Queixa principal
Refere tristeza profunda, falta de motivação para afazeres cotidianos e cuidados
pessoais, perda de apetite e insônia noturna.
Histórico do problema atual
Ao realizar visita domiciliar, enfermeiro constata que usuária com episódio depressivo
moderado há seis meses, vem apresentando isolamento social e interações sociais e
familiares prejudicadas. Reconhece que usa com irregularidade medicação psiquiátrica.
Revisão de sistemas
Cardiovascular: apresenta Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS).
Trato gastrointestinal: constipação.
Aparelho genitourinário: Gesta 3, para 3 (2 partos vaginais, 1 parto cesáreo).
Histórico
Antecedentes pessoais
Usuária com diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar há cinco anos. Realizava
tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), e há um ano, devido a sua
evolução, passou a ser acompanhada na modalidade não-intensiva. Após um período,
optou por não frequentar mais o serviço, pois sentia-se “curada”, e portanto, não
necessitava mais do uso de medicações, como os estabilizadores do humor e
antidepressivos. Começou a apresentar isolamento social, sentimentos de desesperança,
perda de interesse e de prazer por atividades cotidianas, redução do apetite e choro
constante. É fumante, há 10 anos, fazendo uso de 2duas carteiras de cigarros/dia.
História social
Reside com o marido e os três filhos em um bairro de classe baixa na periferia da
cidade. A família depende do salário mínimo do seu esposo, o qual trabalha como
servente de pedreiro de uma construtora, com carteira assinada. Foi solicitado pelo
agente comunitário de saúde (ACS), em reunião de equipe, a visita domiciliar do
enfermeiro para que a paciente fosse sensibilizada a retomar seu tratamento, pois
encontrava-se em péssimas condições de vida, e os seus familiares não sabiam o que
fazer.
Medicações em uso
Captopril 25 mg: 2 comprimidos ao dia
Hidroclorotiazida 25 mg: 1 comprimido ao dia
MEDICAÇÕES EM USO IRREGULAR:
Amitriptilina 25 mg: 2 comprimidos ao dia
Bupropiona 75 mg: 3 comprimidos ao dia
Carbonato de Lítio 300 mg: 3 comprimidos ao dia
Antecedentes familiares
Sua mãe sofre de Transtorno Depressivo e seu pai apresentava Hipertensão Arterial
Sistêmica e cardiopatia, sendo que faleceu há cinco anos devido a um Infarto Agudo do
Miocárdio.
Exame Físico
Peso: 75 kg;
Altura: 1,65 cm;
IMC: 27,57 Kg/m²
Pressão Arterial: 136/88 mmHg;
Frequência Respiratória: 20 mpm;
Frequência Cardíaca: 90 bpm;
Ausculta pulmonar: murmúrios vesiculares presentes, sem ruídos adventícios;
Ausculta cardíaca: normofonética, ritmo regular;
Pele: Hipocorada, aparenta idade superior a idade cronológica;
Membros inferiores: tremores em extremidades.
Exame do estado mental
ATENÇÃO: Tenacidade: hipotenaz;
Vigilância: normovigil;
SENSOPERCEPÇÃO: sem alterações;
MEMÓRIA: sem alterações;
ORIENTAÇÃO: orientada autopsiquicamente e alopsiquicamente
CONSCIÊNCIA: sonolência;
PENSAMENTO: Produção: lógico; Curso: fio associativo preservado (o fio associativo
consiste na associação entre uma ideia e outra); Conteúdo: ideação suicida;
LINGUAGEM: bradilalia
INTELIGÊNCIA: sem alterações;
AFETO: depressão;
CONDUTA: inapetência, hipersonia
O Transtorno Afetivo Bipolar caracteriza-se por ser uma doença crônica, recorrente que
compromete o bem-estar da pessoa afetada e de sua família no curso da vida. É marcado
por alternâncias no estado do humor (episódios maníacos e episódios depressivos), de
energia e de habilidade da pessoa para o desempenho diário (KAPLAN; SADOCK,
2007).
Representa relevância para a família e para os sistemas de saúde, com altos índices de
incapacidade. Nesse sentido, a previsão para o ano 2020 é a de que este transtorno
ocupe a segunda causa de incapacidade em países desenvolvidos e a primeira em países
em desenvolvimento (FLECK et al., 2003).
A seguir a caracterização do episódio depressivo, segundo Fukuda, Arantes e Stefanelli
(2008):
A: Critérios gerais O episódio deve ter duração de pelo menos duas semanas;
- O episódio não deve estar relacionado ao uso de substâncias psicoativas.
Queixa principal
Fadiga nos últimos sete meses, a qual tem prejudicado seu desempenho no trabalho.
Histórico do problema atual
M.L.C.C. afirma que adormece com facilidade, mas acorda inúmeras vezes durante a
noite, sentindo-se cansado pela manhã, o que, muitas vezes, o impede de ir trabalhar.
