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R BA C 103

U LTR A LEV ES
PA RA M OTOR/PA R A TR IKE
SUM ÁRIO

 Aplicabilidade

 Regras de Operação

 Disposições Finais

 Espaços Aéreos Designados

 Restrições Operacionais

 Referências Operacionais

 Referências Visuais com a superfície

 Regras Específias para Ultraleves M otorizados

 Transcrição das Definições Constantes no RBAC 103


APLICABILIDADE

Este regulam ento é aplicável a operação aerodesportiva em :

(1) veículo ultraleve/Param otor e,


(2) balão livre tripulado que não seja detentor de um certificado
de aeronavegabilidade.

Para os propósitos deste regulam ento, é considerado veículo


ultraleve aquela aeronave que:

(1) tem propósito exclusivo de desporto e recreação;


(2) não seja detentora de um certificado de aeronavegabilidade;
(3) possui peso vazio de no m áxim o 80kg se não m otorizado ou
200kg se m otorizado;
(4) possui velocidade m áxim a em voo nivelado com potência
m áxima contínua (VH) m enor ou igual a 100 knots calibrado
(CAS), sob condições atm osféricas padrão ao nível do m ar ou
no caso de planador ou m otoplanador, velocidade nunca exceder
(VNE) m enor ou igual a 100 knots CAS.

Inspeções

Sem pre que solicitado pela ANAC, pelo DECEA ou por autoridade
policial, o operador de veículo ultraleve ou balão livre tripulado
deve perm itir inspeções em sua aeronave e fornecer evidências
suficientes para com provar a aplicabilidade e sua adequação a
este regulam ento.
Autorização especial
Qualquer operação de veículo ultraleve ou balão livre tripulado
em desacordo com as regras deste regulam ento dem anda
autorização especial de voo em itida pela ANAC.

Docum entação exigida

A operação de veículo ultraleve ou balão livre tripulado segundo


este regulam ento não exige habilitação de piloto ou certificado
de aeronavegabilidade em itidos pela ANAC. Contudo, o operador
deverá possuir certidão de cadastro de aerodesportista na form a
estabelecida pela ANAC.

Para a efetivação do cadastro de aerodesportista é necessária a


com provação de que o interessado detém os conhecim entos
m ínim os necessários para o cum prim ento das regras
operacionais e de uso do espaço aéreo. Portanto, é de extrem a
im portância o Piloto estar cadastrado na Associação Brasileira de
Param otor para obter esses conhecim entos básicos.

os veículos ultraleves m otorizados (Param otor/Paratrike)


operando segundo este regulam ento devem ser cadastrados na
form a estabelecida pela ANAC e apresentar m arcação visível
que perm ita sua identificação.

Os operadores de veículos ultraleves (Param otor/Paratrike) que


se dediquem à form ação ou adestram ento de outros
desportistas devem possuir o seguro contra danos às pessoas ou
bens na superfície e ao pessoal técnico a bordo, conform e
estabelecido no art. 178, § 1º da lei nº 7.565, de 19 de dezem bro
de 1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica).
REGRAS DE OPERAÇÃO

Regras operacionais

É PROIBIDO o Piloto de Param otor/Paratrike realizar v oos que


ofereça risco às pessoas no solo ou ao sistem a de aviação civil.

É PROIBIDO o piloto de Param otor/Paratrike lançar objetos ao


solo de form a que ofereça risco a pessoas ou propriedade.

A operação do Param otor/Paratrike segundo o regulam ento da


ANAC à condição visual (VM C) em período diurno e m antendo -se
referência visual com a superfície durante todo o voo.

É PROIBIDO realizar operação de pouso ou decolagem com


Param otor/Paratrike tripulado em localidade não autorizada
pelo proprietário ou detentor dos direitos sobre a área em
questão.

Um a pessoa som ente pode em barcar outra pessoa em veículo


Param otor/Paratrike tripulado sob este regulam ento se essa
pessoa estiver ciente de que se trata de atividade desportiva de
alto risco, que ocorre por con ta e risco dos envolvidos, onde
operador e aeronaves não dispõem de qualquer qualificação
técnica em itida pela ANAC, não havendo, portanto, qualquer
garantia de segurança.

