Instituto Filadélfia
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CDD: 611
CDU: 611
1. LENTES
1.1. Introdução às lentes oftálmicas
1.2. Lentes
1.2.1. Definição
1.2.2. Dioptria
1.2.3. Centro óptico
1.2.4. Como se obtém a dioptria
1.2.5. Índice de refração
1.2.5.1. Definição
1.2.5.2. Índices de refração de alguns meios
1.2.5.3. Principais índices de refração em lentes oftálmicas
1.2.6. Materiais das lentes
1.3. Prismas
1.3.1. Definição
1.3.2. Medida do prisma
1.3.3. Aplicações dos prismas em óptica oftálmica
1.4. Lentes bifocais
1.5. Lentes multifocais
2. ARMAÇÕES OFTÁLMICAS
2.1. Definição
2.2. Escolha adequada da armação em relação à ametropia
3. SURFAÇAGEM
3.1. Definição
3.2. Principais equipamentos e ferramentas do laboratório de surfaçagem
3.3. Principais insumos usados no laboratório de surfaçagem
3.4. Operação de equipamentos e ferramentas utilizados no laboratório de surfa-
çagem
3.5. Execução e fabricação de lentes oftálmicas adequando o processo de produ-
ção à tecnologia moderna
3.6. Cálculos
3.6.1. Cálculos de transposição
3.6.2. Execução de cálculos de adição e processo de transposição para pro-
dução de lentes bifocais
3.6.3. Execução de cálculos de adição e processo de transposição para pro-
dução de lentes multifocais
3.6.4. Cálculos de construção de lentes oftálmicas
3.6.5. Projeto e cálculo de superfície, raio de curvatura e valor sagital das len-
tes esféricas
3.6.6. Cálculo de superfície de lentes esféricas
3.6.7. Cálculo de superfície de lentes cilíndricas
3.6.8. Cálculo de superfície de lentes de índices de refração variados
3.6.9. Cálculo de superfície de lentes bifocais e multifocais
3.6.10. Cálculo de raio de curvatura
3.6.11. Cálculo de lentes com dioptria prismática
3.6.12. Lentes oftálmicas de médio e alto índice de refração
4. LENSOMETRIA
4.1. Definição
4.2. Lensômetro ocular (mecânico/analógico): principais partes
4.3. Operação correta do lensômetro
4.4. Conferências das lentes esféricas centradas e descentradas
4.5. Conferência de lentes oftálmicas cilíndricas centradas e descentradas
4.6. Conferência de lentes bifocais
4.7. Conferência de lentes multifocais
5. MONTAGEM
5.1. Definição
5.2. Principais equipamentos e ferramentas do laboratório de montagem
5.3. Principais insumos usados no laboratório de montagem
5.4. Tipos de armações oftálmicas
5.5. Componentes das armações
5.6. Materiais das armações
5.7. Medidas das armações
5.8. Medidas ópticas
5.8.1. Distância pupilar
5.8.2. Distância naso-pupilar
5.8.3. Altura da película
5.8.4. Altura pupilar
5.9. Prática de tomada de medidas ópticas
5.9.1. Tomada de medidas manualmente e com equipamentos
5.9.2. Distância pupilar
5.9.3. Distância naso-pupilar
5.9.4. Altura da película
5.9.5. Altura pupilar
5.9.6. Tomada de medidas manualmente e com equipamentos
5.10. Escolha da armação
5.10.1. Formato da armação e formato do rosto
5.11. Confecção de moldes para montagem manual
5.12. Marcações feitas nas lentes para montagem
5.13. Montagem de lentes esféricas
5.14. Montagem de lentes cilíndricas
LENTES
1.2. Lentes
1.2.1. Definição
Lente é um corpo transparente limitado por duas superfícies polidas capaz de
desviar os raios luminosos para um ponto chamado foco. As lentes podem ser
“prontas”, ou seja, já vêm da fábrica com as suas características finais, ou podem
ser fabricadas partindo de blocos brutos - lentes em seu estado inicial, antes de
serem beneficiadas.
1.2.2. Dioptria
A dioptria é a unidade de medida da potência das lentes.
n = C / Vm
Sendo:
n: índice de refração
C: velocidade da luz no ar
Vm: velocidade da luz no meio
n = C / Vm
SISTEMA FILADELFIA DE ENSINO
1,498
Resina orgânica baixo índice. Genericamente
a esse grupo de índices é tratado por CR-39 ou
1.3. Prismas
1.3.1. Definição
Prismas são meios refringentes com índice de refração diferente do meio
onde estiverem submersos. São limitados por duas superfícies não paralelas que
mudam a direção da luz.
As duas superfícies do prisma formam um ângulo entre si e podem ser curvas
ou planas, como veremos nas lentes oftálmicas. Como suas faces nunca estão
paralelas, todo feixe de luz que as atravessa sofre um ângulo de refração, seja qual
for o ângulo de incidência.
de objetos pequenos, até alcançar o campo visual de perto, onde ela tem o seu
apogeu dióptrico mais positivo. Apresenta uma mudança de poder dióptrico gradual
e progressivo, que ocorre dentro de um corredor, opticamente “puro”. Quando se diz
“puro” significa que não tem aberrações astigmáticas, como ocorre nas zonas
laterais, na metade inferior da lente. Este corredor se inicia aproximadamente na
metade da lente e vai progredindo até o ponto inferior dela. O corredor progressivo
se inicia em uma das superfícies da lente, mais precisamente na sua superfície
convexa (a de fora) e vai progredindo e se alargando levemente até 16 mm abaixo
do ponto de visão de longe, onde fica situada a zona de visão para perto.