Conta que sua esposa o deixou há alguns meses, pois se queixava do hábito de beber
entre 6 a 12 cervejas por dia, além de algumas doses de cachaça. Segundo a ex-esposa,
por causa da bebida, não conseguia mais ir trabalhar assiduamente e, deste modo, não
tinha possibilidades de sustentar a casa, devido às suas ausências no emprego. Os
sintomas relatados foram agravados, após a saída da esposa e dos filhos de casa. Relata
que agora precisa de mais álcool do que antes para sentir-se relaxado, e ainda conta que
teve vários “blackouts ”, bem como refere que se distrai com facilidade e, num destes
episódios cortou-se em uma das máquinas que trabalhava. Admite ainda que muitas
vezes, para não sentir tremores, a primeira coisa que faz pela manhã é tomar um gole de
cerveja ou cachaça. Tentou parar de beber algumas vezes sem sucesso.
Revisão de sistemas
Tórax: Dificuldade de respirar ao esforço físico
Abdome: Refere pirose frequentemente.
Sistema genitourinário: Impotência sexual.
Coluna vertebral e extremidades (sistema locomotor): refere tremores finos ao acordar.
Sistema nervoso: tonturas e blackouts
Exame psíquico e avaliação das condições emocionais:
- Afeto: congruente.
- Senso-percepção: sem alterações.
- Memória: amnésia anterógrada.
- Orientação: orientado, autopsiquicamente e alopsiquicamente.
Consciência: lúcido.
- Pensamento: produção lógica, com fio associativo preservado, de conteúdo adequado.
- Linguagem: sua fala tem ritmo e tom normais.
- Inteligência: aparentemente inserido à média clínica.
- Atenção: hipotenaz e hipovigil
- Conduta ou conação: hipobulia relacionada ao trabalho, insônia.
Senso percepção: sem alterações
Histórico
História social
Relações familiares prejudicadas, possui vínculos fortes com os filhos. Considera-se
ateu. Jogava futebol uma vez por semana com amigos do bairro, todavia cessou esta
atividade há 2 meses. Laço social empobrecido de forma geral.
Antecedentes pessoais
Ingere bebidas alcoólicas desde a adolescência, no entanto o consumo só passou a ser
um problema há cerca de um ano, a seu ver, quando começou a ter brigas com a esposa
pelo fato de não conseguir ir trabalhar.
Medicações em uso
Não faz uso de medicações de uso contínuo, refere apenas que toma ácido
acetilsalicílico em episódio de cefaleia, bem como o uso de chás nos episódios de
dispepsias.
Antecedentes familiares
Mãe falecida decorrente de cirrose.
Exame Físico
Sinais Vitais:
PA: 125x85 mmHg;
FC: 78 bpm;
FR: 25 mrpm;
Tax: 37,3º C.
Tórax:
Eupneico, ausculta cardíaca normofonética em 2T; ausculta pulmonar: presença de
murmúrios vesiculares.
Abdomem:
Ruídos hidroaéreos presentes e diminuídos, flácido, distendido e doloroso a palpação,
sem dor a descompressão brusca (sinal de blumberg negativo).
Deve-se identificar possíveis problemas clínicos associados ao uso do álcool, tais como:
hipertensão, esofagites, gastrites, cirrose, neuropatia periférica, hipovitaminose, anemia,
entre outros. O profissional deve traçar junto ao usuário um projeto terapêutico com
objetivos reais a serem alcançados, com estabelecimento de contrato terapêutico e o
planejamento do próximo atendimento. O caso deve ser discutido com a equipe a fim de
levantar a necessidade de possíveis interconsultas com outros profissionais. A
assistência a usuários de álcool deve ser oferecida privilegiando os cuidados em
dispositivos extra-hospitalares, articulando a Atenção Primária à Saúde aos serviços
especializados – CAPSad – de modo a estabelecer uma atenção compartilhada. Esta
deve ocorrer em ambiente comunitário, de forma integrada à cultura local, e às redes de
cuidados, articulando, em seu território de atuação, os serviços e iniciativas que possam
atender às múltiplas necessidades dos usuários com ênfase na reabilitação e reinserção
social (BRASIL, 2004).
Saiba mais
Anamnese
Queixa principal
Lesão por perfurocortante no dedo indicador da mão direita, ocasionada por acidente de
trabalho com material biológico.
Histórico
Antecedentes pessoais
V.I.P iniciou suas atividades como técnica de enfermagem há cinco anos, possui
esquema vacinal comprovado para todas as vacinas, sendo que concluiu o esquema da
Hepatite B há 10 anos, contudo a última testagem de Anti-HBs constatou que não
ocorreu a soroconversão. Não tem antecedentes pessoais para doenças sexualmente
transmissíveis, fez exames sorológicos para hepatite B, C e HIV há dois meses, assim
como triagem para VDRL, na própria unidade, na semana anterior. Todos não
reagentes.
História social
Antecedentes familiares
Medicações em uso
Exame Físico
Exame Laboratoriais
Saiba mais
Os acidentes percutâneos têm risco de 0,3% e de mucosas de 0,09% para o HIV; e de
1,8% para o vírus da hepatite C. É importante saber que material biológico não é apenas
sangue, mas também sêmen, secreção vaginal, líquor, líquido sinovial, líquido pleural,
peritoneal, pericárdio e amniótico. Outros materiais biológicos como suor, lágrima,
fezes, urina e saliva não são infectantes, exceto quando contaminado com sangue
(BRASIL, 2009).