Som ente é perm itida a operação de veículo Param otor/Paratrike


tripulado por pessoa maior de 18 anos.
Regras de tráfego aéreo

O operador de veículo Param otor/Paratrike tripulado deve


observar as regras de tráfego aéreo em itidas pelo Departam ento
de Controle do Espaço Aéreo – DECEA correspondentes ao
espaço de voo utilizado, bem com o, quaisquer lim itações
adicionais im postas na form a deste regulam ento.

Áreas de operaçã o

É PROIBIDA a operação de Param otor/Paratrike tripulado sob


este regulam ento sobre áreas densam ente povoadas,
aglom erados rurais, aglom eração de pessoas, áreas proibidas ou
restritas.

Aglom erado rural significa localidade situada em área não


definida legalm ente com o urbana e caracterizada por um
conjunto de edificações perm anentes e adjacentes, form ando
área continuam ente construída, com arruam entos reconhe -
cíveis e dispostos ao longo de uma via de com u nicação; ou
localidade que tem as características definidoras de aglom erado
rural e está localizada a m enos de 1 km de distância da área
urbana de um a cidade ou vila, constituindo sim ples extensão da
área urbana legalm ente definida (aglom erado rural de ext ensão
urbana); ou localidade que tem as características definidoras de
aglom erado rural e está localizada a um a distância igual ou
superior a 1 km da área urbana de um a cidade, vila ou de um
aglom erado rural já definido com o de extensão urbana
(aglom erado rural isolado). Fonte: IBGE/DGC/DECAR. Noções
básicas de cartografia, Rio de Janeiro: IBGE, 1998, p. 71 -72.
É proibida a operação de Param otor/Paratrike tripulado fora dos
espaços de voo especificam ente autorizados pelo DECEA.

Antes de cada voo, o operador de Param otor/Paratrike tripulado


deve tom ar conhecim ento dos espaços de voo autorizados para
operação segundo os requisitos deste regulam ento, respeitando
os lim ites laterais e verticais definidos. (NOTAM )

Requisitos específicos para operação em dete rm inadas áreas e


espaços de voo poderão ser exigidos em função das
características operacionais locais.
DISPOSIÇÕES FINAIS

Infrações

Para os efeitos de aplicação do art. 33 do Decreto -Lei n° 3.688,


de 3 de outubro de 1941, entende-se com o devidam ente
licenciado:
o operador que possuir com provação de cadastro de
aerodesportista do regulam ento da ANAC, e no caso de operador
de Param otor/Paratrike, a comprovação de cadastro e sua
identificação na aeronave, portanto seu Parapente deverá
possuir o núm ero de identificação plotado conform e
regulam ento da ANAC.

Para os efeitos de aplicação do art. 132 do Decreto Lei nº 2.848,


de 07 de dezem bro de 1940, entende-se que o descum prim ento
deste regulam ento expõe a vida ou a saúde de outrem a perigo
direto e im inente.

Para os efeitos de aplicação do art. 35 do Decreto -Lei n° 3.688,


de 3 de outubro de 1941, entende-se com o zonas perm itidas
aquelas estabelecidas pelo regulam ento ANAC.
Quando a significativa freqüência de m ovim entos de ultraleves
em um aeródrom o não controlado tornar evidente a necessidade
dedivulgação desse fluxo, o SRPV/CINDACTA expedirá os NOTAM
específicose encam inhará ao Subdepartam ento de Operações do
DECEA as propostasde em endas e/ou estudos realizados que,
por sua natureza, devam serinseridos nas Publicações de
Inform ações Aeronáuticas.

A presente Instrução cancela, na m esm a data de sua efetivação,


oFM A 100-61 de 16 de janeiro de 1997.
ESPAÇOS AÉREOS DESIGNADOS

Exceto conform e disposto , a operação de Param otor/Paratrike


deverá ser realizada som ente dentro dos espaços aéreos
especificam ente designados para este fim .