Nas zonas das laterais, na metade inferior da lente, ao lado do corredor
opticamente puro, estão as zonas de aberrações astigmáticas, por onde a visão não
é completamente nítida. A progressão é obtida por meio de uma complexa superfície
de forma asférica.
calculados da zona de visão de longe para perto, oferecendo a visão perfeita para os
présbitas.
Como se trata de uma lente que muda continuamente o seu poder dióptrico,
com início próximo ao seu centro geométrico e de forma calculada, ela vai
aumentando de potência conforme o avanço dos olhos na convergência para o foco
de perto. Toda lente progressiva necessita de um corredor para estabilizar o poder
dióptrico intermediário, caso contrário ocorre o efeito de potência incontrolável.
Linha de montagem (2): algumas lentes têm apenas dois pequenos círculos,
outros uma linha representando a horizontalidade da lente. Qualquer falha na
horizontalidade acarretará problemas de visão ao usuário, no campo de visão
de perto ou no corredor progressivo (visão intermediária).
Campo de longe (5): é o ponto onde são medidas as dioptrias de longe. Fica
localizado logo acima da cruz central. Pode parecer contrassenso, mas não
se podem fazer as medições dióptricas de longe exatamente onde o usuário
tem o ponto de visão principal de longe, ou seja, através da cruz central.
Devem ser feitas no centro do círculo superior. Esta é uma característica
própria dos progressivos.
2. ARMAÇÕES OFTÁLMICAS
2.1. Definição
Armação é o aparato que serve para comportar as lentes, que por sua vez se
destinarão à correção de alguma deficiência da visão. Podemos dizer ainda que o
objetivo primário da armação seja dar apoio confortável e preciso à posição das
lentes na frente dos olhos.
2.2. Escolha adequada da armação em relação à ametropia
Os blocos oftálmicos são fabricados com curvas variadas, como 2, 4, 5, 6, 7,
10, dependendo do fabricante. A escolha da curvatura, dependendo da dioptria e da
armação, é definida, normalmente, pelo laboratório. Mas é importante o vendedor ter
noções para que não venda produtos cuja qualidade seja impossível garantir.
É importante ter em mente as seguintes regras básicas:
Para casos de miopia ou armações menos curvadas, é possível a fabricação
de lentes com curvatura mais baixa.
Para casos de hipermetropia ou armações mais curvadas, é possível a
fabricação de lentes com curvatura mais alta.
Não é indicado vender para casos de miopia armações de curvatura alta, pois
não será possível, independentemente da curvatura, montar a lente com
qualidade. Da mesma forma, para hipermetropias altas, geralmente acima de
4,00 dioptrias, não se deve escolher armações muito retas.
3. SURFAÇAGEM
3.1. Definição
Surfaçagem é o nome dado ao processo de fabricação de lentes. A palavra surfa -
çagem vem do inglês “surface”, que significa “superfície”. Já vimos que as lentes são
elementos que dependem das curvas de suas superfícies para que seu propósito
seja alcançado, então, surfaçagem é o ato de usinar as superfícies de um material
com propriedades ópticas para que ele obtenha as características de uma lente.
3.2. Principais equipamentos e ferramentas do laboratório de surfaçagem
Esférica manual
Polidora automática
Cilíndrica
Software de cálculos
Fitadeira
Porta bloco
Blocadora
Moldes
Desblocadora
Esferômetro
Espessímetro
Sagômetro
3.3. Principais insumos usados no laboratório de surfaçagem
Lacre
Fita de proteção
Alloy
Lixa
Veludo
Polidor
GERAÇÃO DE CURVAS
SELEÇÃO DO MOLDE
Depois que as lentes são “geradas”, é juntado a elas os moldes nos quais serão
lixadas e polidas. Esses moldes deverão ter as mesmas curvas que foram geradas
nas lentes e estão informados na ordem de fabricação.
LIXAMENTO
Para essa etapa são coladas na superfície dos moldes lixas autoadesivas que
são selecionadas conforme o material de que é feita a lente. O lixamento poderá ser
feito em passo único, ou seja, com o uso de uma lixa apenas e em seguida seguir
para o polimento, ou em dois passos, quando a lente será primeiramente lixada em
lixa de uma grana maior para retirar as imperfeições resultantes do corte no gerador
e em seguida passará por uma lixa de grana menor para obtermos um pré-
polimento. Para evitar o superaquecimento pelo atrito entre a lixa e a lente, é usada
água resfriada a mais ou menos 15ºC que verte sobre a lente e o molde durante
todo o tempo de lixamento. Atualmente usamos o sistema de lixamento em dois
passos em nosso laboratório.