O Ministério da Saúde considera como grupos vulneráveis, com indicação de realização
da hepatite B: trabalhadores da saúde, gestantes, após o primeiro trimestre de gestação;
bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários; caminhoneiros, carcereiros de
delegacia e de penitenciárias; coletores de lixo hospitalar e domiciliar; agentes
funerários; comunicantes sexuais de pessoas portadoras de VHB; doadores de sangue;
homens e mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo; lésbicas,
gays, bissexuais, travestis e transexuais; pessoas reclusas (presídios, hospitais
psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, dentre outras); manicures,
pedicures e podólogos; populações de assentamentos e acampamentos; potenciais
receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundido; profissionais do
sexo/prostitutas; usuários de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas; portadores de DST
(BRASIL, 2009, p. 7; BRASIL, 2010, p. 5).
Saiba mais
No caso de ser necessário o uso do álcool a 70% para limpeza
da pele, friccione o algodão embebido por 30 segundos e, em
seguida, espere mais 30 segundos para permitir a secagem da
pele, deixando-a sem vestígios do produto, de modo a evitar
qualquer interferência do álcool no procedimento. (BRASIL,
2014, p. 45)
Saiba mais
Caso a fonte de infecção do acidente seja conhecida, deve-se solicitar, mediante
autorização, que o paciente realize os testes rápidos para hepatite B, C e HIV na própria
unidade de saúde (se dispuser), ou que o acompanhe para a unidade de referência para
que sejam realizadas neste local. Procure saber em sua cidade/estado qual unidade serve
de referência para este tipo de acidente (BRASIL, 2009), geralmente são hospitais ou
unidades sentinelas.
Informações sobre avaliação da exposição no acidente com material biológico
encontram-se no Manual do Ministério da Saúde (BRASIL, 2009, p. 16-17), disponível
em Exposição a Materiais Biológicos.
Saiba mais
O tratamento é realizado durante 28 dias e o paciente deve ser acompanhado por, no
mínimo, 6 meses após o acidente. Esquema preferencial para PEP
ADESÃO AO PEP
A adesão das pessoas no sentido de completar os 28 dias de uso dos antirretrovirais é
essencial para a maior efetividade da profilaxia. Todavia, os estudos publicados
mostram baixas proporções de pessoas que completaram o curso completo de PEP.
Considerando que a adesão ao esquema antirretroviral é fundamental para a eficácia da
profilaxia, seus objetivos devem ser entendidos pela pessoa exposta, que deve ser
orientada a observar rigorosamente as doses, os intervalos de uso e a duraçãoda
profilaxia antirretroviral. Estratégias aprimoradas de acompanhamento e adesão podem
incluir métodos alternativos, como mensagens pelo celular (SMS), ligações telefônicas,
etc.
Além disso, recomenda-se que os serviços de emergência dispensem um quantitativo de
doses suficientes até que a pessoa seja atendida no serviço que realizará seu
acompanhamento clínico. Quando possível, os serviços podem dispensar o esquema
completo de PEP (28 dias), uma vez que essa estratégia tem um impacto positivo na
adesão.
Referências
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Antirretroviral Pós-
Exposição de Risco à Infecção pelo HIV. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2015. 57p.
Abordagem Sindrômica às
IST's
M.C.L. chega a UBS acompanhado de sua companheira
S.B.M., solicitando atendimento. Refere desconforto
uretral.
Publicado em 3 de Maio de 2013
Queixa principal
Histórico
Antecedentes pessoais
M.C.L. relata que sempre apresentou boa saúde. Ao ser questionado acerca do seu
comportamento sexual, referiu muito constrangido, que há cerca de duas semanas
manteve relação sexual desprotegida com parceira não habitual, sua ex-namorada.
Cinco dias após esta relação iniciaram-se os sintomas geniturinários. Nega tabagismo,
consome bebidas alcoólicas aos finais de semana e pratica exercícios físicos
regularmente em uma academia do bairro. Revisado esquema vacinal sem a presença da
Hepatite B.
História social
M.C.L. possui união estável com S.B.M. há dois anos. Não possuem filhos. Ele trabalha
como mecânico em uma empresa automobilística e sua companheira é técnica em
radiologia de um hospital do município. Possuem renda mensal de R$ 1.500,00.