As Agrem iações de Param otor/Paratrike devem solicitar,


previam ente, aautorização pertinente à correspondente prática
aerodesportiva aoSERAC da área, sendo este últim o o
responsável por realizar asgestões junto ao SRPV/CINDACTA, a
fim de ser analisada aviabilidade da im plem entação dos espaços
aéreos descritos em

Os espaços aéreos designados para a operação de


Param otor/Paratrikedeverão ser estabelecidos com o Espaços
Aéreos Condicionados, ondefor possível, sem prejuízo à
segurança das dem ais operações aéreas, ou seja, é PROIBIDO
invadir o espaço aéreo controlado.

Os horários de ativação, bem com o as altitudes m áxim a e


m ínim a dos Espaços Aéreos Condicionados, deverão ser
definidos, de form a que não interfiram naoperação segura das
dem ais aeronaves.
A divulgação aos usuários sobre os Espaços
AéreosCondicionados, descritos em deverá ocorrer,inicialm ente,
através de NOTAM regional, até a inclusão definitiva,em
publicação aeronáutica pertinente.
RESTRIÇÕES OPERACIONAIS

Som ente será perm itida a operação de Paramotor/Paratrike no


períodocom preendido entre o horário oficial do nascer e do pôr -
do-sol dalocalidade de operaçã o.
Nenhum Param otor/Paratrike voará tão próxim o de outra
aeronave, de m odoque possa ocasionar perigo de colisão com a
m esm a.

O vôo de Param otor/Paratrike sobre o m ar ou águas interiores


deve serrealizado a um a distância de, pelo m enos, 100 m etros
das praias e aum a altura de, pelo m enos, 50 m etros (150 pés) em
relação ao solo ouágua.

DIREITO DE PASSAGEM

O Param otor/Paratrike que tem o direito de passagem deve


m anter seu rum oe velocidade, porém esta regra não exim e o
piloto em com ando deproceder no sentido de evitar um a colisão.
Todo Param otor/Paratrike, obrigado aafastar-se de outro
Param otor/Paratrike, deverá evitar passar porcim a ou por baixo
ou cruzar-lhe a frente, a m enos que haja distânciasuficiente.

Os ultraleves m otorizados não terão direito de passagem sobre


as dem ais aeronaves, devendo os pilotos dos ultraleves
m otorizadosm anter vigilância constante durante o vôo, de m odo
a observá-las econceder-lhes passagem .

Os ultraleves m otorizados cederão passagem aos ultraleves não


m otorizados.

REFERÊNCIAS VISUAIS COM A SUPERFÍCIE


O vôo de Param otor/Paratrike som ente deverá ser realizado se:
a) forem m antidas, perm anentem ente, referências visuais com a
superfície;
b) as nuvens ou form ações m eteorológicas de igual
opacidade,existentes abaixo do nível de vôo, não obstruírem
m ais dam etade do cam po visual do piloto.

VISIBILIDADE EM VÔO E AFASTAM ENTO DE NUVENS

A operação de ultraleve deverá ser conduzida de form a que


aaeronave voe em condições de visibilidade e distância de
nuvensiguais ou superiores aos valores da tabela a seguir:

ALTITUDE DE VÔO VISIBILIDADE M ÍNIM O DE NUVENS


(EM RELAÇÃOAO NÍVEL MÉDIO DO M AR) M ÍNIMA EM VÔO

Abaixo do Nível de Voo FL 100 5.000 m 300m (1000 pés) na vertical


1500m (5000 pés) na horizontal

Ou acima do Nível de Voo FL 100 8.000 m 300m (1000 pés) navertical


1500m (5000 pés) nahorizontal

Para os vôos de Param otor/Paratrike, nos espaços aéreos classes


“G” (GOLF),quando realizados abaixo de 900m AM SL, inclusive,
ou até 300m acim ado terreno, o que for maior, poderá ser
utilizada a visibilidadem ínim a em vôo de 5 Km , desde que o
piloto se m antenha livre de nuvense com avistam ento do solo ou
água.
Todos os sítios de vôo e aeródrom os privados sede de operações
de veículos Param otor/Paratrike autopropulsados devem ter um
responsável pelocontrole do m ovim ento diário desses veículos.
Este responsável receberá a denom inação de Diretor de
Operações.
Dentre outras funções, é da responsabilidade do Diretor de
Operações:

a) Propor à autoridade aeronáutica da área os circuitos de


tráfego e norm as de segurança para a proteção dos pilotos e
de terceiros; e
b) Manter ordenado o tráfego de Param otor/Paratrike, exigindo
ocum prim ento das norm as em vigor.