POLIMENTO
O polimento é a etapa onde a superfície da lente passa do estado fosco ao
estado de brilhância e transparência. O polimento é feito usando-se um veludo
especial que é colado sobre o molde ou sobreposto à lixa que foi usada para o
primeiro passo do lixamento, combinado com o líquido polidor resfriado à
temperatura que pode variar de 10ºC a 13ºC.
3.5. Execução e fabricação de lentes oftálmicas adequando o processo de
produção à tecnologia moderna.
A surfaçagem de lentes pode ser analisada em quatro fases nos últimos tem-
pos.
Haviam os equipamentos que eram totalmente manuais; depois esses equipa-
mentos sofreram uma evolução para semiautomáticos, principalmente nas máquinas
de geração de curvas em superfícies. Com o aumento da tecnologia, surgiram as
3.6. Cálculos
3.6.1. Cálculos de transposição
Transposição é um expediente utilizado em óptica para alterar os valores de
leitura das dioptrias de uma lente cilíndrica, sem, contudo, alterar a sua força dióptri-
ca. Com a transposição podemos obter duas “receitas” equivalentes, porém com di-
optrias de sinais opostos.
Usamos três regras para a transposição:
2. O valor da dioptria cilíndrica não sofre alteração, mas o sinal será invertido (se
for negativo, ficará positivo e vice-versa);
3. Se o eixo for maior que 90º será subtraído de 90º; se for menor ou igual a 90º
será acrescido de 90º.
Exemplos:
+4,00 +0,50 a 130º = +4,50 -0,50 a 40º
Exemplos:
Dioptria para longe = +1,00
Dioptria para perto = +3,00
Quando temos na receita apenas a dioptria para longe e perto, para sabermos
qual é a adição usamos as seguintes regras:
2. Para dioptrias com sinais iguais, subtrai-se o valor menor do valor maior, levando
em consideração apenas os valores absolutos, sem os sinais;
3. Para dioptrias com sinais diferentes somam-se os valores absolutos, não conside -
rando os sinais.
O processo de transposição não é diferente, pois é imutável; da mesma forma
que se transpõe dioptrias cilíndricas para lentes monofocais, se faz para lentes bifo-
cais.
-B
SURFAÇAGEM E MONTAGEM DE LENTES OFTÁLMICAS 31
SISTEMA FILADELFIA DE ENSINO
-CD
Equações
-B 2
-B + CD = 12
-B + (-B + DE) = 12
-B –B + DE = 12
-2B + DE = 12
2B – DE = -12
2B = DE – 12
2 2
2 2 2
-CD 2
B – CD = 12
B – (-B +DE) = 12
B + B –DE = 12
2B –DE = 12
2B = DE +12
2 2
2 2 2
2 2 2
Aproximando: B = -4,25D
B + CD = DE CD = -B + DE
1º exemplo: calcular base (B) e curva dióptrica (CD) para uma receita de +3,00DE
2 2 2
Estruturando:
2º exemplo: calcular base (B) e curva dióptrica (D) para uma receita de +5,75 DE.
2 2 2
3º exemplo: calcular base (B) e curva dióptrica (CD) para uma receita de –4,00DE.
2 2 2
SURFAÇAGEM E MONTAGEM DE LENTES OFTÁLMICAS 35
SISTEMA FILADELFIA DE ENSINO
4º exemplo: calcular a base (B) e a curva dióptrica (CD) para uma receita de –
0,75DE.
2 2 2
CÁLCULO SAGITAL
É o cálculo da ságita, que consiste no espaço físico ocupado pela lente. Para
calcular esse espaço, é necessário estudar a esfera, que é o elemento básico na
estruturação da lente.
Sendo BC = r – s
AB = Ø (diâmetro / 2)
AC = r
リ リ
(r-s)² + 2 ² = r² (r – s)² = r² - 2 ²
Essa igualdade relaciona medidas lineares com força dióptrica cuja unidade
está relacionada com a distância focal de 1 m. Por isso as medidas devem ser
empregadas sempre em metros. O resultado final pode ser facilmente convertido em
milímetros.
SP = S1 – S2
A seguir temos uma tabela com o índice sagital (IS) para os principais
diâmetros em n = 1,530 e as abreviaturas envolvidas no cálculo sagital.
Ø IS (em mm)
60 0,85
65 1,00
70 1,16
Através da fórmula da ságita pura foi elaborada uma tabela onde se encontra,
em décimos de milímetro, a ságita pura da curvatura de cada superfície da lente,
num índice de refração de 1,530, sabendo-se sua força dióptrica e seu diâmetro.
Ságita pura = IS . D
ESPESSURA MÍNIMA
D EM/mm
0,00 2,0
0,25 1,9
0,50 1,8
0,75 1,7
1,00 1,6
Para montar corretamente os óculos, seja ele com lente esférica ou cilíndrica,
é necessário, antes de mais nada, programar onde se situará, com relação ao aro, o
centro óptico da lente. Para isso, considera-se como o tamanho de uma armação a
distância entre os centros geométricos de cada aro.
A medida do aro é a distância da parte interna mais nasal do aro até a parte
interna mais temporal do mesmo aro.