Antecedentes familiares
Medicações em uso
Exame Físico
PA: 110/70 mmHg
Peso: 78 kg
Estatura: 1,80 m
Temperatura: 36,8ºC
FR: 20 mrpm
FC: 70 bpm
Saiba mais
O gonococo, Neisseria gonorrhoeae, é um diplococo Gram-negativo intracelular, um
dos mais frequentes agentes etiológicos causadores da secreção uretral masculina. A
gonorreia, popularmente conhecida como pingadeira, gota matinal, escorrimento ou
esquentamento, é considerada uma das mais antigas doenças da humanidade, relatada
nos textos Bíblicos e escritos chineses. Atualmente, é um dos problemas de saúde
pública mundial, em que nos países em desenvolvimento apresentam altas incidências
da doença e altas taxas de sequelas. Adolescentes e adultos jovens apresentam alto risco
para a aquisição da infecção gonocócica, o que é preocupante em vista do aumento da
suscetibilidade da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).(BRASIL,
2010)
Uretrite gonocócica: É um processo infeccioso e inflamatório da mucosa uretral causado
pela Neisseria gonorrhoeae. Consiste num dos tipos mais frequentes de uretrite
masculina. É essencialmente transmitida pelo contato sexual. O período de incubação é
curto, de 2 a 5 dias. O risco de transmissão de um parceiro infectado a outro é de 50%
por ato. O sintoma mais precoce da uretrite é uma sensação de prurido na fossa
navicular que vai se estendendo para toda a uretra. Após um a três dias o doente já se
queixa de ardência miccional (disúria), seguida por corrimento, inicialmente mucóide
que, com o tempo, vai se tornando, às vezes, mais abundante e purulento. Em alguns
pacientes pode haver febre e outras manifestações de infecção aguda sistêmica. Quando
não houver tratamento ou esse for tardio ou inadequado, o processo se propaga ao
restante da uretra, com o aparecimento de polaciúria e sensação de peso no períneo;
raramente há hematúria no final da micção. Dentre as complicações da uretrite
gonocócica no homem destacam-se: balanopostite, prostatite, epididimite, estenose
uretral (rara), artrite, meningite, faringite, pielonefrite, miocardite, pericardite,
septicemia. A conjuntivite gonocócica em adultos não é um quadro raro e ocorre
basicamente por autoinoculação. Também pode ocorrer peri-hepatite gonocócica na
doença sistêmica (BRASIL, 2010. p.57).
Uretrite não gonocócica(UNG): O agente mais comum é Clamídia trachomatis. É uma
bactéria, obrigatoriamente intracelular, que também causa o tracoma, a conjuntivite por
inclusão no recém-nascido e o linfogranuloma venéreo. A transmissão se faz pelo
contato sexual (risco de 20% por ato), sendo o período de incubação, no homem, de 14
a 21 dias. Estima-se que dois terços das parceiras estáveis de homens com UNG
hospedem a C. trachomatis no endocérvix. Podem reinfectar seu parceiro sexual e
desenvolver quadro de Doença Inflamatória Pélvica (DIP) se permanecerem sem
tratamento (BRASIL, 2006. p. 52 ).
¹ O uso da ciprofloxacina estaria contraindicado nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo
anos que demonstraram a circulação de cepas de gonococos com taxas de resistência antimicrobiana igua
internacionalmente de aceitação para uso de um antibiótico. Essa alteração no tratamento ainda se encont
Saúde.
² A recomendação é que nesses Estados não mais utilizem a ciprofloxacina e substituam o tratamento pela
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais 2013 (RENAME, 2013). A alternativa terapêutica de eficá
Cefixima oral. No entanto, a Cefixima oral não está disponível no mercado nacional e não dispõe de regis
Sanitária (ANVISA).
³ O estearato de eritromicina é uma alternativa terapêutica para gestantes, no entanto, não se encontra em
* Se o paciente apresenta alergia grave às cefalosporinas, indicar azitromicina 500mg, 4 comprimidos, VO
Saiba mais
O diagnóstico da uretrite é baseado em presença de corrimento
uretral purulento ou mucopurulento. Como não se pode
descartar a possibilidade de co-infecção por clamídia, cujo
diagnóstico laboratorial exige técnicas raramente disponíveis,
recomenda-se, sempre, o tratamento concomitante para as
duas infecções, já que a mesma está presente em 10 a 30% dos
casos.
Orientações específicas:
O controle das IST não se efetiva apenas com o tratamento de sinais e sintomas de
pessoas que se apresentam aos serviços de saúde. Para interromper a cadeia de
transmissão das IST, é fundamental que as parcerias sexuais do indivíduo infectado
sejam localizadas e tratadas. A presença das parcerias sexuais, durante o atendimento
permite que se faça a educação em saúde sobre os riscos da infecção pelo HIV, hepatites
virais e demais IST, bem como de suas complicações.
O ideal é que as parcerias sexuais sejam convidadas para o aconselhamento, diagnóstico
e tratamento pelo próprio paciente. Deve-se propiciar discussões sobre sexualidade e
comportamento sexual, história natural e epidemiologia das IST (transmissão sexual,
infecção assintomática, consequências da falta de adesão ao tratamento), implicações
psicossociais das IST, infecção pelo HIV, intervenção em crises de relacionamento. A
procura dos serviços pelas parcerias sexuais deve ser voluntária. A abordagem dessas
parcerias é uma decisão construída em processo de intenso diálogo com o paciente, no
sentido de informá-lo acerca da possibilidade dos assintomáticos estarem infectados, da
possibilidade de reinfecção se uma parceria permanecer infectada, e das consequências
do não tratamento.
