terceiro sentido, enquanto o “é”, © como sede da verdade, fundase no ser a coisa ou o ente. Por conseguinte, encontra-se no ente além de sua esséncia o seu proprio ser, A verdade, porém, fundase mais no ser do que na essénoia, j4 que 0 espirito dirigese ao ser do ente, como ele 6. © préprio termo “ens” deriva de “esse”, Sublinhemos a gonexa0, que aqui se delineia. O “é" do juizo fundase no ser do ente, Para \ & Constituigao do ente concorre tanto a sua esséncia como o sou ser. Como ambos se relacionam mutuamente, permanece ainda aberto. Fica também inde- ; finido, que significa o ser, que estd & base dos trés sentidos ™mencionados e ate, Portanto, nio pode ser identificado com nenhum deles. © ente supremo, selendo © Aquinate, ao contrério, superou o pe- pOe a descoberto e em relevo o “esse”, que pre- © ato de sua esséncia, i €, aquilo que o faz passar da possibilidade & atualidade.” Com isto a relagio entre ambos é de algum modo determinada, enquanto eles se referem um a0 Outro como a poténcia ao ato. Fazse mister, Porém, perguntar se a esséncia Precede © ser Ou o ser a esséncia, A primeira vista ¢ em geral preferese a Primeira posicéo, mas alguns defendem a segunda. ‘Talves seji A mar ambas as relagdes, —— ll, Ibidem, I, d. 19, g. 5, a. 1 ad 1, L Ibidem, corp. 13. Ibidem, I, d. 33, q. 1, a. 1 ad 1. Digitalizado com CamScanner ran von co Comintrto We, Heroic, My nar pots nor prodicndo Oe Sein mq _wanticlo yigurada, OW alcinaniin Crnssdarnneg Str ‘ orn endl Nn a al Ma ronprnin, pola NAF COTO nbs, Ws sepa a eG atl fil tartan «ser my orn MM lava nile \, : ’ aw ai ps vant on = Hntinde pole Hnttude dona; finite, entin, & enna wn 1H na julan, cm cilia Aiud recs om Sean, sor yw, 1 natval wore A 0 rondo fundomentat ie wma COMO london, muparnr Mod ualaeT fide, Aerngs 08 (00 ACT em war Mnigndo, Pare tank forneon 8, Tonndg Tato, ontrotInlOs wins w no PaoudoDIOntslOs entre on modem ponbuds be gag. nie HONOR, jnapleandor GoM0 Pr Oky vide 6 conhichasnto, 0 Mt 6 0 gry Teint ees lordon on outro, pote whi Me tnterntn ery ante @ pore at AAT Tonto modo, Hor mgnifien 0 mesino que pend conta cate. 18 mu DEER nldorndo, nhio #6 pode Ker preiento Ay eg “pe vl do dole anter do qualquer outro atributo, * Deus, man dene nor prodiond onto fintle ‘osndncla 6 Kor KO ayy towel Pa diaiinguern, como J4 exp\icarnon, de owatnoln & abuacds polo Hor, Ko PasKO Gus O Ker G Tales yet ‘ou divorvion ontos carnolorizanne pelo jew modo de wer, que € Tala do ends um, Dat Horem designados de corde com sua drvore ow homem, Tin Deus, entrotanto, a esséncia coin wie row! 0 xen, polu aun modidn 6 a plenitude absolute, propria justarente Qo ser. Por lwo clo nflo precian do uma eavonela que ne acrescente ao ser, eumitando uma parcola da plonitude sbsoluts, Portanto, 0 que caracteriza Dons © o dlstinguo do tuto mals 6 quo clo 6 0 ser em sua plenttude absolute, do quo Tho yor conseqttontomente eu nome mals proprio ¢ adequado,” 1X proclso, pordm, afustar os matontendidos que possa suscltar a afirma- qto: "Deus 40 sor", Com ofello, tratnso de ovitar dots extremos, Se Deus ¢ (© sor, poderla pareoor, por um Indo, quo #6 a ele compete o ser, de sorte que tudo mals fosse exclifdo do Amblto do ser @ portanto n&io fosse possivel. Na verdade, préprlo 86 do Dous 6 apenas 0 puro ser, livre de qualquer néoser, {ntelramente ola mosmo o nfo allonado do sl mesmo por qualquer espécie de nose, Com Isto nilo so oxelul, porlanto, que o finito possua um ser, limitado pelo niloser." Por outro lado, da afirmagiio de que Deus 6 0 ser, poderia a fut conclutr quo olo 6 0 sor, polo qual tudo 6, de modo que tudo existisse través do sor divino, ou soja, n concepgiio do Pantetsmo, Segundo a resposta ao Auton, Dous 6 nocossarlamento o sor, polo qual tudo 6, néo, porém, em Te eattelth tans om sentido causal, ou, em outras palavras, niio em sete exeMpiny © flea seeNonle, A propdslto, fala S, Tomds da causalidade om virtude da qual o ser criado emana (manat) do ser 4M. Toidom, 1, 4, 38. aoidemy Tat yee ge ad 46, Abide, eet 1s YW. idem, 38. Ihidem, a, rom todo tal modo que t easdnole, Ort jproporolonal & exHOn easel, Ps OX COM Ba tatada, igitalizado com CamScanner

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