Medida da ponte
Mineral Orgânico
Ø 60 mm Ø 58 – 62 mm
Ø 65 mm Ø 68 – 71 mm
Ø 70 mm Ø 76 mm
Ø 80 mm
Depois de feita a escolha, deve-se calcular a sobra no bloco que será usado
por meio da fórmula.
Obs.: O resultado desta equação não pode apresentar valor negativo. Subtrai-
se da descentralização de montagem a sobra de bloco. Se o resultado for positivo,
haverá necessidade de descentração (na surfaçagem). Sendo o resultado nulo ou
negativo, não há necessidade de descentrar a lente na surfaçagem.
2
Não é preciso descentrar.
2 2
Desc. Surf. = Desc. Mont. – SB Desc. Surf. = 8 – 3,5 Desc. Surf. = 4,5 mm
ds = descentração de surfaçagem
SB = sobra de bloco
Exemplificando:
CÁLCULO DE SUPERFÍCIE
É um meio matemático para a determinação das curvas com as quais um
bloco oftálmico será trabalhado no sentido de transformá-lo em lente cilíndrica com
certo valor dióptrico.
Toda lente cilíndrica tem duas designações: uma com cilíndrico positivo e
outra com cilíndrico negativo. Quando mudamos de uma designação para outra,
empregamos um recurso físico matemático que é a transposição.
Saiba que:
Se a força cilíndrica for elaborada na superfície externa, seu valor será positivo;
Se a força cilíndrica for elaborada na superfície interna, seu valor será negativo;
Na superfície em que for elaborado o cilíndrico, a curva de maior raio será a
base (linha cheia) e a curva de menor raio será chamada de contrabase (linha
tracejada), e a diferença entre base e contrabase é sempre igual ao valor do
cilíndrico;
Uma das superfícies da lente esférico-cilíndrica é esférica e a ela damos o nome
de curva dióptrica, e seu cálculo será feito com a mesma equação usada para o
cálculo da superfície das lentes esféricas.
B = base
CB = contrabase
CD = curva dióptrica
DC = dioptria cilíndrica
Sabe-se que:
CB = B + DC
CD = -B + DE
+B + CB – CD – CD = 24
+B +B +DC + B – DE + B – DE = 24
4B + DC – 2DE = 24
B = 24 + 2DE – DC
Simplificando:
Sabe-se que:
CB = B + DC
CD = -B + DE
Estrutura de cálculo:
CÁLCULO SAGITAL
No cálculo sagital de lentes cilíndricas, utilizamos a mesma fórmula
empregada para o de lentes esféricas.
Como vimos anteriormente, com essa fórmula podemos calcular a ságita das
lentes cilíndricas para todos os diâmetros, em qualquer índice.
D ≮ 180º = DE
D ≮ 90º = DC + DE
Exemplo: Seja uma lente cilíndrica de valor dióptrico DE combinada com uma
Dm = (sen² ≮ . DC) + DE
hipotenusa
hipotenusa
Se M = A, sen = 0
Se M = B, sen = 1
Se M = B, sen = 0
Se M = A, cos = 1
sen² + cos² = 1
DH = (sen² ≮ . DC) + DE
DV = cos² ≮ . DC + DE
DV = cos² 60° . DC + DE
DV = 0,50 +3,00
DV = +3,50D
CÁLCULO DE ESPESSURA
Saiba que:
Elementos configuráveis
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Exemplo 3:
EC = espessura central
DB = diferença de bordas
BF = borda fina
BG = borda grossa
Espessura do bloco
Exemplo
EM = 1,6mm
Ø = 65mm
IS = 1,0mm
n = 1,530
Exemplo:
EM = 1,6mm
Ø = 65
IS = 1,0mm
Desc. = 4 mm
n = 1,530
Δ = DH . ds = 2,00 . 4 Δ = 0,8 Δ
10 10
DB = 0,49
SURFAÇAGEM E MONTAGEM DE LENTES OFTÁLMICAS 66
SISTEMA FILADELFIA DE ENSINO
EC = EM = 1,6mm
Exemplo:
EM = 1,8mm
Ø = 65
SURFAÇAGEM E MONTAGEM DE LENTES OFTÁLMICAS 67
SISTEMA FILADELFIA DE ENSINO
IS = 1,0mm
N = 1,530
EBCB = EM = 1,8mm
PV = EC = 5,3mm
Bloco = 65 x 8
Exemplo
EM = 2,0mm
Ø = 65
n = 1,530
Δ = D . d 5,5 . 5
10 10
Δ = 2,75Δ
DB = 1,698mm
Análise:
EC = EM = 2,0 mm
PV = EBGCB = 9,96mm
Bloco = 65 . 12mm
Ø = 65 mm
EM = 1,6 mm
n = 1,530
ds = 6,00mm
DH = (sen²60º . DC) + DE
DH = (-2,25) + (-1,00)
DH = 3,25D
10 10
DB = Δ . 0,019 . bl
DB = 1,95 . 0,019 . 65
DB = 2,40mm
DB = 1,2mm
BF = SPH + EM – DB
BF = 3,65 mm
BG = 6,05 mm
SPH = IS . DH
DV = (cos²60º - DC) + DE
DV = (-0,75) + (-1,00)
DV = 1,75D
SPV = 1,75mm
SPH = 3,25 mm
SPV = IS . DV
EBV = SPV + EM
EBV = 3,35mm
6) Compensação de espessura
LENTES BICILÍNDRICAS
Quando a combinação é feita por duas superfícies tóricas, elas são chamadas
lentes bi tóricas.