Saiba mais
Em situações nas quais o profissional de saúde identifica vulnerabilidade da parceria
sexual, e o paciente tem restrições em contatá-la, a decisão da abordagem fica amparada
em princípios éticos e legais que norteiam a prática profissional.
O direito ao resguardo, o direito ao segredo devem ser ponderados sempre. O Artigo
154 do Código Penal: “punição com pena privativa de liberdade ou multa àquele que
revelar, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério,
ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem, admitindo-se a
quebra do sigilo somente quando houver justa causa”, dá respaldo à abordagem das
parcerias. Quando se trata de um agravo de notificação compulsória, os profissionais,
envolvidos na vigilância epidemiológica, devem atentar para o Artigo 269 do Código
Penal: punição com pena privativa de liberdade, além de multa, ao médico que deixar de
denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória.
O paciente deve ser encorajado a comunicar suas parcerias sexuais sem o envolvimento
direto dos profissionais de saúde, oferecendo informação à parceria, acompanhando-a
ao serviço ou entregando um convite para comparecimento ao serviço de saúde. A
abordagem direta das parcerias sexuais pelos profissionais de saúde é geralmente
reservada para os casos em que o paciente relata dificuldade em realizar a comunicação
ou nos casos em que haja respaldo legal. Ao chegar ao serviço de saúde, a parceria deve
ser considerada acometida da mesma síndrome ou doença do paciente-índice mesmo
que não apresente nenhum sintoma ou sinal, recebendo o tratamento recomendado para
sua condição clínica.
Saiba mais
A Síndrome do corrimento uretral masculino é de notificação compulsória nacional,
conforme Portaria 2.472 de 31 de agosto de 2010, portanto todo indivíduo com presença
de corrimento uretral (mucóide, mucopurulento ou purulento), verificado com prepúcio
retraído e/ou pela compressão da base do pênis em direção à glande, deverá ser
notificado pelo médico ou outro profissional de saúde no exercício de sua função com o
preenchimento do formulário padronizado, seguindo fluxo de informação, com a
finalidade de:
Referências
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Programa Nacional de DST e Aids. Manual de controle das
doenças sexualmente transmissíveis. 4. ed. Brasília, DF: Ministério
da Saúde, 2006. (Série Manuais nº
68). <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_controle_d
as_dst.pdf> . Cópia local Acesso em : 2016.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Curso de vigilância
epidemiológica das doenças sexualmente transmissíveis de
notificação compulsória: sífilis e síndrome do corrimento uretral
masculino Brasília, DF: Ministério da Saúde,
2010. <http://www.aids.gov.br/sites/default/files/publicacao/2010/c
bve_corrimen...> . Cópia local Acesso em : 2016.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual “O que precisamos saber
sobre DST”. São Paulo: Sociedade Brasileira de infectologia. 2002.
7. Tuberculose: da
antiguidade para a
atualidade
8. Paciente procura a Unidade Básica de Saúde
referindo tosse, falta de apetite e cansaço.
Publicado em 17 de Abril de 2013
9.
10. Anamnese
11. Queixa principal
12. Tosse produtiva há três meses e inapetência
17. Histórico
18. História social
19. A paciente e sua família moram em uma pequena casa, nos fundos do terreno da
sua mãe, que possuiu três cômodos (cozinha,banheiro e um quarto). É
beneficiária da bolsa família, sua filha tem 13 anos de idade e está na quarta
série. A renda familiar é de um salário mínimo, o marido encontra-se
desempregado há seis meses, desde que saiu do sistema prisional. O sustento da
família provém de seu trabalho como educadora em uma Escola de Educação
Infantil.
RETORNO:
A paciente retorna para mostrar exames e para reavaliação do quadro clínico.
Relata permanência dos sintomas, com evolução para escarro hemoptóico.
Uma boa amostra de escarro é a que provém da árvore brônquica, obtida após
esforço de tosse, e não a que se obtém da faringe ou por aspiração de secreções
nasais, nem tampouco a que contém somente saliva. O volume ideal é de 5 a 10
ml. O diagnóstico deve ser feito a partir de, pelo menos, duas amostras de
escarro, sendo a primeira geralmente coletada no momento da consulta, para
aproveitar a presença do doente. A segunda amostra deve ser coletada no dia
seguinte, preferencialmente ao despertar. Esta geralmente é abundante porque
provém das secreções acumuladas na arvore brônquica durante a noite.
Saiba mais
A seguir estão apresentados os efeitos adversos menores e
maiores ao tratamento anti-TB.
Quadro 01 - Efeitos adversos menores ao tratamento antiTB.
Saiba mais
Quadro 02 - Efeitos adversos maiores ao tratamento antiTB.