REGRAS ESPECÍFICAS PARA ULTRALEVES M OTORIZADOS


O vôo de Param otor/Paratrike poderá ser realizado:
a) nos espaços aéreos condicionados descritos em 3.1; ou
b) Fora dos espaços aéreos condicionados desde que sejam
cum pridas as regras de vôo visual (VFR) e o veículo utilizado
possua as características necessáriase esteja adequadam ente
equipado para cum prir osrequisitos de vôo no espaço aéreo
correspondente;

Para o vôo de Param otor/Paratrike m otorizados, fora dos


espaços aéreosdescritos, o piloto em com ando deverá
apresentar um Plano deV ôo de acordo com o previsto na ICA
100-11 (Plano de Vôo).

O pouso e/ou a decolagem de Param otor/Paratrike deverá ser


prioritariam ente realizado em Sítios de Vôo, nos aeródrom os
sede deultraleves ou em outras áreas autorizadas pela
autoridadeaeronáutica.

Poderá ocorrer a proibição da operação de


Param otor/Paratrikeem determ inados aeródrom os controlados,
em carater perm anente ou em períodos específicos, visando
garantir a segurança e a fluideznecessárias ao eficiente
gerenciam ento do tráfego aéreo.

Os vôos em Param otor/Paratrike deverão cum prir a


alturam ínim a de 90 m etros (300 pés) acim a do m ais alto
obstáculo existenteem um raio de 100 m etros em torno do
ultraleve.

TRANSCRIÇÃO DAS DEFINIÇÕES CONSTANTES NO RB AC103


O Param otor/Paratrike, significa um a aeronave m uitoleve
experim ental tripulada, usada ou que se pretenda
usarexclusivam ente em operações aéreas privadas,
principalm ente desporto e recreio, durante o horário diurno, em
condições visuais, com capacidade para até 2 (dois) ocupantes
no m áxim o, podendo ser autopropulsada, ou não, e com as
seguintes características adicionais:
 Peso vazio m áxim o igual ou inferior a 70 kg
 Autopropulsados
 M onom otores, com m otor a explosão e propulsados por
um a única hélice
 Peso m áxim o de decolagem igual ou inferior a 750 kg
 Velocidade calibrada de estol (CAS), sem m otor, na
configuração de pouso (Vso) igual ou inferior a 45 nós;
 Peso vazio significa o peso do veículo com os equipam entos
m ínim os necessários para operação, quantidade total de
fluidosoperacionais, excluindo -se ocupante(s), com bustível
utilizável elastros rem ovíveis.
 Peso m áxim o de decolagem é o estabelecido pelo
fabricante do veículo, devendo incluir obrigatoriam ente, o
peso vazio, o peso do núm ero m áxim o dos ocupantes, e
com bustível suficiente para 1 (um a) ho ra de operação do
m otor em regim e de potência m áxim a contínua ou um
ocupante e quantidade total de com bustível. Para efeito
destes cálculos, considera -se o peso de 86 kg por ocupante.

Sítio de vôo é um a área delim itada pela autoridade aeronáutica


para sede, operações de decolagem , tráfego, pouso e
estacionam ento de veículo Param otor/Paratrike.
Espaço de vôo é o espaço aéreo delim itado pela
autoridadeaeronáutica, exclusivam ente, para operação de
veículos ultraleves, Param otor/Paratrike.
REFERÊNCIAS/FONTES

 RBAC 103 ANAC


 ICA 100/3
 ICA 100/12

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