Eixos cruzados
Possuem a associação de duas curvas cilíndricas com as bases
perpendiculares entre si. São muito usados nos casos de lentes monofocais em que
o valor do cilíndrico ultrapassa 4,00D.
Cálculo de superfície
1:
CE = +5,00D
CI = -7,00D
2:
CE = +2,75D
CI = -9,25D
Portanto:
+B = +2,75D
+CB = +5,00D
-B = -7,00D
-CB = -9,25D
Eixos paralelos
Eixos oblíquos
1.530 --- 1 x
x = 0,530 . 1,00
n(MU)
x = 0,530
n(MU)
onde:
Como este valor foi calculado para 1,00D, podemos considera-lo fator de
conversão, bastando multiplicá-lo por qualquer outra dioptria. Por exemplo:
1,530 --- 1 x
x = 0,530
0,523
x = 1,013
Hi-Crown = 0,883
Dados: -4,00DE
n = 1,700
D. calculável = -3,02DE
≈ -3,00 DE
D . calculável = -5,29 DE
Aproximando
D . calculável = -5,25 DE
Cálculo de superfícies:
B = DE (calc.) + 12
B = -5,25 + 12
B = +6,75
B = +3,37D
B = +3,25D
CD = -B + DE (calc)
CD = -(+3,25) + -5,25
CD = -8,50D
SURFAÇAGEM E MONTAGEM DE LENTES OFTÁLMICAS 91
SISTEMA FILADELFIA DE ENSINO
Estruturando:
B = +12 + DE – DC
2___
B = 3,56D
Aproximando:
B = 3,50D
CB = B + DC
CB = 3,50 + 1,50
CB = +5,00D
CD = -B + DE
CD = -(+3,50) + (4,12)
CD = 7,87
SURFAÇAGEM E MONTAGEM DE LENTES OFTÁLMICAS 92
SISTEMA FILADELFIA DE ENSINO
Estruturando:
SPH = IS . DH
SPV = IS . |DV|
Δ = ds . DH = 6,412 = 2,47 Δ
10 10
DB = Δ . 0,019 . Ø
DB = 1,52mm
EM = 1,0mm
BF = 3,6mm
EC = 1,0mm
BG = 6,65mm
EBV = 7,62mm
Adição = 2,00
Base = +6,00D
M = -6,00 +1,00
M = -5,00D
M = B + DE(RX)
B(M) = -B + DE(RX)
CB(M) = B(M) + DC
Onde:
M = curva do molde
CS = curva do segmento
DC = dioptria cilíndrica
Base = 4,25D
B(M) = -B + DE (RX)
B(M) = 4,25D
B(M) = -B +DE(RX)
B(M) = -6,25
CB(M) = B(M) + DC
CB (M) = -9,25D
Estruturando:
M = -B + DE(RX)
M = -6,50 +3,25
M = -3,25D
CS = B + Ad
CS = +6,50 + 1,75
CS = +8,25D
Onde:
CS = curva do segmento
SURFAÇAGEM E MONTAGEM DE LENTES OFTÁLMICAS 96
SISTEMA FILADELFIA DE ENSINO
Estruturando:
B(M) = -B + DE(RX)
B(M) = +6,50D
CB(M) = B(M) + DC
CB(M) = +7,50D
CS = B = Ad
CS = -4,00 +2,50
CS = -1,50D
Cálculo de espessura
As configurações dos bifocais Kriptok e Flat Top são as mesmas de uma lente
de visão simples e o mesmo ocorre com suas espessuras. Todavia, a espessura
mínima escolhida deve ter seu valor aumentado nos casos de lentes divergentes
que possuam adições altas, caso contrário a ságita pura pode invadir o segmento e
furá-lo.
Kriptok
Ad = 2,50
Ø bloco = 65mm
EM = 2,0mm
ds = 0
SP = 2,75mm
EC = EM = 2,0 mm
EB = 4,75 mm
Flat Top
Ad = 3,00D
Ø bloco = 65mm
EM = 2,0mm
ds = 4,0mm
Δ = 4 . 1,50 0,6 Δ
10
DB = 0,6 . 0,013 . 65
DB = 0,74mm
BF = 3,13mm
EBV = 3,87mm
Balux mineral
DB(V) = diferença de bordas vertical
DB(V) = 0,4mm . Ad
perto = +5,00DE
EBH = EM = 1,4mm
EC = SP + EM
EC = 2,32 + 1,4
EC = 3,72mm
DB(V) = 0,4 . Ad
DB(V) = 1,2mm
DB(V) = 0,8 . Ad
Bifocal Executive
Ad = 3,00
DB(V) = 0,8 . Ad
BG = x
BF = x – 2,4mm
MULTIFOCAIS
A configuração básica da superfície externa permite a um présbita ter visão
para todas as distâncias.