A unidade de saúde que descobre e inicia o tratamento dos casos novos, é a responsável
pela notificação compulsória dos mesmos. Outras fontes de notificação são os hospitais,
os laboratórios e outros serviços de assistência médica, governamental e particular. No
Brasil, define-se como caso de tuberculose todo indivíduo com diagnóstico
bacteriológico confirmado – baciloscopia ou cultura positivos – e indivíduos com
diagnóstico baseado em dados clínico-epidemiológicos e em resultados de exa mes
complementares. A base do sistema de informação da tuberculose é o prontuário do
doente, a partir do qual são colhidos os dados necessários para o preenchimento da ficha
individual de investigação do Sistema de Informações de Agravos de Notificação
(SINAN).
Fonte: BRASIL, 2011a.
Referências
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de
recomendações para o controle da tuberculose no país. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2011a. (Série A. Normas e Manuais
Técnicos). <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_rec
omendacoes_controle_...> . Cópia local Acesso em : 2013.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância de Saúde.
Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância
epidemiológica. 7. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009.
(Série A. Normas e Manuais
Técnicos). <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilan
cia_epidemiologica...> . Cópia local Acesso em : 2013.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Vigilância Epidemiológica. Tratamento
diretamente observado (TDO) da tuberculose na atenção básica:
protocolo de enfermagem. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011b.
(Série F. Comunicação e Educação em
Saúde). <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/tratamento_dir
etamente_observa...> . Cópia local Acesso em : 2013.
4. FERREIRA, S. R. S.; GLASENAPP, R.; FLORES, R.
(Org.). Tuberculose na atenção primária à saúde. 1. ed. ampl. Porto
Alegre: Hospital Nossa Senhora da Conceição,
2011. <http://www2.ghc.com.br/gepnet/publicacoes/tuberculosena
atencao.pdf> . Cópia local Acesso em : 2013.
Paciente
R.S.S.
33 anos
Servidor público
Anamnese
Queixa principal
Revisão de sistemas
Histórico
História social
Antecedentes familiares
Medicações em uso
Nega uso crônico de medicações (“nunca precisei de remédio”).
Continuação da anamnese
Com base nesses dados, você questiona sobre uso de bebidas alcoólicas,
ao que R.S.S. refere beber. Exagera em festas, chegando a ter “apagões”,
tendo se envolvido em brigas quando está alcoolizado. Porém, durante a
semana não costuma usar o álcool em grandes quantidades, bebe
cerveja uma ou duas vezes na semana. Você questiona então sobre o uso
de outras drogas. R.S.S. diz que usa cocaína, mas argumenta que “não é
viciado”, porque não usa todos os dias. Relata usar cerca de 4 dias na
semana, em geral quando vai para festas com amigos, mas às vezes
também em casa. Refere que também usa maconha, diariamente, mas
que “isso não lhe causa mal algum” (sic).
Exame Físico
Tax: 36,8°C
PA 126 x 82 mmHg
FC 92 bpm
FR 13 mrpm
Peso: 68,0 kg
Altura: 1,82 m
Epistaxe
Emagrecimento
Dependência ao álcool
Transtorno de pânico
Uso de cocaína
Depressão
87 / 100 acerto
Saiba mais
Uso nocivo
Dependência
Síndrome de abstinência
Síndrome amnestésica
80 / 100 acerto
Saiba Mais
Abordagem motivacional
FEEDBACK (Devolução)
RESPONSIBILITY (Responsabilização)
ADVICE (Aconselhamento)
Ressaca;
Situações embaraçosas/risco;
Doenças.
Maior prazer;
Economia;
Controle da situação.
EMPATHY
Exemplo: “Imagino o quanto deva ser difícil, mas tenho certeza que você
consegue”.
SELF EFFICACY
Continuação da anamnese
Você deve estar vendo que já perdeu a mulher, a filha, está com dívidas,
seu chefe já anda incomodando no trabalho. Vai esperar pelo que para
sair dessa?
Pelo que você está me contando, parece-me que você tem tido vários
problemas relacionados ao uso de drogas, gostaria de falar um pouco
sobre isso com você. Eu vou lhe informar algumas coisas, mas quem vai
decidir é você
Incorreto
Não há nenhum fármaco aprovado pelo Food and Drug Administration
(FDA) para o tratamento específico da dependência de cocaína. Vários
medicamentos já foram testados, entre eles Carbamazepina,
betabloqueadores, antipsicóticos e antidepressivos. Contudo, a maioria
dos resultados não é consistente para que essas medicações possam ser
indicadas isoladamente. Da mesma maneira, o uso de dissulfiram no
tratamento da dependência à cocaína não se mostrou efetivo.
R.S.S. lhe propõe tentar reduzir seu uso de substâncias se você for lhe
acompanhar na UBS. Você:
Evolução
85 / 100 acerto
Referências
Processamento de
materiais
A nova autoclave da UBS Esperança.
Editores Associados Deisi Cardoso Soares, Teila Ceolin, Bárbara Heather Lutz, Marcelo Fernandes
Capilheira, Marília Leão Goettems, Luciana de Rezende Pinto
Você já respondeu todas as 7 questões deste caso.
Sua média de acertos final foi de 82,14%.
RECOMEÇAR
Introdução
Na UBS Esperança, J. L. M., técnica de enfermagem há 13 anos, se depara com um
novo aparelho que acabou de chegar para o processamento dos materiais da UBS, a
autoclave. Até então os materiais eram processados em Hipoclorito de Sódio a 1% e
estufa (Forno de Pauster).
