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COVID-19: OMS informa que é necessário

testar, rastrear e avaliar quando retirar as


restrições
Publicado em 14/04/2020

Estas são as recomendações mais atualizadas para frear o avanço do novo


coronavírus, que já está devastando boa parte do globo: é crucial a combinação
de distanciamento social, testagem, rastreamento de contato e isolamento.

A informação consta de comunicado emitido na segunda-feira (13) pelo diretor-


geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus,
no qual elencou seis recomendações a serem levadas em conta antes de
suspender restrições impostas para a conter a COVID-19.

Já a diretora geral da Organização de Desenvolvimento da Legislação


Internacional da ONU (IDLO), Jan Beagle, enfatizou que a justiça e a lei deveriam
servir como facilitadoras das respostas dos países para a pandemia.

Ela lembrou que um efetivo quadro legal permite ações cuidadosamente feitas
sob medida pelos governos, incluindo decretos emergenciais que protegem
pessoas da infecção e da doença enquanto respeitam direitos civis, políticos,
econômicos e sociais.

Em comunicado emitido nesta segunda-feira, o diretor-geral da Organização


Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, deu as
recomendações mais atualizadas para frear o avanço do novo coronavírus, que
já está devastando boa parte do globo: é crucial a combinação de distanciamento
social, testagem, rastreamento de contato e isolamento.

“Estamos todos aprendendo o tempo todo e ajustando nossa estratégia,


baseada nas últimas evidências disponíveis”, afirmou o diretor ao resumir a
recomendação, que está disponível na íntegra no site da agência.

Ele lembrou que um amplo espectro de respostas a COVID-19 está acontecendo


em todo o mundo, baseado nas circunstâncias nacionais e de capacidade local.
Enquanto alguns países já suportam várias semanas de restrições econômicas
e sociais – e agora consideram amenizá-las – outros estão apenas começando
a considerar se e quando introduzem estes controles.

O que sabemos – “Apenas podemos dizer o que sabemos e apenas podemos


agir com o que sabemos”, afirmou Tedros, enfatizando que novas evidências
começam a cristalizar uma melhor compreensão da COVID-19, como ela se
comporta, como tratá-la e como impedir que ela se propague.

Estima-se que a COVID-19 é dez vezes mais letal do que a pandemia de gripe
de 2009. Ela se alastra mais facilmente em ambientes cheios, como asilos, e em
alguns países o número de casos está dobrando a cada três ou quatro dias.
Apesar deste cenário, a OMS reforça que testagem, isolamento e localização
precoce de casos – assim como rastrear cada contato de indivíduos infectados
– é essencial para parar a transmissão. Restrições de distanciamento físico são
apenas uma parte da equação mas muitas outras medidas de saúde pública são
necessárias.

Como a COVID-19 acelera rapidamente mas desacelera muito vagarosamente,


medidas de controle também devem ser retiradas devagar e não todas de uma
vez.

“Em outras palavras, a retirada deve ser muito mais lenta do que a
implementação”, afirmou o chefe da agência de saúde da ONU.

Seis passos para retirar restrições – Na recomendação mais atualizada, a OMS


resumiu estas descobertas em um quadro com um conjunto de seis critérios que
os países devem considerar quando avaliam se retiram as restrições já impostas
contra a COVID-19:

1. Os países devem confirmar que a transmissão do vírus foi controlada.


2. Os países devem garantir que os sistemas de saúde são capazes de detectar,
testar, isolar e tratar cada caso da COVID-19, assim como de rastrear cada
contato.
3. Os países devem garantir que os riscos do surto estão minimizados,
especialmente em locais como facilidades médicas e asilos.
4. Os países devem implementar medidas preventivas nos ambientes de
trabalho, escolas e outros lugares essenciais.
5. Os países devem gerenciar os riscos de importação.
6. Os países devem educar, engajar e empoderar as comunidades para que se
ajustem à “nova norma” da vida diária.

“Os países devem atingir um equilíbrio entre as medidas que atacam a


mortalidade causada pela COVID-19 e por outras doenças por conta da
sobrecarga nos sistemas de saúde, assim como os impactos econômico-
sociais”, afirmou Tedros.

Legislação internacional, um marco de crises – A partir das sedes ao redor do


mundo, fundos, agências e organismos do Sistema das Nações Unidas –
especialmente aqueles relacionados a saúde, legislação e desenvolvimento –
estão contribuindo com seu conhecimento para a robusta orientação de política
da Organização.

Em comunicado recente, a diretora geral da Organização de Desenvolvimento


da Legislação Internacional da ONU (IDLO), Jan Beagle, enfatizou que a justiça
e a lei deveriam servir como facilitadoras das respostas dos países para a
COVID-19.

Ela lembrou que um efetivo quadro legal permite ações cuidadosamente feitas
sob medida pelos governos, incluindo decretos emergenciais que protegem
pessoas da infecção e da doença, enquanto respeitam direitos civis, políticos,
econômicos e sociais.

O estado de direito também pode ser a salvação dos mais vulneráveis da


sociedade em tempos de crise, quando restrições da liberdade de movimento,
recursos escassos e sentimentos de stress, ansiedade e afastamento podem
exacerbar a exclusão, a discriminação e fissuras sociais.

Tais desafios podem afetar desproporcionalmente mulheres e garotas, pessoas


idosas, migrantes, refugiados, prisioneiros, pessoas vivendo na extrema pobreza
e outros à margem da sociedade.

“Em tempos como estes, quando a possibilidade de acessar serviços e a justa


distribuição de recursos públicos pode fazer a diferença entre a vida e a morte,
as instituições de justiça devem estar disponíveis para proteger os direitos
daqueles menos poderosos entre nós”, acrescentou a dirigente.

Fonte: https://nacoesunidas.org/covid-19-oms-informa-que-e-necessario-testar-
rastrear-e-avaliar-quando-retirar-as-restricoes/

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