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SEGURANÇA DE VOO

E
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Cmte. José Luiz


BASE LEGAL
ICAO - ANEXO 13
Artigo 87 - CÓDIGO BRASILEIRO DE
AERONÁUTICA
“a prevenção de acidentes aeronáuticos é
da responsabilidade de todas as
pessoas, naturais ou jurídicas, envolvidas
com a fabricação, manutenção, operação e
circulação de aeronaves, bem assim como
as atividades de apoio da infraestrutura
aeronáutica no território brasileiro”.
HISTÓRICO no Brasil

Início: finalidade estatística

Hoje: prevenção de acidentes futuros

1ª atividade registrada no Brasil:


1908 acidente com Balão
Campo dos Afonsos, RJ
HISTÓRICO no BRASIL

1965: criação do SIPAER (Serviço de


Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos), iniciando as pesquisas
de acidentes relacionando com fatores
contribuintes.
HISTÓRICO
1971: através do Decreto nº
60.565, de 19/11/71, o então
Serviço amplia suas
atividades e passa a se
chamar SISTEMA, mantendo a
sigla SIPAER.

(Sistema de Investigação e
Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos)
INVESTIGAÇÃO

A investigação constitui uma análise


dos aspectos e das circunstâncias
envolvidas na ocorrência, a fim de
determinar os fatores que
contribuíram para a mesma.
FATORES CONTRIBUINTES
Condições, que se eliminadas, pode evitar
ou reduzir a probabilidade do
acontecimento de uma ocorrência
aeronáutica, ou reduzir as consequências
dessa ocorrência.

A identificação do fator contribuinte não


implica em uma presunção de culpa ou
responsabilidade civil ou criminal.
FATOR CONTRIBUINTE
– HUMANO (FH)
– MATERIAL (FM)
– OPERACIONAL (FO)
ESTRUTURA DO SIPAER
É ligado ao EMAER (Estado maior
da Aeronáutica) quanto a planejar,
executar e controlar suas
atividades.

Finalidade: evitar perda de vidas e


material
Responsabilidade: de todas as
pessoas envolvidas na aviação.
ESTRUTURA DO SIPAER

CENIPA
(Centro de Investigação e Prevenção
de Acidentes Aeronáuticos)
– órgão central do sistema
– supervisiona e controla o sistema
– analisa relatórios enviados
– responsável formação de pessoal
ESTRUTURA DO SIPAER

DIPAA* - Cenipa*
(Divisão de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos)
– Coordena a investigação de acidentes
ocorridos com ACFT nacionais usadas no
transporte REGULAR e ACFT estrangeiras
de qualquer natureza.
– Representa o Brasil em acidentes envolvendo
ACFT Regulares brasileiras no exterior
ESTRUTURA DO SIPAER

SERIPA
(Serviço Regional de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)
– Coordena a investigação de acidentes
ocorridos, na sua área, com ACFT civis
privadas, nacionais, usadas no transporte
aéreo NÃO REGULAR.
– São 7 (sete) no Brasil
ESTRUTURA DO SIPAER

Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos


ESTRUTURA DO SIPAER
SIPAA
(Seção de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos)
– Coordena a investigação de acidentes
ocorridos com ACFT militares, havendo
um em cada unidade militar (Base Aérea).
ESTRUTURA DO SIPAER
CIAA
(Comissão de Investigação de Acidentes
Aeronáuticos)

–Grupo de pessoas, constituído para


efetuar a investigação.
ESTRUTURA DO SIPAER
CIAA

– É formada de elementos credenciados pelo


CENIPA, sendo:
OSV/OSO (militar)
ASV/ASO (civil)
EC (civil) (EC-FH / EC-FM / EC-FO)
ESTRUTURA DO SIPAER
GGIP
Gerência Geral de Investigação e
Prevenção

 setor pertencente à estrutura da Agência


Nacional de Aviação Civil.
ESTRUTURA DO SIPAER
ELO-SIPAER

Órgão, setor ou cargo, dentro da estrutura


das organizações, que tem a
responsabilidade no trato dos assuntos de
Segurança de Voo do âmbito do SIPAER.
ESTRUTURA DO SIPAER
CNPAA
(Comitê Nacional de Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos)

– Entidade interministerial, envolvendo


representantes de diversos ministérios e
dos segmentos da aviação.
CNPAA

Funciona sob a coordenação do CENIPA e


tem por finalidade reunir representantes de
entidades nacionais envolvidas com a
atividade aérea, com o objetivo de
estabelecer a discussão de soluções para
problemas ligados à Segurança de Voo.
Formulários

RELPREV – Relatório de Prevenção

Formulário eletrônico na internet (site Cenipa)


F.O.D.
(Foreign Object Damage)

 Sigla que denomina os objetos estranhos


causadores de dano, que podem ser uma
estopa, um saco plástico, uma folha de
jornal, peças, parafusos, ou pedaços de
asfalto desprendidos do piso.
F.O.D.
 É um dos maiores inimigos dos pneus
aeronáuticos, por serem feitos com
borracha macia.
Mas não só os pneus são as vitimas dos
“estranhos”. Motores, hélices, superfícies
móveis e fuselagem sofrem detritos nas
pistas e pátios de aeroportos.
OCORRÊNCIAS DE SOLO

É todo evento envolvendo ACFT que


não tinha intenção de voo, da qual
resulte dano ou lesão.
INCIDENTE AERONÁUTICO
e de trafego aéreo

Ocorrência operacional que afete ou


possa afetar a segurança da ACFT ou
o controle do espaço aéreo.
INCIDENTE

Incidente LEVE - será investigado pelo


operador, salvo se não for de trafego aéreo.
Se for, será pelo órgão de trafego aéreo.