Na referida UBS, costuma-se realizar procedimentos como curativos de pequena e
média complexidade, retirada de pontos cirúrgicos, drenagem de abscessos, suturas,
inalações e nebulizações, atendimento odontológico, ginecológico, entre outros.
J. L. M., preocupada com o novo equipamento, questiona a enfermeira S. V. P. e o
cirurgião-dentista V. C. B. sobre as características da autoclave e seu funcionamento.
Questão 1
Escolha múltipla
75 / 100 acerto
Os artigos destinados à penetração da pele e mucosas adjacentes, tecidos subepiteliais e
no sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este
sistema são chamados de artigos críticos. Estes requerem esterilização para satisfazer os
objetivos a que se propõem (Brasil, 2001). Para a esterilização de todos os artigos
críticos termorresistentes, este é o método mais seguro e eficaz.
Os artigos destinados ao contato com a pele não-íntegra ou com mucosas íntegras
colonizadas são chamados de artigos semi-críticos e requerem desinfecção de médio ou
de alto nível, ou esterilização, para ter garantida a qualidade do múltiplo uso destes. Os
artigos classificados nesta categoria se forem termorresistentes, poderão ser submetidos
à autoclavagem, por facilidade operacional, eficácia e redução de custos, mesmo que a
esterilização não seja indicada para o fim a que se destina o artigo (Brasil, 2001).
Os artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente são chamados de artigos
não-críticos e requerem limpeza ou desinfecção (Brasil, 2001).
Saiba mais
Desinfecções
- Alto nível - destrói todos os microrganismos, com exceção dos de alto número de
esporos.
É indicada para artigos semicríticos como os de inaloterapia, terapia respiratória,
anestesia e endoscópios. O agente químico mais utilizado para estes artigos é o Ácido
Peracético.
No Brasil em face do surto de micobactéria, a ANVISA restringiu o uso de
glutaraldeído, pois uma das hipóteses considera a resistência deste microrganismo ao
produto, além disso, associam-se a este fator, os riscos ocupacionais a que os
profissionais de saúde estão expostos ao empregar a solução do glutaraldeído. Assim,
como alternativa ao uso deste, existe o Ácido peracético e o Ortophitalaldeído.
(SOBECC, 2013)
- Baixo nível – elimina a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos, mas não elimina
micobactérias e não mata as bactérias esporuladas.
Hipoclorito de Sódio 0,025%.
Acertou
A autoclavagem é um processo físico para a esterilização de materiais, podendo ocorrer
por gravidade, alto vácuo ou alto vácuo com ciclo pulsátil (Brasil, 1994).
Saiba mais
As práticas em saúde, constantemente, vêm sofrendo modificações, decorrentes da
demanda e da complexidade tecnológica. O processamento de materiais, acompanhando
as evoluções ocorridas, também é passível destas alterações. Cabe aos profissionais de
saúde estar em constante aprendizado em busca da qualificação da prática. Entre as
modificações ocorridas estão a não permissão de:
- utilização de estufas para esterilização de produtos para a saúde (Brasil, 2012);
Figura 2 – Estufa
Fotos: Deisi Cardoso Soares e Teila Ceolin
Figura 3 – Estufa aberta
Fotos: Deisi Cardoso Soares e Teila Ceolin
Incorreto
Os tempos, temperaturas e pressão das autoclaves deverão ser aquelas recomendadas
pelo fabricante, pois tais autoclaves poderão ter ciclos para esterilização a vapor
(SOBECC, 2013).
Acertou
Dentre os invólucros indicados para esterilização em autoclave, estão (SOBECC, 2013):
Saiba mais
Conforme as Práticas recomendadas SOBECC (Sociedade Brasileira de Enfermeiros de
Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização), 2013,
dentre os tipos de embalagens, pode-se considerar:
- Papel Kraft:
PAPEL CREPADO
Indicado para empacotamento de materiais a serem esterilizados em Autoclave a Vapor,
Óxido de Etileno ou por Radiação Gama (Rammé, 2011).
O papel crepado é:
- atóxico, biodegradável;
- composto de celulose tratada, resiste até 150º C por 1 hora;
- permeável ao vapor e óxido de etileno;
- é flexível, mas menos resistente à tração que o tecido e não tecido;
- funciona como barreira microbiana efetiva;
- guarda memória das dobras (Distrito Federal, 2000).
- Como desvantagem possui baixa resistência mecânica, podendo perder a barreira
microbiana com presença de furos ou rasgos (SOBECC, 2013).
Figura 10 – Papel crepado
Fotos: Deisi Cardoso Soares e Teila Ceolin
Questão 5
Escolha múltipla
Em relação ao processamento de
materiais, assinale as afirmativas
corretas:
A limpeza dos artigos deverá ocorrer de forma criteriosa com água corrente potável
e utilização de luvas de limpeza, não necessitando de detergente ou uso de escova.
