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FÓRUM DA AULA 1

Na sua visão, é possível que um professor de Língua Portuguesa possa não ser um
professor leitor?

Sim. Existem professores que não possuem o hábito de leitura, que leem somente o
necessário para aplicar em sala de aula e nada mais. Não tem uma afinidade, nem
possuem um compromisso sério com a leitura.

O texto “Professores leitores e professores não leitores”, da Profa. Dra. Elaine Assolini,
apresenta alguns exemplos de professores que ainda não aprenderam a gostar de ler.

Existem professores que podem até se perguntar, porque será que eu não consigo
motivar os meus alunos a lerem um pouco mais, pelo menos aqueles livros que foi
selecionado para eles em sala de aula, na disciplina de Língua Portuguesa, que eles tem
o compromisso de ler durante o semestre ou até mesmo durante o ano letivo conforme a
grade escolar?

Alguns sempre querem resultados, mas não são exemplos para os seus alunos, e na
maioria das vezes muitas pessoas aprendem por meio de modelos e em especial as
crianças, os adolescentes, e isso é uma prática que deve acontecer não só na vida dos
alunos mais também na dos professores não leitores.

Alguns professores na maioria das vezes não vão com os seus livros na sala de aula, não
caminham pela escola com o seu material do lado, não conversam com seus alunos
sobre o livro que está lendo naquele momento, correm até o risco na hora em que
estiverem ministrando algum assunto interessante em sala de aula, acreditar que ele não
seja tão importante aos seus alunos. Muitos talvez nem usam exemplos de sua leitura
atual. Como, pois, estes professores podem influenciar pessoas se eles mesmo não
levam exemplos em sala de aula, pois é por meio do modelo, de exemplos que na
maioria das vezes as pessoas serão motivadas.

Muitos acreditam que as pessoas podem aprender a gostar da leitura só porque muitos
gostam disso, porque a leitura é importante, que ela nos traz habilidades com a fala, com
a escrita, ela nos coloca a frente das pessoas, nos ajuda a galgar objetivos, nos
transforma em pessoas comunicativas, porém existem pessoas que só vão acreditar nisso
quando é levado em sala de aula, a intimidade, a história, e a experiencia do professor
com a leitura.

Conheço um professor que lecionava Direito Civíl em uma Faculdade de São Paulo, que
confirmou com suas próprias palavras que detestava ler, odiava a leitura, porém só lia
quando havia algum interesse em jogo, e que nenhum de seus alunos eram reprovados,
até mesmo porque as provas que ele aplicava na turma eram fáceis e poderiam ter
acesso a qualquer tipo de consulta.

"A leitura é, certamente, uma atividade humana. E como atividade especificamente


humana, ela constitui um trabalho simbólico". (SMOLKA, 1989).

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