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Índice

Introdução.....................................................................................................4
Objetivos:.....................................................................................................4
1.1. Objetivos gerais..................................................................................4
1.2. Objetivos específicos..........................................................................4
Metodologia..................................................................................................5
Fundamentos teóricos...................................................................................5
1.3. Análise do meu cotidiano....................................................................6
Conclusão.....................................................................................................8
Referência bibliográfica................................................................................9

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Introdução
O presente trabalho da disciplina de Metodologia de Investigação Cientifica, proferi do
cotidiano do estudante na sociedade.
Salientar que não por acaso, nas últimas décadas, houve um significativo processo de
expansão da escolaridade, o que aparentemente representaria um grande avanço
democrático;

No entanto, (Gentili 2009) argumenta que esse sistema em sua essência não promove
uma verdadeira democratização da educação, dada a existência de alguns impedimentos,
presentes em Moçambique como a pobreza e a desigualdade; a segmentação e a
diferenciação dos sistemas escolares; os sentidos sociais atribuídos a esse direito.

A pobreza e a desigualdade inviabilizam o processo de universalização educacional em


Moçambique, uma vez que a falta de suprimentos e recursos básicos ao sujeito tornam a
sobrevivência uma urgência de modo que a educação deixa de ser uma prioridade. De
acordo com dados da (UNICEF 2006), o risco de abandonar a escola é maior nas
camadas pobres da população, o que revela as condições desiguais de acesso.

Objetivos:
1.1. Objetivos gerais
 Análise do meu cotidiano na sociedade como trabalhador - estudante
1.2. Objetivos específicos
 Analisar as teorias gerais do cotidiano;
 Analisar a interpretação do cotidiano de sujeitos na sociedade.

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Metodologia
A presente pesquisa desenvolveu-se com base na metodologia qualitativa, que valoriza
o processo de constituição e realização dos fenômenos, não se preocupando apenas com
seus resultados. Os dados são coletados em ambiente natural, do qual o pesquisador se
aproxima para apreende – lo em seu movimento e complexidade, tendo em vista que a
realidade é dinâmica e mutável.

Como metodologia de pesquisa, adotou-se ainda o método dialético, que considera a


dimensão específica e social dos discursos, não se limitando ao fenômeno em si, mas
interpretando-o com base em sua materialidade histórica e nas tensões que lhe são
constitutivas. “Em síntese, o método dialético parte da premissa de que, na natureza,
tudo se relaciona, transforma-se e há sempre uma contradição inerente a cada
fenômeno” (PRODANOV; FREITAS, 2013).

Fundamentos teóricos
Considerando a necessidade de compreender teoricamente os dados coletados na
pesquisa empírica, a análise aqui empreendida respaldou-se nos conceitos de cotidiano
do estudante.

A partir da compreensão de que o cotidiano é um espaço de relações e comportamentos


pragmáticos, repetitivos, espontâneos e irrefletidos.

A estrutura da vida cotidiana é composta pelas seguintes características:

1) Espontaneidade: ações automáticas e irrefletidas;


2) Probabilidade: os comportamentos cotidianos normalmente seguem uma
avaliação probabilística rápida e imprecisa;
3) Economia: o pensamento e a ação que se manifestam no cotidiano não alcançam
profundidade, amplitude nem intensidade, o que certamente destruiria sua rígida
estrutura;
4) Unidade imediata entre o pensamento e a ação: na quotidianidade, o
pensamento desempenha a função de orientar a ação, sendo, portanto,
absolutamente pragmático;
5) Ultrageneralização: as ideias da quotidianidade não se elevam a um nível
teórico, mas baseiam-se em juízos provisórios e na mimese de modelos
estabelecidos.

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O ser humano é genérico e particular ao mesmo tempo, pois quando executa o trabalho,
que é uma atividade do ser genérico, o faz por razões particulares; porém, com as
emoções e sentimentos do humano-genérico (HELLER, 2004). Em outras palavras, o
trabalho é uma atividade do humano-genérico, uma vez que é universal e atende às
necessidades do humano.