Processo de surfaçagem
Toda lente de óculos possui dois valores dióptricos, ou seja, a face externa tem valor
D1 e a face interna tem valor D2. Além disso, cada face tem sua própria curva
dióptrica e seu próprio raio de curvatura.
Lembrete:
Os índices de refração variam de meio para meio. Exemplos:
Cristal Crown = 1,523
Hi-Crown = 1,600
Molde oftálmico = 1,530
Hi Index = 1,700
Vidro comum = 1,530
Resina orgânica (CR39) = 1,499
Obs.: Os moldes são projetados para trabalhar materiais com n = 1,530. Portanto,
temos 0,530m de raio para 1,00D. Em trabalhos com outros materiais, isto é, com n
diferentes de 1,530, é preciso a conversão de índice de refração. Podemos projetar
moldes para trabalhar materiais com qualquer índice de refração.
△ = |D| . ds
10
△ = prisma
D = dioptria
ds = descentração de surfaçagem
△ △
△ △
△ △
△ = ds . |D|
10
DB = △ . Ø bloco . 0,019
- o centro não pode sofrer influência da DB, sendo que, nestas lentes, ele só
possui a EM;
- a borda horizontal onde representa a borda fina, terá uma redução de 50% da
DB, e a borda horizontal onde representa a borda grossa terá um acréscimo de
50% da DB,
SURFAÇAGEM E MONTAGEM DE LENTES OFTÁLMICAS 110
SISTEMA FILADELFIA DE ENSINO
Exemplo:
EM = espessura mínima
SP = ságita pura
EB = espessura de bordas
EC = espessura de centro
BF = borda fina
BG = borda grossa
Obs.: A espessura do bloco tem de ser igual ou um pouco maior que a SC.
Essas lentes são encontradas hoje com índices de refração que variam de n =
1,600 a n = 1,800, em cristal, sendo que cada índice permite uma melhor indicação
para cada tipo de correção visual.
Esses materiais apresentam menor resistência à abrasão, facilitando o des-
baste de suas superfícies em laboratório, seja por processo manual ou com equipa-
mentos automáticos.
Assim como as lentes cristal Crown, estas podem ser coloridas por processo
de metalização ou ainda passar por tratamento superficial antirreflexo.
Cada índice de refração destes materiais tem sua aplicabilidade mais indicada
conforme a ametropia a que se destinarem, isto é, quanto maior a ametropia, maior
deve ser o índice de refração. Temos, para esses materiais, o n = 1,600 (Médium
Index), o n = 1,700 (High Lite) e o n = 1,800 (High Index), abordados em seguida em
termos de aplicações.
lentes de médio índice nos dão a possibilidade de obtermos lentes mais finas do que
as confeccionadas em material de baixo índice, desde que usemos para compara-
ção, lentes que tenham a mesma força dióptrica. Também são denominadas de
plásticos de consolidação a quente.
4. LENSOMETRIA
4.1. Definição
Lensometria é o conjunto de procedimentos para aferição do poder dióptrico
de uma lente. Também é através dela que se localiza e marca a posição do centro
óptico da lente, bem como a direção do eixo do cilíndrico.
Podemos destacar três métodos para a medição da potência de lentes:
focometria, esferometria e neutralização.
FOCOMETRIA
Consiste no processo de leitura da lente mediante um lensômetro (vertômetro,
focômetro, lentômetro), instrumento que determina o poder dióptrico, o centro óptico,
a posição dos eixos e as forças prismáticas, sem reconhecer o índice de refração, as
curvaturas e as espessuras empregadas. Este processo permite também a
determinação da potência dióptrica de uma combinação de lentes.
Retículo
Diagrama observado através da ocular, o retículo é formado por uma série de
círculos concêntricos, com valores correspondentes à dioptria prismática e por dois
traços perpendiculares entre si, cujo ponto de cruzamento marca o eixo da lente.
Tambor graduado
Trata-se de uma peça que faz retroceder ou avançar o colimador, ajustando a
figura-teste para que sua imagem formada no retículo se torne nítida. Sua
graduação pode ser encontrada de –24,00 a +24,00 e em divisões de 1/4 D. Em
alguns tipos as divisões podem ser mais precisas, dividindo-se em 1/8 D até 3,00 D.
Escala de eixos
A escala de eixos pode ser encontrada em uma polia externa ou no próprio
retículo. Ela é orientada no sentido anti-horário, dividida de cinco em cinco graus, de
0 a 180º.
Fixador
Peça que tem por função fazer a fixação da lente no lensômetro.
Centralizador
É um dispositivo para marcar com tinta sobre a lente a posição do centro
óptico ou do eixo, quando a lente é cilíndrica.
Mesa
A mesa do lensômetro é uma peça em que, posicionando-se a armação com
as lentes já montadas, se faz a aferição da altura do centro óptico, bem como da
posição dos meridianos principais das lentes cilíndricas.
Apresenta mobilidade no sentido vertical e é alinhada na posição horizontal
(linha de montagem).