100 / 100 acerto
Os profissionais deverão receber capacitação antes do início das atividades e de forma
continuada em assuntos relacionados ao processo de trabalho desenvolvido. Devem ser
abordadas na capacitação: controle de infecção, higienização das mãos, processos de
limpeza, desinfecção e esterilização, monitoramento do processo através de indicadores
(testes) (Brasil, 1994; Rio Grande do Sul, 2010).
A limpeza dos artigos deverá ocorrer de forma criteriosa com água corrente potável e
detergente, com auxílio de escovas de cerdas macias e utilização de luvas de limpeza e o
tempo para processamento (limpeza/desinfecção/esterilização) deverá ser respeitado,
sendo o estabelecimento obrigado a possuir materiais e equipamentos em quantidade
suficiente para atender a demanda (Brasil, 1994; Rio Grande do Sul, 2010).
Saiba mais
A imunização contra hepatite B, difteria e tétano (dT) deve ser realizada nos
profissionais que trabalham em locais de contato com objetos perfurocortantes (Brasil,
1994; Rio Grande do Sul, 2010).
Questão 6
Escolha múltipla
O monitoramento do processo de
esterilização nos serviços de saúde
deverá contemplar:
Registros das falhas a cada esterilização
100 / 100 acerto
O monitoramento do processo de esterilização deve contemplar (SOBECC, 2013):
Saiba mais
O indicador biológico é um sistema que contém suspensão de esporos do tipo Bacillus
stearothermophylus (autoclave). É uma preparação padronizada de esporos bacterianos
de modo a produzir suspensões contendo em torno de 106 esporos por unidade de papel
filtro. É o único meio capaz de assegurar que todas as condições de esterilização
estejam adequadas, pois os microrganismos são testados quanto ao seu crescimento ou
não, após a aplicação do processo (BRASIL, 2002).
Questão 7
Escolha múltipla
As superfícies que estiverem com
presença de matéria orgânica em áreas
críticas, semi-críticas e não-críticas
deverão sofrer processo de desinfecção
ou descontaminação localizada. Assim
pode-se afirmar que:
A desinfecção deve iniciar com a retirada do excesso da carga contaminada em
papel absorvente ou panos para limpeza. Após, aplicar o desinfetante sobre a área
atingida e deixar o tempo adequado, removendo-o, posteriormente, com um pano
molhado.
100 / 100 acerto
Nestes procedimentos, deve-se usar os EPI necessários. O uso de luvas é necessário nos
casos de descontaminação e desinfecção, por se tratar de matéria orgânica.
Objetivo do caso
Discutir o processamento de materiais em Unidades Básicas de Saúde.
Referências
1. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGIL NCIA SANITÁRIA - ANVISA. Informe
técnico no 07/07: glutaraldeído em estabelecimentos de assistência à saúde:
fundamentos para a utilização. Brasília, DF: ANVISA, 2007.
2. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGIL NCIA SANITÁRIA - ANVISA. Nota
técnica – 08/08/2008. Assunto: micobactérias. Brasília, DF: ANVISA, 2008.
3. BRASIL. RDC nº 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas
práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 2012.
Seção 1, p. 43-
46. <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_20
12....> . Cópia local Acesso em abril 2015.
4. BRASIL. RDC Nº. 50, de 21 de Fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento
Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos
físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da União,
Poder Executivo, Brasília, DF, 2002. nº. 54, Seção
1. <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/res0050_21_02_2002
....> . Cópia local Acesso em abril 2015.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Controle de Infecção
Hospitalar. Processamento de artigos e superfícies em estabelecimentos de
saúde. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde,
1994. <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/superficie.pdf> . Cópia
local Acesso em abril 2015.
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação-
Geral das Unidades Hospitalares Próprias do Rio de Janeiro. Orientações gerais
para central de esterilização. Brasília, DF: Ministério da Saúde,
2001. <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_gerais_central_
est...> . Cópia local Acesso em abril 2015.
7. DISTRITO FEDERAL. Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.
Departamento de Recursos Médico-Assistenciais/FHDF. Central de material e
esterilização: manual técnico. Brasília, DF: Ministério da Saúde,
2000. <https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/cme5571fc5549795991699705de.pdf
> . Cópia local Acesso em abril 2015.
8. RAMMÉ, Ana Luiza. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos como
medidas de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à
saúde – IRAS. Porto Alegre: Centro Estadual de Vigilância em Saúde do RS,
2011. 63 slides. <https://cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201706/27135304-
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9. RIO GRANDE DO SUL. Portaria nº500/2010. Regulamento técnico para
processamento de artigos por método físico em estabelecimentos sujeitos à
Vigilância Sanitária no RS. Porto Alegre: Secretaria Estadual de Saúde, 2010.
12
p. <http://dms.ufpel.edu.br/ares/bitstream/handle/123456789/80/portaria_500_.
..> . Cópia local Acesso em abril 2015.
10. SOBECC - Associação Brasileira de Enfermeiros do Centro Cirúrgico,
Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas
recomendadas SOBECC. 6. ed. São Paulo: Manole, 2013. Acesso em abril
2015.