Todavia, cada um exerce seu trabalho com fins particulares, colocando todos os seus
sentimentos, crenças e valores naquela atividade. Nesse sentido, o ser humano é
genérico e particular ao mesmo tempo e essas duas dimensões que o constituem se
relacionam cotidianamente de forma silenciosa.

Não é possível nem recomendável transcender a quotidianidade. Nenhum homem é


capaz de viver fora da vida cotidiana. Paradoxalmente, a intensa imersão no cotidiano
desencadeia a cristalização do ser particular e o congelamento do tempo histórico,
propiciando a perda de consciência crítica.

1.3. Análise do meu cotidiano

Shakila Jorge Pagalogo estudante de 26 anos de idade, lecionando o curso de Gestão


de Empresas 2º. Ano, período pós – laboral na universidade pedagógica – campus
Napipine.

Enfrentar o cotidiano não vem sendo fácil, venho dedicando – me aos meus estudo e o
meu trabalho profissional. Tenho levado muito tempo trabalhando fora, não sendo
possível preparar as lições há um pouco atras venho pensando como gerir meu tempo de
forma a me segurar nos meus estudos, sendo assim dia – a – dia semanal, das 6 horas
saiu de casa para o trabalho ate as 17 Horas ganhando intervalo as 12 a 14 horas, me
obrigo a correr a tras desse curto tempo para ler e rever a minha matéria escolar.

Não pastando ao regresso da escola as 22 horas depois do jantar e um repouso de 6


horas, me levando para poder ver si alcanço fazer meus exercícios práticos que exigem
de tanto tempo. É complicado. Às vezes fico estressada e em meio ao cansaço não me
reconheço. Mesmo uma pessoa muito simpática, quando está com sono torna-se a
pessoa mais insuportável do mundo. Mas isso me fez adquirir bastante coisa, comecei a
lidar com as coisas de uma forma melhor.

Baseado na fundamentação teórica, no método adotado e nos dados coletados, foi


possível organizar os discursos em categorias temáticas e articulá-los às teorias.

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Inicialmente, observou – se, nos relatos dos sujeitos, a naturalização das condições
precárias da vida cotidiana. Os indivíduos consideram que não ter tempo para o lazer, o
descanso e os estudos é um fator natural da quotidianidade, não representando uma
contradição da organização social: “para eu lidar com isso eu coloco na cabeça que
muitas pessoas passaram pela mesma situação e até pior, então eu lido com isso assim”.

Outros sujeitos destacam a importância do aprendizado decorrente da dupla jornada,


valorizando as experiências de vida insuportáveis.

Os trabalhadores – estudantes, vivemos nos condicionamentos do cotidiano,


reproduzindo ações automatizadas e ignorando a existência de uma realidade para além
das próprias aspirações. Nesse contexto, o outro é negado e a sociedade é um mero
cenário para a realização das necessidades do eu.

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Conclusão
O trabalho apresentou como os sujeitos encaram o cotidiano da dupla jornada e o
objetivam em seus discursos e práticas. Em meio à multiplicidade de representações, foi
possível perceber que a busca por um lugar favorável na sociedade caracterizou a vida
cotidiana do trabalhador – estudante. A necessidade de serem reconhecidos no âmbito
social legitima o sacrifício realizado; assim, apropriam-se dos discursos dominantes sem
criticidade.

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Referência bibliográfica
FRANCO, Maria; PUGLISI, Laura B. Análise de conteúdo. Brasília: Plano, 2003.

GENTILI, Pablo. O direito à educação e as dinâmicas de exclusão da América Latina.


Educação e Sociedade, Campinas, vol. 30, n. 109, p. 1059-1079, 2009.

GUIMARÃES, Gleny D. Aspectos da Teoria do Cotidiano: Agnes Heller em


perspectiva. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.

PRODANOV, Cleber V.; FREITAS, Ernani de. Metodologia do Trabalho científico:


métodos e técnicas de pesquisa e do trabalho acadêmico. Rio Grande do Sul: Feevale,
2013.

UNICEF. Logros y perspectivas de género en la educación. El informe GAP, primeira


parte. Nova York, 2006.

HELLER, Agnes. O Cotidiano e a História. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

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