Figura-teste
Os tipos de figuras-teste variam de acordo com o fabricante, podendo ser em
forma de cruz, círculo ou ponto.
Fonte de luz
Consiste em uma lâmpada cuja função é iluminar a figura-teste.
Lensômetro de projeção
É um tipo de aparelho no qual a imagem é projetada em uma tela. As
vantagens deste tipo de lensômetro sobre os clássicos oculares são a leitura mais
precisa e o fato de que a imagem projetada na tela não depende de focagem da
ocular.
Autolensômetro
Este tipo de lensômetro é bem diferente dos outros: não existe nenhuma
figura para focalização e o resultado é obtido por meio de computador em que os
valores aparecem em números digitais em uma tela.
ESFEROMETRIA
É a determinação do poder dióptrico de uma superfície usando o esferômetro,
pequeno instrumento que determina as curvas da lente e também a posição do eixo
(em caso de lentes cilíndricas) e a potência dióptrica das lentes.
Esferômetro
variável e está ligado a uma agulha que gira ao redor de seu eixo, percorrendo uma
escala em espaços de quartos de dioptria, de 0,00 a 17,00D, e em índice de
refração determinado (em geral 1,530).
Para se fazerem as medições, deve-se colocar o esferômetro com os pinos
em posição perpendicular à superfície. Quando a superfície é plana, os três pinos
ficam com a mesma altura e a agulha marca 0 (zero); quando a superfície é
côncava, o pino central fica mais alto que os outros; quando a superfície é convexa,
o pino central fica mais baixo.
Para medir as forças dióptricas de uma lente basta efetuar a soma algébrica
dos valores encontrados nas superfícies:
D = D1 + D2
Neste caso, o resultado é aproximado, pois a espessura da lente não é
considerada.
Quando a superfície é cilíndrica, gira-se o aparelho sucessivamente em
sentido horário e anti-horário sobre a superfície da lente. São observadas duas
medidas de curvas na mesma face. A menor curva dióptrica é chamada de base e a
maior curva dióptrica é chamada de contra base. A diferença entre base e contra
base é a dioptria cilíndrica.
NEUTRALIZAÇÃO
Trata-se da combinação de uma lente de potência dióptrica conhecida de
sinal contrário ao de outra que se quer conhecer. Para que exista neutralização, o
resultado da combinação tem de ser 0 (zero).
LENTES DIVERGENTES
Centro mais fino do que as bordas;
Diminuem o tamanho dos objetos;
A imagem acompanha o movimento dos objetos;
A curvatura é mais acentuada na superfície posterior;
Possuem foco virtual.
LENTES CILÍNDRICAS
Imagem elíptica de um objeto circular;
Imagem deformada ao girar a lente;
Se for cilíndrica positiva, a imagem desloca-se no sentido contrário ao do
movimento da lente;
Se for cilíndrica negativa, a imagem desloca-se no mesmo sentido do
movimento da lente.
LENTES PRISMÁTICAS
Olhando um objeto (por exemplo, uma cruz), a imagem desloca-se na posição
do vértice do prisma, oposto à base.
Ajustando a Ocular:
Armação:
Gire a alavanca da mesa de apoio de forma que a mesma suba a uma
altura necessária, nivelada com a linha mediana da armação;
Coloque a armação com os dois olhos apoiados sobre a mesa com a
parte convexa voltada para você. De forma alguma aceitar inclinação:
os óculos devem estar na horizontal;
5. MONTAGEM
5.1. Definição
Em laboratório óptico é dado o nome de montagem ao processo onde as
lentes são recortadas conforme o modelo do aro da armação e encaixadas nos
mesmos através de procedimentos específicos para esse fim.
A montagem consiste na marcação, desenho do gabarito, riscação, trituração
e lapidação da lente, baseado no tipo de montagem (visão simples, bifocal ou
multifocal), ou seja, cada lente possui alguns passos específicos que precisam ser
respeitados.
Lixadeiras manuais
Facetadoras
Furadeiras
Ranhuradeira
Aquecedores de armações
Alicates diversos
Lensômetros
5.3. Principais insumos usados no laboratório de montagem
Ventosa
Blocking pads
Gabaritos
Lixas correia
Parafusadas são as armações que não possuem aros para fixação das
lentes, sendo que a ponte e as hastes são parafusadas/fixadas diretamente
nas lentes.
Fibra de carbono
O assim chamado "fibra de carbono" nada mais é do que uma mistura de
nylon (70%) com fibra de carbono (30%). O nome "fibra de carbono" pegou com
incrível facilidade. O mercado está ávido de novidades e o nome, associado à
construção dos carros de "fórmula um", usados nas corridas de automóveis, pegou
com muita facilidade e, além disso, é mais fácil de caracterizá-lo.
As fibras de carbono não aceitam cores na sua composição e por isso foram
pintadas em diversos tons (escuros) e com uma razoável variação de desenhos
atraentes. Não foi muito difícil encontrar a solução da pintura, em virtude do alto
desenvolvimento das tintas, especialmente com bases em epoxy.
