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A DECLARAÇÃO
Ao consultar um dicionário, verificamos que a palavra “declaração” possui várias acepções.
Existem declarações orais (actos de expor verbalmente) como os testemunhos em tribunal,
declarações políticas e até declarações de amor. Na vertente escrita, conhecemos a Declaração
Universal dos Direitos do Homem, a Declaração dos Direitos da Criança, que são um conjunto de
princípios nacionais ou internacionais. Bem diferentes são a declaração amigável, a de presença, a
de frequência, etc.
CONCEITO
Uma declaração é um documento em que se faz uma exposição de uma determinada situação ou
facto. É feita por escrito e constitui prova de compromisso perante uma terceira pessoa ou entidade,
onde o declarante se compromete relativamente ao conteúdo de que é declarado.
ESTRUTURA
Este tipo de documento possui uma estrutura tipificada :
- abertura : identificação da entidade declarante ;
- encadeamento : identificação da pessoa que solicita a declaração e fim a que esta se destina ;
- fecho : local, data e assinatura do declarante. Este assume a responsabilidade perante aquilo que
declara, sendo a declaração formalizada por escrito, assinada e carimbada.
CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM
- A declaração pode ser apresentada, consoante a finalidade a que se propõe, na primeira ou terceira
pessoas do singular (casos da declaração de amor ou de presença, respectivamente) ;
- A intenção fundamental é revelar uma situação ou facto. Por este motivo, são utilizados verbos
declarativos como, por exemplo : “declarar”, “afirmar”, “garantir”, “atestar”, “comprovar”,
“confirmar”, etc ;
- Recurso ao registo de língua corrente. A linguagem é denotativa, utilizando-se terminologia
específica : “Para os devidos efeitos”, “declaro”, “certifica”, “o declarante”, etc ;
- Uso da fórmula introdutória generalizadora : “Para os devidos efeitos …” ;
- Utilização da oração subordinada integrante introduzida por que.
A Declaração é um acto social
O declarante assume responsabilidade por aquilo que declara, pelas afirmações que faz. O
facto da afirmação ser formalizada por escrito, assinada e carimbada, dá-lhe a
credibilidade de um acto público.
A declaração de um governante aos cidadãos do seu país, pelo facto de ser verbalizada
através dos meios de comunicação social, não perde o valor por não chegar ao
destinatário por escrito.
Qualquer indivíduo é responsável perante a lei pelas afirmações públicas que faz.
Nas declarações efectuadas em tribunal, o declarante compromete-se a dizer a verdade,
sob juramento.
LAVAREDA, Lina e ABREU, Maria João, in Guia Prático de Construção de Textos (Escritos e Orais), Edições
Sebenta, 2004, p. 45.