Incidente GRAVE - será investigado pela


organização Sipaer responsável.

(A diferença entre o incidente leve e o grave está apenas


nas consequências)
INCIDENTE AERONÁUTICO
Exemplos:
– Falha do motor
– Pequenos danos
– Cavalo-de-pau
– Alarme de fogo
– Aproximação demasiada
ACIDENTE AERONÁUTICO
Ocorrência relacionada com a operação
da ACFT, entre o momento em que
alguém entra na ACFT, com intenção de
voo, e o momento em que todas as
pessoas tenham desembarcado, onde
ocorra morte, lesão ou a ACFT sofra
danos severos.
ACIDENTE AERONÁUTICO
O Comandante (ou outro tripulante QUE NÃO
INCAPACITADO) deverá:
– Comunicar imediatamente o acidente
– Providenciar socorro
– Relacionar testemunhas
– Exercer guarda dos destroços no local, a
fim de preservar os indícios. Se
impossibilitado, solicitar à Organização
Militar, autoridade civil ou a voluntários.
ACIDENTE AERONÁUTICO

TRIPULANTES: desde que em boas


condições físicas, são obrigados a
prestar depoimento sobre os fatos.
ACIDENTE AERONÁUTICO

Destroços:
Exceto para salvar vidas humanas ou
em benefício da segurança pública,
nenhuma ACFT ou seus destroços
deverão ser removidos ou vasculhados,
salvo autorização da autoridade
aeronáutica investigadora.
REMOÇÃO DE DESTROÇOS

A aeronave ou seus destroços ficarão à


disposição exclusiva do Investigador-
Encarregado, a fim de permitir a coleta
de dados necessários à investigação.
INUTILIZAÇÃO DOS DESTROÇOS

No caso de ocorrência aeronáutica em


local de difícil acesso, os destroços que
não possam ser removidos deverão ser
inutilizados ou marcados (com tinta
amarela) pelo operador ou proprietário, de
forma a evitar que futuramente venham a
ser confundidos com uma nova ocorrência
aeronáutica, ou que venham a ser
utilizados indevidamente.
AÇÃO INICIAL
Medidas preliminares realizadas no local
de uma ocorrência aeronáutica, por
pessoal credenciado.

objetivo: a coleta de dados; a


preservação de indícios, e o levantamento
de outras informações necessárias ao
processo de investigação.
RELATÓRIO DE AÇÃO INICIAL (RAI)

 O RAI é composto, pelo histórico da


ocorrência, informações da aeronave,
tripulantes e local de ocorrência, e outros
 Tem caráter “RESERVADO”.

 O prazo para a conclusão e remessa do


RAI é de trinta dias corridos após o
conhecimento da ocorrência, não sendo
prorrogável.
RELATÓRIO PRELIMINAR (RP)

 O RP tem o objetivo de registrar os


elementos de investigação, com vistas à
elaboração do Relatório Final.
 O prazo para a confecção do RP é de
um ano, entretanto deverá ser Finalizado
o mais rápido possível.
 Tem caráter “RESERVADO”.
RELATÓRIO FINAL (RF)
 O RF tem por objetivo divulgar a análise, a
conclusão e as recomendações de
Segurança Operacional relativas a um
acidente aeronáutico, incidente
aeronáutico ou ocorrência de solo.
 Prazo: Após o recebimento do RP, o RF
deverá ser confeccionado o mais rápido
possível.
 Tem caráter “OSTENSIVO”.
INVESTIGAÇÃO
 Acidente com acft. MILITAR, caberá a
SIPAA da base a qual pertence a acft.
investigar e preparar o RF, que será
“RESERVADO”.

Transgressões apuradas durante as


investigações serão apuradas pela
autoridade aeronáutica ou pela ANAC.
INVESTIGAÇÃO

Se, durante as investigações, houver


indício de crime ou contravenção penal,
poderá ser aberto, de acordo com cada
caso, um inquérito policial militar, civil,
administrativo ou, ainda, uma
sindicância, paralelamente.
RESPONSABILIDADES
Na ocorrência de um acidente aeronáutico, os
proprietários/operadores terão as seguintes
responsabilidades:
– Notificar a ocorrência do acidente
– Primeiros socorros
– Notificar o fato aos familiares
– Destinação dos restos mortais
– Providenciar a remoção da ACFT, e arcar com tal
despesa
– Guarda dos bens e valores envolvidos
– Guarda dos destroços
– Indenizações
Todos os acidentes resultam de uma sequência de
eventos, nunca de causa isolada

Todos os acidentes podem ser evitados

O propósito não é restringir, mas desenvolver

Segurança de voo não é egoísta

Reportar incidentes é prevenir acidentes

Segurança de voo é responsabilidade de todos

Comandantes, chefes, diretores e proprietários são os


principais responsáveis pelas medidas de segurança

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