Como se compõe de, basicamente, nylon, possui as mesmas características
daquele material, sendo difícil sua dilatação (para entrada das lentes) assim como
vergá-lo. A durabilidade da "fibra de carbono" está principalmente na resistência da
tinta com que é preparada. Sua resistência, entretanto é surpreendente, desde que
devidamente misturadas com o nylon. Em caso de má composição, quebra-se
facilmente.
Fibra de vidro
Igualmente à fibra de carbono, sua composição é bastante semelhante à
anterior, sendo misturada também ao nylon. A proporção é bastante similar (30%
contra 70% de nylon). Igualmente é pintada devido aos mesmos problemas do
carbono, mas suas características são bastante iguais, sendo que a "fibra de vidro" é
ligeiramente mais elástica, se dilatando um pouquinho mais. Neste ponto reside a
principal deficiência das fibras. Os montadores sofrem devido a pouca dilatação, e
as lentes, para serem inseridas nos aros, o são pela força mecânica dos dedos e
neste ponto reside uma grande dificuldade. Muitas vezes as lentes são introduzidas
nos aros, com tamanhos menores que o devido, provocando assim problemas, como
saídas dos aros, o que causa uma grande contrariedade por parte do cliente e da
ótica. As lentes de resina, por vergarem-se, são a melhor opção para este tipo de
material.
METÁLICAS
Alumínio
1 – ARO
SURFAÇAGEM E MONTAGEM DE LENTES OFTÁLMICAS 133
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4 – PONTE
Ponte é a medida da menor distância entre as lentes.
Existem também aparelhos que envolvem muita tecnologia, para aferir tais
medições, como é o caso dos aparelhos CNC.
1. O aparelho deve ser ajustado para a distância em que será feita a medida
(perto ou longe):
Para longe, deve ser regulado para a medida ser tirada a mais de cinco
metros e meio. A essa distância os olhos estão na sua plenitude de relaxamento e
SURFAÇAGEM E MONTAGEM DE LENTES OFTÁLMICAS 139
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Figura 2
Para conseguir isso devemos cuidar para que a lapiseira esteja inclinada de
maneira que a ponta, que manterá contato com o papelão, deslize sempre
encostada no aro, e, é claro, mantendo-a sempre com a mesma inclinação em
relação ao papelão.
Figura 4
apoio dos dedos por baixo
Figura 5
apoio dos dedos por baixo e por cima
Figura 7
apoio dos dedos por baixo
Figura 9
IMPORTANTE
Figura 11
Lentes esféricas:
Colocar a lente no equipamento centralizando a mesma;
Girar o tambor de identificação de potência até encontrar a imagem das linhas
e do círculo totalmente nítida;
Centralizar a imagem dentro do círculo da mira;
Verificar no tambor de identificação de potência o valor dióptrico;
Com a alavanca de marcação, dar pontos na lente que identifique o centro
óptico;
Ajustes da Armação
Abertura: a abertura desigual faz com que um dos aros da armação fique
mais distante de um dos olhos. Quando uma haste está mais aberta que a outra ou
quando uma está mais fechada que a outra, o acerto das de acetato é feito com ca -
lor ou com lima no ângulo da haste, dependendo do caso. Basicamente devem ficar
com acerto de 90 graus, em ambos os olhos.
Inclinação: a parte inferior do aro deve estar mais próxima da face que a parte
superior de 6 a 9 graus. Isto porque 50% do nosso uso é para longe e 50% para per-
to. Nos progressivos a inclinação deve ser um pouco maior devido à necessidade do
uso total do campo nítido para perto.
Lentes Progressivas:
Verificar se a lente está remarcada com identificação dos pontos de
conferência ou se ainda consiste o carimbo;
Conferindo o prisma:
Posicionar os óculos apoiado na mesa do lensômetro com as duas lentes em
paralelo;
A mesa deve estar com uma altura que nivele os óculos pela altura dos
centros ópticos;
A imagem que encontraremos dentro do retículo será desfocada; devemos
procurar o melhor foco possível
Verificar na linha vertical, o valor do prisma, que deve ser dividido de 0,25 em
0,25, sendo que cada círculo equivale a uma dioptria prismática.
Obs.: O compensador prismático só pode ser utilizado para centralizar a
imagem movimentando no sentido vertical
Quando é pedido prisma de base nasal ou temporal temos que ter o cuidado
de levar em consideração que a lente está com a parte externa voltada para nós, o
que significa que se o pedido está sendo para temporal a marcação no lensômetro
deverá ser com a imagem deslocada para a nasal e vice-versa.
Utilizando apenas o retículo do aparelho, conseguimos medir um prisma de
até 5,00 dioptrias, sendo cada círculo 1,00 dioptria prismática. Se a imagem estiver
focada e nítida no primeiro círculo, teremos um prisma de 1,00 dioptria, e este
prisma será:
Superior se estiver na linha vertical superior;
Inferior se estiver na linha vertical inferior;
Nasal se estiver na linha horizontal deslocado para temporal do retículo;
Temporal se estiver na linha horizontal deslocado para nasal do retículo;
Oblíquo em qualquer posição de 1° a 359 ° do transferidor interno do
equipamento, ressaltando a lembrança da lente estar voltada com a parte externa
para quem estiver conferindo-a.
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